PSDB – ES

Tiago Oliveira

Projeto de lei de Max Filho propõe diminuição de gastos no Congresso Nacional

max-filho-foto-agencia-camara-300x197Diante da situação complexa das contas públicas, que somam um déficit de R$ 150 bilhões, o deputado federal Max Filho reforça a importância da votação de projeto de lei que estabelece novo limite para despesa com pessoal no âmbito do Legislativo Federal e Tribunal de Contas da União (TCU).

De autoria do tucano, a matéria propõe a redução do limite de 2,5% da receita corrente líquida para 1,5%.  Apesar de a despesa do Legislativo com pessoal e encargos sociais se comportar sistematicamente, nos últimos anos, abaixo de 2% da receita, Max Filho ressalta que o Congresso Nacional também deve ser chamado a discutir medidas de ajuste.

“É um projeto de lei complementar que visa tornar mais enxuto o Congresso Nacional e o peso do Congresso ao erário brasileiro, que visa reduzir a participação na Lei de Responsabilidade Fiscal. Hoje, o Congresso Nacional pode gastar até 2,5% da receita corrente líquida da União nas suas despesas e nos seus quadros. E o meu projeto reduz essa despesa para 1,5%. Não está longe da prática, do gasto. Mas esse é um projeto que eu gostaria de ver votado. O Congresso Nacional brasileiro é um dos mais caros das democracias conhecidas”, afirmou o deputado.

Em sua justificativa, Max Filho também considera que a adoção da medida pode contribuir para outros fins, como a melhoria das relações da classe política com a população brasileira.

A cultura do Estupro, por Neuzinha de Oliveira

neuzinha-300x199-300x199-1-300x199Meus amigos, o assunto é recorrente e muito grave, então precisamos mesmo falar sobre algo que se dissemina tão naturalmente: cultura do estupro.

Você sabia que a cada 2 dias uma mulher é atendida vítima  de violência sexual no Estado do Espírito Santo. Sendo que, de todos os casos atendidos, 32% são meninas de até 10 anos e 55% meninas de até 14 anos. São 87% de casos que envolvem crianças e adolescentes.

Como eu disse, o assunto é grave! E merece mesmo nossa atenção.

Os dados alarmantes não param por aqui. Menos da metade dos casos de estupro são denunciados à polícia, e você sabe por quê? Porque as vítimas se sentem constrangidas de denunciar a violência e serem julgadas, e sumariamente condenadas por voltarem para casa tarde, por usarem roupas decotadas, por se arrumarem demais, por serem bonitas demais, por existirem.

Várias são as justificativas e motivos para uma mulher ser assediada e estuprada, mas poucos são os critérios usados para enfrentar uma cultura tão enraizada numa sociedade hipócrita como a nossa.

Uma única assertiva é correta e não podemos nos afastar dela: a vítima nunca será a culpada!

Antigamente, em minha época de infância, éramos criadas para entender nosso lugar um passo atrás de nossos maridos, tendo como principio básico e existencial a satisfação de suas vontades, logo crescemos para acreditar que a mulher existe para servir, em todos os aspectos, inclusive o sexual.

Essa cultura sempre foi disseminada de forma muito natural, nunca foi dificil ouvir numa roda de amigos homens, após a informação de que a esposa de algum deles terá uma menina a infeliz afirmação de que aquele pai “passou de consumidor à fornecedor”, ou “iiihh você se ferrou”.

Sim, já é um reconhecimento ao futuro assombroso que espera aquela menininha. Muitos assovios de “fiu-fiu” pelas ruas, muitos “gostoooosa” pelas calçadas,  muitos “vagabunda” por suas escolhas,  muitos “piranha” por não namorar e casar com o primeiro que aparecer (sim, ela tem esse direito!). É só um presságio do que ela vai enfrentar, do que nós todas enfrentamos.

Porém, já dizia o poeta “nunca é tarde para mudar”, também nunca será tarde para reagir, e hoje propomos uma mudança de paradigma, e sugerimos e apoiamos uma revolução de mulheres com informação e cultura, sabedoras de seu poder. Mulheres que interagem e lutam por igualdade, por melhores condições, por condenações exemplares e acima de tudo por respeito.

Não se opor a essa cultura é o mesmo que apoia-la, é permitir que milhares de mulheres e meninas sofram abusos caladas, que milhares de vidas sejam destruídas, pela simples idéia que homem tem algum poder sobre a mulher. Não tem! Os casos de violência sexual estão no 3º lugar no ranking nacional, com um total de 23.630 casos registrados no ano de 2015.

