Além do risco de impeachment, a presidente Dilma Rousseff corre o risco de perder o mandato por meio de decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em um sinal claro de medo, a petista tenta evitar que o tribunal use dados da Operação Lava Jato encaminhados pelo juiz Sérgio Moro, que investiga o escândalo de corrupção.
O deputado Izalci (DF) afirmou nesta quarta-feira (10) que as provas contra Dilma são fortes e é possível que a petista perca o mandato. “Não depende de todo o rito do impeachment, basta o TSE julgar e rejeitar as contas, e tem elementos suficientes para isso, é só ver as provas e depoimentos da Lava Jato”, afirma.
Entre os dados repassados ao TSE, está um relatório da Polícia Federal sobre diálogos do dono da UTC, Ricardo Pessoa, e de um executivo da empreiteira, além de denúncias e sentenças ligadas às investigações. Pessoa afirmou em delação premiada que foi persuadido pelo ministro Edinho Silva a aumentar as doações para a campanha de Dilma em 2014. Ele disse que foram acertados R$ 10 milhões, mas foram pagos R$ 7,5 milhões porque ele acabou preso na Lava Jato.
Os dados repassados por Moro foram inseridos em um das duas Aijes (Ação de Investigação Judicial Eleitoral) apresentadas pelo PSDB à Justiça Eleitoral que pedem a perda do mandato de Dilma e de seu vice, Michel Temer. Além das Aijes, o partido entrou com representação e Aime (Ação de Impugnação de Mandato Eletivo) por abuso de poder econômico e político na campanha, e uso de recursos desviados da Petrobras.
PAÍS SAI FORTALECIDO
Segundo Izalci, a possibilidade de afastamento da presidente é cada vez maior. “Acredito que se houver um julgamento imparcial isso pode acontecer e evidentemente leva a um desespero dela”. Para o tucano, o fim do governo da petista ajudará o país a voltar a crescer. “A saída dela fortalece muito o Brasil. A melhor forma seria o afastamento dela seja por meio de impeachment, do TSE, ou até mesmo a renúncia, que talvez fosse o mais rápido e apropriado”, ressalta.
O PSDB apresentou inúmeros argumentos para que o TSE casse a chapa de Dilma nas eleições de 2014. A lista é extensa: uso de bens e serviços públicos na campanha, recebimento de doações de empreiteiras envolvidas na Lava Jato, gastos acima do fixado pelo partido, falta de comprovantes de despesas, pronunciamentos em rede nacional para ressaltar realizações do governo, etc.
Enquanto Dilma estiver no poder, as ações do Planalto não terão praticamente nenhum resultado por falta de credibilidade e confiança, alerta Izalci. “Com ela dificilmente vamos conseguir qualquer resultado positivo na economia”, justifica. A defesa da presidente argumentou que os elementos não podem ser usados como provas, mas o Ministério Público discorda. O órgão já se manifestou contrário ao entendimento da defesa.
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