PSDB – ES

Tiago Oliveira

“Organização criminosa LTDA.”, análise do ITV

palacio-do-planalto-foto-george-gianni--300x199O amigão do ex-presidente Lula que tinha passe livre no Planalto foi preso ontem. O líder do governo no Senado foi preso hoje de manhã. O que mais falta para que fique comprovado, de uma vez por todas, que o país está sendo comandado por uma organização criminosa? O que mais falta para que esta nefasta experiência tenha fim, com a expulsão do PT do poder?

De personagem secundário, José Carlos Bumlai ganhou holofotes no governo petista por causa da sua proximidade com Lula. Era tamanha que, depois de ter sido inadvertidamente barrado por seguranças na entrada do Planalto, o cerimonial do palácio fez baixar um alerta avisando todas as portarias de que o pecuarista amigão deveria ter acesso irrestrito ao prédio, “em qualquer tempo e circunstância”. Os limites de atuação de Bumlai, contudo, eram muito mais largos do que se supunha à época.

A Operação Lava Jato suspeita que o amigão de Lula tornou-se um dos mais ativos pontas de lança no esquema de desvio de dinheiro público para os cofres do PT. Bumlai pode ter sido, nos anos recentes, o que Marcos Valério foi para o partido no auge do mensalão. Um sucede o outro, assim como o petrolão sucede o escândalo, já punido pelo STF, da compra de apoio parlamentar pelo governo petista no Congresso.

As fontes da grana eram diversas: empréstimos fictícios em bancos para pagar dívidas de campanha (qualquer semelhança com o mensalão não é mera coincidência), propina para obtenção de contratos públicos bilionários (o DNA do petrolão presente), concessão de financiamentos públicos para amigos do rei e de distribuição de benefícios financeiros para seus familiares (comprovando que o Estado petista esteve sempre a serviço dos “mais pobres”).

Também renascem nas atuais investigações as recorrentes suspeitas de que, desde que assumiu a primeira prefeitura no país, o PT vale-se de esquemas corruptos para levantar dinheiro para financiar seu projeto de poder. Foi assim em Ribeirão Preto, foi assim em Campinas, foi assim em Santo André, resultando, neste caso, na morte trágica de um de seus principais quadros à época. Com o tempo, o esquema só ganhou escala – e como!

A prisão de Bumlai ressalta, ainda, as suspeitas sobre os ataques petistas ao caixa farto do BNDES, onde a firma do pecuarista, mesmo falida, obteve empréstimos generosos e baratinhos. Reforça a convicção de que o assalto aos cofres do Estado brasileiro foi muito além do mensalão, ultrapassaram o petrolão e chegaram às demais joias da coroa, incluindo o banco e demais estatais. Há operações e beneficiários de sobra para investigar.

Foi do caixa do BNDES que saíram empréstimos bilionários nos últimos anos para azeitar a relação do petismo com empresários. Esta simbiose deu sustentação política aos governos de Lula e Dilma, ao mesmo tempo em que drenava os recursos do Estado brasileiro. São os mesmos recursos que hoje faltam para sustentar as políticas sociais ou para impulsionar o crescimento econômico de um país arruinado.

Por sua vez, a prisão, nesta manhã, do senador Delcídio Amaral, líder do governo no Senado, cria mais uma ponte direta (o Palácio do Planalto já está cheio delas) entre o escândalo que pode ter resultado em mais de R$ 40 bilhões desviados da Petrobras e a gestão da presidente Dilma Rousseff. O que mais é preciso para levar adiante o pedido para que ela seja, constitucionalmente, investigada e apeada de lá?

O preço da predação do aparato estatal por parte do PT está sendo pago cotidianamente pela população brasileira na forma de recessão, desemprego, desalento e inflação. A corrupção petista é a origem das mazelas que tornam a vida no país hoje um verdadeiro inferno. Não é preciso procurar mais razões para pôr fim a este ciclo.

Os nomes dos principais beneficiários diretos desta organização criminosa também são sobejamente conhecidos. Comprova-se que os processos eleitorais desenrolados sob o corrupto manto que a Operação Lava Jato ora descortina foram ilegítimos. Falta agora às investigações chegar ao amigão de Bumlai e apurar a fundo como se deram a eleição e a reeleição da amigona do amigão de Bumlai. Falta apenas chegar ao principal.