Então, não seja conivente com piadinhas machistas, nunca permita nem concorde em transferir qualquer parcela de culpa à vitíma, nem justifique um estupro porque:

  1. Ela era “bandida” e postava fotos com armas;
  2. Ela escolheu levar essa vida, portanto, devia saber que coisa boa não viria;
  3. Se estivesse na igreja, isso não teria acontecido;
  4. Ela estava em um baile funk;
  5. Ela não estava em casa, se estivesse isso não teria ocorrido;
  6. Ela vive com um e outro, nunca para com um homem só.

Nada justifica um estupro, e não existe argumento plausível a isso.

A título de informação, a maioria dos abusos é cometido contra crianças, e dentro do ambiente familiar, sim, dentro de casa! Então, eu te pergunto: e aí, alguém pode dizer que a criança se insinuou ou teve culpa? Não, obvio que não! Homens que creem na farsa de que possuem poder sobre qualquer mulher, irão se aproveitar de sua vulnerabilidade em qualquer lugar ou situação. Portanto, jamais culpe a vítima. Esta com certeza já sofreu violência demais para ainda ser culpabilizada.

Por isso, não contribua para a legitimação e para a propagação da cultura do estupro. A mulher tem o direito de escolher levar a vida que quiser, onde quiser, da forma que quiser, pelo simples fato de que ninguém merece sofrer essa violência.

Neuza de Oliveira, vereadora e Presidente Estadual do PSDB Mulher ES

 

 

 

Nota Oficial

19 JUL - POST NOTA OFICIAL - PSDB ES 2016A Executiva Estadual do Partido da Social Democracia Brasileira – PSDB ES, vem a público manifestar seu posicionamento diante da tomada de decisão de sua liderança, Luiz Paulo Vellozo Lucas, de não levar adiante sua pré-candidatura à Prefeitura de Vitória:

1 – A decisão anunciada por Luiz Paulo Vellozo Lucas merece total respeito e solidariedade por parte desta Executiva Estadual que compreende as motivações de fórum pessoal e político do nosso filiado que, sem dúvida, representa um dos melhores quadros de nosso partido;

2 – Diante do reconhecimento histórico do legado de realizações do PSDB em Vitória, onde governou ao longo de 12 anos construindo uma gestão inovadora e democrática, o partido não irá se omitir num momento político tão decisivo porque tem responsabilidade e compromisso com rumos de nossa cidade;

3 – Portanto, as Executivas Estadual e Municipal irão compartilhar com a Executiva Nacional – que por meio de Resolução Normativa para as eleições municipais elegeu Vitória como uma das prioridades de sua estratégia político-eleitoral – para juntas deliberarem sobre o melhor caminho a ser tomado considerando duas únicas alternativas:

  1. Escolher um novo nome de seus quadros para a disputa com vistas à Prefeitura de Vitória;
  2. Optar pela construção de uma aliança partidária-eleitoral que leve sempre em consideração os princípios e valores programáticos do PSDB.

 

Vitória, 19 de julho de 2016.

Jarbas Ribeiro de Assis Junior
Presidente da Executiva Estadual do PSDB

À população de Vitória, por Luiz Paulo Vellozo Lucas

Luiz-Paulo-Vellozo-Lucas1-George-GianniNos últimos 15 meses, o PSDB de Vitória realizou um dedicado trabalho de construção política visando às eleições municipais deste ano, tendo meu nome como pré-candidato a prefeito. Certamente fruto dos 12 anos em que o PSDB governou a cidade e liderou um processo de transformação social e urbana, e também como resultado de novas lideranças que conseguimos agregar, obtivemos um resultado extraordinário em termos de apoio político e popular.

Mesmo assim, decidimos não levar adiante o projeto de candidatura, tendo em vista intransponíveis contradições com as articulações eleitorais e a interferência de importantes lideranças políticas do Espírito Santo, realizadas sem relação ou compromisso com Vitória.

Infelizmente, nas atuais circunstâncias, sinto que seria extremamente difícil colocar no foco da disputa eleitoral o debate sobre os principais interesses da cidade, seus rumos, anseios e problemas, especialmente a discussão sobre a crise fiscal da prefeitura e as alternativas para seu enfrentamento.

Mais grave, é alto o risco de que o debate degenere em uma luta sem princípios pelo poder, empreguismo e compra de voto, na busca desesperada por exposição e promoção pessoal, aprofundando a  desmoralização da política e a perda de credibilidade deste processo eleitoral.

