Sem argumentos novos e usando todos os esforços para tentar salvar o mandato da presidenta afastada, Dilma Rousseff, o ex-advogado-geral da União José Eduardo Cardozo afirmou nesta terça-feira (9) que pedirá a nulidade do processo de impeachment. Entre as justificativas usadas por ele estão a inclusão de uma nova denúncia no parecer final do relator Antonio Anastasia (PSDB-MG). Parlamentares do PT também recorreram à OEA (Organização dos Estados Americanos) para tentar suspender o processo de impeachment.
Cardozo contestou o fato de Anastasia ter acrescentado ao parecer pagamentos feitos no ano passado pelo governo federal ao Banco do Brasil referentes a valores atrasados desde 2008, quando Dilma não era presidente.
O deputado federal Pedro Cunha Lima (PSDB-PB) acredita que a nulidade do processo de impeachment não será possível e que Cardozo utiliza argumentos desesperados de um advogado “que não consegue defender sua cliente”.
O tucano disse que o advogado de Dilma “força a barra” ao utilizar contextos que fogem dos fatos e dos crimes praticados. “Cardozo está fazendo uma defesa inglória porque não consegue trazer os fatos apontados no processo e desvia o debate”, disse o tucano.
Além disso, o defensor de Dilma acusou o jurista Miguel Reale Jr, um dos autores do pedido de impeachment e o senador Antonio Anastasia de agirem motivados por “paixão política” e não dentro da lei.
Cunha Lima ressalta que em um processo de grande comoção no Congresso Nacional, como o impeachment, é impossível manter a imparcialidade. “Não se pode exigir uma neutralidade política. Não tem como desvincular a “paixão” deste caso. Seria uma hipocrisia dizer que alguém que é filiado a um partido político tem neutralidade partidária na condução de um processo como esse”, concluiu.
*Do PSDB Nacional
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