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Tiago Oliveira

“O Brasil não merece isso”, por José Aníbal

Plenário Ulisses Guimarães Sessão Ordinária Grande Expediente - Dep. José Aníbal Foto: Saulo Cruz 02.03.2010

Dá vontade de dizer fora FMI. O Fundo está aumentando a projeção de crescimento negativo da economia brasileira. De menos 1,0% para menos 3,5% neste ano de 2016. Para 2017, de mais 2,3% para 0,0% (zero). Mas, desgraçadamente, o FMI tem razão. Duro imaginar a devastação desta notícia para os milhões de desempregados de 2015. Para eles, a procura de uma recolocação se esfarinha. E os milhões de trabalhadores que perderão seus empregos em 2016?

“Onde realmente pega e dói, e vai continuar doendo, é o desemprego. Uma coisa é apertar o cinto. Isso todo mundo faz. Outra coisa é perder a renda, a condição e os meios de vida. Desemprego é isso”. Análise do economista Eduardo Giannetti no Estadão/Economia (17/01) sobre o cenário para o país.

A Petrobras, infelizmente “alinhada” ao desastre Dilma/Lula/PT, vale hoje 14,5% do que valia em 2008. Perdeu inacreditáveis R$ 436 bilhões em valor de mercado e deve R$ 500 bilhões. Dilma controla a empresa desde 2003. Devia se envergonhar pelo feito de arruinar uma das maiores petroleiras do mundo. Hoje, a Petrobras está queimando ativos – Transpetro, Braskem, BR Distribuidora – e é quem mais desemprega no Brasil. No delirante projeto do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), 35 mil trabalhadores foram colocados na rua. Na roubalheira, segundo a Procuradoria-Geral, apenas o PP desviou R$ 358 milhões de 2006 a 2014 na Petrobras. Quanto desviaram o PT e aliados? Má gestão, corrupção, nacionalismo velhaco e cínico dilapidam a Petrobras.

Dilma, em mais uma patética manifestação na entrevista de 15/01, diz que não se afasta o chefe do Executivo apenas por “não simpatizar” com ele. É conhecida a dificuldade de se expressar da presidente. Um estado de confusão mental que a levou a lamentar a impossibilidade de armazenar ventos. Devia acrescentar lamento pela impossibilidade de armazenar caráter, compostura, honestidade, por oposição ao cinismo, à desfaçatez, à plácida convivência com a corrupção e à precipitação do país no caos, desgoverno e depressão, marcas indeléveis de sua gestão.

Os crimes cometidos por Dilma não se resumem às pedaladas, à destruição do setor de energia, à corrupção generalizada e tantos outros. É o conjunto da obra. No entanto, o pior crime, aquele em que de algum modo todos seremos cúmplices, é o de contemplar a continuação do seu governo. O que será o Brasil com Dilma ao final de 2016? E em 2017? O que falta acontecer para que o Parlamento se movimente não para ser cúmplice de um moribundo, mas para decidir sobre o impeachment? Que história é essa de que algo de novo tem que aparecer para motivar os representantes do povo? Quantos milhões mais de desempregados? O impeachment é instrumento legítimo de interrupção de mandato. Está na Constituição. Quem se manifesta contra, independentemente das motivações, quer esconder o sol com a peneira. O Brasil não pode se acovardar diante do cenário que temos hoje e todo dia fica pior.

As lideranças políticas, destacadamente as da oposição, têm o desafio e a obrigação de se comunicar mais e melhor com a sociedade. Sintonizar com o Brasil real, que sofre com o país à deriva. É urgente recuperar a confiança e a credibilidade numa ação a favor do Brasil. O ponto de partida: é possível com Dilma e o que ela representa? Não. O petismo esgotou todo seu arsenal de má-gestão e corrupção, bonanças insustentáveis a custos insuportáveis, uma aventura que nos faz retroceder décadas de conquistas com enormes prejuízos para o povo brasileiro. Dilma está reclusa no seu Palácio. Sua interlocução e ação concentra-se em mais transgressões para ter sobrevida. O Brasil não merece isso.

Artigo do presidente do ITV (Instituto Teotônio Vilela), José Aníbal, publicado no blog do jornalista Ricardo Noblat

“Presença das mulheres no poder fortalece participação feminina”, diz Neuzinha de Oliveira

neuzinha-oliveiraA vereadora Neuzinha de Oliveira fala em entrevista ao PSDB-Mulher Nacional sobre a relação entre as mulheres e a política. Confira:

1)  Qual a importância do trabalho de uma mulher numa Câmara de Vereadores?

