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Tiago Oliveira

“Minha casa, minha dívida”, análise do ITV

110512RST002-300x169A agenda de cerimônias públicas da presidente Dilma tornou-se quase uma irrelevância, mas a prevista para esta quarta-feira merece alguma atenção. Trata-se de mais um lançamento de uma nova fase do programa Minha Casa Minha Vida, numa tentativa desesperada de criar algum fato positivo. Casa própria que é bom transformou-se em algo cada vez mais distante.

É simplesmente a sexta vez que a terceira fase do programa é lançada por Dilma. A primeira promessa de construção de 3 milhões de novas moradias foi feita em maio de 2014. Era apenas um dos componentes do script de mentiras que o governo petista patrocinou ao longo dos meses seguintes como parte da campanha pela reeleição. Lá se vão dois anos de embromação.

De lá para cá, a promessa encolheu (serão 1 milhão de unidades a menos), as condições de financiamento encareceram (as prestações aumentaram até 200%), mas as casas continuaram no papel. Para começar, falta dinheiro. A capacidade executiva do governo também é outro item em tremenda escassez. O Minha Casa não entrega o que promete.

O programa murchou e passou a depender cada vez mais de recursos do FGTS para se manter minimamente de pé: desde 2009, os subsídios dispararam e multiplicaram-se por seis, sem que se saiba do consentimento dos verdadeiros donos do dinheiro, os trabalhadores brasileiros.

O dinheiro reservado no Orçamento da União minguou. O valor para o programa em 2016 equivale, em termos nominais, a pouco mais da metade do montante destinado cinco anos atrás, em 2011. Se for considerar a inflação do período, é ainda menos. Entre o ano passado e este ano, a perda orçamentária é de 72%: de R$ 24,6 bilhões para R$ 6,9 bilhões.

Não é apenas o Minha Casa. As condições para o crédito habitacional em geral estão cada vez mais restritivas no país. Nesta semana, a Caixa anunciou um novo aumento nas taxas de juros dos financiamentos imobiliários, no que deve ser seguida pelos demais bancos. Desde a reeleição, as taxas subiram cerca de 50%, tornando o sonho da casa própria quase uma miragem.

O Minha Casa Minha Vida é um programa louvável, mas precisa ser sustentável e, sobretudo, factível. Tal como foi desenhado pelos governos petistas, não tem sido. Tanto que as famílias que mais precisam de moradia – as que recebem até dois salários mínimos – são as menos atendidas.

Recentemente, o ministro das Cidades admitiu que, na melhor das hipóteses, as moradias da terceira fase do programa, objeto do evento desta quarta-feira, só ficarão prontas em 2021. Tudo isso torna a cerimônia de hoje apenas mais uma pantomima para fingir que Dilma Rousseff ainda governa o país. Mas ela já não engana ninguém. Sua casa já caiu.

Conceição da Barra ganha posto de saúde e interligação para Distrito de Cricaré

Equipe de Governo apresentando projeto de travessia aos moradores do Distrito de Cricaré
O retorno do prefeito tucano  Jorge Donati ao comando do Executivo Municipal já repercute positivamente no distrito do Cricaré. Acompanhado por todos os secretários municipais de Conceição da Barra o prefeito visitou a localidade que reúne centenas de famílias barrenses para anunciar a sua total interligação à Sede do Município. A sonhada integração será possível graças ao início da operacionalização do transporte coletivo por balsas, ainda no primeiro semestre de 2016, através da Travessia do Rio Cricaré.

 

Até o mês de junho deste ano, os moradores do Distrito do Cricaré também serão beneficiados com a construção de um Posto de Saúde que trará importantes avanços nos atendimentos em saúde. A autorização para o início imediato das obras foi dada pelo prefeito Jorge Donati, nessa mesma visita à comunidade. O Posto de Saúde Cricaré, será uma extensão do NESF Centro, localizado na Sede do município, e as obras devem ser concluídas em aproximadamente 90 dias.