 

“PSDB vota contra novo aumento de energia”, Aécio sobre nova intervenção do governo no mercado de energia

img_75071Pronunciamento do senador Aécio Neves – MP 688

Senado Federal – 24-11-15

Eu me lembro muito bem dos duros embates que nós tivemos aqui, no ano de 2012, quando da chegada a esta Casa da Medida Provisória nº 579, com a fórmula mágica de diminuir a tarifa de energia para as famílias, para as residências e também para a indústria no país. Demonstramos, a partir de trabalhos técnicos muito bem qualificados, a imprudência daquela medida. Não foram poucos os embates ocorridos aqui neste plenário e nas comissões desta Casa.

Infelizmente, fomos vencidos e taxados como os pessimistas, aqueles que não queriam que as tarifas de energia regredissem. Éramos os vilões da história. A presidente da República mais de uma vez foi à televisão, em cadeia nacional, para dizer que estava abaixando as tarifas de energia para os cidadãos brasileiros. Não preciso dizer o que ocorreu. Em algumas regiões do Brasil, o aumento da tarifa de energia, desde o ano passado, já chegou a cerca de 70%.

Faço esta rápida introdução para dizer que essa Medida Provisória (MP 688/15) busca corrigir em parte – por mais que o governo não admita isso – os gravíssimos equívocos daquela medida provisória e daquela intervenção sem planejamento, sem consistência, que desorganizou todo o setor elétrico brasileiro, com as consequências que estamos vivendo hoje.

O foco efetivo – é importante que isso fique claro –, a razão pela qual estamos votando neste instante essa medida provisória é o leilão marcado para o próximo dia 25 de novembro de 20 novas usinas. São usinas com prazo de concessão já expirado e que foram retomadas pelo poder concedente. Ali estão usinas do meu Estado, a Cemig, da Cesp, da Copel e também da Celesc. Aquelas que não vieram a aderir, aquelas que resistiram à MP 579.

Como são usinas amortizadas, e aí é a questão central, e é preciso que os senhores senadores tenham consciência claro do que está acontecendo antes de darem aqui o seu voto, o governo em razão hoje da gravíssima situação em que se encontra o Tesouro Nacional, estabeleceu a chamada bonificação de outorga. O governo quer obter R$ 17 bilhões com essas outorgas, com essas concessões, que serão revertidos não para investimentos no setor, mas para os cofres do Tesouro.

É mais uma medida extrema do governo federal para repor algum recurso nos cofres do Tesouro federal baqueado, solapado pela ação irresponsável do governo ao longo do último ano. Então o governo busca agora arrecadar um determinado recurso para suprir a necessidade de caixa do Tesouro criada por ele próprio. Mas vai fazer isso como? Esta que é a grande questão. Quem vai pagar esta conta ao final? E sabemos quem. Serão os consumidores.

Na verdade, em 2012, o discurso do governo era o da modicidade tarifária. O governo dizia o seguinte: “Olha, se essas empresas, se essas usinas estão amortizadas, portanto, nós podemos fazer as novas concessões [o que faz algum sentido, obviamente] a um custo muito menor, porque esse custo menor vai significar, por via de consequência, tarifas de energia menores para os cidadãos.”

Em dois anos, mudou tudo: não existe mais modicidade tarifária. O que o governo propõe agora é o oposto disso: uma bonificação de outorga. É aquilo que, lá na discussão dessa Medida Provisória nº 688 na Câmara dos Deputados, se estabeleceu chamar de “pedalada elétrica”.

O que o governo está cobrando é um novo imposto para transferir essas usinas sem preocupação, mais uma vez, com planejamento de longo prazo.

A tarifa – e é algo aqui didático, importante para aqueles que não estão tão familiarizados com essa questão –, a tarifa que deveria ser fixada com base na ideia anterior do governo era de R$ 36 o megawatt/hora. Essa foi a tarifa definida pelo governo na MP 579 – eu me lembro tanto disso. O governo dizia – não sou eu que estou dizendo – que essa era a tarifa justa, essa é a tarifa razoável para as operadoras operarem as hidrelétricas brasileiras: R$ 36 o MWh. Agora, com essa nova outorga, esse custo será de R$ 137 o MWh, um aumento de 300%!

