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Tiago Oliveira

Prefeitura de Irupi: Mais renda com diversificação da produção na agricultura

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Secretário Municipal de Agricultura, Herivelto Carvalho, o prefeito Carlos Henrique Emerick Storck, o produtor Edvaldo Eler e o engenheiro agrônomo Túlio Borges de Lima

Cresce a diversificação e o aumento da renda de produtores em Irupi, com novos investimentos na agricultura

O município de Irupi, na região do Caparaó, segue apostando na diversificação da produção agrícola para estimular o crescimento econômico da região. Durante o ano de 2015, o prefeito de Irupi Carlos Henrique Emerick Storck  visitou diversas propriedades no município, acompanhado de técnicos, com o intuito de observar as mudanças já conquistadas e ampliar novos trabalhos. O projeto desenvolvido através da Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente tem o intuito de acompanhar o desenvolvimento das agriculturas dentro do campo da diversificação e ofertar conhecimento para os novos produtores interessados em ampliar os negócios no Município. Entre as visitas realizadas pelas propriedades rurais, a equipe encontrou plantações de tomate, uva, morango, hortaliças, verduras e uma agroindústria.

Na propriedade do agricultor Edvaldo Fernandes Eler a diversificação é imensa. Entre o mais novo investimento do produtor está uma plantação de uva.  Edvaldo possui em sua propriedade mais de 600 pés de uva, sendo que 350 estão em produção. A expectativa do agricultor, já diminuindo o valor investido de R$ 20 mil, é de obter um lucro de R$ 15 mil, com a venda da uva.

O agricultor trabalha com as uvas da qualidade Niagara rosada e Isabel precoce.  Na propriedade de Edvaldo ele ainda cultiva banana, peixe, melancia, milho, tomate, batata baroa, eucalipto, coqueiro e palmeiras, além da produção de café. “Todos nós moradores de Irupi sabemos que a maior produção do Município é a do grão do café, mas no período entre safra ter outros produtos para diversificar auxilia na renda e oferta novas oportunidades de empregos. Quem diversifica tem trabalho o ano inteiro”, declarou o produtor.

Já para o produtor rural Emílio Pereira de Almeida, a diversificação também foi mais uma oportunidade para ampliar a renda. Na sede da sua propriedade, no córrego do Chiador, em Santa Clara, o agricultor possui uma agroindústria familiar responsável por produzir geleias, compotas, doces cristalizados e licor. A agroindústria do produtor Emílio segue os padrões de qualidade exigidos pela Vigilância Sanitária e já emite produtos com o Selo de Inspeção de produtos artesanais emitidos pela Secretarias Municipais de Saúde em conjunto com a Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente. O agricultor também possui a liberação do Ministério do Desenvolvimento Agrário para poder utilizar o selo da agricultura familiar. “Ainda estamos iniciando nossas atividades, mas já ampliamos nossa produção e temos em estoque mais de 100 produtos para venda”, declarou o produtor.

O engenheiro agrônomo e agente de Extensão em Desenvolvimento Rural do Incaper, Túlio Borges de Lima explica que a diversificação de atividades das propriedades rurais, em muitos casos, vem de encontro à ideia de sustentabilidade. “O agricultor e a agricultura, ao trabalharem apenas com uma determinada atividade, como o café, uma situação comum em nossa região, sofrem nos períodos de crise, por exemplo, quando os preços do mercado do café não estão lá muito bons. Sendo assim, além de diversificar a renda, há também diversificação de ambiente, do trabalho, de hábitos de manejo, de alimentos entre outros”, explicou Túlio.  Ainda dentro da diversificação Túlio destaca que os agricultores interessados na diversificação o façam com cautela. “Primeiramente é preciso conhecer mais a fundo a nova atividade, ou seja, o mais detalhadamente possível. Nesse processo, conversas com técnicos e com agricultores mais experientes no assunto ajudam. Por meio disso, os interessados na diversificação devem ser capazes de verificar o que ela tem de positivo, mas, sobretudo, saber o que é negativo,  quais as suas limitações e as suas dificuldades”, finalizou Túlio.

