
Esse contexto nada otimista foi traçado em entrevista ao jornal “O Globo”, veiculada na editoria de Economia, nesta terça-feira (22).
Na entrevista, Berg fala sobre cenários e o que poderia ocorrer com o Brasil no caso de um novo rebaixamento.
Segundo ele, “isso intensificaria a venda de ativos, motivada pelo pânico de investidores internacionais, porque fundos de pensão e grandes investidores estrangeiros terão de se desfazer de aplicações se mais uma agência rebaixar o Brasil. Eu também espero a intensificação da turbulência, especialmente para a moeda, que é a parte mais vulnerável. No dia de um segundo downgrade, veremos imediatamente uma depreciação de 5% do real.”
E também demonstra ceticismo em relação ao pacote de ajuste fiscal.
“Dá para ver que o governo está em pânico, tentando evitar um segundo downgrade, porque sabe que isso resultará em uma grande saída de capitais do país. Daí o pacote fiscal anunciado recentemente. Mas eu sou cético quanto à aprovação dessas novas medidas no Congresso, sobretudo da CPMF. Então, vejo pouco efeito prático nesse pacote”, disse ao “O Globo.”