Produção industrial cai em 10 das 14 regiões pesquisadas pelo IBGE

Brasília (DF) – A produção industrial brasileira recuou em 10 das 14 regiões pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de setembro para outubro. Em São Paulo, o indicador caiu 0,4% , marcando a inédita quinta queda consecutiva. Apesar de menos intenso do que na média nacional, o recuo levou o estado ao seu menor patamar de produção desde 2004. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo desta quarta-feira (9).

No acumulado do ano, o quadro é ainda pior. Das 15 regiões analisadas, 12 apresentam retração na produção. Nesta comparação, a produção já cai 7,8% ante 2014, no pior desempenho da série histórica da indústria brasileira, que teve início em 2002.

De acordo com o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), o quadro negativo contribui para o aumento da capacidade ociosa da indústria. “Com isso, cresce a capacidade ociosa da indústria e torna cada vez mais difícil qualquer recuperação da economia brasileira em geral e desses estados em específico por meio dos investimentos”, explicou.

O Iedi chamou atenção ainda para a importância do desempenho de São Paulo para a indústria brasileira. “O desempenho de São Paulo é alarmante porque se trata do parque industrial mais diversificado do país. Todos os fatores que têm minado o dinamismo da economia brasileira afetam de forma mais intensa a indústria paulista”, destacou.

Segundo a reportagem, as fábricas paulistas operam 21,6% abaixo de seu pico histórico, registrado em março de 2011. Em outubro, a principal pressão negativa veio dos derivados de petróleo e biocombustíveis, mas não se trata de um impacto isolado. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, a queda de 12,9% na produção, além de ser a vigésima retração seguida, foi acompanhada por 17 das 18 atividades presentes no estado.

Regiões

No Rio de Janeiro, a produção está 23% abaixo de seu pico histórico, verificado em 2011, e muito próximo do menor patamar da série. Paraná e Rio Grande do Sul também estão na mesma situação. Um dos casos mais dramáticos é do Amazonas, que caiu 4,9%, a quinta queda consecutiva, e já acumula perda de 10,8%.