Agradeço a todos que estiveram conosco nesta pré-campanha, na certeza que nossa luta vai continuar.  Somente a militância política e a democracia permitem e nos estimulam a sair de nossa zona de conforto para atuar e agir em benefício da sociedade.

Vitória, 19 de julho de 2016.

Luiz Paulo Vellozo Lucas

Choque de gestão é a bandeira da pré-campanha de Kleber Medici em Santa Teresa

DSC_7967O advogado e engenheiro agrônomo Kleber Medici é a aposta do PSDB para disputar a Prefeitura de Santa Teresa nas eleições de outubro próximo.  Como pré-candidato, Kleber tem defendido uma gestão sustentável associando preservação ambiental, agricultura diversificada e valorização do potencial turístico da região.

“O nosso município depende economicamente, em grande parte, da agricultura. Mas, além das lavouras tradicionais, a exemplo, cafezal, eucaliptal e videira, não tenho dúvida de que os agricultores teresenses podem agregar valor ao seu imóvel através do agroturismo”, ressalta.

Com uma experiência de mais de 30 anos na iniciativa privada e no serviço público, Kleber Medici avalia que Santa Teresa precisa de um “choque de gestão” que priorize a eficiência dos serviços prestados e a organização das contas públicas. “Santa Teresa, por sua importância estratégica no desenvolvimento sustentável da região serrana, merece uma administração de primeira linha e, para isso, vamos investir numa gestão profissionalizada”, destacou.

Para o presidente da Executiva Estadual do PSDB, Jarbas Ribeiro, a pré-candidatura de Medici conta com total apoio do partido. “Kleber reúne todas as qualificações para ser um grande gestor de forma a superar os desafios sociais e econômicos de Santa Teresa”, argumentou.

Pré-candidato em Alegre, José Guilherme defende gestão participativa

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Vice-governador e secretário-geral do PSDB capixaba, César Colnago e o pré-candidato tucano José Guilherme

Mais um pré-candidato a prefeito na região do Caparaó pelo PSDB teve sua candidatura lançada neste final de semana, em Alegre. Trata-se do funcionário aposentado do Incaper, José Guilherme Gonçalves Aguilar, ou simplesmente José Guilherme como é conhecido, que já governou o município e que defende uma gestão participativa definindo as ações e prioridades em cada comunidade.

O evento de lançamento da pré-candidatura contou com a participação do vice-governador e secretário-geral do PSDB capixaba, César Colnago, deputado estadual Marcos Mansur, além de diversas lideranças locais.

“Fiquei muito honrado com a indicação do meu partido e uma das metas do meu programa de governo é o de estabelecer um planejamento dentro de nossa realidade em sintonia com as prioridades da população”, pontuou José Guilherme, acrescentando que é necessário valorizar e capacitar os servidores municipais para dinamizar a prestação dos serviços à população.

“Irei buscar parcerias com quem possa nos ajudar, a nível federal, estadual e na iniciativa privada. O município precisa regularizar todas as certidões municipais para voltar a receber verbas federais. Vamos estabelecer uma firme parceria com o Governo do Estado, Assembleia Legislativa e Bancada Federal objetivando recursos para o município”, acentuou.⁠⁠⁠⁠

O vice-governador César Colnago, em seu discurso, ressaltou que estará presente na Região do Caparaó e em Alegre, para apoiar a pré-candidatura de José Guilherme.

“José Guilherme é um excelente quadro do PSDB. Tem o nosso apoio e estaremos juntos nessa caminhada na Região do Caparaó e em Alegre.” afirmou o vice-governador.

Aécio e Ferraço apresentam PEC da reforma política com mudanças em coligações, cláusula de barreira e fidelidade partidária

foto-aecio-ferraço-300x164Com o objetivo de viabilizar a esperada reforma com mudanças no sistema político do país, os senadores tucanos Aécio Neves, presidente nacional do PSDB, e Ricardo Ferraço, apresentaram na semana passada a Proposta de Emenda à Constituição 36/2016, que altera pontos do modelo político nacional. A PEC foi protocolada no Senado na última quarta-feira (13) e pode representar um marco na reforma política que está sendo discutida no Brasil.

A PEC acaba, por exemplo, com a possibilidade de coligações nas eleições legislativas, além de reforçar critérios de fidelidade partidária. O texto ainda define a medida conhecida como “cláusula de barreira”, em que os partidos políticos só terão funcionamento parlamentar se tiverem, a partir das eleições de 2018, um mínimo de 2% dos votos válidos em todo o país, que devem estar distribuídos em pelo menos 14 unidades federativas, com um percentual mínimo de 2% m cada uma delas.