O prefeito Carlos Henrique afirmou que as visitas serviram para contribuir num plano de ação para apresentar aos agricultores de Irupi ainda neste primeiro bimestre. “Percorremos diversas propriedades e fiquei satisfeito com os resultados. Observei que os agricultores estão investindo em novas tecnologias, buscando auxilio técnico e conhecimento e, assim, contribuindo para o crescimento econômico de Irupi”, concluiu o prefeito.

Assessoria de Comunicação Prefeitura Municipal de Irupi
Jaqueline Araújo

Assessoria de Comunicação PSDB ES
Rafael Aquino

 

“Caminhos para o Brasil – a reforma da segurança pública”, por Antonio Anastasia

antonio-anastasia-foto-gerdan-wesley-300x200É só fazermos um comparativo nas pesquisas de opinião pública nos últimos tempos para percebermos que, ano a ano, a segurança pública tem crescido no ranking quando questionado quais as principais preocupações entre os brasileiros. Ao mesmo tempo, vemos que os Estados têm, cada vez mais, aumentado seus investimentos nessa área. O número de presos, por sua vez, tem crescido, segundo dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública. Em 2005, quando da primeira edição do anuário, eram 361 mil presos no Brasil. Em 2014, data da última edição, eram 607 mil. Ou seja, em 9 anos quase duplicamos o número de encarcerados e não resolvemos o problema. Pelo contrário…

Essa introdução mostra bem como o Brasil precisa de uma reforma no seu sistema de segurança pública, uma das propostas que o PSDB apresentou nas últimas eleições. Precisamos de um amplo plano de segurança que funcione, coordenado pela União e que envolva, de maneira integrada e estrutural, todos os entes Federados. Um plano que estabeleça metas e programas. E que, antes de tudo, possa criar um amplo sistema de prevenção para ações que evitem a ocorrência de delitos criminais. Aqui cabe o velho ditado: é muito mais fácil (mais prático, melhor, mais barato e oferece resultados mais efetivos) prevenir que remediar.

Além disso, precisamos rever nossa legislação penal, com o propósito de erradicar a impunidade e aumentar os níveis de segurança no País. E isso só pode ser coordenado pelo Governo Federal porque precisa de liderança, diálogo e apoio. A atuação parlamentar, tão somente, não consegue mobilizar todos os agentes necessários para discussão e aprovação de um tema tão controverso, reconheçamos.

Precisamos garantir ainda inovações constantes nas polícias, de forma a torná-las mais modernas, eficientes e profissionais em todas as suas unidades. E temos que encarar de forma séria e madura o problema prisional, que se tornou, hoje, um dos mais graves desafios de segurança pública. Experiências como as Parcerias Público-Privadas no sistema prisional e como as APACs, que desenvolvemos em Minas Gerais, devem ser referências nesse contexto.

Para que esses esforços rendam os resultados positivos que esperamos, no entanto, o Governo precisa enfrentar o problema-causa principal da violência nos dias atuais: as drogas. O que propomos nesse caso é o desenvolvimento de um programa nacional de prevenção ao uso abusivo de álcool e outras drogas, em parceria com Estados, municípios, empresas privadas e entidades do terceiro setor, priorizando os jovens, com ações nas áreas de cultura, lazer e esportes. Ao mesmo tempo, é preciso criar uma rede nacional de referência para os dependentes químicos, também com parcerias. Uma rede que sirva, inclusive, como instrumento de auxílio para as famílias que hoje não têm informações sobre onde nem como obter ajuda.

