A Procuradoria-Geral da República (PGR) ofereceu, nesta segunda-feira (7), denúncia ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra o líder governista preso, o senador Delcídio Amaral (PT-MS), por tentar embaraçar as investigações da operação Lava-Jato.
A denúncia foi mantida em sigilo no Supremo. A partir de agora, o relator dos casos relacionados à Lava-Jato, o ministro Teori Zavascki, deve abrir prazo para a apresentação da defesa do senador. Após essa etapa a PGR poderá contestar a alegação apresentada, conforme matéria publicada hoje (8) no jornal Folha de São Paulo.
Depois, Teori levará o caso à segunda turma do Supremo, responsável pelos casos da Lava Jato, para que decida se a denúncia deve ser acolhida ou rejeitada —não há prazo para isso. Se for acolhida, a denúncia vira ação penal e Delcídio vira réu.
O senador petista poderá pegar pelo menos 4 anos e 6 meses de prisão por tentar obstruir a delação premiada do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró para evitar que fosse citado. Em troca, Cerveró receberia uma mesada de R$ 50 mil e teria auxílio para fugir do país.
O ex-líder do governo Dilma é acusado dos seguintes crimes: impedir e embaraçar a investigação de infrações penais (3 a 8 anos de prisão), patrocínio infiel (6 meses a 3 anos) e exploração de prestígio (1 a 5 anos). Este último porque houve a promessa de intervenção junto a ministros do STF para conseguir a liberdade de Cerveró.
Delcídio, que teve sua filiação do PT suspensa, é o primeiro senador preso desde a redemocratização, em 1988. Ele e seu assessor estão detidos na Superintendência da Polícia Federal em Brasília.
Da assessoria do PSDB Nacional
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