Eu penso que a representatividade feminina é fundamental para a garantia dos direitos individuais e sociais da mulher em uma sociedade ainda extremamente machista como a nossa. O Poder Legislativo é a porta de entrada da cidadania, onde se legisla, se fiscaliza o uso do dinheiro público, e onde melhor são acolhidas as angústias da população. A presença de mulheres nas esferas de poder fortalece e amplia a participação feminina na sociedade, e a ocupação desses espaços de poder é o caminho para implementar políticas públicas a favor das mulheres, o que terá, por consequência, a melhoria da sociedade como um todo. Além de sensibilidade, a mulher possui uma percepção múltipla da realidade, o que permite oxigenar a política dos velhos preconceitos e paradigmas. Busco utilizar essas capacidades que são inerentes ao nosso gênero de maneira estruturada, com conhecimento e prudência.

2)   A senhora sofreu algum tipo de preconceito por ser mulher?

Hoje, diretamente, não sofro com preconceito. No passado, sofri de forma velada. Eram algumas condutas, sutis, que acabavam demonstrando a falta de preparo e a resistência, às vezes até inconsciente, dos colegas em lidar com uma mulher no poder. Creio que meu jeito despachado, minha forma de expor ideias e atitudes me ajudaram a romper essas barreiras e conquistar meu espaço. Na minha opinião, é importante que o preconceito contra as mulheres seja confrontado incansavelmente, todos os dias, até quebrar as resistências e estabelecer um novo paradigma, de valor igualitário. Vamos lutar até que a igualdade no que tange ao gênero esteja pacificada em toda nossa sociedade.

3)   Quais os projetos, as ações que a senhora realizou no seu atual mandato com o objetivo de melhorar a qualidade de vida das mulheres de seu município?

São muitos. Muitos mesmo, e vou descrever os mais relevantes.  Vamos lá: direito a ultrassonografia mamária no âmbito Municipal; aumento da cota de mamografia para as cidadãs de Vitória; criação da Casa Parto; alteração do art. 205 da Lei Orgânica do Município, sobre a redução da carga horária, em duas horas diárias, para as servidoras que são mães ou responsáveis por cuidar de pessoa com deficiência, para o fim de acompanhamento médico ou necessidade de cuidados especiais; instituição do Programa de Abrigo para a Mulher Vítima de Violência; criação do Programa de Qualificação e Aperfeiçoamento Profissional às Mulheres; criação do Programa Família Bilíngue; instituição da política de práticas integrativas; disposição acerca do direito de aleitamento materno; instituição da política de acompanhamento no parto; Lei do Parto Humanizado; criação da semana municipal Maria da Penha nas Escolas; criação do Programa de Combate à Sexualização Infantil; criação de um programa de registro civil na maternidade; criação de medidas e da semana de enfrentamento à violência obstétrica; criação da campanha de divulgação do disk 180 (canal de denúncia à violência contra a mulher); política de acompanhamento no parto por doulas; instituição da política municipal de autistas; disposição do Programa de Doação de Leite Materno; disposição acerca da cirurgia reparadora às vítimas de violência.

4)   Quais são os principais problemas e demandas das mulheres em seu município?

Na área da saúde, continua a ser um desafio oferecer exames de mamografia que atendam integralmente a demanda existente. Hoje, graças às campanhas de conscientização, as mulheres sabem dos riscos e a grande maioria busca a prevenção, mas ainda há déficit a ser resolvido na oferta pelo Poder Público. Isso é importante para garantir os mesmos direitos a quem pode e a quem não pode pagar por um exame de saúde. Do mesmo modo, a oferta de vagas em tempo integral nas unidades escolares do município tem que ser ampliada, para que as mães tenham a tranquilidade de ir para o mercado de trabalho sabendo que os filhos estão sob cuidados.

Acredito que a realidade do desemprego, da falta de oportunidade de trabalho para as mulheres, é um problema nacional, é outro problema, acentuado ainda mais neste momento de crise. A violência obstétrica, psicológica e física, sofrida pela mulher, é outra situação a ser considerada. Nos atendimentos, tanto no SUS quanto particulares, não se respeita a dignidade e a individualidade da mulher. Trabalho para mudar essa realidade, e isso passa por mudança de hábitos dos profissionais da saúde, e pela tomada de posição da mulher, em não se submeter a situações humilhantes.

