“Estamos cada vez mais perto de fazer história e mudar o rumo do nosso país. Foi aprovado pela Comissão Especial o relatório pró-impeachment, com 38 votos a favor e 27 contra. Agora a próxima etapa é a votação aqui na Câmara, onde precisamos de 342 votos entre os 513 parlamentares. A votação deve começar na próxima sexta-feira (15) e ir até o domingo (17). A voz do povo deve falar mais alto, precisamos mudar o Brasil e o momento é esse! O governo atual não tem mais condições de continuar no poder. É a história sendo feita, vamos em frente!”
Tiago Oliveira
A Comissão Especial do Impeachment da Câmara aprovou, na noite desta segunda-feira (11), o relatório favorável ao afastamento da presidente Dilma Rousseff (PT). O parecer do relator Jovair Arantes (PTB-GO) recebeu 38 votos favoráveis, cinco a mais do que o necessário para a aprovação, e 27 contrários.
Agora, a votação segue para o plenário da Casa, onde são necessários 342 votos entre os 513 deputados federais para aprovar a admissibilidade e encaminhar o processo ao Senado. A votação na Câmara está prevista para o próximo dia 17.
Deputados do PSDB e de outros partidos da Oposição comemoraram o resultado da votação cantando o Hino Nacional e exibindo os cartazes com os dizeres “Impeachment já”.
“Impeachment mais perto. Foi extraordinário o resultado da votação na Comissão Especial do Impeachment: 38 a 27. Detalhe: a base do governo recorreu ao Supremo Tribunal Federal para que a comissão tivesse essa formação e, mesmo assim, não conseguiu barrar o relatório favorável ao afastamento da presidente Dilma. Esse placar terá forte efeito sobre a votação no plenário da Câmara, que deve ocorrer no domingo. Vamos em frente. A sociedade precisa continuar mobilizada até o último minuto”, comemorou o líder do PSDB na Câmara, deputado federal Antonio Imbassahy (BA).
“Essa é a votação mais importante da história. Faço pelo futuro do Brasil, pelo futuro de minhas filhas e porque com o PT o Brasil já não consegue mais caminhar”, disse em vídeo divulgado no Facebook o deputado federal Bruno Araújo (PSDB-PE), ao votar pela aprovação do relatório.
“Primeira etapa importantíssima para o impeachment da presidente Dilma. Houve uma folga apertada, mas que mostra que esse caminhar da vontade popular dessa Casa está prevalecendo. Vamos trabalhar todo mundo para tirar o PT do governo. Nós queremos um novo Brasil, um país decente onde possamos se orgulhar de morar aqui”, declarou o deputado federal Vitor Lippi (PSDB-SP) também vídeo postado no Facebook.
“A vitória na Comissão Especial foi contundente. Tenho confiança que no domingo o plenário da Câmara vai confirmar o impeachment, pois é essa a vontade da grande maioria dos brasileiros”, escreveu o secretário-geral do PSDB, deputado federal Silvio Torres (SP), na rede social.
“Essa é a minha causa, meu país, minha gente e uma política feita com respeito e verdade! Sim ao recomeço, ao futuro que quero para essa geração e para as próximas gerações! A favor do impeachment, a favor do Brasil!”, também comentou no Facebook a deputada federal Shéridan (PSDB-RR), integrante da Comissão Especial.
“Hoje demos um grande passo para recuperar o Brasil. A Comissão aprovou o relatório com 38 votos pelo sim e domingo vamos conseguir se livrar do PT e de toda essa bandalheira. Começamos a recuperar de vez o nosso país agora. Fora Dilma, fora PT”, bradou o deputado federal Paulo Martins (PSDB-PR) em vídeo postado na rede social.
“O primeiro passo foi dado. A responsabilidade agora está com o plenário da Câmara dos Deputados. Acompanhe e cobre de seu deputado que ele vote a favor do impedimento da presidente Dilma Rousseff. Vamos dar uma nova chance para o Brasil!”, escreveu no Facebook o deputado federal Rodrigo de Castro (PSDB-MG).
