
Brasília (DF) – O Tribunal de Contas da União (TCU) identificou superfaturamento de R$ 2,1 bilhões em obras da refinaria de petróleo Abreu e Lima, que está sendo construída em Pernambuco. Em relatório, o órgão indicou o problema como resultado do esquema de cartel, corrupção e superfaturamento investigado na Operação Lava Jato. As informações são do portal G1 desta quinta (18).
Por conta das irregularidades, o TCU determinou o bloqueio de bens de Odebrecht e OAS, e também do ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli, do ex-diretor Renato Duque, do empresário Marcelo Odebrecht e de mais cinco ex-funcionários das construtoras.
De acordo com o relatório divulgado pela corte, após analisar 400 mil notas fiscais e outras provas compartilhadas pela Lava Jato, foi constatada a construção de duas unidades da Abreu e Lima, que custaram R$ 5,5 bilhões em valores da época e tiveram preços acima do mercado e direcionamento nas licitações. As companhias e os ex-diretores terão 60 dias para apresentar defesa sobre o caso.
O processo foi aberto no ano passado, quando se imaginava um sobrepreço de R$ 1,1 bilhão. Quando as investigações foram ampliadas, esse valor passou para R$ 1,4 bilhão, que, atualizados, chegam aos R$ 2,1 bilhões. Foi a primeira vez que o TCU bloqueou bens de empresas envolvidas na Lava Jato.
Segundo a publicação, o bloqueio dos bens tem duração de um ano. Se as empresas ou pessoas comprovarem que não foram responsáveis ou que não houve superfaturamento, os bens são desbloqueados. O bloqueio visa o ressarcimento, pelos responsáveis, do prejuízo causado à Petrobras.
O jornal O Estado de S. Paulo afirma que a decisão é mais um “revés financeiro” às empresas, mergulhadas numa aguda crise desde que o esquema de corrupção foi descoberto, agravada pela recessão no país.
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*Do PSDB Nacional