O Postinho Cricaré, será construído em Meleiras, e terá estrutura para atender aproximadamente 250 famílias de todas as comunidades ribeirinhas do distrito, em uma unidade que ofertara mais conforto e agilidade no atendimento. Serão disponibilizados atendimentos básicos de enfermagem, exames preventivos, imunização, curativos, entre outros, além de atendimentos específicos de fisioterapia, odontologia, clínica geral e entrega de medicamentos.

O Distrito do Cricaré foi criado em 2011, através de um projeto de lei de autoria do prefeito Jorge Donati, que na sessão solene de instalação do distrito afirmou que “este importante pedaço de Conceição da Barra vivia esquecido e adotado por São Mateus, mas agora tem quem cuide dele assim como um pai cuida do filho”.

TRAVESSIA DO RIO CRICARÉ POR BALSAS

O projeto de travessia foi apresentado pelo prefeito Jorge Donati ainda na sua primeira gestão e, desde então, tornou-se uma das suas prioridades de governo. Dada a magnitude dessa obra estruturante, o processo para a implantação dos ancoradouros e para a concessão dos serviços de operacionalização e manutenção do transporte coletivo fluvial demandou tempo e muita dedicação.

A concessão compreende a instalação, operação e manutenção do sistema de embarcações com capacidade para o transporte de até 40 veículos e a vencedora da licitação, realizada em janeiro deste ano, foi a Empresa de Navegação V.J.B Ltda EPP. Toda a infraestrutura dos pontos de apoio ao embarque e desembarque de veículos e passageiros: rampas, banheiros, praça de pedágio, entre outros, é de responsabilidade do município.

Ao município também coube os encaminhamentos para a obtenção do licenciamento ambiental da obra, através de pedido já protocolado junto ao Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (IEMA) e da análise solicitada ao Conselho Gestor da Área de Proteção Ambiental (APA) de Conceição da Barra.

Quando implantada, a travessia irá proporcionar melhores índices de desenvolvimento social e econômico, facilitar o acesso de médicos, coleta de resíduos e outras políticas públicas, favorecendo o turismo ecológico e, principalmente, o tráfego de moradores do Distrito do Cricaré e da Sede, sem a necessidade de atravessar o município de São Mateus.

Desta forma, haverá redução no custo e no tempo de locomoção entre a Sede e o Distrito do Cricaré. Hoje, o deslocamento da Sede até a comunidade de Meleiras, por exemplo, tem um tempo estimado de uma hora e quarenta minutos, havendo a necessidade de percorrer cerca de 70 quilômetros. Quando o transporte aquaviário estiver em operação, o tempo de travessia será de oito minutos, contados a partir do embarque. O preço base da tarifa está em estimado em R$ 12, para um automóvel de passeio e o seu motorista.

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Com informações da Assessoria da Prefeitura Municipal de Conceição da Barra

82% dos brasileiros reprovam governo Dilma, mostra pesquisa CNI/Ibope

Entrevista da presidenta Dilma Rousseff sobre nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a Casa Civil (Wilson Dias/Agência Brasil)

Apenas 10% dos brasileiros aprovam o governo de Dilma Rousseff, segundo mostra pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta terça-feira (30). De acordo com o levantamento, encomendado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), 69% dos entrevistados consideram a gestão da petista péssima ou ruim, enquanto outros 19% avaliam o governo como regular.

Além dos índices de aprovação do governo, o levantamento revelou que 82% desaprovam a maneira de governar de Dilma. 80% dos entrevistados afirmaram, ainda, que não confiam na presidente.

Na visão do deputado federal Miguel Haddad (PSDB-SP), líder da Oposição na Câmara, o resultado apontado pelo Ibope não causa nenhuma surpresa por conta da falta de capacidade da administração de Dilma.