O resultado na Comissão Especial de Impeachment, que já era esperado, demonstra a fragilidade da defesa da presidente da República.
Por maiores que tenham sido os esforços dos que a defenderam, é impossível defender o indefensável.
A presidente da República cometeu crime de responsabilidade previsto na Constituição e terá a admissibilidade de seu processo de afastamento aprovado, segundo determina a mesma Constituição.
É preciso muita serenidade de todas as partes nessa hora para enfrentarmos e superarmos esse momento difícil pelo qual passa o país.
Mas estou seguro de que sairemos desse processo mais fortes graças à força de nossas instituições e da nossa democracia.
Brasília – O senador Ricardo Ferraço pediu atenção dos brasileiros ao processo de impeachment, que, em sua avaliação, será o tema dominante da semana. Ao reiterar apoio ao afastamento de Dilma Rousseff, Ferraço declarou considerar evidentes os crimes de responsabilidade da presidente: segundo ele, Dilma atentou contra a probidade administrativa e contra a Lei Orçamentária.
“Premissas fundamentais para a manutenção, a estabilidade, a sustentação das importantes políticas públicas, que fazem uma enorme diferença, sobretudo no dia a dia de milhões de brasileiros que demandam um funcionamento do Estado eficiente.” afirmou Ferraço.
Ricardo Ferraço também fez homenagem ao empresário capixaba Valécio Chieppe, falecido no último sábado aos 87 anos. Segundo o senador, ao criar um conglomerado de empresas que gera mais de 15 mil empregos, Valécio fez história ao acreditar no trabalho e na capacidade de empreendimento.
Assista o vídeo:
Do agência Senado.
Brasília (DF) – A busca desenfreada de votos para tentar barrar o processo de impeachment na Câmara fez com que o governo da presidente Dilma Rousseff montasse um balcão de negócios para redistribuir cargos na Esplanada dos Ministérios. A negociação pode movimentar até R$ 38 bilhões em recursos do Orçamento deste ano, dos quais R$ 6,2 bilhões são para investimentos, de acordo com reportagem do jornal O Estado de S. Paulo desta segunda-feira (11).
Segundo a publicação, a estratégia do governo é fidelizar apoios ou ao menos garantir abstenções de partidos médios e pequenos, como PP, PROS, PDT e PTN.
Para o deputado federal Nilson Leitão (PSDB-MT), o método utilizado pela gestão petista reflete o “desespero” do partido às vésperas da votação do afastamento da petista pelo plenário da Câmara, que deve ocorrer no próximo domingo (17). “Neste momento de agonia, mais do que nunca, o PT está entregando tudo que não é de propriedade deles para não perder o cargo. Eles usam de forma criminosa e exacerbada a máquina pública, o patrimônio público. É lamentável”, afirmou.
As mudanças no segundo escalão devem ser intensificadas até o dia 15 de abril. Na minirreforma, o governo tem atuado para limar ou retirar dos cargos aliados de Michel Temer e do ex-ministro do Turismo Henrique Eduardo Alves, único dos sete ministros da legenda que respeitou a decisão da direção partidária de entregar imediatamente os cargos que ocupavam no governo federal.
Nilson Leitão chamou atenção ainda para a movimentação de valores altos a custo da manutenção de Dilma no poder. “É criminoso o que está acontecendo, mas o mandato da presidente não vai durar mais de 20, 30 dias. A Câmara vai aprovar o impeachment e o Senado irá acatar a decisão. Felizmente, com Dilma afastada, toda essa bagunça, esse lixo será corrigido e consertado”, reiterou.
A publicação ressalta ainda que a oposição protesta contra essas nomeações do segundo escalão, o chamado “balcão de negócios”. No fim de março, os senadores Ricardo Ferraço (PSDB-ES) e José Medeiros (PSD-MT) pediram à Procuradoria-Geral da República (PGR) a investigação de Dilma e do ministro Jaques Wagner por oferecerem cargos em troca de votos.
Na sessão ordinária da última quarta-feira, o Projeto de Lei 264/2015, de iniciativa do deputado estadual Sergio Majeski obteve mais uma vitória na Assembleia Legislativa, após os parlamentares derrubarem em votação plenária o parecer pela inconstitucionalidade da Comissão de Justiça.