5)  Pretende se candidatar novamente e qual cargo?

Tenho uma grande experiência legislativa, e desta vez gostaria de disputar a majoritária, porém, aqui em Vitória já temos um projeto político definido pelo partido. Desse modo, disputarei a eleição proporcional, para a Câmara de Vereadores. Em 2018, meu objetivo é conquistar uma vaga na Assembleia Legislativa, e estarei à disposição do PSDB para esse desafio. Nosso objetivo é avançar com uma política de qualidade, a favor do bem estar social, que inclua as pessoas graças à conscientização, e não à subserviência.

“Caminhos para o Brasil – a reforma tributária”, por Antonio Anastasia

antonio-anastasia-foto-pedro-franca-agencia-senado-300x200Minha ideia nesse início de ano tem sido elencar propostas que considero fundamentais para o desenvolvimento do Brasil. Propostas essas com as quais o PSDB se comprometeu nas últimas eleições presidenciais. Já falei da condição essencial para que qualquer tipo de reforma dê certo, o planejamento, e sobre a conhecida ‘mãe de todas as reformas’, a reforma política. É chegada a hora então de falarmos sobre a questão tributária, o grande nó górdio do Brasil. Grande parte dos nossos problemas de poucos investimentos e de atraso no desenvolvimento é consequência do complexo sistema que criamos ao longo dos anos.

Hoje o arcabouço tributário brasileiro é um verdadeiro emaranhado de confusões. Não há especialista que saiba decifrá-lo por completo. O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) é certamente um dos mais complexos e complicados do mundo. É claro que tudo isso aumenta o chamado ‘custo Brasil’, afugentando investimentos e negócios internacionais. O empresário (das grandes multinacionais até o microempreendedor individual) acaba, assim, arcando com os custos do imposto e, muito pior, também com a burocracia para resolver os problemas de quanto, como e a que ente pagar suas taxas. Para se ter uma ideia, de acordo com dados do Banco Mundial, as empresas no Brasil levam, em média, cerca de 2.600 horas para cumprirem com suas obrigações fiscais, ante uma média de apenas 366 horas para todos os países da América Latina e Caribe.

A proposta de uma nova reforma tributária tem como premissa fundamental o respeito aos entes Federados. E, se em um primeiro momento, algum ente tiver de abrir mão de parte de sua receita – o que é quase inevitável nesse processo –, que seja a União. Para que o Brasil se desenvolvade maneira mais célere será preciso descentralizar. E, paulatinamente, a reforma tributária poderá também ajudar nesse sentido.

Se a premissa é essa solidariedade federativa, o eixo principal e estruturador para essa reforma tributária é a simplicidade. O desperdício de tempo é um custo para as empresas, para as pessoas e para o Brasil. Infelizmente, a história fez da estrutura administrativa brasileira algo excessivamente burocrático e complexo. O chamado ‘e-Social’, lançado recentemente pelo Governo Federal para unificar o envio de informações pelo empregador em relação aos seus empregados, é um exemplo bastante claro disso. O que era para ser prático e simples acabou dando uma grande dor de cabeça àqueles que precisaram acessar o portal para cumprir suas obrigações.

Por fim, é preciso diminuir o número de impostos e taxas. Mesmo que, inicialmente, não se possa diminuir a carga, é possível simplificar. Nesse caminho, uma proposta até um pouco ousada, mas completamente possível, é a instituição no Brasil do cadastro único para pessoas físicas e jurídicas. Por meio dele vamos racionalizar substancialmente nosso sistema tributário.

Tudo isso precisa ser feito com muito diálogo e transparência, ouvindo o setor produtivo e todos os entes Federados, de forma que prevaleça a segurança jurídica e o bom senso. São grandes passos os que temos de dar nessa reforma. Mas eles são fundamentais para garantirmos o aumento da nossa produtividade e para gerarmos mais empregos de qualidade no nosso País. Avancemos, pois.

Brasil deve ter crescimento zero em 2017 e influenciar queda na economia mundial

pib2-1-300x200O Fundo Monetário Internacional (FMI) piorou a perspectiva de queda da economia brasileira em 2016 e não prevê mais retomada do crescimento no ano seguinte – agora, a expectativa para 2017 é de evolução zero, contra a expansão de 2,3% esperada anteriormente. Analistas acreditam que a piora da economia brasileira deve refletir sobre a economia global.

