O avanço do crime organizado na região da Amazônia Legal – onde 21 mil militares atuam na segurança das fronteiras – é uma das principais preocupações manifestadas pelo governo federal, que lançou o Plano Nacional de Segurança na última quarta-feira (18). A extensa faixa de 17 mil quilômetros de fronteiras marítimas e terrestres entre o Brasil e outros dez países da América do Sul é palco de apreensões de drogas e armas. O governo planeja atuar conjuntamente com os países vizinhos na fiscalização, proteção e operação das fronteiras, além de contar com a colaboração das polícias estaduais no enfrentamento de organizações criminosas que atuam nesses delitos. O deputado federal Nilson Pinto (PSDB-PA) concorda que sem um controle eficiente, essas regiões limítrofes continuarão sendo porta de entrada do narcotráfico no país.
“Se nós não tivermos um controle eficiente das nossas fronteiras, nós não teremos como combater a entrada de drogas no país. Não se resolve o problema da criminalidade apenas combatendo o seu efeito. Temos que combater a sua causa. É fundamental também o controle de armamentos. A entrada de drogas e armamentos são questões associadas. O narcotráfico utiliza as duas e nós temos que combatê-las na origem”, declarou.
O tucano enfatizou o fracasso do Plano Estratégico de Fronteiras lançado em 2011, durante o governo do PT. Apesar do aumento no orçamento observado durante esse período, o serviço se mostrou insuficiente. Segundo a Polícia Federal, foram apreendidas 169 toneladas de drogas e 12.472 armas entre janeiro de 2012 e outubro de 2013. O registro também inclui apreensões feitas pelas polícias Militar e Civil dos 11 estados da fronteira. Para Nilson Pinto, esses números podem ser maiores nos próximos anos, com o fortalecimento da segurança nas fronteiras.
“O governo do PT deixou isso de lado, considerou sem importância, e contribuiu, por omissão, com o aumento da nossa criminalidade. Agora é hora de corrigir isso, e o governo, em boa hora, tem isso como prioridade. É fundamental, portanto, que nosso plano de segurança inclua um componente fortíssimo de controle das nossas fronteiras para evitar o contrabando de armas e o tráfico de drogas dos países vizinhos com o Brasil”, disse.
O Plano Nacional de Segurança tem como meta aumentar de 10% a 15% a quantidade de armas e drogas apreendidas em 2017 e 2018, respectivamente.
*Do PSDB Nacional