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Tiago Oliveira

“STF deve abrir inquérito para investigar Dilma Rousseff”, diz Ferraço

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Mesmo que a delação premiada do senador Delcídio do Amaral (PT-MS) não venha a ser homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), seu conteúdo precisa ser investigado, afirmou o senador Ricardo Ferraço nesta sexta-feira (4), em Plenário.

“Não há outro caminho para o Supremo Tribunal Federal que não o de abrir inquérito para investigar a presidente da República” — afirmou o senador, salientando que as denúncias atingem a própria presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula.

Ferraço apontou a gravidade das informações que teriam sido prestadas por Delcídio e em parte já publicadas na quinta-feira (3) pela revista Istoé. Então líder do governo, Delcídio foi preso em novembro pela Operação Lava-Jato e teria sido solto após negociar uma delação. Para Ferraço, não há como fugir do caminho da investigação.

“Se o senador Delcídio mentiu ou não, vai caber a ele. Mas o inquérito precisa ser aberto e a presidente [Dilma] precisa ser investigada pelos fatos que estão denunciados pelo senador Delcídio do Amaral. Essa é a verdade. É disso que se trata” — afirmou Ferraço.

Fatos

O senador elogiou a manifestação do decano do Supremo, ministro Celso de Mello, segundo a qual, na República, ninguém está livre de investigação. Ferraço também mencionou a opinião do ministro Marco Aurélio de Mello, para quem a delação de Delcídio preocupa “quanto à paz social”, mas que os que violam a lei devem pagar por isso. Lembrando que Delcídio foi até pouco tempo líder do governo no Senado, Ferraço salienta que não há como ignorar esses fatos.

“Não podemos de início incendiar o Brasil. É hora de atuar com serenidade e temperatura. Vamos esperar que as instituições funcionem e que quem cometeu desvio de conduta que pague por isso” — disse o senador, que declarou apoio às manifestações convocadas pela oposição para o dia 13 de março.

*Da Agência Senado

“A hora da verdade”, análise do ITV

584296396-lula-inflavelEsta sexta-feira marca um dia histórico, há muito aguardado pelos brasileiros que anseiam por um Brasil melhor: o dia em que aqueles que corromperam o país como nunca antes na história começarão a ter que acertar as contas com a Justiça. Dando nome aos bois: o dia em que Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff começarão a pagar por ter transformado o Brasil numa republiqueta enlameada e tornado a vida dos brasileiros um inferno.

Em operação deflagrada nesta manhã, Lula foi levado para depor pela Polícia Federal. Policiais também cumpriram mandados de busca e apreensão na casa do ex-presidente, na de seu filho Fábio Luiz Lula da Silva e também no Instituto Lula. Segundo o Ministério Público no Paraná, a ação se justifica porque o petista foi “um dos principais beneficiários” do petrolão. As investigações estão chegando aonde deveriam.

As ações deflagradas nesta manhã – batizadas de Aletheia, palavra grega que significa “verdade” – são o desdobramento natural das revelações trazidas a público ontem pela revista IstoÉ. Sugerem que a Operação Lava Jato, que daqui a alguns dias completa dois anos, está finalmente alcançado o cerne do seu objetivo: extirpar, desde o seu nível de comando mais alto, a organização criminosa que se apossou do Brasil na última década.

O conteúdo da delação feita por Delcídio do Amaral confirma muitas das suspeitas e acusações conhecidas ao longo dos últimos anos. O senador, que até pouco mais de três meses atrás era o líder do governo no Senado, corroborou o que desde o mensalão tornou-se cada dia mais evidente: tanto Lula quanto Dilma, na condição de presidentes da República, tinham pleno conhecimento do assalto ao Estado perpetrado pelo PT.

Desde a prisão de Delcídio, em 25 de novembro do ano passado, os petistas temiam pelo que estava por vir. Conhecido o conteúdo da delação, assacaram a mesma estratégia de sempre: acusar o delator de não ter credibilidade. Curiosa recriminação a quem até pouco tempo – e, mais que isso, durante longo tempo – privou da mais estrita confiança e da privacidade tanto de Lula quanto de Dilma.

Em sua manifestação formal divulgada ontem, a presidente da República não foi capaz de sustentar que Delcídio mentia. Dilma limitou-se a manifestar indignação com o vazamento da delação. Sobre seu conteúdo, nenhuma palavra.

