Pelo menos seis a oito países ou blocos econômicos estão no radar de novos acordos bilaterais do ministro das Relações Exteriores, o tucano José Serra, para dar mais dinamismo ao comércio exterior e inserir o Brasil nas cadeias globais de produção. O chanceler está em Paris, onde participará da reunião do conselho de ministros da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), marcada para esta quarta (1°) e quinta-feira (2).
De acordo com matéria do jornal Valor Econômico desta terça-feira (31), os resultados mais rápidos podem vir das discussões com o México, cujo acordo atual concede descontos mútuos nas tarifas de importação para quase 800 produtos industriais e agrícolas do Brasil. Há consenso para expandir essa lista para cerca de 4,5 mil itens e o objetivo é ampliar para até 6 mil produtos, com redução gradual das tarifas em um período máximo de 10 anos. O novo tratado, que envolverá maior abertura em serviços e compras públicas, pode ser assinado ainda no segundo semestre. Acordos com Argentina, Uruguai, Paraguai, Canadá, Índia, Tunísia e Líbano também são considerados promissores pelo governo brasileiro.
Segundo o jornal, dois blocos estão na mira para acordos de livre comércio. Um é o EFTA, formado pela Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein, que não aderiram à União Europeia. A avaliação do Brasil é que existe um caminho livre para avançar e já há uma reunião agendada para a próxima semana, em Montevidéu, a fim de explorar a possibilidade de lançamento de negociações formais. O outro bloco seria a SACU, que é união aduaneira liderada pela África do Sul e já possui acordos em andamento.
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