“Esse dado não surpreende. Isso [baixos níveis de aprovação] se deve a inúmeras razões, como a fraude eleitoral, o número de pessoas desempregadas, a inflação, o quadro econômico, mas principalmente a corrupção que assola o país. Isso vai levando a toda insatisfação. 10% de aprovação é um número de um governo criminoso que só falta ser enterrado. O governo do PT, o governo Dilma acabou. Esse número é a pá de cal”, avaliou o tucano.

De acordo com matéria publicada pelo portal G1, as 2.002 pessoas consultadas pelo Ibope também avaliaram a gestão da petista em relação a diferentes áreas de atuação. Em todas elas, os níveis de desaprovação foram muito superiores aos de aprovação, com destaques para os itens relativos à economia, como combate à inflação, taxa de juros, impostos e combate ao desemprego, em que a desaprovação variou entre 86% e 91%. Para Miguel Haddad, a péssima avaliação do governo nesses quesitos acontece porque a crise econômica é a que mais penaliza a população brasileira.

“As pessoas desempregadas, as pessoas que chegam ao final do mês e que têm os seus compromissos, que têm água, energia elétrica, supermercado, aluguel, é lógico que elas se ressentem muito mais, elas estão assumindo os reflexos de um governo corrupto e incompetente. É natural que esses índices tenham uma apreciação ainda pior em relação ao governo dela, porque eles afetam diretamente a população”, completou o líder da Oposição.

“A questão básica é que o governo Dilma acabou. A presidente só tem um objetivo, que é o de se manter no poder, e não há nenhum compromisso com a economia, com uma proposta para o país e com a população. Essa é a nossa realidade”, encerrou.

A pesquisa do Ibope foi feita entre os dias 17 e 20 de março, em 242 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

Deputados do PSDB participam da entrega de 2 milhões de assinaturas pelo fim da corrupção

26121180065_358656df3b_k1-300x277-300x277Na avaliação do deputado Max Filho , o evento é a coroação de uma campanha que reuniu milhares de pessoas num mesmo propósito. Ele diz que os representantes do povo não podem dar as costas a esse movimento. “Esperamos que o Congresso Nacional possa fazer a sua parte ajudando a mudar essa página triste da nossa história em que a política está sendo marcada pela corrupção”, disse ele.

Deputados e senadores que integram a Frente Parlamentar Mista de Combate à Corrupção receberam, nesta terça-feira (29), dezenas de volumes contendo mais de 2 milhões de assinaturas coletadas em todos os estados brasileiros em apoio ao pacote de medidas anticorrupção, idealizado pelo Ministério Público Federal (MPF). Além disso, representantes de movimentos sociais entregaram aos parlamentares sugestões de projetos de leis contendo dez medidas que devem ser adotadas para prevenir, coibir e punir quem cometer crime de corrupção.

O slogan “10 medidas contra a corrupção, adote esta ideia” foi proposto pela campanha, que começou no âmbito do MPF e ganhou espaço dentro de sindicatos, movimentos sociais, universidades, estabelecimentos comerciais, empresas e igrejas.

Na solenidade de entrega das assinaturas, que lotou o auditório Nereu Ramos, da Câmara dos Deputados, um grupo de crianças representando a Escola Classe 43, de Ceilândia (DF), marcou um momento de emoção ao entrar cantando o hino nacional e empunhando bandeiras de todos os estados. Elas também entregaram cartinhas a deputados e senadores falando da esperança num Brasil do futuro.

O deputado Silvio Torres (SP), surpreendido ao receber uma carta toda desenhada, considera que essa mobilização mostra um novo Brasil. “Um Brasil que permeia todas as idades, todas as gerações e mostra um sentimento de que o país precisa acordar para a realidade e para o futuro que a sociedade deseja”, disse.

Ele reitera que a classe política tem que ser a primeira a ser acionada e também a primeira a reagir. Para ele, hoje os três poderes estão em xeque e o Congresso Nacional ocupa o primeiro lugar na vitrine, até mesmo por ter a função de representar o povo. “Para que essa representação seja mais legitimada, é preciso haver um reencontro com a sociedade, as aspirações dela e o trabalho que estamos desenvolvendo aqui”, afirmou.

