O grave quadro de recessão econômica enfrentado pelo país causou grandes estragos ao setor de prestação de serviços, que apresentou uma queda de 3,6% somente no ano passado. O recuo representa o pior resultado da série histórica da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), iniciada em 2012 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), segundo informações de matéria publicada pelo jornal O Estado de São Paulo nesta quinta-feira (18).
Na avaliação de analistas da Tendências Consultoria Integrada ouvidos pelo Estadão, o fraco desempenho do setor ajudou a puxar o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil para baixo em 2015. Um levantamento feito pela Agência Estado após a divulgação da PME confirma a percepção de que o PIB teve uma queda em torno de 4% no ano passado.
Impactos negativos
Outros setores, tais como a demanda por fretes, também foram afetados pela crise na prestação de serviços. O subsetor de transportes terrestres fechou 2015 com recuo de 10,4%, causado pela menor movimentação de matérias-primas e bens industrializados. “O transporte de carga tem como seu principal demandante o setor industrial. À medida que o setor passa por esse desaquecimento, ele implica demanda menor de serviço de transporte, tanto para matéria-prima quanto para a distribuição de sua produção”, destacou Roberto Saldanha, técnico da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE.
Houve quedas, ainda, nos serviços técnico-profissionais, com retração de 9,7%; nos serviços administrativos e complementares, que incluem limpeza e segurança, que caíram 2,4%; e nos serviços prestados às famílias, que apresentaram um recuo de 5,3% em 2015.
“As empresas estão cortando serviços e mantendo só no nível adequado para a sua operacionalidade. Uma empresa que mantinha 100 funcionários de limpeza terceirizados, por exemplo, hoje tem 80 ou 70, o suficiente para manter sua operacionalidade”, constatou Saldanha.
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