PSDB – ES

Tiago Oliveira

Presidente da Comissão do Cooperativismo, deputado Mansur aponta rumos para o transporte escolar

mansuraaA Comissão de Cooperativismo da Assembleia Legislativa (Ales) recebeu nesta terça-feira (23) representantes de empresas que prestam serviços de transporte escolar no Espírito Santo. A categoria reivindica uma linha de financiamento viável para que as cooperativas possam realizar a renovação da frota, que hoje é de 1550 veículos. O setor é responsável pelo transporte de 64 mil alunos para unidades de ensino de diversos municípios capixabas.

“Temos até dezembro de 2018 para renovar a frota de veículos com até quinze anos de uso. 75% dos carros se encaixam nessa questão e nós não temos tempo hábil e nem condições financeiras imediatas para essa mudança”, afirmou o superintendente da Organização das Cooperativas Brasileiras – Espírito Santo (OCB/ES), Carlos André Santos de Oliveira.

O presidente do colegiado, deputado Pastor Marcos Mansur (PSDB), reconhece a importância da renovação da frota e a dificuldade financeira dos cooperados para trocar de veículo.

“A comissão entende que é pertinente renovação dos carros para que haja maior conforto e segurança para quem usa esse tipo de transporte. O colegiado está buscando uma agenda com o Banco de Desenvolvimento do Espirito Santo (Bandes) para que juntos possamos encontrar uma solução”, disse Mansur.

Web Ales

“Programa do PT é um desrespeito à inteligência dos brasileiros”, afirma Aécio Neves

print2-300x252Sufocado pelo som de panelas e gritos de protesto da população brasileira, o programa partidário do PT, exibido na noite desta terça-feira (23), causou revolta e indignação em quem assistiu aos 10 minutos de veiculação do vídeo. O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, usou as redes sociais para se manifestar logo após o término da propaganda política.

A postagem feita no Facebook pelo senador e  líder tucano afirma que o programa “é um desrespeito à inteligência dos brasileiros”. “O partido que insiste na divisão dos brasileiros põe-se agora na condição de vítima e diz fazer um chamamento à união, quando, na verdade, formula críticas diretas a todos aqueles que, graças à democracia, lutam pela verdade e pela responsabilidade do poder público, acreditando na legitimidade de nossas instituições”, escreveu na rede.

Aécio concordou com a afirmação do partido que diz que o país tem força e sabe qual é o caminho, mas que isso vem da população. “É o povo brasileiro que garante que essa crise profunda não arrase todas as nossas esperanças. E, com consciência, é o povo que percebe as consequências danosas de um governo que sempre privilegiou o marketing e a mentira em detrimento da verdade limpa, dos desafios honestos.”

O senador concluiu sua postagem reafirmando o posicionamento do PSDB e dos aliados pró-impeachment da presidente Dilma Rousseff. “A oposição segue com coragem, ao lado do país, dos brasileiros e da justiça, certa de que a verdadeira união não se dará com novas ilusões de quem está enterrando o país na maior crise de sua história, mas com o desejo real de recuperar a credibilidade, a confiança e as possibilidades de trabalho para cada brasileiro”, afirmou.

O “panelaço” de ontem foi o oitavo registrado contra a presidente Dilma Rousseff e o governo do PT. Gritos de “ladrão e bandido” puderam ser ouvidos quando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, investigado por diversos escândalos de corrupção, apareceu na TV para se defender de suspeitas. O barulho das panelas também aumentou no momento em que Lula apareceu no programa partidário do PT.

“Mosquito deve ser enfrentado com operação de guerra”, diz Max Filho

17918710306_97378a2eec_z-460x307O combate ao mosquito Aedes aegypti requer investimentos maciços, mas o governo vem fazendo “cortes irresponsáveis nos recursos destinados às políticas de prevenção e controle de doenças”, denunciou o deputado Max Filho. “É preciso que o combate ao mosquito seja enfrentado como se fosse uma guerra, e lamentavelmente o governo brasileiro e o governo de pelo menos 17 estados cortaram recursos do orçamento do ano passado comparado com o ano anterior”, disse ele em pronunciamento no Plenário da Câmara, nesta terça-feira (23/02).