Todas as revelações de Delcídio conhecidas até agora envolvendo o esquema criminoso petista se encaixam com o desvendado até aqui pelas investigações. Não há delação ou investigação entre as que vieram a público até o momento que contradigam o que disse o ex-líder do governo no Senado. Tudo ratifica que o PT roubou, extorquiu, corrompeu, fraudou, surrupiou, deturpou desde que assumiu o poder.

As revelações de Delcídio são gravíssimas porque mostram que tanto Dilma quanto Lula atuaram para obstruir as investigações da Lava Jato e para interferir no trabalho da Justiça – algo que ambos sempre negaram. No caso da atual mandatária, incorre-se claramente em crime de responsabilidade, passível de perda de mandato.

Quase todos os sete incisos do artigo 9° da lei que define os crimes de responsabilidade (n° 1.079/50), no capítulo que trata dos crimes contra a probidade na administração, casam como luva com a tentativa de Dilma de fazer o STJ amaciar para empreiteiros apanhados na Lava Jato. Uma interferência indevida e ilegal no funcionamento das instituições, uma afronta à Constituição.

Quanto a Lula, resta cabalmente claro que, desde o início, ele teve absoluto domínio dos fatos que se desenrolaram desde o mensalão, desde que o PT iniciou o assalto aos cofres federais – porque contra as finanças de municípios nos quais governaram eles já tinham investido há muito tempo.

Mais recentemente, o ex-presidente locupletou-se imensamente, com vantagens pessoais, com mimos milionários dados pelas empresas que tomavam parte na burla às estatais – das quais a ruinosa compra da refinaria de Pasadena, objeto também da delação de Delcídio, é um dos exemplos mais eloquentes. Não satisfeito, Lula agiu para bloquear a ação da Justiça, tentando corromper outros acusados, segundo o ex-líder do governo.

As revelações das últimas horas, que se sucedem como um turbilhão, reforçam a constatação de que o país está diante de uma reviravolta histórica. Todas as evidências são de que a vontade do eleitor foi fraudada nas eleições de 2014, a vitória petista tanto naquele ano quanto nos anteriores foi obtida com instrumentos espúrios, usurpando o voto popular.

De alguma maneira, seja pelo impeachment, pela impugnação da chapa Dilma-Temer ou pela improvável renúncia de uma presidente incapaz de gestos de grandeza, esta triste fase da história brasileira tem que chegar ao fim – e, mais do que nunca, parece estar chegando. Porque governo já não há. Acabou.

Prefeitura de Irupi: Secretaria de Agricultura segue beneficiando mais agricultores

prefeitura de irupiA Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente de Irupi, através do programa Mais Máquinas no Campo, segue realizando intensos trabalhos pelo Município nas propriedades rurais. Desde sua implantação, em 2014, mais de mil horas de máquinas trabalhadas já foram efetuadas em Irupi. Nesta semana, os produtores atendidos foram o agricultor Geraldo Eurico, no córrego Burro Frouxo, e o senhor Valdeci Carvalho. O programa é responsável por alocar equipamentos pesados com custos abaixo do valor de mercado com o intuito de beneficiar os produtores rurais que dependem dos maquinários pesados.

E ainda nesta semana, também em parceria com os agricultores de Irupi, a Secretaria de Agricultura realizou a entrega de 40 mil alenivos (filhotes de peixe) para os produtores rurais. De acordo com o secretário Municipal, Herivelto Carvalho, uma nova entrega será realizada no próximo dia 29 de março. A busca dos filhotes é realizada em parceria com a Secretaria e os produtores que adquirem os alenivos em outra região. “É mais uma facilidade que a Secretaria oferece aos nossos produtores. Para que possamos buscar os filhotes de peixe basta os produtores procurarem a sede da Secretaria onde realizamos o cadastro, formalizando a parceria”, explicou o secretário.

Assessoria de Comunicação Prefeitura de Irupi

 

“Ninguém está acima da lei”, afirma Max Filho sobre Lula

IMG_04221-300x225O ex-presidente Lula foi levado nesta sexta-feira (4) para prestar depoimento na 24a. fase da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, que apura o esquema de corrupção na Petrobras. Além de levar Lula coercitivamente (quando o investigado é obrigado a depor) para prestar esclarecimentos, a PF cumpre mandados de busca e apreensão no prédio do ex-presidente e na casa de seu filho, Fabio Luiz Lula da Silva, em São Paulo – acusados de receberem vantagens indevidas de empreiteiras.