O desacerto do governo, não vou dizer má-fé, mas a improvisação, aquela tentativa de ganhar em todos os campos a todo momento, uma visão imediatista de um resultado eleitoral, está fazendo com que esse custo, que deveria ser de R$ 36, fixado pelo próprio governo, seja de R$ 137.

E qual é a questão central que aqui fica? Essa tarifa, em razão, amanhã, de problemas de estiagem ou de quaisquer outros problemas que venham a ocorrer, poderá ser repassada ao consumidor. Essa é a questão central que aqui se coloca.

Se esta Medida Provisória, e quero aqui respeitar o trabalho sério feito pelo senador Eunício, que busca corrigir determinadas questões, trapalhadas feitas lá atrás, e tenho certeza que concordará comigo, mas a grande verdade é que nós estamos, por conta das irresponsabilidades e dos equívocos do governo, transferindo para o cidadão brasileiro de novo a conta dessa tentativa de ajuste.

 

“Governo da irresponsabilidade fiscal”, análise do ITV

1402575577-dinheiro-e-financasNão pode ser sério um governo que, faltando pouco mais de um mês para terminar o ano, ainda não sabe qual meta fiscal irá perseguir na execução de seu orçamento corrente. Não pode ser responsável uma gestão em que isso acontece pelo segundo ano consecutivo. Não tem futuro uma nação que vive desta maneira.

A administração da presidente Dilma pretende votar nesta noite a alteração da meta fiscal para 2015. Sim, a meta de despesas e receitas do ano que está acabando! O governo começou o exercício prometendo economizar R$ 66 bilhões e deve fechá-lo produzindo um rombo – com eventual pagamento de pedaladas – de inacreditáveis R$ 120 bilhões.

Seria espantoso se fosse inédito; é chocante porque tornou-se recorrente. No ano passado, na primeira semana de dezembro, o governo Dilma aprovou no Congresso a revisão da meta de 2014. Comprometeu-se a entregar R$ 10,5 bilhões de superávit – até então, o saldo prometido era de R$ 80 bilhões. Mas nem isso conseguiu: o ano terminou com rombo de R$ 32 bilhões.

Se aprovada pelos parlamentares, esta será a terceira meta de superávit primário que o país terá em 2015. A gestão petista começou o ano prevendo um saldo de 1,1% do PIB. Em julho, diminuiu a meta para 0,15% do PIB e hoje a previsão é de déficit de 2% do PIB. Como um governante pode ser tão incompetente, imprevidente e irresponsável?

O país caminha para três anos seguidos no vermelho. Quando, em agosto, fez sua primeira estimativa para o ano que vem, o governo admitiu déficit de R$ 30,5 bilhões em 2016. O anúncio catapultou a deterioração das condições econômicas e levou o Brasil a perder o grau de investimento de uma das agências internacionais de crédito.

Agora, o governo promete saldo de 0,7% do PIB em 2016, mas nem sua base no Congresso acredita. “Superávit primário agora é delírio”, resume o senador Romero Jucá, do PMDB. De fato, todas as alternativas para produzir receita propostas pelo governo estão se frustrando: repatriação de recursos, aumento de impostos, venda de ativos, leilões de concessão. Nada que Dilma prevê ou projeta acontece.

Com o PT, o desempenho fiscal do país piorou a olhos vistos, seguindo a cartilha de que “despesa é vida”, pela qual Dilma Rousseff sempre rezou. O déficit nominal (inclui pagamento de juros) alcança incríveis 9,3% do PIB nos últimos 12 meses. A dívida bruta vem dando piruetas, pulando de 53% para 66% do PIB desde 2011.

Responsabilidade fiscal nunca foi a praia do PT. A Lei de Responsabilidade Fiscal foi duramente combatida pelo partido, inclusive nos tribunais. O resultado é que o país não tem mais um parâmetro fiscal crível. Não tem nem mesmo alguma meta, já que os objetivos mudam ao sabor dos ventos. É passo decisivo para dinamitar a credibilidade de uma nação e implodir qualquer ponte para o futuro.