“Nós estamos estarrecidos com o crescimento da zika, da dengue e do chikungunya no Brasil”, comentou. Citando informações dos jornais O Estado de S. Paulo e Folha de S. Paulo, Max Filho disse que os repasses da União aos municípios, para vigilância epidemiológica caíram de R$ 1,56 bilhão para R$ 1,41 bilhão, entre 2013 e 2015. De acordo com os jornais, o Distrito Federal e 17 estados também cortaram recursos para combate ao mosquito.

Os casos de microcefalia associados ao zika vírus chegaram a 3.893, outros 16 mil registros são previstos pela Fiocruz ainda neste ano e o número de cidades com epidemia de dengue aumentou 322%. Mesmo com os números alarmantes, o governo Dilma reduziu pela metade a verba extra repassada pelo Ministério da Saúde às prefeituras para ações de combate ao mosquito Aedes aegypti. A verba se refere ao piso variável de vigilância em saúde, recurso adicional do governo federal destinado a estados e municípios para ações de prevenção e promoção de saúde, o que inclui medidas de erradicação do Aedes.

Oposição formaliza apoio a manifestações pelo impeachment da presidente Dilma

25125964611_7eb61e127a_k-300x199-300x199Líderes de partidos da oposição, integrantes de legendas independentes e até mesmo da base governista anunciaram nesta terça-feira (23) a criação de um comitê pró-impeachment para organizar ações pelo afastamento da presidente Dilma. Os parlamentares participaram de reuniões com
representantes de movimentos sociais e decidiram formalizar o movimento, que estava sendo articulado e foi impulsionado pela prisão do marqueteiro do PT, João Santana, acusado de ter se beneficiado do esquema de corrupção da Petrobras.

“O país não pode ficar submetido a uma agenda que não é tão importante. O importante é decidir o impeachment. As novas denúncias e a prisão do Santana tomaram, novamente, de comoção, o país. Ele não é só o marqueteiro da Dilma, mas seu conselheiro. Reforçam politicamente o pedido de impeachment”, afirmou o líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy (BA).

O líder da Oposição, deputado Miguel Haddad (SP), disse que as manifestações contra o governo nasceram nas ruas. “As manifestações começaram com movimentos sociais. Nesse momento os partidos políticos, os líderes, têm sido chamados a integrar os movimentos para potencializar as ações. O comitê vem dentro desse contexto, para darmos organicidade e ampliarmos os movimentos e para ajudar na estrutura e visibilidade”, explicou.

Durante as reuniões que ocorreram na Câmara e no Senado, os partidos decidiram que irão apoiar a manifestação nacional a favor do impeachment convocada para o dia 13 de março. Depois dos encontros, o manifesto do comitê foi lido em plenário pelo líder do PPS, Rubens Bueno (PR). “Somente a saída dela abrirá caminho para voltarmos a trilhar o rumo do desenvolvimento. Convocamos a todos que lutam por um Brasil melhor que saiam às ruas no dia 13 de março para exigirem a saída de Dilma e do PT do governo”, diz trecho do texto lido pelo parlamentar, que aponta ainda o atual desastre econômico e lembra a afirmação de Dilma de que faria “o diabo” para ganhar a eleição.

Assinam a nota PSDB, DEM, PPS, PV e Solidariedade. Membros de outros partidos, representantes de movimentos sociais, entidades sindicais e empresariais podem aderir ao comitê. Os movimentos Brasil Livre (MBR), Brasil (MBR) e Vem pra Rua participaram das discussões.

Haddad destaca que um dos motes do comitê pró-impeachment é a frase: “Ou você vai ou ela fica”, que faz menção à importância de os cidadãos irem às ruas cobrar o afastamento da presidente Dilma. “Se as pessoas não forem às ruas, a presidente pode permanecer no cargo e ela não tem condições para isso. Ela não tem proposta para o país, o quadro se agrava com desemprego, problemas sociais e inflação. É um quadro grave e que tende a piorar. Por isso é importante apoiarmos os movimentos e termos as pessoas nas ruas cobrando o afastamento da presidente”, alertou.