Todos precisam se envolver nesse grande esforço para revertermos a onda de insegurança, objetiva e subjetiva, que assola o País. É um esforço de toda sociedade. Mas, sabemos, a liderança do poder público federal nesse setor é imprescindível. Ela precisa ser firme e vigorosa, sendo sua a responsabilidade pela articulação e coordenação de ações nacionais na área de segurança pública. Uma responsabilidade que até aqui, infelizmente, o Governo Federal não assumiu.

Artigo do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG)

“A falência do Brasil”, análise do ITV

dilma-ueslei-marcelino-reuters-300x169A deterioração das contas públicas é a melhor tradução da ruína patrocinada pelos governos do PT. Políticas econômicas supostamente desenvolvimentistas – aliadas ao assalto perpetrado pelo partido aos cofres públicos – quebraram o Estado brasileiro. O Brasil é hoje um país falido, tratado como pária no mundo das finanças globais.

Nos últimos dias, foram conhecidos três indicadores relativos ao desempenho das contas públicas no ano passado. Todos demonstram a mesma coisa: o aprofundamento dos desequilíbrios, os gastos sem fim e a total ausência de planejamento na execução orçamentária nacional.

O déficit do setor público como um todo (União, estados e municípios) foi de R$ 111 bilhões em 2015, o maior da história e o segundo consecutivo. Em proporção do PIB, o rombo atingiu 1,9%. O governo havia iniciado o ano prevendo superávit de R$ 66 bilhões (1,1% do PIB). O resultado só não foi ainda pior porque estados e municípios conseguiram poupar R$ 9,7 bilhões.

Um dia antes haviam sido conhecidos os dados apenas do governo federal: déficit de R$ 115 bilhões, também o segundo consecutivo, também o maior da história. Desde que o Banco Central passou a computar o dado, apenas duas vezes as contas fecharam no vermelho, as duas com Dilma – em 2014, o rombo foi de R$ 32,5 bilhões.

Num ano de recessão e quebradeira generalizada, os gastos do governo federal cresceram 2% acima da inflação, enquanto a receita caiu 6,4%. Mais uma vez, os investimentos despencaram (-33%). E o rombo na Previdência subiu ao recorde de R$ 89 bilhões, o que representa alta de mais de 100% em relação a 2012, quando o déficit começou a descolar da faixa em que vinha oscilando desde 2005.

Quando se considera todo o setor público brasileiro, a dívida pública equivale agora a 66% do PIB, com alta de nove pontos em apenas um ano. Mesmo sem o pagamento das pedaladas, que consumiu R$ 72 bilhões, o déficit do ano passado seria recorde.

No início da semana passada, já havíamos ficado sabendo que a dívida pública dera um salto de 21% em 2015, chegando a R$ 2,8 trilhões. Em um ano, o passivo aumentou R$ 497 bilhões. Não vai parar por aí: a previsão – oficial! – é de que neste ano haja novo salto de R$ 507 bilhões.

Só com juros, foram torrados no ano passado quase R$ 502 bilhões ou 8,5% do PIB, com aumento de três pontos sobre 2014. Em um ano, foram R$ 190 bilhões gastos a mais. Com os juros em alta, o custo da rolagem da dívida brasileira encontra-se hoje em 16% ao ano.

Assim, quando se computam também os gastos com juros, o déficit (nominal) brasileiro ascende a 10,3% do PIB. Isso representa alta de quatro pontos em apenas um ano e equivale a seis vezes a média de endividamento dos países da zona do euro, como destaca O Estado de S.Paulo em sua edição de hoje.

Não deve melhorar. O governo petista promete economizar 0,5% do PIB neste ano, mas ninguém crê nisso. Não há sinais de que a gestão Dilma faça alguma ideia sobre como cortar gastos desnecessários, apoiando-se apenas em medidas que aumentam receitas e esfolam ainda mais o contribuinte, como a volta da famigerada CPMF.

A falência do Brasil, determinada pelas ruinosas gestões do PT, já levou duas agências de classificação de risco a rebaixar o país no ano passado. Com isso, os títulos emitidos pelo governo brasileiro passaram a ser tratados como “lixo” no mercado internacional.