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil deve sofrer uma contração de 3,5% este ano. A expectativa em outubro era de contração de 1%. O desempenho da economia brasileira fica abaixo do de América Latina e Caribe, cujas expectativas são de recuo de 0,3% do PIB em 2016 e crescimento de 1,6% no ano seguinte.

O deputado federal Rogério Marinho (PSDB-RN) destacou que, com três anos consecutivos de queda do PIB, o Brasil bate um recorde equivalente ao registrado em um momento histórico. “A última vez que aconteceu um episódio similar foi na década de 30 com a queda da bolsa de Nova Iorque”, relembra.

Segundo Marinho, o que o FMI projeta não pode ser levado em consideração enquanto o atual governo se mantiver – a realidade pode ser ainda mais severa. “Se o governo da presidente Dilma Rousseff continuar e se o impeachment não for estabelecido, a situação pode piorar. Dilma na verdade prefere ser a Ministra da Fazenda, a presidente do Banco Central, a ministra de Minas e Energia, a ministra do Planejamento…Esse centralismo democrático, que é uma característica do PT, tem propiciado ao pais um triste espetáculo”, lamenta.

O deputado tucano caracteriza as perspectivas para o futuro como “sombrias” e afirma que os problemas no Brasil vão além da crise econômica. “O Brasil está com a sua economia desestruturada em função do excesso de intervenções equivocadas que ocorreram ao longo do tempo no tecido econômico nacional”, explica.

O parlamentar acrescenta que a crise foi agravada pela falta de competência e de “perfil técnico” de alguns personagens relevantes para a economia brasileira. “A principal qualificação exigida para cargos importantes era apenas o fato de terem militado num movimento sindical e terem afinidade política e ideológica com o governo do PT. Essa situação de aparelhamento, de fisiologismo, de se apropriar da máquina pública em função de um projeto de revolução bolivariana está fazendo com que o pais como um todo pague um preço muito pesado”, afirma.

Marinho conclui dizendo que o país entrou em um processo econômico que não é muito favorável para os conjuntos das economias mundiais e que o Brasil tem um destaque negativo extremamente agudo. “A situação é grave e merece realce pelos seus aspectos negativos. Passado o terremoto, eu espero que venha a reconstrução e que ela aconteça o mais rápido possível. Nós da oposição estamos engajados para que o processo e impeachment já instalado na Câmara e no Congresso tenha êxito”.

O FMI  atribui as más previsões a recessão causada pela incerteza política e contínuas repercussões das investigações em torno da Petrobras. Segundo o fundo, a economia brasileira pesou sobre as estimativas para o crescimento global, que foram reduzidas em 0,2 ponto percentual tanto para 2016 quanto para 2017, respectivamente, para expansão de 3,4% e 3,6% (em outubro, estimativas eram de alta de 3,6% em 2016 e 3,8% em 2017).

“A destruição da Petrobras”, análise do ITV

petrobrasfachada-300x150A nova queda sofrida ontem pela Petrobras é carregada de simbolismo. A empresa passou a valer no mercado o mesmo que valia no ano em que o PT ascendeu ao poder. Fica evidenciada, de uma vez por todas, a associação direta entre a gestão ruinosa adotada pelo partido – tanto na estatal quanto no país como um todo – e a destruição de valor.

Em termos nominais, os papéis da Petrobras caíram ontem ao menor nível desde novembro de 2003, o primeiro ano de Lula como presidente da República e de Dilma Rousseff como presidente do conselho de administração da companhia. Descontada a inflação, as ações passaram a valer tanto quanto valiam no fim do século passado. É o custo de 13 anos de desmanche.

Em apenas duas semanas, a Petrobras derreteu 27%. Um dos fatores é a baixa voraz das cotações mundiais de petróleo, acentuada pela volta do Irã, sétimo maior produtor global, ao mercado. Mas a situação da companhia brasileira é ímpar e o valor da estatal tem caído muito mais que o de suas congêneres internacionais. A petroleira brasileira está mais cara, além de representar risco muito maior, agravado pela má gestão e pela corrupção que o PT nela inoculou.

As ações da estatal valem hoje 14% do que chegaram a valer em 2008, na auge da euforia e do ufanismo petista em torno das “maravilhas” do pré-sal e de mentiras vendidas pela cara propaganda oficial, como a da autossuficiência na produção de petróleo e derivados. Ou seja, oito anos atrás a Petrobras valia sete vezes mais do que vale hoje.