Em entrevista coletiva, o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), disse confiar que as manifestações do dia 13 serão muito consistentes e representativas e reforçou que os partidos de oposição decidiram que caminharão juntos e darão todo apoio às manifestações organizadas por movimentos da sociedade civil, conclamando os cidadãos em todo país.

FRENTE NO TSE

Os parlamentares lembram que o impeachment é uma das frentes para tirar Dilma do governo. A outra frente é no TSE, onde uma ação proposta pelo PSDB pede a cassação da chapa Dilma-Temer por irregularidades na campanha. Como lembra Haddad, as provas contra a dupla se tornaram ainda mais contundentes com a decretação da prisão do marqueteiro da campanha petista, João Santana, expedida pela Justiça.

“Nesse tabuleiro, cada dia cai um peão novo. Só temos a rainha em pé. Mas, as denúncias mostram a verdade e o beneficio dela nessas doações ilegais, que tiveram vestimenta de legalidade, mas saíram do poder público indo para a campanha”, ressaltou.

Quanto ao impeachment, os parlamentares discutiram ainda a tramitação do processo no Congresso, que voltou à estaca zero por decisão do Supremo. A oposição decidiu pedir audiência ao presidente do STF, Ricardo Lewandowski, e cobrar a votação dos embargos sobre o rito processual.

O líder Imbassahy reafirmou a importância de pedir que a corte acelere a votação, o que permitirá a instalação da comissão do impeachment na Câmara. Para ele, embora o pedido trate do crime de responsabilidade de Dilma e se baseie nas chamadas “pedaladas fiscais” e na rejeição das contas de governo de 2014 pelo Tribunal de Contas da União (TCU), as novas denúncias da Lava Jato reforçam politicamente o processo na Câmara.

“Não falta mais nada”, análise do ITV

dilma-lula-dirceu-falcao-652x489-1-300x225A prisão de João Santana impõe a seguinte questão: o que mais falta para que a campanha que reelegeu Dilma Rousseff seja considerada ilegítima, irregular, corrupta? O cerco sobre a chapa presidencial que obteve a vitória em 2014 está se fechando, com todas as cabeças coroadas envolvidas na reeleição enredadas de alguma maneira em falcatruas e roubalheiras.

O despacho do juiz Sergio Moro que determinou a prisão do marqueteiro e principal consultor dos governos do PT não deixa margem a dúvidas. Dinheiro de “origem espúria”, “propina oriunda da Petrobras” e “expedientes notoriamente fraudulentos” foram usados para bancar a campanha de Dilma no ano passado. Há suspeitas de que as vitórias petistas em 2006 e 2010 também tenham se valido destes artifícios.

É a segunda vez que o marqueteiro das campanhas vitoriosas do PT entra na mira da Justiça: Duda Mendonça já confessara, em 2005, ter recebido R$ 12 milhões de caixa dois no exterior. A diferença agora é de proporções: nesta contabilidade suja, João Santana vale uma dúzia ou mais de Dudas.

Esta poderosa associação entre dinheiro sujo e preservação de poder movimentou R$ 198 milhões em campanhas eleitorais petistas entre 2004 e 2014, aí incluídas a reeleição de Lula, as duas vitórias de Dilma e o triunfo de Fernando Haddad na disputa pela prefeitura de São Paulo. Trata-se de uma engrenagem tentacular, poderosa e muito cara.

É muito difícil crer que Dilma seja uma ilha de honestidade em meio ao mar de lama em que seu partido e seus partidários afundam. O envolvimento do PT com a corrupção é visceral, não vem de agora e atinge todas as suas instâncias.

Todos os últimos tesoureiros do PT estão presos ou, no caso do ainda ministro Edinho Silva, são alvo de investigação no âmbito da Operação Lava Jato. Ministros de primeiríssimo escalão, como Jaques Wagner, também são alvo da Justiça. Ex-presidentes e líderes do PT estão ou estiveram na prisão. Os principais doadores da campanha petista estão condenados e presos.