A proposição de Majeski institui o “Programa de incentivo à geração de energia elétrica por meio de sistemas de microgeração e minigeração distribuídas no Estado do Espírito Santo”, obrigando concessionárias a realizarem ações educativas. Ou seja, orientando a população sobre as vantagens da geração da energia limpa e a possibilidade de compensação da energia produzida.
Durante a defesa da matéria, o deputado destacou o potencial do Estadona questão. “Gostaria que esse projeto continuasse, pelo menos, sendo debatido. É fundamental. Porque hoje no Brasil e, em especial, no Espírito Santo estamos atrasados nesse debate, devido ao potencial que o Estado tem”, destacou Majeski.
A comissão especial que analisa a admissibilidade do impeachment de Dilma Rousseff deverá aprovar hoje o relatório do deputado Jovair Arantes. Estará, assim, aberto caminho para o afastamento da presidente da República, para a mudança de rumos e para o reencontro do Brasil consigo mesmo.
É crescente a adesão ao impeachment, conforme todos os levantamentos publicados por órgãos de imprensa e/ou movimentos da sociedade que acompanham o processo. O Vem Pra Rua, por exemplo, contabiliza 116 novos votos pela saída de Dilma desde as manifestações de 13/3, num canal que praticamente drena os indecisos para o apoio ao afastamento. Já seriam hoje 286 pela saída da petista – ou 291, de acordo com o Estadão.
É salutar que o Congresso esteja cumprindo exatamente o que a sociedade espera dele: espelhar a vontade de seus representados, que continuam majoritariamente favoráveis ao impeachment. Segundo nova rodada de pesquisa do Datafolha publicada neste fim de semana, 60% querem a saída antecipada da petista do cargo.
Enquanto os partidários do impeachment têm a seu lado a convicção de que lutam por um Brasil melhor, mais ético e livre da corrupção, com capacidade para voltar a crescer, a gerar empregos e a promover a igualdade de oportunidades, o governo maneja sua principal arma, a única que lhe restou: a caneta.
Usa e abusa de dinheiro que deveria servir ao povo para tentar fazer prevalecer sua causa, comprando apoios, loteando cargos e retalhando o governo como se não houvesse amanhã. Estão em jogo orçamentos que somam R$ 38 bilhões e, na política miúda, votos mercadejados na casa dos milhões de reais. São estes os princípios pelos quais os defensores de Dilma combatem.
Os partidários do governo já se mostram convencidos de que a derrota na comissão especial é certa, e tentam apenas perder de pouco. Sua falta de convicção em torno da causa que defendem também se manifesta na debandada que o PT está sofrendo em número de prefeituras pelo país afora e também se prepara para sofrer no Congresso.
Do outro lado, sobram razões para o impeachment, como reiterou Arantes em seu relatório. Se não sobrassem, a cada semana surgem novas revelações que tornam ainda mais cristalino que Dilma obteve seu segundo mandato de maneira ilegítima, ilegal, imoral, bancada pelo dinheiro sujo da corrupção, como apontam as recentes delações feitas pelos dirigentes da empreiteira Andrade Gutierrez.
Nos poucos dias que faltam para a votação do processo pelo plenário da Câmara, é hora de pressionar ao máximo os deputados, e depois os senadores, para que façam valer o desejo da maioria dos brasileiros. O povo nas ruas já mostrou o que quer. Agora é a vez de a política responder à altura, promovendo o impeachment de Dilma Rousseff.
Brasília (DF) – A Comissão Especial do Impeachment da Câmara dos Deputados deve aprovar nesta segunda-feira (11) o relatório do deputado Jovair Arantes (PTB-GO), favorável ao processo de perda do mandato da presidente Dilma Rousseff. Dos 65 titulares da comissão especial, 35 declararam ser favoráveis ao afastamento da petista, segundo o Placar do Impeachment publicado nesta segunda pelo jornal O Estado de S. Paulo.