 

Aécio pede que Brasil e Argentina estreitem relações comerciais

aecio-neves-foto-george-gianni-1“Espero que possamos, o governo brasileiro com o governo argentino, estreitar as suas relações em benefício do incremento das relações comerciais na nossa região. E, quem sabe, as posições do presidente Macri possam servir de alerta para o governo brasileiro, porque, cada vez mais, se torna inaceitável a nossa omissão com a escalada autoritária na Venezuela e o nosso distanciamento de acordos com outras regiões do mundo”, disse Aécio Neves em pronunciamento no Senado Federal, sobre decisão do presidente eleito na Argentina pedir a suspensão da Venezuela do Mercosul.

Aécio Neves voltou a cobrar da presidente Dilma Rousseff um posicionamento com relação às práticas antidemocráticas do governo da Venezuela e disse que o apoio dado ao candidato Daniel Scioli, derrotado nas eleições argentinas, foi constrangedor para Dilma.

“É muito importante que governos constituídos tenham cautela ao participar de eleições em outros países para que não venhamos a vivenciar, no futuro, os mesmos constrangimentos por que passa hoje a presidente do Brasil por ter se posicionado a favor da candidatura de Scioli, derrotada na Argentina. Um alerta que fica porque governos constituídos, governos eleitos não são de grupos, não representam segmentos ideológicos. Representam todo o país.

Seguem principais trechos do pronunciamento do senador Aécio Neves

Assistimos à finalização das eleições na Argentina, país com o qual temos relações históricas e interesses comuns extremamente profundos, que elegeu Mauricio Macri, o oposicionista, como presidente da República, com quem tive oportunidade de conversar ontem, levando a ele os nossos cumprimentos e a esperança de muitos brasileiros de que possamos iniciar um novo e fértil período de aprofundamento das nossas relações.

O que ficou muito claro é que, em poucas horas após a confirmação da sua eleição, o presidente eleito Macri já assume posições muito claras em relação a problemas sérios que temos vivido na região e que deveriam, pela liderança natural que o Brasil exerce na região, estarem sendo defendidas pelo Brasil.

No momento em que o presidente eleito Macri ameaça utilizar a cláusula democrática do Mercosul, se houver qualquer dúvida em relação à lisura do pleito na Venezuela que se avizinha, ele torna ensurdecedor e constrangedor o silêncio da presidente da República e da diplomacia brasileira.

No momento em que o presidente eleito Macri assina para a priorização nas relações comerciais com a União Europeia, da mesma forma com que fala também da necessidade – mostrando o seu interesse nisto – de uma aproximação com a Aliança do Pacífico, ele vem, pouco a pouco, assumindo uma lacuna deixada na política e na diplomacia da nossa região pela omissão do Brasil em todas essas questões.

Faço apenas essa rápida referência para, saudando o presidente eleito Macri, perceber que um novo tempo se inicia na nossa região. Lamentavelmente, não por iniciativa do governo brasileiro, mas pelo que pode se supor dessas poucas manifestações nas últimas horas, o presidente eleito vindo a essas manifestações da vizinha Argentina.

Espero que possamos também – o governo brasileiro com o governo argentino – estreitar as suas relações em benefício do incremento das relações comerciais na nossa região. E, quem sabe, as posições do presidente Macri possam servir de alerta para o governo brasileiro, porque, cada vez mais, se torna inaceitável a nossa omissão com a escalada autoritária na Venezuela e o nosso distanciamento de acordos com outras regiões do mundo, cujos benefícios que poderiam estar vindo para o Brasil obviamente serão compartilhados por outras regiões.

Fica, portanto, ao lado dos nossos cumprimentos pela vitória do presidente Macri, um último alerta. É muito importante que governos constituídos tenham cautela ao participar de eleições em outros países para que não venhamos a vivenciar, no futuro, os mesmos constrangimentos por que passa hoje a presidente do Brasil por ter se posicionado a favor da candidatura de Scioli, derrotada na Argentina. Um alerta que fica porque governos constituídos, governos eleitos não são de grupos, não representam segmentos ideológicos. Representam todo o país.

Perdemos oportunidades históricas ao longo dos últimos anos de consolidar um acordo com a União Europeia. Outros o fizeram. O Acordo Transatlântico que a União Europeia negocia com os Estados Unidos e o Canadá levará espaços e mercados para produtos, principalmente do agronegócio, produzidos no Brasil e que deveriam ser ocupados por nós. Viramos de costas para a Aliança do Pacífico por uma questão meramente ideológica. Isso sim faz mal à economia brasileira.