O movimento de coleta de assinaturas começou em julho de 2015 com o objetivo de conseguir apoio suficiente para apresentar um projeto de iniciativa popular. Rapidamente obteve apoio de mais de 1 mil instituições que mobilizaram voluntários em todo o país em prol da causa. Presente ao evento, o deputado Otavio Leite (RJ) falou das mudanças de comportamento vividas pela população brasileira e da importância de adequar a legislação e obter maior eficácia no combate à corrupção.

O deputado Célio Silveira (GO) falou de seu otimismo pela mobilização da sociedade para tornar a Justiça mais célere e eficiente. “Sou representante do povo e ouço a vontade do povo nas ruas. Vamos lutar contra esse mal que acaba com nosso país”, afirmou. Também participaram do evento os deputados Antonio Imbassahy (BA), líder do PSDB, Vanderlei Macris (SP), Marcus Pestana (MG), João Gualberto (BA), Geovania de Sá (SC), Luiz Carlos Hauly (PR), Elizeu Dionizio (MS) e Paulo Martins (PR).

Segundo informações do MPF, a maioria das “10 medidas” tem origem na Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção, assinada em Mérida, no México, em 2003, e ratificada pelo Brasil. Com o impacto da operação Lava Jato, as medidas ganharam força.

Na avaliação do deputado Max Filho , o evento é a coroação de uma campanha que reuniu milhares de pessoas num mesmo propósito. Ele diz que os representantes do povo não podem dar as costas a esse movimento. “Esperamos que o Congresso Nacional possa fazer a sua parte ajudando a mudar essa página triste da nossa história em que a política está sendo marcada pela corrupção”, disse ele.

O deputado Fábio Sousa (GO), que acompanhou a entrega formal e o protocolo da entrega das assinaturas no Salão Verde da Câmara, disse que historicamente está comprovado que o povo unido em torno de um ideal consegue mudar o rumo da história. “É o que a sociedade quer, é o que entidades querem e é o que quer quem tem um pouco de decência no Congresso”.

No total, são 20 propostas legislativas divididas em dez temas que propõem a melhoria e aperfeiçoamento do sistema e da legislação anticorrupção. Entre os ajustes propostos estão: a criminalização do enriquecimento ilícito; aumento das penas e crime hediondo para corrupção de altos valores; celeridade nas ações de improbidade administrativa; reforma no sistema de prescrição penal; responsabilização dos partidos políticos e criminalização do caixa 2.

As medidas propostas começaram por integrantes da força-tarefa da Lava Jato, em Curitiba (PR), depois foram aperfeiçoadas por uma comissão de membros do MPF, criada em janeiro de 2015. Em março, elas foram apresentadas à sociedade civil e ficaram disponíveis no portal da instituição para críticas e sugestões. No final de maio, o documento foi encaminhado ao Congresso Nacional. A coleta de assinaturas em apoio às 10 Medidas, necessárias para apresentar as propostas em forma de projeto de iniciativa popular, teve início em julho de 2015.

*Do PSDB na Câmara

“O processo de impeachment segue estritamente o que determina a Constituição”, diz Aécio

aecio-neves-foto-george-gianni-6-2-300x200O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, concedeu nesta terça-feira  (29)  entrevista coletiva a jornais e agências internacionais.  Antes da entrevista, Aécio fez a declaração que segue abaixo:

Gostaria de registrar desde já a presença aqui de todos os presidentes dos partidos de oposição com representação no Congresso Nacional, e vários líderes partidários, me permita começar com o presidente do Democratas, senador José Agripino, o deputado Marcondes Gadelha, primeiro vice-presidente do PSC, o Dr. Carlos Siqueira, presidente do Partido Socialista Brasileiro, o PSB, deputado Paulinho da Força, presidente do Solidariedade e o deputado Roberto Freire, presidente do PPS. Sou o presidente do PSDB e aqui estão presentes os líderes do PSDB no Senado, senador Cássio Cunha Lima, o líder da oposição da Câmara dos Deputados, deputado Miguel Haddad, o deputado Carlos Sampaio, ex-líder do PSDB na Câmara, o deputado Paudernei Avelino, líder do Democratas na Câmara, o deputado Antonio Imbassahy que é o líder do PSDB na Câmara dos Deputados, Fernando Coelho, que é o líder do PSB na Câmara, e o senador Paulo Bauer, primeiro vice-líder do PSDB no Senado Federal.