O petista foi levado às 6h pelas autoridades e deverá prestar depoimento, ainda hoje, no aeroporto de Congonhas. Ele não será conduzido a Curitiba, onde são concentradas as investigações da Polícia Federal na Lava Jato.

Para o deputado federal Max Filho, a ação fortalece a Justiça e o Estado de Direito e que as instituições responsáveis por investigar e punir estão funcionando no Brasil.

“Na madrugada de hoje, como parte das investigações da operação Lava Jato, a Polícia Federal realizou uma ação na casa do ex-presidente Lula. Apesar de vivermos, no Brasil, uma situação semelhante ao caos na economia e na política, com o aprofundamento da crise e um governo cada vez mais envolvido em investigações por esquemas de corrupção, tal atitude nos mostra que ainda temos em que nos apoiar. É triste ver a situação deplorável de envolvimento de lideranças do nosso país com práticas tão sujas, mas se podemos comemorar por alguma coisa é pelo que a ação como a de hoje representa: fortalecimento da justiça e do Estado de Direito. As instituições responsáveis por investigar e punir estão funcionando e passando o recado de que hoje, ninguém está acima da lei, nem mesmo um ex-presidente, como Luiz Inácio Lula da Silva.” afirmou Max.

 

“O Brasil merece conhecer a verdade”, diz Aécio sobre fase da Lava Jato que tem Lula como alvo

aecio230216b-300x200Declaração do presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, sobre a 24ª fase da Operação Lava Jato

“O avanço da Operação Lava Jato é um passo definitivo para que os brasileiros possam ter acesso a verdade que há muito tempo vem sendo sonegada ao país. O dia de hoje exigirá de todos nós coragem e serenidade. Os graves indícios de irregularidades e crimes cometidos à sombra do projeto de poder do PT finalmente estão vindo à luz. Vamos continuar apoiando as investigações. O Brasil merece conhecer a verdade.”

24ª fase da Operação Lava Jato tem como alvo Lula, sua família e assessores do Instituto

Lula-foto-ABr--300x225O ex-presidente Lula foi levado nesta sexta-feira (4) para prestar depoimento na 24a. fase da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, que apura o esquema de corrupção na Petrobras. Além de levar Lula coercitivamente (quando o investigado é obrigado a depor) para prestar esclarecimentos, a PF cumpre mandados de busca e apreensão no prédio do ex-presidente e na casa de seu filho, Fabio Luiz Lula da Silva, em São Paulo – acusados de receberem vantagens indevidas de empreiteiras.

O petista foi levado às 6h pelas autoridades e deverá prestar depoimento, ainda hoje, no aeroporto de Congonhas. Ele não será conduzido a Curitiba, onde são concentradas as investigações da Polícia Federal na Lava Jato.

Essa fase da operação, batizada de Aletheia, apura se empreiteiras e o pecuarista José Carlos Bumlai favoreceram Lula por meio do sítio em Atibaia e o tríplex no Guarujá, como revela matéria publicada hoje (4) pelo site do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com relatos, o ex-presidente reagiu bem quando a PF bateu à sua porta e permaneceu tranquilo durante a condução coercitiva.

A defesa do petista tentou evitar o depoimento e ingressou com pedido de habeas corpus. Mas, como o documento é valido apenas para São Paulo, e não para Curitiba, de onde despacha o juiz federal Sergio Moro (que conduz a Lava Jato), o ex-presidente foi obrigado a acatar a determinação da Polícia Federal.

Quatro carros da PF chegaram às 6h à sua casa, em São Bernardo do Campo (SP). Dez agentes ficaram na portaria. A mulher de Lula, Marisa Letícia, não foi obrigada a prestar esclarecimentos – mas ela e os filhos Marcos Cláudio, Fábio Luis e Sandro Luis, além da nora Marlene Araújo, são alvos da Aletheia.

Ao todo, são 44 mandados judiciais, sendo 33 mandados de busca e apreensão e 11 de condução coercitiva no Rio de Janeiro, em São Paulo e na Bahia. Aproximadamente 200 agentes da PF e 30 auditores da Receita Federal foram designados para a Operação Aletheia.