Como se não bastasse, Lula também está a um passo de passar a ser formalmente investigado por “possível envolvimento” em “práticas criminosas” – repasses de dinheiro desviado de estatais para a construção do instituto que leva seu nome. Sem falar nas investigações sobre o tríplex do Guarujá, o sítio de Atibaia e o tráfico de influência em favor da Odebrecht, na forma de contratos bilionários no exterior financiados pelo BNDES, como mostrou a edição da revista Época desta semana.

Tem-se como corolário que a mesma “sofisticada organização criminosa” que atuou no mensalão continuou suas investidas, com ímpeto crescente, mesmo depois de condenada pelo Supremo Tribunal Federal. A diferença é de proporções: os milhões da compra de apoio político no Congresso transformaram-se nos bilhões para financiar a permanência do PT no governo. O crime escalou vários degraus.

As novas revelações em torno de João Santana corroboram praticamente todos os argumentos que embasam as ações movidas pelo PSDB junto à Justiça Eleitoral para impugnar a chapa Dilma-Temer: uso da máquina pública, abuso de poder político e econômico, configurado na forma de recebimento de propina de empresas envolvidas na Lava Jato, financiamento eleitoral irregular, propaganda ilegal e todo tipo de maquiagem em dados oficiais. A eles, se junta agora a suspeita evidente de uso de caixa dois na campanha petista.

Fica claro por que o PT tenta, de todas as formas, impedir que, no julgamento das ações movidas pelo PSDB, o TSE faça uso das provas colhidas pela Operação Lava Jato. A começar pela manifestação, enviada por Sergio Moro ao tribunal em outubro, de que o direcionamento de dinheiro de propina para a campanha de Dilma em 2014 já está comprovado.

O salutar avanço das investigações da Operação Lava Jato revelam um Estado corrompido, comprado, loteado por interesses alheios aos do país. Desnudam um conluio entre quem quer continuar ganhando dinheiro à custa do povo e quem pretende apenas continuar a usufruir o poder. Trata-se de um sistema corrupto, que gera mandatos ilegítimos e que frauda a vontade popular. Um sistema que não pode mais continuar dando as cartas no Brasil.

Panelaços são ouvidos em várias cidades durante o programa eleitoral petista

panela--o-300x169Diversas cidades brasileiras registraram panelaços durante o programa de rádio e televisão do PT, veiculado na noite desta terça-feira (23). Com duração de dez minutos, o material do partido tenta apresentar Luiz Inácio Lula da Silva como uma vítima, ao alegar que há uma tentativa de “manchar a história” do ex-presidente. Já a presidente Dilma Rousseff é citada brevemente, mas não tem nenhuma fala no vídeo.

De acordo com matéria publicada pelo portal de notícias G1, foram ouvidas manifestações contrárias ao programa do partido em bairros de Vitória, Rio de Janeiro, Recife, Curitiba, Porto Alegre, São Paulo, Maceió, Florianópolis, João Pessoa, Natal, Salvador e Belo Horizonte, além de Brasília e o Entorno do Distrito Federal.

O programa eleitoral petista é assinado pelo novo marqueteiro do partido, Edson Barbosa. Ele substituiu João Santana, preso nesta terça-feira pela Polícia Federal por receber recursos que seriam originários do esquema de corrupção na Petrobras investigado na Operação Lava Jato.

Os panelaços foram exibidos também em matéria do Jornal Nacional. Clique aqui para assistir à reportagem.

Presidente nacional do PSDB anuncia apoio dos partidos de oposição às manifestações de 13 de março

EY4A1060-300x200O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, anunciou, nesta terça-feira (23), que os partidos de oposição vão apoiar às manifestações convocadas pela sociedade contra o governo Dilma Rousseff programadas para 13 de março em todo o Brasil. A decisão foi tomada após reunião com parlamentares na liderança do partido no Senado.

“Estamos distribuindo uma nota de absoluto apoio dos partidos com representação no Congresso Nacional, os partidos de oposição, às manifestações programadas para o próximo dia 13 de março, organizadas por movimentos da sociedade civil, sempre com essa ressalva. Vamos conclamar nossos companheiros de todas as regiões do país, em todos os municípios do país, para que se façam presentes nesse momento de profundo agravamento da crise política, econômica, social e moral que vem devastando o Brasil”, afirmou Aécio Neves, em entrevista à imprensa.