O PSDB inicia hoje (18) uma série de matérias especiais abordando os principais reflexos que tais medidas podem ter na atual legislação que estabelece as regras de funcionamento dos partidos políticos no Brasil. A proposta está na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado e aguarda a designação do relator.

Em encontro na semana passada com o novo presidente da Câmara, o deputado federal Rodrigo Maia (DEM-RJ), e com o presidente do Senado, Renan Calheiros, Aécio apresentou a nova proposta, destacando que a sua aprovação tem a capacidade de resgatar a governabilidade no país. Para o presidente nacional do PSDB, o alto número de legendas partidárias no país é um problema a ser corrigido.

“Não é algo que se fará com simplicidade, com facilidade, mas é um caminho que, acredito, necessário e que terá que ser transcorrido esse caminho para que possamos ter um conjunto de partidos políticos no futuro que representem segmentos de pensamento na sociedade diferente desse excesso inexplicável hoje de siglas partidárias”, salientou o tucano.

Na visão do senador, a instauração da cláusula de barreira e a extinção das coligações proporcionais são as principais contribuições que as novas medidas devem dar à legislação eleitoral e partidária.

“Hoje, as negociações acabam sendo que quase que individuais, de pequeníssimos grupos. Queremos resgatar os partidos políticos, dar a eles força, representatividade. O mandato deve sim ser do partido político. Todos têm direito de disputar as eleições, mas a representação parlamentar deve ser dada àqueles que a sociedade escolheu para representá-la. Portanto, é essa a nossa contribuição. O fim das coligações proporcionais e o restabelecimento da cláusula de barreira, dando o hiato de uma eleição, passando a valer a partir de 2022”, frisou.

A cláusula de barreira chegou a ser aprovada em 1995, mas foi considerada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 2006, ano que começaria a ser utilizada, sob a alegação de que prejudicaria os partidos menores. Para Ricardo Ferraço, a decisão tomada pelo STF há uma década não impede uma futura aprovação do dispositivo.

“O STF não excluiu, em definitivo, a possibilidade de se fixar cláusula de desempenho para partidos ou fazer distinções para efeito de funcionamento parlamentar. Só determinou que os direitos mínimos inerentes ao mandato parlamentar e às condições de disputa política e eleitoral não podem ser recusados a grupos minoritários”, comentou.

Para o parlamentar capixaba, a reforma política deve ser tratada como prioridade e a PEC pode ter um papel fundamental nesse processo. “A consolidação de nossa democracia exige revisão nas regras eleitorais, um debate complexo que se arrasta há anos e que não pode mais esperar resposta”, constatou Ferraço.

Após afastamento de Dilma, otimismo dos brasileiros com rumos da economia alcança melhor nível desde dezembro de 2014

07122011msantoseconomia007_1-1-300x200O otimismo dos brasileiros em relação à economia do país cresceu consideravelmente desde o afastamento de Dilma Rousseff e atingiu o maior patamar desde dezembro de 2014, revela pesquisa realizada pelo Datafolha nos dias 14 e 15 de julho. De acordo com o levantamento, publicado em matéria do jornal Folha de São Paulo deste domingo (17), o Índice Datafolha de Confiança (IDC) registrado foi de 98 pontos, um crescimento de 11 pontos em relação a fevereiro, quando a petista ainda exercia o cargo de presidente da República.

Na comparação com fevereiro, os entrevistados afirmaram estar mais confiantes sobre cinco dos sete indicadores que integram o índice. O maior avanço foi visto na expectativa de avanço da situação econômica do país, que cresceu de 78 para 112 pontos entre fevereiro e julho. A perspectiva pessoal dos brasileiros também apresentou sensível melhora, passando de 128 para 145 pontos.

Outros itens, apesar de ainda apresentarem pontuação negativa (abaixo de 100 pontos) também mostraram importantes avanços em relação ao mês de fevereiro. O otimismo dos brasileiros cresceu em relação à inflação (que passou de 22 para 40 pontos), ao desemprego (que subiu de 33 para 50 pontos) e também ao poder de compra (que saltou de 44 para 54 pontos).

O estudo ainda mostra que 32% dos entrevistados apontaram a corrupção como o principal problema do país. Saúde (17%), desemprego (16%), violência e educação (ambas com 6%) completam a lista dos cinco maiores problemas identificados pela pesquisa.

Clique aqui para ler a matéria da Folha.