Esta é uma obra que não vem de agora. Trata-se de política que, há longo prazo, vem quebrando aos poucos o Brasil, supostamente para promover o crescimento econômico – tanto que as despesas já vêm crescendo mais de 5% acima da inflação nos últimos quatro anos, conforme estudo de Marcos Lisboa, Samuel Pessoa e Mansueto Almeida.

Deu no que deu: um país falido, em profunda recessão e às voltas com agruras do século passado, como a explosão de casos de microcefalia. Pobre Brasil.

Antonio Imbassahy assume hoje (02) liderança da bancada do PSDB na Câmara

antonio-imbassahy-foto-psdb-na-camaraO deputado Antonio Imbassahy (BA) assume a liderança do PSDB na Câmara hoje (02). O tucano foi eleito para o cargo pela bancada em dezembro e substitui Carlos Sampaio (SP). É a segunda vez que Imbassahy ocupa o posto.

O parlamentar assume a maior bancada de oposição na Câmara em um delicado momento político e econômico na cena nacional. Assim que foi eleito, Imbassahy reafirmou seu compromisso em dar continuidade ao trabalho desenvolvido pelo partido na Casa legislativa, em prol dos brasileiros e contra os desmandos do governo do PT.  O processo de impeachment da presidente Dilma é um dos focos da atuação nesse início de ano, segundo o novo líder.

Sob seu comando, os deputados do PSDB vão discutir um caminho para o país com o possível impedimento da presidente da República. A situação do presidente da Câmara também está entre os debates travados pela legenda, que defende o afastamento de Eduardo Cunha.

PERFIL
Antonio Imbassahy é baiano, formado em engenharia elétrica pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), em Salvador, onde foi prefeito por dois mandatos consecutivos. Foi eleito pela primeira vez em 1996, sendo reeleito em 2000, com excelentes índices de aprovação. Antes, havia assumido o Governo do Estado da Bahia no início de 94 pela Assembleia Legislativa, exercendo o cargo durante oito meses. O tucano também foi presidente da Eletrobras e deputado estadual.

Em setembro de 2005, filiou-se ao PSDB, quando assumiu a Presidência do Diretório Estadual do partido. Em 2010, foi eleito deputado federal, assumindo a Liderança da bancada do partido na Câmara em 2014. No mesmo ano, foi reeleito deputado federal com a maior votação de Salvador.

Ao longo de seu segundo mandato, Imbassahy tem exercido papel fundamental na apreciação de temas importantes para a sociedade brasileira e na fiscalização de atos do governo federal. Atuou pela aprovação do voto aberto, pelo direito de investigação do Ministério Público, e se notabilizou pela defesa da Petrobras, tendo sido, inclusive, indicado vice-presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigou a corrupção na estatal.

Do Portal do PSDB na Câmara

“A vida sem começo”, por Aécio Neves

senador-aecio-neves-17-09-2013-foto-george-gianni_0-1-460x307“Eu tinha tantos planos para ele.” O desalento de um pai, na semana passada, ao ser informado de que seu filho recém-nascido era portador de microcefalia traduz o sofrimento das famílias já afetadas pela epidemia do vírus zika que, tendo o Brasil como epicentro, amedronta o mundo. Quem mantém viva no coração a memória do instante do nascimento dos próprios filhos, pode avaliar bem o tamanho da dor.

Já são mais de 4 mil casos suspeitos. A perspectiva é muito pior. Milhares de brasileiros sem autonomia, inteiramente dependentes, para sempre, da atenção familiar e da proteção do poder público. É uma tristeza sem fim. Chegamos a esse ponto por descuido e incompetência. Números como esses não nascem do acaso. Nascem do descaso.

