O Ministério Público Federal pediu a condenação do ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, que está preso em Curitiba em decorrência da operação Lava Jato. O petista é acusado por 24 atos de lavagem de dinheiro na operação de repasse de R$ 2,8 milhões para ele próprio e para o partido através de contratos fictícios firmados com a Editora Gráfica Atitude.
A Procuradoria da República também requereu a condenação do ex-diretor de Serviços da Petrobrás Renato Duque. De acordo com as investigações, ele seria a indicação do PT no esquema de corrupção da petrolífera, como revela a matéria publicada hoje (29) no jornal O Estado de S. Paulo.
O processo que evolve o empresário Augusto Mendonça, que fechou acordo de delação premiada, teve o pedido de suspensão também requerido pela Procuradoria. Segundo a força-tarefa da Lava Jato, com o objetivo de quitar pendências ilegais referentes a contratos firmados pelo Grupo SOG/Setal com a Petrobrás, Mendonça procurou Duque que, por sua vez, o orientou a procurar o então tesoureiro do PT para juntos decidirem a melhor forma de repassar a propina.
Segundo a acusação, Vaccari indicou a Augusto Mendonça a contratação da gráfica “imbuído única e exclusivamente do intuito de maquiar o repasse dos valores ilícitos ao Partido dos Trabalhadores mediante maior sofisticação do sistema”.
Para o MP, os denunciados, Petrobrás e PT, se utilizaram do crime de lavagem de dinheiro de maneira sistemática e não acidental como alegam.
Vaccari e Duque já foram condenados pelo juiz federal Sérgio Moro em outras ações penais da Lava Jato.
A defesa de Vaccari afirma que seu cliente jamais arrecadou recursos ilegais para o PT e que as acusações contra ele se baseiam “apenas nas palavras de delatores”.
O PT declarou que só entra no caixa do partido dinheiro lícito e declarado à Justiça Eleitoral. O ex-diretor da Petrobrás Renato Duque também nega envolvimento em corrupção.
*Do PSDB Nacional
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