Com a mudança de posicionamento do deputado Paulo Maluf (PP-SP), a comissão passou a ter parlamentares suficientes para aprovar o parecer do relator, que diz que a denúncia contra a presidente detém “todas as condições jurídicas e políticas” para ser aceita.
Do total de titulares da comissão, apenas 20 deputados se dizem contra o impedimento de Dilma, oito estão indecisos e dois não quiseram responder.
Após a aprovação do processo na comissão, ele seguirá para votação no plenário da Câmara. Até agora, o placar de plenário publicado pelo Estadão registra 291 votos a favor do impeachment e 115 contra. Somando aos favoráveis a quantidade de indecisos (61) e sem resposta (46), a oposição teria 398 parlamentares votando pelo afastamento, número bem superior aos 342 votos necessários para que a proposta seja aprovada.
Levantamento feito pelo Datafolha entre 21 de março e sete de abril mostrou que 60% dos 513 deputados afirmam que serão favoráveis ao processo de impeachment de Dilma. Segundo a pesquisa, seriam 308 votos pelo afastamento. Outros 108 parlamentares são contrários ao impeachment (21% do total) e 18% seguem como indecisos ou não declararam o voto.
A data de análise do processo de impeachment pelo plenário da Câmara ainda não foi definida, mas a previsão é que a discussão seja iniciada nesta sexta (15) e que a votação ocorra no domingo (17). Cada um dos 25 partidos políticos com representação na Câmara terá direito a uma hora de pronunciamento no plenário.
Acompanhe aqui o Placar do Impeachment, publicado no jornal O Estado de S. Paulo.
Esta segunda-feira ficará marcada na história do Brasil como o dia da grande escolha. Teremos que decidir, pela representação popular no Parlamento, se será dado prosseguimento ao processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, confirmando os flagrantes indícios de crime de responsabilidade, ou se será arquivado o procedimento constitucional, determinando, ao menos nessa instância, a continuidade do governo.
Sob exame da Comissão Especial desnudam-se irregularidades diversas cometidas contra o país, que há meses e em capítulos deixaram perplexos e indignados os brasileiros e destruíram por completo a autoridade e a credibilidade da atual mandatária, comprometendo a legitimidade do seu mandato.
Estará em julgamento não apenas um estilo de gestão ou a crença em uma ideologia, mas um governo que descumpriu sistematicamente as leis e atropelou a Constituição e se serviu de um esquema jamais visto de corrupção institucionalizada, para financiar seu projeto de poder.
Os argumentos e acusações que sustentam o pedido de impedimento da presidente são os mesmos que estão na base das múltiplas crises que atingiram o país e o lançaram no abismo da incerteza e do descrédito: a mentira, a leniência, o aparelhamento e o compadrio, a ineficiência, a demagogia, os desvios de conduta e a arrogância de um governo que não se furtou em ultrapassar limites, fez o que quis, como quis e para quem quis, movido apenas pelos seus próprios interesses e conveniências.
Tudo, ao final, se resumiu a isso: manobras para manter o poder a qualquer preço e a todo custo, ainda que tenha colocado em risco conquistas preciosas dos brasileiros, como estabilidade econômica e credibilidade do país.
Enquanto cabala votos e se ocupa do balcão de trocas e benemerências, o Brasil fica à deriva. Não há mais governo, apenas os últimos tripulantes no barco adernado, lutando contra o naufrágio final.
Nas ruas os cidadãos já disseram o que desejam e o que exigem das nossas instituições. Que elas cumpram seu papel, com autonomia, responsabilidade e amparo rigoroso nas salvaguardas legais.
Esse é o estado de espírito da nação, que se contrapõe ao esforço descomunal e ao mesmo tempo frágil da tese do golpismo. Em sã consciência, nem o PT acredita nela.
O fato é que não teremos saída fácil pela frente. O essencial, porém, é retirar o país da paralisia, do marasmo e da letargia a que fomos tragados. Para isso, neste instante, o caminho que se apresenta como o de menor custo é o afastamento da atual presidente pela via constitucional do impeachment.
Com essa decisão, pelo menos daremos a nós, brasileiros, a chance de recomeçar.