A nota em apoio aos protestos foi assinada pelo PSDB, PPS, DEM, PV e Solidariedade e divulgada após o encontro em que as oposições decidiram também uma ação conjunta no Congresso.

Impeachment

Aécio anunciou que os líderes dos partidos na Câmara dos Deputados solicitarão ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, uma audiência para cobrar agilidade na publicação do acordão do rito do processo de impeachment da presidente da República.

A tramitação do impeachment está parada desde o final do ano passado, após o plenário do STF anular a eleição que definiu os nomes da comissão especial da Câmara dos Deputados criada para analisar o processo de afastamento de Dilma Rousseff com base no julgamento do Tribunal de Contas da União (TCU) que apontou crime de responsabilidade da presidente na gestão das contas públicas.

“Existe trancado um processo de tramitação do impeachment da presidente da República em razão das decisões do STF que precisam, quaisquer que sejam as decisões finais, serem comunicadas à Câmara dos Deputados a partir dos embargos que ali foram apresentados. A decisão é fundamental para que o processo volte a tramitar. O que temos é que garantir que as instituições continuem a funcionar, sejam tribunais, seja o Congresso Nacional”, afirmou Aécio.

Novas denúncias da Lava Jato

Em outra frente, os parlamentares da oposição irão à ministra Maria Thereza de Assis Moura, relatora de uma das ações movidas pelo PSDB no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra a chapa Dilma/Temer, para reforçar o pedido que os documentos da nova fase da Operação Lava Jato sejam anexados ao processo.

O PSDB quer que a Justiça Eleitoral analise os novos documentos da investigação que resultou na prisão do publicitário João Santana, responsável pelas últimas três campanhas presidenciais do PT.

O marqueteiro foi preso hoje pela Polícia Federal acusado de receber US$ 7,5 milhões no exterior pago por empresas envolvidas no pagamento de propinas ao PT.

“O que queremos é que ambas as questões avancem, e elas não são excludentes. Acho até que elas se complementam. Existe no Tribunal Superior Eleitoral uma ação de investigação aberta pela maioria dos ministros daquela Corte, e é preciso que o governo comece a se defender não politicamente, não atacando a oposição, mas das acusações formais que são feitas”, afirmou Aécio Neves.

O presidente tucano considerou extremamente grave a prisão do publicitário petista.
“É um fato de extrema gravidade que, tenho certeza, será analisado pelos ministros. Aqui não há qualquer tipo de pressão espúria. O que queremos e que haja alguma agilidade para que essa sensação hoje da sociedade brasileira de desgoverno absoluto possa ser superada”, frisou Aécio Neves.

Ele concluiu que, na avaliação dos líderes da oposição, a atual crise política impedirá que o Brasil volte a crescer com Dilma Rousseff na presidência.

“A nossa constatação, de todos, sem exceção, é de que, com Dilma na Presidência da República, o Brasil não encontrará, em um espaço de tempo curto, as condições mínimas de retomada do crescimento, de redução do desemprego e de melhoria nos indicadores econômicos e, principalmente, sociais, que vêm trazendo infelicidade à vida de milhões e milhões de brasileiros”, afirmou.

“A fila do desemprego só aumenta”, análise do ITV

seguro_desemprego_1A cada mês, torna-se mais preocupante a situação do mercado de trabalho no Brasil. O desemprego prossegue sua escalada: todos os dias, milhares de novas pessoas engrossam esta triste estatística. São reflexos de uma crise que ainda vai fazer aumentar a fila de pessoas nas portas de fábricas, comércios e lojas em busca de uma oportunidade para trabalhar.

Na sexta-feira, mais um indicador oficial deu contornos soturnos à situação. A taxa de desemprego manteve-se no maior patamar da série calculada pelo IBGE por meio da Pnad Contínua: no trimestre encerrado em novembro, 9% dos brasileiros não tinham emprego. Novembro costuma ser mês de contratação, mas, desta vez, foi de demissões.