É comum dizer que a antes maior empresa do Brasil chegou ao fundo do poço. Não mais. Ninguém mais sabe quando a desintegração da Petrobras terá fim; com o PT, ninguém é capaz de dizer que pelo menos terá algum fim. Com as quedas recentes, a Petrobras deixou de figurar entre as 500 maiores companhias do mundo.

A empresa não consegue cumprir seu papel essencial: produzir mais, com eficiência, e gerar lucro para seus acionistas e benefícios para a sociedade brasileira. A produção cresce pouco, as metas nunca são alcançadas – a estimativa para o fim desta década caiu 33% recentemente. Sua dívida é explosiva, tornando-a a maior devedora do mundo: R$ 507 bilhões.

Superendividada, mal gerida e tomada de assalto por um grupo político, no ano passado a Petrobras foi rebaixada por todas as agências de classificação de riscos e seus papéis desceram à categoria de lixo especulativo. Com isso, as portas do mercado de crédito foram fechadas à empresa, dificultando ainda mais sua gestão e diminuindo as possibilidades de recuperação. O poço não tem fim.

Os petistas vivem dizendo que seus adversários adoram depreciar o patrimônio público para entregá-lo de mão beijada a investidores privados. Mas quem dilapidou não só a Petrobras mas também outras estatais, como a Eletrobrás, foram os governos do PT, que agora avaliam vender maciçamente ativos quando os preços estão lá em baixo e ninguém está disposto a correr riscos no mercado de petróleo.

Na bacia das almas entram ativos como a Transpetro, a Braskem, a BR Distribuidora, refinarias adquiridas desastradamente, como Pasadena (EUA) e Okinawa (Japão), e até as outrora sagradas reservas do pré-sal.

Sem alternativas, a estatal pode se ver socorrida pelo Tesouro, seu principal acionista, para não quebrar de vez. Isso significa que toda a sociedade brasileira pode ser chamada a pagar a conta da destruição da Petrobras pelo PT. De quebra, um possível aporte agravará ainda mais a situação da já explosiva dívida pública.

Para se recuperar, a estatal precisa, primeiro, extirpar o cancro da corrupção que o PT incrustou nela. Em segundo lugar, tornar a ser uma empresa profissionalizada, voltada a produzir benefícios para toda a sociedade brasileira, na forma de lucros.

E, não menos importante, necessita se livrar dos abacaxis que as gestões Lula e Dilma lhes impuseram, como negócios ruinosos destinados apenas a gerar dinheiro para alimentar o PT e seus aliados.

É preciso, também, acabar com o sobrepeso decorrente das regras do regime de partilha e da política de conteúdo local – que ontem começou a ser desmontada como parte das tentativas desesperadas do governo para dar algum alento à indústria de petróleo no país.

Sem isso, riquezas que poderiam estar sendo exploradas, gerando benefícios para a sociedade, tornaram-se berço esplêndido sob o qual o país repousa, paradão, destruído pelo PT.

“Balcão de negócios”, análise do ITV

dilma_e_lula_0-1-300x214Quanto mais se investiga, mais certeza há de que a passagem do PT pelo poder é a mais corrupta da história do país. Quanto mais os trabalhos da Operação Lava Jato, e das instituições envolvidas nas apurações, avançam mais fica claro que o partido se lambuzou de cabo a rabo, dos peixinhos aos tubarões.

Desde o início do ano, vêm sendo divulgadas novas revelações obtidas por meio de depoimentos de envolvidos no escândalo do petrolão. O fio comum é a onipresente participação de petistas e seus aliados em maracutaias, desvios de dinheiro público, manipulação de contratos – enfim, toda sorte de manobras para pôr o Estado brasileiro a serviço do partido.

Os indícios que vêm surgindo mostram que a teia de corrupção não era tecida apenas nos escalões inferiores. Pelo contrário. O andar de cima mergulhou fundo na montagem do esquema que, desde o mensalão, loteou a máquina pública, assaltou os cofres do governo, encheu as arcas do PT e os bolsos de petistas. Entre presidentes da República e ministros de Estado, o papo corrente foi sempre o mesmo: corromper.

A partir de depoimentos de Nestor Cerveró, que dirigiu a Petrobras na época em que Dilma Rousseff comandava o conselho de administração da estatal, restou claro que tanto Lula quanto a atual presidente da República podem ter agido diretamente para traficar interesses dentro do governo.