E ao final fica, a meu ver, apenas uma dúvida nesse pronunciamento que acaba de fazer o ilustre senador Lindberg. Nenhuma palavra em favor do governo Kirchner, que encerra o seu mandato tendo levado a Argentina a mergulhar também numa enorme crise com inflação muitas vezes maior do que a nossa própria, isolada do mundo, o que fez grande parte, talvez, com que o resultado não fosse aquele que comemoravam. E desta vez nenhuma palavra do senador Lindberg em relação a este modelo de democracia que tantas vezes aqui ele enalteceu representada pela Venezuela.

Sim, o presidente eleito da Argentina deu uma demonstração clara de que caminha para ocupar um espaço de liderança regional que o Brasil não vem ocupando. A sua palavra de alerta à Venezuela para que respeite o resultado das eleições que lá ocorrerão no próximo dia 6 deveria ter sido feito pelo Brasil. E não foi. Mais uma vez aqui prevaleceu o silêncio obsequioso do nosso governo para constrangimento de todos nós.

 

Secretário-geral Silvio Torres discute fortalecimento de bases partidárias no Espírito Santo

DSC_0488Vivendo uma curva ascendente de crescimento, consolidada pela posição do senador Aécio Neves nas últimas eleições presidenciais, o PSDB planeja dobrar, em 2016, o número de prefeituras espalhadas pelo Brasil. Hoje, elas somam 702.

O estado do Espírito Santo é considerado peça chave desta estratégia. E, na noite desta segunda-feira, dia 23 de novembro, o Secretário-geral nacional do PSDB, o deputado federal Silvio Torres (SP), esteve em Vila Velha para participar da reunião com o deputado federal Max Filho, 18 dirigentes de diretórios municipais, e com os deputados estaduais Sergio Majeski e Marcos Mansur. Na ocasião, o presidente do PSDB ES, Jarbas Ribeiro de Assis Junior, apresentou relatório que mostra os esforços que vêm sendo realizados pelo desenvolvimento da sigla no estado: de janeiro deste ano até o mês de outubro, a executiva estadual estruturou os 78 diretórios tucanos, e em 40 municípios serão lançadas candidaturas próprias no pleito de 2016.

“O PSDB é o partido que possui os melhores quadros no Espírito Santo. Desde janeiro, conversamos com cada município capixaba e estamos vivendo uma renovação no Espírito Santo, temos lideranças jovens mesclando com os mais experientes. Existe uma motivação em cada município, fortalecemos os segmentos e teremos em torno de 40 a 50 candidatos. Nossa meta é chegarmos ao dobro de prefeitos e vereadores que temos hoje. Somos uma equipe, o partido não tem dono e vamos disputar eleições do ano que vem para ganhar.” afirmou Jarbas.

Segundo Jarbas, o objetivo principal do PSDB é lançar candidaturas próprias, principalmente nos municípios acima de 100 mil habitantes, em consonância com a orientação do PSDB Nacional.

“Em nosso relatório, nove municípios capixabas se enquadram nesse perfil: Vitória, Serra, Vila Velha, Cariacica, Guarapari, Linhares, São Mateus, Cachoeiro e Colatina. Nossa única dificuldade é com Cariacica, mas em todos os outros teremos candidaturas próprias. Estamos fortalecendo as bases para que em 2018 possamos ter candidatos competitivos para a disputa e elegermos deputados estaduais e federais.”

O deputado Silvio Torres foi designado para acompanhar e apoiar o andamento destes esforços nos estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo. Ele concorda que é amplo o campo que se abre para o PSDB no Brasil inteiro, corrobora o quanto 2016 é o caminho para 2018 – quando o partido terá chance de ampliar o número de deputados estaduais e federais e chegar à presidência da república, e chama especial atenção para estratégias de estruturação partidária, rumo a bases municipais mais sólidas. “Estamos em vias de consolidar o PSDB como o partido favorito da população, com o recente crescimento qualitativo de 30% a 40%. Na última eleição, conseguimos capitalizar boa parte da insatisfação das pessoas com o Governo e com o PT. Mas precisamos cuidar das fragilidades como, por exemplo, tornar o PSDB mais estruturado em todo o país. Temos ótimos quadros. Mas precisamos fortalecer diretórios, executivas e fazer crescer as bases. Candidatos a prefeito e a vereador são nossa prioridade, pois esses serão nossos candidatos a deputados federais. Para fazer bancadas em 2018, precisamos das bases municipais em 2016. E o trabalho tem que ser precoce, anterior, ou seja, agora!”, enfatizou.