O mero percentual não dá conta de toda a gravidade da crise. Sua tradução no número absoluto de trabalhadores sem emprego assusta mais: são agora 9,126 milhões de desempregados em todo o país. Em um ano, a alta foi de 41%, ou seja, mais 2,7 milhões de brasileiros perderam sua ocupação. Isto significa que, em média, a cada dia mais 7,5 mil pessoas ficam desempregadas no país.

Infelizmente, contudo, o quadro do desemprego não se resume aos que estão buscando trabalho e não encontram, captados pelo índice de desocupação divulgado pelo IBGE. Além deles, há também os que simplesmente desistem de ir à procura de emprego. São os chamados desalentados.

Segundo a Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE – em que os dados são mais abertos e permitem maior escrutínio – apenas nas seis maiores regiões metropolitanas há mais 1,5 milhão de brasileiros da população não economicamente ativa – ou seja, formalmente fora do mercado de trabalho – que gostariam de estar trabalhando. Só eles já seriam suficientes para elevar o atual índice de desemprego no país para a casa de dois dígitos.

Está em marcha uma espécie de precarização do mercado de trabalho. Em linhas gerais, há menos pessoas trabalhando com carteira assinada e mais brasileiros se virando e buscando uma atividade por conta própria. Os movimentos são quase simétricos: nos últimos 12 meses, 1,1 milhão deixaram de ser empregados e 969 mil abriram seu próprio negócio.

Numa ponta, aumenta o número de pessoas com trabalho doméstico, menos qualificado e com menores salários. Na outra, diminuem as oportunidades para profissionais com ensino superior. O movimento acentuou-se agora, embora não seja novo: desde os anos Lula, o saldo de empregos criados concentrou-se sempre na faixa de até dois salários mínimos.

Junto com a maior recessão da história da economia nacional, o desemprego também caminha para bater recordes neste ano. Analistas estimam que o número de desempregados continue aumentando, até superar os 11 milhões, e a taxa média alcance 13% já no meio deste ano. Com a crise prolongada e nenhuma perspectiva de melhoria no horizonte, o exército de desempregados, infelizmente, só vai aumentar.

“Episódios apontados são os mais graves já apresentados pela Lava Jato”, afirma Aécio Neves

senador-aecio-neves-17-09-2013-foto-george-gianni_0-1Brasília (DF) – O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, declarou nesta segunda-feira (22) que o envolvimento do publicitário João Santana na nova fase da Operação Lava Jato deflagrada hoje vincula dinheiro de propina à campanha da presidente Dilma Rousseff em 2014. O tucano disse ainda que o PSDB deve solicitar a inclusão dessas novas informações ao processo encaminhado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que pede a cassação da chapa composta pela presidente Dilma e por seu vice, Michel Temer.

Santana foi o responsável pelas campanhas presidenciais do PT em 2006 (Lula), 2010 e 2014 (ambas com Dilma) e trabalhou também para o partido em outras ocasiões, como nas eleições municipais de São Paulo em 2012.

“Os episódios apontados hoje são os mais graves já apresentados pela operação Lava Jato, porque vinculam o dinheiro da propina da Petrobras através do operador Zwi Skornicki a pagamento feito à campanha eleitoral da presidente Dilma, em 2014, no caso, via o seu marqueteiro”, disse Aécio, em seu perfil no Facebook. “O PSDB está solicitando a juntada desses documentos ao processo que caminha no TSE”, destacou o presidente nacional do PSDB.

“Agora, vemos que o péssimo exemplo de desrespeito à verdade e aos brasileiros, que a campanha da presidente Dilma havia dado, não foi o único”, completou Aécio Neves.

Na nova etapa da operação Lava Jato, denominada “Acarajé” [apelido dado a dinheiro de propina], o Ministério Público Federal e a Polícia Federal descobriram transferências de US$ 7,5 milhões de investigados da Lava Jato para a conta da offshore Shellbill Finance S.A., empresa controlada por Santana e sua esposa e sócia, Mônica Moura. Desse montante, US$ 3 milhões teriam sido pagos por meio de contas atribuídas à Odebrecht no exterior.

Para a Procuradoria, “pesam indicativos de que consiste em propina oriunda da Petrobras transferida aos publicitários em benefício do PT”.