“Um longo caminho pela frente”, análise do ITV

bandeiradobrasil-300x190A decantada retomada da economia deverá demorar mais tempo do que o desejado. A recuperação que todos anseiam ver em qualquer pequeno detalhe de esparsas melhoras na paisagem, infelizmente, ainda não passa de miragem. Será longa a escalada depois que atingirmos o fundo do poço.

Ontem, veio mais uma confirmação de que a atividade econômica continua descendo a rampa. Em maio, o IBC-Br, calculado pelo Banco Central e que funciona como prévia do PIB, voltou a registrar retração, depois de breve suspiro de alta em abril. Houve nova queda, desta vez de 0,51%. Em 17 meses, foi a 16ª retração e o pior resultado desde 2010.

Com o resultado, ficam praticamente chanceladas as previsões de que o PIB brasileiro teve novo trimestre de baixa entre abril e junho passado. Teremos completado dois anos de recessão, com quedas em praticamente todos os trimestres – a única exceção foram os últimos três meses de 2014, de estabilidade.

Na realidade, até agora o país apenas recuperou a confiança para acreditar que a situação não deve piorar mais do que já piorou. Na prática, temos apenas a constatação de que nada pode ser pior do que um governo de Dilma Rousseff. Embora, formalmente, esta ameaça ainda não tenha sido de todo afastada, ninguém acredita que a insanidade da volta dela ao poder possa ocorrer.

Nem tudo é desesperança. Em alguns aspectos, a economia do país já começou a obter bons resultados. É o caso, por exemplo, do comércio exterior. A balança acumula saldo de US$ 25 bilhões até a segunda semana deste mês, num salto de quase dez vezes em relação ao mesmo período do ano passado. Com isso, o déficit externo também caminha para o melhor resultado em quase uma década.

Parte destes resultados, no entanto, deve-se a um fator negativo: a recessão. Como o consumo, o investimento e a atividade como um todo caem, o país compra menos do exterior e as importações despencam, ajudando a fechar a conta externa. No ano, as importações recuam 28%, segundo o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços.

De todo modo, só será possível comemorar alguma recuperação econômica e uma maior esperança em relação ao futuro quando o mercado de trabalho deixar de demitir, quando a renda das famílias parar de cair, quando a riqueza produzida pelo país voltar a crescer. Sem isso, qualquer sintoma positivo será apenas sonho de uma noite de inverno.

Projeto de Ferraço fortalece os Tribunais de Contas

ricardoferraçoRicardo Ferraço propõe regra geral para atuação dos órgãos de controle visando fiscalização efetiva da política fiscal e segurança jurídica

O senador Ricardo Ferraço apresentou proposta de emenda constitucional que fixa padrão mínimo para a organização dos tribunais de contas da União, dos estados e dos municípios. O objetivo da PEC 40/2016 é dar controle efetivo sobre a gestão fiscal mediante uniformização em todo o país de procedimentos dos órgãos de controle externo vinculados ao Legislativo.

As normas gerais propostas visam dar neutralidade política e independência às cortes em relação aos fiscalizados por elas, além de explicitar garantias processuais às partes sujeitas ao julgamento de contas.

A falta de um padrão para os tribunais de contas faz com que o Supremo Tribunal Federal tenha de dispor recorrentemente sobre a simetria constitucional deles. Isso se deve ao fato dos julgamentos dessas cortes sobre atividades de outros órgãos, agentes públicos e pessoas não advirem de processos parlamentares, judiciais ou administrativos.

A PEC visa aproximar métodos de fiscalização para dar ganhos de eficiência e maior segurança jurídica aos administrados, sobretudo os que devem prestar contas a mais de um tribunal.

Entre as medidas previstas pelo texto está a criação de rede de controle da Administração, com procedimentos padronizados, respeitando peculiaridades de cada unidade da Federação. O projeto padroniza a auditoria de controle externo e as atribuições dos agentes que conduzem a instrução e o julgamento de processos, visando mais transparência do quadro de pessoal e mais credibilidade às decisões das cortes.

O texto prevê maior integração entre tribunais de contas e Legislativo, com compartilhamento da avaliação periódica de variáveis econômicas que podem afetar o resultado fiscal. Também está previsto a criação de um Portal Nacional de Transparência para divulgar relatórios e pareceres das auditorias e do Ministério Público, além das decisões das cortes de contas.

Por fim, a proposta da PEC, formulada a partir de contribuições de entidades civis e ligadas a servidores de controle externo, veda a criação de mais de um tribunal de contas no âmbito de cada unidade da Federação e fixa prazo de 60 dias para o Congresso julgar as contas do Presidente da República.