Na casa de Lulinha, em Moema, dois carros da PF e um da Receita Federal são usados na diligência. Os agentes chegaram ao prédio dele também às 6h.

O Instituto Lula e a Odebrecht também estão na mira da PF. Há mandados para Atibaia e Guarujá, onde estão sítio e tríplex, respectivamente, além de Santo André e Manduri.

A PF realiza ainda busca e apreensão na casa e na empresa do outro dono do sítio no papel, Jonas Leite Suassuna Filho, que também é sócio de Lulinha.

Na lista de investigações também estão os empresários Fernando Bittar e Jonas Leite Suassuna Filho, assim como Paulo Okamotto, presidente do Instituto Lula.

A empreiteira OAS, a Gamecorp, do filho de Lula, Fabio Luis estão entre as empresas investigadas na Operação desta sexta-feira (4).

Veja o que o ex-líder do Governo contou em sua delação sobre Dilma e Lula

capaistoe1. Dilma atuou para a nomeação de Cerveró na Petrobras – Delcídio diz que Dilma teve participação efetiva na nomeação de Nestor Cerveró para a BR Distribuidora. Isso contraria o que era sabido antes, que a nomeação de Cerveró era obra de Lula e do ex-presidente do PT José Eduardo Dutra.
2. Lula mandou pagar a “mesada” a Cerveró – o pagamento de R$ 50 mil ao ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, que levou à prisão de Delcídio do Amaral, teria sido ordenado por Lula, segundo o parlamentar. O objetivo da “mesada” era proteger José Carlos Bumlai, o pecuarista amigo do ex-presidente.
3. Dilma tentou intervir na Lava Jato três vezes – em reunião com Ricardo Lewandowski em Portugal (cuja justificativa oficial foi a discussão sobre reajustes de salários no Judiciário), na nomeação do desembargador Marcelo Navarro ao STJ (que atuaria para a soltura de Marcelo Odebrecht e Otávio Marques de Azevedo), e na tentativa, não consumada, de nomear Nelson Schaefer também para o STJ, com o mesmo objetivo. Delcídio teria se reunido com Azevedo no Palácio do Planalto, e, na ocasião, Azevedo teria dado o sinal de que seguiria as orientações. Navarro votou pela liberação dos empreiteiros, mas perdeu a disputa por 4×1.
4. Dilma conhecia todo o processo para a compra da refinaria de Pasadena – “Dilma tinha pleno conhecimento de todo o processo de aquisição da refinaria”. “A aquisição foi feita com conhecimento de todos. Sem exceção”, diz o senador na delação. O negócio gerou prejuízo bilionário à estatal e foi firmado quando Dilma presidia o conselho de administração da empresa. “A tramitação do processo de aquisição de Pasadena durou um dia entre a reunião da Diretoria Executiva e o Conselho de Administração”, relata a delação.
5. Lula comprou testemunhas na época do mensalão – segundo Cerveró, a tentativa de Lula de silenciar uma testemunha com dinheiro não foi inédita. O mesmo procedimento teria sido feito para o operador do mensalão, Marcos Valério. Na ocasião, em 2006, Lula agiu junto com o ex-ministro Antonio Palocci para articular o pagamento de R$ 220 milhões a Valério.
6. Lula tentou interferir na CPI do Carf – a CPI, que investiga a compra de medidas provisórias durante a gestão Lula, é “um dos temas que mais aflige” o ex-presidente, segundo a delação. Delcídio relata que Lula pediu ao senador que a comissão não convocasse Mauro Marcondes e Cristiana Martoni para depor – ambos são lobistas e foram presos no âmbito da Operação Zelotes. Marcondes é o proprietário da empresa que pagou R$ 1,5 milhão por uma “consultoria” feita pelo filho de Lula.

7. A campanha de Dilma em 2010 foi beneficiada por Caixa 2 – um esquema operado pelo empresário Adir Assad (preso na Lava Jato) fez com que empresas firmassem contratos com Assad, que depois repassaria verbas à campanha de Dilma. O processo seria orientado pelo tesoureiro da campanha, José de Filippi Junior.

Clique AQUI para ler a matéria da IstoÉ.

