
Brasília (DF) – A Polícia Federal (PF), na nova fase da Operação Zelotes, deflagrada ontem (26), fez busca e apreensão no escritório onde funcionam três empresas de Luis Cláudio Lula da Silva, filho caçula do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A operação investiga suspeitas de que benefícios concedidos ao setor automotivo foram renovados após pagamento de propina. As informações são da Folha de S. Paulo desta terça-feira (27).
De acordo com a reportagem, a força-tarefa da Zelotes apontou que empresas interessadas em benefícios tributários contidos nas medidas provisórias 471, de 2009, e 627, de 2013, depois transformadas em lei, pagaram escritórios de lobby que distribuíram os valores a “colaboradores”.
Luis Cláudio entrou na mira dos investigadores porque uma de suas empresas, a LFT Marketing Esportivo, recebeu R$ 1,5 milhão de um escritório de lobby, a Marcondes e Mautoni, na mesma época em que os lobistas foram remunerados por duas empresas interessadas na renovação da medida de 2013.
Ainda segundo os investigadores, foram feitos pagamentos de R$ 6,4 milhões para garantir a medida editada em 2009 e apontaram o ex-chefe do gabinete de Lula e ex-ministro da presidente Dilma Rousseff, o petista Gilberto Carvalho, como envolvido em “conluio” com um lobista.
Suspeito
A petição da força-tarefa da Zelotes apontou que é “muito suspeito que uma empresa de marketing esportivo receba valor tão expressivo de uma empresa especializada em manter contatos com a administração pública (Marcondes e Mautoni)”. A empresa de Luis Cláudio “estranhamente” foi o segundo maior destino dos recursos obtidos pela Marcondes e Mautoni de duas empresas automotivas, a MMC, que fabrica os carros da Mitsubishi, e a Caoa, fabricante de alguns veículos da Hyundai.
É a primeira vez que uma operação deflagrada pela Polícia Federal com apoio do Ministério Público Federal teve como alvo um filho do ex-presidente.
Da assessoria do PSDB Nacional
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