A indústria da construção sofrerá uma retração de 8% no Produto Interno Bruto (PIB) em 2015 e uma contração de 5% para 2016. O Sindicato da Construção do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP) prevê que o setor sofrerá forte impacto devido à crise política e a falta de novos investimentos públicos e privados.
Segundo a coordenadora de projetos IBRE/FGV, Ana Maria Castelo, ainda não é possível pensar na retomada do mercado imobiliário em 2016. Ela explicou que diante do cenário macroeconômico de desemprego, inflação e queda na confiança do consumidor as perspectivas continuarão negativas e o setor terá uma retração maior que a infraestrutura, conforme matéria publicada hoje (9) no jornal O Estado de S. Paulo.
O cenário da infraestrutura ainda é mais complicado e depende do desenvolvimento de impasses políticos. A Operação Lava Jato e os efeitos nos investimentos de grandes empresas, como Petrobrás, foram alguns dos principais motivos para o enfraquecimento da área.
Empresários da construção civil esperam uma melhora no cenário econômico apenas em 2017, de acordo com levantamento feito pelo Sinduscom – SP. O presidente do sindicato, José Romeu Ferraz Neto, ressaltou que para uma mudança no panorama negativo é preciso que os juros baixem e que o ajuste fiscal aconteça.
Os empresários apontaram na sondagem a necessidade de novos estímulos governamentais para a retomada da economia. Para eles, são poucas as expectativas de contratação em 2016 na faixa 1 do Minha Casa Minha Vida, que é um segmento que obtém recursos da União. Já outras faixas que usam o Fundo de Garantia do Tempo de Serviços (FGTS) como fonte de capital têm operado de maneira e eficiente.
Ferraz Neto esclarece que é fundamental atrair capital privado para novas concessões. Isso seria indispensável para prosseguir com o Minha Casa Minha Vida e Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), e ampliar a captação de recursos para financiamento imobiliário. Ele sugeriu algumas ferramentas alternativas, como Letra de Crédito Imobiliário (LCI), debêntures e securitização, que poderiam ajudar a captação de recursos. No entanto, com os juros elevados, não é possível acessá-los.
Entre 2014 e 2015, o setor perdeu mais de 780 mil postos de trabalho. A expectativa é fechar o ano com o corte de 557 mil vagas, sendo 94 mil apenas no Estado de São Paulo.
Da assessoria do PSDB Nacional
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