O vírus zika sem controle retrata o fracasso das políticas públicas de saúde. Ações do governo são fundamentais, mas seria ingênuo supor que, nesse estágio, seriam suficientes para debelar a epidemia. Essa luta exige comprometimento efetivo de toda a nação.

Precisamos de uma grande mobilização que envolva, além do Poder Executivo em todas as esferas, empresas, instituições de pesquisa, escolas, universidades, igrejas, Forças Armadas, além da sociedade civil. Muitas vezes incorremos no Brasil em uma distorção do conceito do que é responsabilidade pública: se é pública, parece ser de ninguém quando, na verdade, é de todos. Temos, nesse desafio, uma responsabilidade coletiva.

O Congresso também precisa dar a sua contribuição. Se o governo falhou ao não prevenir a tragédia, que possamos somar forças no seu enfrentamento. Precisamos implementar ações objetivas de apoio às famílias vítimas da microcefalia e debater, com urgência, medidas efetivas que vão desde a ampliação do prazo de licença maternidade, ao suporte financeiro e ao apoio às instituições que podem ajudar essas crianças e seus responsáveis diretos a construírem a nova vida familiar.

Não podemos permitir que essas crianças sejam relegadas à sombra da omissão do poder público, quando deixarem de ser manchete de jornal. O debate deve ultrapassar a fronteira da generalidade e alcançar a dimensão concreta da realidade. Números aterrorizantes de estatísticas precisam ganhar rostos e nomes.

Precisamos ter coragem de enfrentar perguntas difíceis. Onde esses pequenos brasileiros vão se tratar? Onde famílias de baixa renda encontrarão recursos e apoio para rotinas que serão marcadas por tantas dificuldades?

Milhares de crianças serão para sempre o retrato da incompetência do governo. Que possam ser acolhidas e se transformar também no testemunho da dimensão da solidariedade brasileira. Como pais e como país, devemos isso a cada uma delas.

Artigo publicado hoje (01) no jornal Folha de S. Paulo

Vereadora Neuzinha: Vitória aprova uso de aplicativo para deficiente visual pegar ônibus

12308597_1027295970665444_655697459981609160_n“É necessário sairmos do discurso e promovermos na prática os conceitos de mobilidade urbana e acessibilidade. Agradeço aos vereadores que votaram a favor deste benefício importante na promoção da inclusão social no sistema de transporte coletivo de Vitória. Esse sistema também vai auxiliar idosos e outros cidadãos com mobilidade reduzida”,

 

A Câmara de Vereadores de Vitória derrubou um veto do prefeito de Vitória e aprovou o projeto de lei da vereadora Neuzinha de Oliveira que implanta sistema de monitoramento capaz de facilitar o acesso das pessoas com deficiência visual ao transporte coletivo.

O PL 311, apresentado à Câmara ainda em 2014, implanta no município de Vitória sistema que monitora as linhas do transporte coletivo municipal e “conversa” com os cegos. O sistema vai operar por meio de GPS e estará disponível no celular com o uso de um aplicativo.

O sistema aciona um sinal de voz que avisa sobre a localização do ponto de ônibus mais próximo e o momento em que o ônibus estiver se aproximando. Da mesma forma, o motorista do ônibus pode ser avisado sobre a presença de um deficiente visual em determinado ponto. O aplicativo também avisa ao cego sobre o ponto de descida. O projeto de Neuzinha garante ainda a instalação de placas informativas com numerais em alto relevo e textos em braile nos pontos de ônibus da capital capixaba.

A autora do projeto destaca que o sistema é seguro, garante condições de mobilidade, liberdade de deslocamento e acessibilidade, promovendo o conceito de inclusão social no transporte coletivo.

“É necessário sairmos do discurso e promovermos na prática os conceitos de mobilidade urbana e acessibilidade. Agradeço aos vereadores que votaram a favor deste benefício importante na promoção da inclusão social no sistema de transporte coletivo de Vitória. Esse sistema também vai auxiliar idosos e outros cidadãos com mobilidade reduzida”, afirmou Neuzinha.