Não vou monopolizar a palavra, mas quero dizer que essa reunião para nós tem uma importância muito grande, que é a oportunidade através dos veículos importantes que os senhores representam, darmos a nossa versão, que é da ampla maioria da sociedade brasileira, em relação ao que vem acontecendo no Brasil.

O Brasil não está prestes a sofrer um golpe, ao contrário do que lideranças do PT e do governo e a própria presidente da República têm dito ao mundo. Na verdade, se há algo sólido hoje no Brasil são as nossas instituições democráticas. O Brasil vive um momento sim de inquietação política, mas com as nossas instituições funcionando na sua plenitude. O processo de impeachment instalado na Câmara dos Deputados segue estritamente o que determina a Constituição federal do país.

O Supremo Tribunal Federal definiu qual o rito que deveria ser cumprido, seguido pela Câmara dos Deputados, e essa comissão tem sido absolutamente exemplar no cumprimento daquilo que determinou o Supremo Tribunal Federal, gostássemos ou não os parlamentares.

Por outro lado, os depoimentos que o Brasil tem ouvido, de instituições da representatividade por exemplo da OAB, além de algumas outras, e a palavra de ministros da Suprema Corte, atuais e ex-presidentes, desnudam de forma clara essa tentativa do governo de, no desespero para encontrar alguma narrativa, alguma argumentação que possa minimamente permitir o enfrentamento do processo do impeachment, busca criar um clima de instabilidade.

Do ponto de vista do PSDB, o Brasil vive a sua plenitude democrática, com as nossas instituições funcionando. Portanto, não há qualquer risco de ruptura institucional no Brasil nesse instante. O que existe é um governo que burlou a Lei de Responsabilidade, a presidente da República, ao nosso ver, no nosso entendimento, descumpriu a Lei de Responsabilidade, portanto, cometeu um crime de responsabilidade e a Constituição determina que a punição para crimes de responsabilidade é o afastamento, é a interrupção do mandato. Isto está posto no artigo 85 da nossa Constituição, que diz:

“São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra a Constituição Federal e, especialmente, contra o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes constitucionais das unidades da Federação e à lei orçamentária”.

E o ponto talvez mais marcante tenha sido o descumprimento da Lei Orçamentária, para não entrarmos em questões outras que não constam do parecer que está sendo votado, ou da peça que está sendo votada. A presidente da República, no ano de 2015, editou, sem numeração, decretos que permitiram a criação de gastos para o governo sem a prévia autorização do Congresso Nacional. Isso é crime de responsabilidade.

A outra alternativa seria nós criarmos aqui um salvo conduto, que parece ser aquilo que o governo gostaria, um salvo conduto para a presidente da República poder cometer qualquer tipo de crime e por ser presidente da República não estaria sujeita às leis.

Portanto, nós, não apenas da oposição, porque hoje somos maioria na sociedade brasileira, cumprimos estritamente o que determina a Constituição. Seria o único caso na história do Brasil de um golpe de Estado referendado pelo Supremo Tribunal Federal e com apoio da maioria parlamentar, seja na Câmara, seja no Senado. Faria melhor o governo se gastasse as suas energias e os seus esforços para defender-se das acusações que a ele são feitos ao invés de estar criando esta narrativa de instabilidade, utilizando instituições de Estado, o próprio Itamaraty de forma vergonhosa recentemente, criando no mundo uma versão diferente da real.

