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Reforma em sítio é a coisa “mais natural do mundo”, diz Gilberto Carvalho

20042011JFC3379Brasília (DF) – O ex-ministro Gilberto Carvalho, chefe de gabinete do governo Lula, afirmou ao jornal Folha de S. Paulo desta quinta-feira (4) que considera “a coisa mais normal do mundo” a possibilidade de a empreiteira Odebrecht ter bancado a reforma do sítio usado pelo ex-presidente, em Atibaia (SP). Segundo Carvalho, como o sítio não pertence formalmente a Lula, não existe “relação de causa e efeito” entre a reforma e algum benefício público dado à empreiteira.

O deputado federal Nelson Marchezan Jr. (PSDB-RS) afirmou que a declaração do ex-ministro é “mais uma tentativa descarada” do PT de tentar defender atos criminosos de seus correligionários. Na avaliação dele, fica claro que, para o enriquecimento dos dirigentes do partido e seus aliados, o código penal não vale.

“O ex-ministro acha interessante ter relação com movimentos que se utilizam de agressões, queima de pneus, destruição de patrimônios. Acha normal o mensalão e os atos que levaram as pessoas a serem condenadas na Operação Lava Jato. Agora, ele diz que acha normal que uma empresa destine recursos de forma indireta por meio de obras, de aumento de patrimônio, de volumosos recursos e bens para um ex-presidente que, na verdade, ainda comanda ao atual governo. É lamentável”, disse.

À Folha, Carvalho ressaltou que “é a coisa mais natural do mundo que você possa ter empresas contribuindo com essa ou com aquela pessoa”. “O Lula estava fora já da Presidência na maioria desses casos. Estando fora da Presidência, Lula pode receber [presente], qualquer pessoa pode dar um presente que quiser dar a ele. O criminoso é estabelecer uma relação de causa e efeito quando não há”, relatou.

Informado pela reportagem que a reforma ocorreu quando Lula ainda ocupava a Presidência, o ex-chefe de gabinete do petista emendou: “Não tenho informações se foi, mas, de qualquer modo, o usufruto dessa história que se deu… o Lula foi pela primeira vez nessa chácara em 2011”.

Irrisório

A afirmação de Carvalho ocorreu apenas três dias após o ex-ministro José Dirceu ter dito que considera “irrisório” cobrar R$ 120 mil por mês para prestar consultoria. Segundo Marchezan, as declarações dos petistas são “totalmente absurdas” e fazem alusão à sociedade “ideal” que o PT gostaria de construir para o Brasil.

“Eles querem ser os grandes comandantes sem que as outras instituições funcionem. Talvez, nessa sociedade, isso fosse normal e permitido, como em um regime comunista e ditatorial. Felizmente, na sociedade brasileira, no nosso código penal, isso não é normal e as nossas instituições ainda, apesar desta década de PT e seus aliados, estão funcionando”, completou.

*Do PSDB Nacional

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