Assessoria de imprensa Vereadora Neuzinha de Oliveira

 

Planejamento estratégico de ações será debatido pela JPSDB

juventude-psdb1Os presidentes municipais da Juventude Tucana de 26 municípios estarão reunidos neste sábado, a partir das 14 horas, para debater o Planejamento Estratégico 2016. O encontro será na sede estadual do partido, em Vitória.

As temáticas abordadas serão as metas de filiação em cada município, os encontros regionais, cursos de formação política, e o planejamento de campanha para os pré-candidatos da JPSDB ES.

Para Vitor Otoni, presidente estadual da Juventude, o planejamento é fundamental para o êxito nas ações e ressalta a importância do encontro deste sábado. “Fomos bem sucedidos em 2015, com a organização de 25 diretórios municipais da JPSDB, pois trabalhamos com estratégia e em equipe. Nós já apresentamos para a Executiva Estadual nosso planejamento deste ano, mas deixamos claro que iríamos debater com os demais companheiros de cada município para que possamos ser mais assertivos e democráticos em nossa gestão. Vamos estipular metas de filiação este ano e implementar a formação política para que nossos pré-candidatos estejam preparados para as eleições municipais.”

Otoni ainda afirma que irá organizar em 2016 mais 19 novos diretórios municipais da Juventude.

Serviço:

Encontro JPSDB ES
Data: 30 de Janeiro
Horário: 14 horas
Local: Sede Estadual PSDB ES

Informações adicionais

Rafael Aquino
Coordenador de Comunicação PSDB ES
27 3227-2441 / 99851-5148

 

“Sarna pra se coçar”, por José Serra

jose-serra-foto-gerdan-wesley-2Um projeto de lei que tramita no Congresso permite, numa só tacada, o funcionamento de cassinos, bingos, inclusive por vídeo, jogos eletrônicos e, por que não, o jogo do bicho, além das loterias já exploradas pelo governo. O governo Dilma anunciou que quer aprova-lo. A defesa dos supostos benefícios da medida, sem considerar custos, é ilustrativa da maneira apressada como se discutem políticas públicas em nosso país.

Quais os argumentos a favor da liberação geral dos jogos de azar? Primeiro, ela permitiria o controle daquilo que hoje corre solto na clandestinidade. Segundo, quem vai jogar no exterior ficaria por aqui. Terceiro, atividades acessórias ao jogo expandiriam empregos e impostos para os três níveis de governo. Quarto, o turismo interno e de estrangeiros bombaria. Por último, seriam fortalecidas políticas regionais de desenvolvimento.

O primeiro argumento é equivocado. A descriminalização sempre aumenta o consumo do que era proibido. Isso vale tanto para drogas quanto para os jogos. Se estes já são um problema hoje, imaginem as proporções que assumiriam se o Executivo, nos termos desse projeto de lei, viesse a credenciar até 35 cassinos no País, no mínimo um por estado. Vou abordar mais de perto esta que é a mais emblemática das modalidades de exploração do jogo.

A fim de supostamente limitar a instalação de cassinos, o PL prevê que cada um seja acoplado a uma espécie de shopping center com serviços de hotelaria. Alguém duvida, no entanto, que às vésperas de votação importante no Congresso (nem precisa ser impeachment…) o governo acabaria cedendo à pressão de bancadas para autorizar mais este ou aquele cassino?