Nada ilustra melhor o que estamos querendo dizer do que a letra da Constituição. Alguns de nós aqui, eu entre eles, fomos constituintes, ajudamos a escrever esta Constituição. Ela diz no seu artigo 51 algo muito claro e singelo que não foi feito para este governo, foi feito em defesa do país, feito em defesa da Democracia. Diz o seguinte: “Compete privativamente à Câmara dos Deputados autorizar por dois terços dos seus membros a instauração de processo contra presidente e o vice-presidente da República e também ministros de Estado”.

Dito isso, o artigo 86 diz de forma clara: “admitida a acusação contra o presidente da República por dois terços da Câmara dos Deputados, será ele submetido a julgamento perante o STF nas infrações penais comuns ou perante o Senado Federal, que é o caso dos crimes de responsabilidade. E diz no parágrafo primeiro deste artigo: “o presidente ficará suspenso de suas funções nos crimes de responsabilidade após a instauração do processo pelo Senado Federal”. E ainda no parágrafo segundo faz uma ressalva: “se decorrer do prazo de 180 dias, o julgamento não estiver concluído, cessará o afastamento do presidente, sem prejuízo regular ao prosseguimento do processo”. Apenas leio isso para dizer que é garantido durante todo o processo o amplo direito de defesa do presidente da República.

O que assistimos no Brasil é a presidente, talvez para não ter respostas a dar, abdicar do seu direito de defesa e partindo para uma ação acusatória, distorcendo perante nações do mundo a realidade do que vem acontecendo no Brasil.

Todos nós juramos essa Constituição. É fazê-la respeitar é a nossa obrigação. Vamos nos insurgir de forma veemente e clara contra esta narrativa que é de desrespeito às instituições, ao STF e ao Congresso Nacional. A presidente tem de se defender das acusações que lhe são feitas e a Câmara dos Deputados, em primeira instância, e depois o Senado Federal, vão julgar se a sua defesa é cabível ou não. Estamos, portanto, prestes sim a viver cerca de 20 e poucos anos, outro processo de impedimento no Brasil, o que só mostra a solidez da nossa democracia e das nossas instituições.

Estaremos dispostos, seja congressualmente, seja na nossa interface com setores importantes da sociedade brasileira, a construir um ambiente adequado para que uma agenda emergencial possa ser colocada em curso. Antecipo para os senhores que, na próxima segunda-feira, nós, do PSDB, reuniremos nossos governadores, os líderes partidários e o ex-presidente Fernando Henrique para detalhar algumas dessas questões que consideramos essenciais para fazermos a transição, se aprovado o impeachment.

“Dona Xepa”, análise do ITV

rs-dilmaelula-20150212-300x193O governo Dilma vive clima de fim de feira. Não é apenas a sensação de salve-se quem puder que reforça a impressão. A presidente da República e seu tutor lançaram-se numa operação de mercadejar apoios, negociando-os na bacia das almas. É a baixa política da qual o PT desde sempre lançou mão enquanto esteve no poder.

Com o desembarque iminente do PMDB, que deve ser seguido por PP, PSD e PR, Dilma e seus porta-vozes petistas passaram a repetir aos quatro cantos que distribuirão cargos e verbas aos montes para seduzir quem quiser se aventurar em naufragar junto com o governo. Dizem isso – aparentemente – sem o menor pudor e sem nenhum constrangimento. Deve ser porque apenas agem agora como sempre agiram.

Em entrevista dada ontem a correspondentes estrangeiros, Lula disse que irá à cata das migalhas peemedebistas para reeditar o formato que, segundo ele, deu certo no início de seu primeiro mandato. “Num primeiro momento, o PMDB não me apoiou, mas uma parte na Câmara e no Senado me apoiava e conseguimos governar”, disse o ex-presidente.

