A presidente Dilma Rousseff defendeu mais uma vez a volta da CPMF como forma de resolver os problemas de arrecadação de seu governo. Em reunião com senadores da base aliada realizada na noite desta segunda-feira (15), a petista chegou a afirmar que “não tem mais onde cortar” e que a contribuição seria a “única fonte nova de receita”. Segundo matéria publicada pelo jornal O Globo, Dilma também disse que, caso o retorno do imposto não seja aprovado, a solução seria o “aumento de carga já existente”. Para o deputado federal Rodrigo de Castro (PSDB-MG), a postura de Dilma revela “uma visão tosca de país”. O tucano criticou a saída usada pelo governo para aumentar sua receita.
“A presidente continua mentindo. Ela falou em extinguir ministérios, anunciou e não aconteceu nada. Medidas de aceleração dos investimentos não acontecem e nós estamos, na verdade, em um círculo vicioso, onde as pessoas não acreditam no governo, por não acreditarem os empresários não investem e, com isso, o desemprego aumenta e o país vai, cada vez mais, caindo na crise. Não é possível que a solução seja o aumento de impostos”, analisou o deputado.
Para aprovar a polêmica matéria, Dilma também vem buscando o apoio de prefeitos e governadores. A presidente disse que 0,18% do imposto serão destinados aos estados e municípios, enquanto que o governo federal ficará com 0,20% da CPMF. Assim, o total da alíquota deve ficar em 0,38%. A estratégia de buscar sustentação política para o retorno do imposto vem sendo colocada em prática também por meio de reuniões com ministros aliados e ainda no Congresso, com encontros entre Dilma e a base aliada tanto do Senado quanto da Câmara. A aproximação é vista com preocupação por Rodrigo de Castro.
“O PT continua com a relação de compra do Congresso, de barganha total. Essa relação já deu no mensalão. Nós estamos vendo a Lava Jato e é claro que ela aponta para um erro estrutural. Erro de conduta, erro de visão do país, e erro de relação com o legislativo”, destacou o parlamentar, que acredita que a solução para o problema econômico do país passa ou por uma mudança de mentalidade ou pela troca do governo.
“Seria necessário ou a mudança de governo, e temos trabalhado por isso no impeachment, temos pressionado o TSE, ou a mudança de mentalidade. A presidente não muda a mentalidade, ela muda o discurso. A conduta real dela é baseada em mentiras, mentiras do PT e que, portanto, não apontam solução. Não há solução enquanto ela insistir em fantasiar uma realidade, em fantasiar a solução para essa realidade e não ter um diálogo de verdade com os setores do país”, encerrou.
*Do PSDB Nacional
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