Sobre o trabalho desenvolvido pelo diretório estadual, Torres se mostrou otimista com os rumos do PSDB capixaba.

“Eu fiquei muito entusiasmado com o trabalho realizado pelo PSDB Espírito Santo, superou minhas expectativas. Hoje a sociedade brasileira não aceita nada mais que seja impositivo, as pessoas acompanham a política, e precisam ser ouvidas para que possamos elaborar políticas públicas voltadas para os anseios da população. Todos aqui presentes, e cada um de vocês que irão disputar as eleições, tem muita importância naquilo que podem fazer para mudar a realidade do Espírito Santo e do Brasil. Eu tive acesso aos números das eleições presidenciais aqui, um estado que tem uma enorme simpatia pelo PSDB, que elege o PSDB, o José Serra ganhou da Dilma, Aécio Neves ganhou da Dilma nos maiores municípios e isso precisa ser refletido nas eleições municipais do ano que vem, e por isso estamos aqui”.

O Secretário-geral Silvio Torres também ressaltou a importância do Instituto Teotônio Vilela no processo de formação dos quadros no Brasil e no Espírito Santo.

“O ITV tem um papel importantíssimo a cumprir nesse processo eleitoral que se aproxima, que é qualificar os quadros, formar quadros com consciência do papel de protagonismo no cenário político que o partido vive hoje.”

Sobre os segmentos do partido Torres afirmou ”o PSDB Mulher, a Juventude, Tucanafro e o Sindical são os canais que nos levam ao dialogo com a sociedade, a ouvir e a aprender com a sociedade.”

Silvio Torres também ressaltou que “nas eleições municipais é que nós formamos os quadros dando condições de eleger bancadas, as bancadas tem papel fundamental para condução das políticas públicas do país, os rumos da política. Os tucanos que elegeremos 2016 serão candidatos em potencial para deputado tanto estadual como federal.”

A Executiva Nacional do PSDB espera concluir, em dezembro, o relatório que definirá as estratégias nas eleições municipais de 2016 em 273 municípios do Brasil, com mais de 100 mil eleitores ou emissoras de TV geradoras.

 

 

Majeski promove audiência pública com o tema “Defesa dos direitos das pessoas com deficiência e dos idosos” nesta quarta (26)

16257114179_9c9e2ac04b_oO deputado estadual Sergio Majeski, presidente da Frente Parlamentar de Apoio à Inclusão, Acessibilidade e Cidadania de pessoas com Deficiência, realiza nesta quarta-feira (26) audiência pública com o tema: “Defesa dos direitos das pessoas com deficiência e dos idosos”.

A audiência pública será na Assembleia Legislativa, no Plenário Dirceu Cardoso, às 14h30.

Essa é a 11ª audiência pública proposta por Majeski em 2015.

 

 

“Novo presidente herda um país parecido com o Brasil de hoje”, análise do ITV

macri_interna-300x213Acabou ontem (22/11) um dos mais longevos governos populistas da América Latina na história recente. A vitória de Mauricio Macri põe fim a três mandatos da família Kirchner, durante os quais a Argentina afundou numa crise econômica e social que parecia ter ficado no passado. Oxalá, signifique uma nova onda no continente, com reflexos diretos no Brasil.

Macri derrotou o candidato da situação, Daniel Scioli, com 51% dos votos válidos. A Argentina é exemplo de que o Brasil também pode sonhar com uma virada no seu rumo político. Quarenta dias atrás, o candidato kirchnerista recebeu apoio de Dilma Rousseff em Brasília. Pode ter sido a pá de cal em suas pretensões perante os eleitores argentinos…

Parece o Brasil

O novo presidente argentino herdará um país muito parecido com o Brasil de hoje: em recessão, às voltas com inflação, aumento do desemprego e da pobreza, com violência ascendente. Uma das poucas diferenças está no fato de que a Argentina foi ainda mais longe e se isolou do mercado internacional de crédito. Não chegamos a tanto.