Talvez fosse desnecessário recordar, mas foi nesta época de varejão político que vicejou o mensalão, a compra de votos no balcão do Congresso para assegurar apoio ao governo petista e que, anos depois, levou uma penca de próceres petistas à cadeia. Pelo visto, Lula não se constrange em dizer abertamente – e para todo o mundo, literalmente, ouvir – que este é o modelo que classifica como mais venturoso.

Não há mais um pingo de convicção ou de conteúdo programático nos apelos do PT em prol da sustentação de Dilma. De resto, quase nunca houve. Sobrou explícito apenas o fisiologismo, o clientelismo e a corrupção que marcam o presidencialismo de coalizão protagonizado pela presidente da República e seu partido.

Ninguém no Palácio do Planalto ou na Esplanada dos Ministérios parece ser capaz de responder à questão básica: por que Dilma quer permanecer por mais dois anos e nove meses no cargo? O que ela acha que consegue fazer em favor do Brasil? Que condições imagina ter para reverter a monumental crise política, econômica e ética que patrocinou? As respostas serão sempre as mesmas: nada.

Nem Dilma nem seu tutor conseguem promover qualquer diálogo em busca de consenso. Simplesmente porque sempre apostaram no conflito, jamais admitiram fraquezas e/ou erros, nunca se dirigiram com sinceridade ao povo brasileiro para assumir sua parcela de culpa pelo atual estado das coisas. Optaram, sempre, pela mistificação e pela mentira.

No apagar das luzes de seu tétrico governo, Dilma Rousseff assume o papel de vendedora que rifa produtos que sobraram no fim da feira. Vende-os pelo preço que o cliente está disposto a pagar, na baciada. Mas na hora da xepa em geral só sobra fruta podre. É este o folhetim que a presidente ainda protagoniza, embora por pouco tempo mais.

Oposição garante vitória na Comissão do Impeachment e cria “força-tarefa” para reunir mais aliados

comissao-impeachment-foto-agencia-camaraA oposição já contabiliza 40 votos a favor do impeachment entre os 65 integrantes da comissão especial que investiga denúncia de crimes de responsabilidade cometidos pela presidente Dilma Rousseff. Nesta terça-feira (29), deputados participaram de reunião do comitê pró-impeachment na Câmara para fazer um balanço e criar uma “força-tarefa” na tentativa de convencer parlamentares indecisos a se posicionarem pelo afastamento de Dilma. O líder do PSDB na Câmara, deputado Antonio Imbassahy (BA), disse que o grupo já tem certeza da aprovação na comissão processante, e acredita que o Plenário será favorável ao prosseguimento da matéria para o Senado.

“As informações que chegaram hoje durante esse encontro são extremamente positivas, que já elevam o número de deputados que vão votar a favor do impeachment da presidente. Na comissão processante já não temos dúvidas que o parecer favorável ao impeachment vai ser aprovado, na medida que o deputado Jovair Arantes apresente um parecer nessa direção”, disse.

Para que o processo seja encaminhado ao Plenário da Câmara serão necessários 33 votos favoráveis ao impeachment na Comissão, correspondentes a maioria simples dos integrantes. Já no Plenário, a matéria precisa de maioria absoluta, ou seja, 342 votos, para que siga para o Senado Federal.

Audiência para discutir Plano de Saneamento Básico em Presidente Kennedy

presidente-kennedyA Prefeitura de Presidente Kennedy, através da Secretaria de Meio Ambiente, realiza audiência pública nesta quarta-feira (30), às 19 horas, no auditório do Núcleo dos Idosos, para discutir o Plano Municipal de Saneamento Básico.

A Prefeita Amanda Quinta Rangel faz um apelo para que a comunidade participe desse momento de discussão, pois poderá apresentar propostas para que o município construa, com a participação dos moradores, o PMSB.

“Queremos encontrar juntos o melhor caminho, para que todos tenham a cada dia mais saúde e qualidade de vida. Já está provado que a cada real investido em saneamento há uma economia de R$ 4.  É mais saúde e qualidade de vida para nossa população”. afirmou Amanda.