Quanto aos empregos, cabe a pergunta: de onde viria a receita dos cassinos? Evidentemente, do bolso dos jogadores, principalmente da classe média para baixo. Não haveria riqueza nova, apenas o desvio da renda já existente. As pessoas deixariam de gastar em outras coisas para perder seu dinheiro nas roletas e nos caça-níqueis. Ou seja, empregos gerados pelo jogo eliminariam outros, vinculados a outras atividades. O bem-estar das famílias dos jogadores diminuiria, assim como seu consumo e seus investimentos em saúde, educação ou na compra da casa própria. Perderiam as famílias e o país como um todo. Fato comprovado: a introdução dos cassinos em Atlantic City – que só perde em jogatina para Las Vegas – reduziu em 25% os empregos nos demais setores. Apenas em 1995 Illinois perdeu U$287 milhões no balanço de benefícios e malefícios econômicos causados pelos cassinos.

Quanto ao turismo, vamos ser francos: algum ricaço brasileiro vai deixar de perder dinheiro em Montecarlo ou Las Vegas para se expor a fiscais da Receita e concidadãos xeretas com suas câmeras nos cassinos verde-amarelos? E por que um ricaço estrangeiro trocaria sua rota de jogo do Hemisfério Norte pela que vai do Oiapoque ao Chuí?

Quanto às divisas, também não cabe ilusão: o jogo geraria déficits significativos. O setor é intensivo em importação de equipamentos especializados. Além disso, tenderia a ser controlado por estrangeiros. As promessas de receitas abundantes – e ilusórias – passam ao largo das despesas e perdas reais que o jogo irá provocar.

Embora o PL vede benefícios fiscais, é evidente que eles acontecerão. Primeiro, porque há normas vigentes que criam essa possibilidade – até na Constituição, como no caso dos fundos regionais de desenvolvimento. Segundo, porque benefícios podem ser camuflados em concessões de terrenos e oferta de infraestrutura pelo poder público. Terceiro, por causa da regra sem exceção de que o Executivo sempre abre exceções em vésperas de votações importantes.

De mais a mais, as despesas com segurança crescerão, pois as atividades de jogo tendem a estimular o crime e a articulação de redes de narcotráfico e lavagem de dinheiro. No estado de Wisconsin, os crimes cresceram 6,7% após a abertura dos cassinos. Segundo o Instituto Americano de Seguros, 40% dos crimes de colarinho branco nos EUA tem raízes no jogo. Entre 1977, quando os cassinos foram autorizados a operar fora de Las Vegas, e 1996, as taxas de criminalidade nos EUA, para seis de sete tipos de crimes violentos, cresceram.

Além disso, o vício do jogo cria seus dependentes, tal como o álcool e as drogas, e a assistência à massa de jogadores compulsivos, também drenaria recursos. Em Iowa, em 1995, 5,4% da população tinha algum problema mais sério com o jogo, número três vezes maior do que antes da abertura dos barcos-cassino na região. Em Las Vegas, 8% da população adulta também tem problemas ligados ao jogo – faltam ao serviço para jogar, gastam dinheiro do aluguel ou cometem algum tipo de fraude para prosseguir jogando. Em New Jersey, um serviço público telefônico recebeu, em 1996, 26 mil chamadas de jogadores desesperados por dívidas. Atrás dessas dívidas vêm perda de produtividade e desfalques. Muitos jogadores param de pagar impostos. Em 1990, esses efeitos provocaram prejuízos de U$ 1,5 bilhão ao estado de Maryland.

A essas evidências sobre os Estados Unidos se somam as inferências que podemos fazer com base na praxe das decisões públicas no Brasil. A permissão ampla, geral e irrestrita de jogos de azar exige um debate bem informado, que pondere cuidadosamente custos e benefícios. Se essa prática já é escassa entre nós, imagine-se o atropelo dos fatos e da lógica se uma decisão for tomada no atual ambiente de salve-se quem puder, com o governo Dilma e sua base acossados por depressão econômica, desemprego avassalador, retrocesso das políticas sociais, a começar pela saúde, insegurança em relação ao crime e grandes escândalos administrativos. É procurar sarna pra se coçar.

*Artigo do senador José Serra (PSDB-SP) publicado nesta quinta-feira (28/01/2016) no jornal O Estado de S. Paulo