“O Brasil precisa virar essa triste e dramática página de sua história política”, afirma Aécio Neves

Foto-1-George-GianniO presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, subiu à tribuna do Senado, nesta quinta-feira (03/03), para fazer um apelo ao Congresso e à sociedade para que, juntos, encontrem um caminho que leve o Brasil a superar a pior recessão econômica e maior crise moral de sua história política. Após revelações da revista IstoÉ com base em delação premiada do senador Delcídio do Amaral, que acusou a presidente Dilma Rousseff de interferir no julgamento do escândalo da Petrobras junto ao Superior Tribunal de Justiça, Aécio voltou a pedir a presidente que reflita sobre a permanência dela no comando do país.

“Não consigo antecipar qual será o desfecho. Não sei se será por um ato de impeachment, pela cassação do mandato da chapa eleita, pelas gravíssimas denúncias ou até por um gesto de grandeza: será que não está no momento de a presidente da República renunciar ao mandato para que, a partir desse gesto, possamos iniciar uma grande concertação, e, a partir dela, a construção de uma agenda de retomada da confiança, dos investimentos e dos empregos para os brasileiros?”, afirmou o senador.

Aécio Neves destacou a importância do envolvimento da sociedade para que o Brasil supere a crise provocada pelo governo do PT e inicie um novo ciclo de crescimento e de geração de empregos.

“É preciso que os homens e as mulheres de bem deste país compreendam que precisamos buscar um caminho para que o Brasil vire, de forma definitiva, essa triste e dramática página da sua história política, para iniciarmos um novo tempo em que a esperança volte a habitar os lares brasileiros”, disse o senador Aécio Neves.

Delcídio do Amaral foi líder do governo no Senado e tinha livre trânsito ao gabinete presidencial até ser preso pela Polícia Federal em novembro passado, acusado de tentar obstruir a investigação da Lava Jato.

“As denúncias atribuídas hoje ao Senador Delcídio são as mais graves até aqui já compartilhadas com a sociedade brasileira, porque, dentre outras questões extremamente graves e chocantes, diz essa denúncia, que a presidente da República de forma consciente teria, com a indicação de ministro do STJ, induzido ou participado de um movimento para inibir ações da Operação Lava Jato”, destacou.

Nesta quinta-feira, os partidos de oposição anunciaram que solicitarão a inclusão das denúncias reveladas pela revista IstoÉ ao processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff que tramita na Câmara dos Deputados. A oposição também quer que as informações sejam compartilhadas com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na ação movida pelo PSDB que pode resultar na cassação da chapa Dilma/Temer por abuso de poder econômico nas eleições de 2014.

Queda do PIB

O presidente nacional do PSDB também comentou a queda de 3,8% do PIB brasileiro em 2015. De acordo com o IBGE, o resultado foi o pior em 25 anos. Aécio falou ainda sobre as perspectivas para a economia em 2016 e 2017. De acordo com previsões feitas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Brasil deve amargar mais dois anos de crescimento negativo – a queda é estimada em 3,5% este ano e em 0,5% em 2017. A última vez em que a economia registrou dois anos de crescimento negativo foi em 1930 e 1931, como consequência do crash na Bolsa de Nova York, que arrastou ladeira abaixo a economia de vários países em todo o mundo.

“Não podem ser desprezados esses dados que, na verdade, constatam, trazem à luz aquilo que não eu, como oposicionista, mas economistas e analistas políticos já antecipavam nos últimos anos: o governo, irresponsavelmente, colocou mais uma vez o seu projeto de poder acima dos interesses brasileiros e deixou de tomar, quando ainda era possível, as medidas corretivas necessárias para minimizar o impacto dessa queda em todos os nossos indicadores, a fim de minimizar o sofrimento dos brasileiros”, disse o senador.

Manifestações 13 de Março

O senador também usou o discurso para convocar a sociedade brasileira para participar das manifestações programadas para o próximo dia 13 em todo o país. Aécio destacou que é hora de dar um basta definitivo aos escândalos de corrupção e ao desgoverno que tomam conta do país.

“Esse é um momento de reflexão profunda e essa reflexão não pode estar restrita aqui, ao Congresso Nacional. No próximo dia 13 de março, estaremos juntos, os brasileiros que querem mudança, dentro da ordem constitucional, estaremos juntos para dizer aos quatro cantos deste país: Chega. Basta de tanta corrupção. Basta de tanto desgoverno. E para dizermos aos tribunais e à própria presidente da República: Dê ao Brasil uma nova chance. Dê ao Brasil um novo início, uma nova trajetória. Com este governo essa trajetória não se reiniciará”, afirmou.