O ex-presidente teria presenteado Cerveró com cargo público depois que este participou de uma operação em que uma empresa foi contratada pela Petrobras após repassar dinheiro a um amigo de Lula, que, por sua vez, usou a grana para ajudar o PT. Já Dilma teria tratado diretamente com o senador Fernando Collor sobre a partilha de cargos na BR Distribuidora.

As suspeitas sobre Lula já são tantas que o líder-mor do PT já se tornou habitué em depoimentos à Polícia Federal – o último ocorreu no dia 6 deste mês. Mais uma delas vem à tona hoje, na edição do Valor Econômico: a aquisição de blocos de petróleo em Angola teria gerado propina de R$ 50 milhões – o equivalente à metade do seu custo – à campanha de reeleição do ex-presidente.

Não são apenas as estrelas maiores do PT que estão sob a mira das investigações. Uma constelação de atuais e ex ocupantes dos principais cargos da República aparece sob suspeita. É o caso de Jaques Wagner, que faz valer a regra de que a Casa Civil tornou-se um dos mais ativos balcões de negócios dos governos petistas. Ou de Edinho Silva, que também corrobora a escrita que envolve rigorosamente todos os recentes tesoureiros de campanha do PT em escândalos.

Deve ser por estar chegando tão alto, e tão perto de quem realmente precisa ser punido, que a Lava Jato tornou-se alvo do governo e de sua tropa de aliados. Basta ver a raivosa carta divulgada por um grupo de advogados ou, pior ainda, a medida provisória editada por Dilma no apagar das luzes de 2015 para enfraquecer as ações anticorrupção no país e o corte de verbas para tentar sufocar a Polícia Federal. É o melhor sinal de que está corretíssimo o caminho das investigações trilhado pelas instituições e pela Justiça do país para responsabilizar o PT por toda a roubalheira que patrocinou.

Crise econômica faz financiamentos para empresas recuarem ao menor nível desde 2004

rn-dinheiro-20150209-3Brasília (DF) – A recessão econômica conduzida pelo governo da presidente Dilma Rousseff, além de promover a queda nas vendas, a alta nos estoques e a falta de confiança para novos investimentos, também foi responsável pelo maior recuo de financiamentos liberados para empresas em mais de dez anos. É o menor nível desde 2004, quando ainda se iniciava no Brasil o mais recente ciclo de expansão no crédito.

As informações são de reportagem desta segunda-feira (18/01) do jornal Folha de S. Paulo. Segundo a publicação, um dos motivos que pesou na concessão de créditos foi a desestruturação dos setores de óleo, gás e infraestrutura, que estavam entre os que mais demandavam financiamentos, após a deflagração da Operação Lava Jato.

O aumento dos juros foi outro fator. Um exemplo é a taxa do capital de giro, que subiu de 30,2% para 47,1% de janeiro a novembro, de acordo com o Banco Central.

Para se ter uma ideia, até novembro de 2015 os bancos concederam R$ 1,332 trilhão em empréstimos com juros de mercado para pessoa jurídica. O valor é menor que o R$ 1,378 trilhão que foi emprestado em 2004, corrigidos os índices inflacionários. A expectativa do Banco Central é de que, mesmo que dezembro surpreenda, os empréstimos não deverão superar o R$ 1,525 trilhão alcançado em 2005.

A matéria da Folha de S. Paulo informa ainda que, além da queda na demanda de empréstimos, os bancos também negaram créditos a muitas empresas por conta de regras internas de gerenciamento e diversificação de risco.

“Ano velho”, por Aécio Neves

senador-aecio-neves-17-09-2013-foto-george-gianni_0-1-300x200A sensação geral dos brasileiros é a de que 2015 teima em não terminar. Os problemas continuam os mesmos e vão se agravando todos os dias. Os desafios também, sempre maiores do que eram, na medida em que vão se acumulando e emperrando as raras portas de saída da crise.

A verdade é que este é um janeiro como poucas vezes já vimos. Depois de as festas tradicionais de fim de ano sofrerem um necessário ajuste e as viagens de férias minguarem a olhos vistos, quase 60 milhões de brasileiros estão no vermelho, atingidos pela inadimplência, pelo desemprego, pela inflação de dois dígitos e pelo peso crescente de impostos.

Além de preços que sobem sem parar, as tarifas públicas, que passaram anos manipuladas pelo governo com fins eleitorais, continuam a alta iniciada logo após as urnas da última eleição serem fechadas.

 

Artigo do senador Aécio Neves (PSDB-MG) publicado nesta segunda (18) na Folha de S. Paulo. Para conferir a íntegra do artigo, clique aqui.