O déficit do Instituto Nacional do Seguro Social, o INSS, chegou a mais de R$ 149 bilhões em 2016, segundo anúncio do Ministério da Fazenda, nesta quinta-feira (26). O sistema atende trabalhadores do setor privado, e fechou o ano passado com um rombo recorde equivalente a mais de 2% do Produto Interno Bruto. O desfalque vem se mostrando cada vez maior. Neste ano, o déficit é 74% maior do que o registrado em 2015, quando acumulou R$ 85 bilhões, correspondente a mais de 1% do PIB. Já em 2014, o resultado havia sido o equivalente a 1% do PIB. O senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO) defende a reforma da previdência para sanar o rombo.
“Eu vejo que essa reforma da previdência social não é só importante para o governo federal, mas principalmente para toda a população brasileira que paga a previdência”, disse.
Com a piora do déficit, o governo Temer anunciou em 2016 uma proposta de reforma da Previdência. O texto, que depende de aprovação do Congresso Nacional, define idade de 65 anos e 25 anos de contribuição como condições mínimas para a aposentadoria de todos os trabalhadores. O senador Ataídes Oliveira aponta outros problemas do atual sistema previdenciário brasileiro.
“O problema da nossa previdência social não é só o déficit, mas também fraude dentro da previdência. Portanto, essa Reforma da Previdência é uma questão sine qua non. Nós não temos outra alternativa senão concluir o mais breve possível esta reforma. Mas só a reforma também não basta. Volto a repetir: nós temos que coibir a fraude dentro da previdência social”, acrescentou Ataídes.
O secretário de Previdência do Ministério da Fazenda, Marcelo Caetano, afirmou que o rombo do INSS é explicado pelo envelhecimento da população brasileira, o que pressiona o sistema previdenciário, e a crise econômica, que produz desemprego e, consequentemente, reduz o número de pessoas contribuindo para a Previdência.
*Do PSDB Nacional