Lá como aqui, o candidato da situação usou as mesmas armas retóricas que o petismo empregou para vencer a eleição do ano passado. Transformou adversários em inimigos. Abusou da estratégia do medo, segundo a qual só o atual governo garantiria as conquistas sociais. O problema é que, tal como aqui, o presente dos argentinos já virou um inferno.

Na Venezuela

A vitória de Macri pode representar um primeiro passo para a derrocada dos regimes populistas na América Latina. No mês que vem, há eleições legislativas na Venezuela, com chances reais de o poder de Nicolás Maduro diminuir – tanto que o chavista impediu a presença de observadores estrangeiros.

A onda populista fez muito mal ao continente. Em sua maior parte, os países latino-americanos deixaram de aproveitar a bonança global criada com a alta recorde dos preços de commodities. Seu ritmo de crescimento, que se acelerara na década passada, já retrocede: segundo a Cepal, o PIB do continente deve cair 0,3% neste ano, travado principalmente pelo Brasil.

Mercosul

Com a vitória de Macri, abre-se, também, a possibilidade de o Mercosul voltar a integrar-se ao mundo. Durante anos, a retórica protecionista deu as cartas, tanto em Buenos Aires quanto em Brasília, e isolou o bloco do resto do mundo. O resultado foi a anemia econômica e a irrelevância geopolítica.

O fim de ciclo que a Argentina, para sua felicidade, experimenta hoje talvez só não tenha acontecido no Brasil um ano atrás porque foram usadas armas espúrias para garantir a vitória de Dilma Rousseff. Assim como os argentinos conseguiram reencontrar o bom caminho, os brasileiros ainda lutam na Justiça para fazer prevalecer a vontade popular usurpada. Enquanto não conseguirmos, que a Argentina chore por nós.

Inflação não dará trégua até 2019

Inflacao-Agencia-BrasilInflação alta e recessão profunda. Essa é a previsão para o próximo ano, segundo especialistas da área econômica.  O Banco Central (BC) viu, pela primeira vez, as projeções de inflação do mercado para 2016 superarem o teto da meta, de 6,5%. Dados do boletim Focus apontam que a mediana das expectativas de analistas de mercado para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) chegou a 6,64% e que o PIB sofrerá queda de 2,01% no próximo ano.

Caso essas previsões se concretizem, a economia do país completará dois anos de retração profunda e inflação alta. As projeções dos analistas para o PIB de 2015 apontaram um encolhimento de 3,2% e uma alta do IPCA de 10,33%, conforme matéria publicada nesta terça-feira (24) pelo jornal Correio Braziliense.

Os analistas ainda estimaram que inflação não dará trégua até o fim do governo Dilma Rousseff. Analistas apontaram que a carestia atingirá 5,1% em 2017, 5% em 2018 e só chegará ao centro da meta, de 4,5%, em 2019. A Taxa Básica de Juros (Selic) não ficou fora dessa. A estimativa para o mesmo período é de que ela não deve ficar inferior à dois dígitos. Os analistas consultados pela autoridade monetária projetaram que a Selic terminará o ano em 14,25% e diminuirá para 13,75% em 2016.

Para o economista-chefe da Gradual Investimentos, André Perfeito, a deterioração do PIB e o aumento do IPCA estão ligados à crise política, ao encarecimento do dólar e aos aumentos nominais da renda dos trabalhadores. Ele acrescentou a disputa entre governo e parlamentares prejudica a aprovação de medidas para reequilibrar as contas públicas.

O professor da Universidade de Brasília (UnB) e também economista Newton Marques, segue a mesma linha de pensamento e diz enquanto o governo for refém do Congresso Nacional para aprovar o ajuste fiscal, as expectativas dos analistas continuarão a piorar.

 

Tragédias, por Luiz Paulo Vellozo Lucas

Luiz-Paulo-Foto-George-Gianni-PSDB-2A lista de tragédias que assistimos nesse breve período do século XXI deixa a quase todos nós atônitos. São terremotos, maremotos, tsunamis, ataques terroristas e outros mais.

Como não lembrar do Haiti e a devastação sofrida pelo país em 2010 com seus 250 mil mortos, 1,5 milhão de desabrigados e um grau de destruição – num país já muito pobre e instável – inaudito. Nesse terremoto, inclusive, perdemos a grande brasileira Zilda Arns.

Como não lembrar o terremoto, seguido de tsunami, que varreu o Japão em 2011 e, não bastasse, ainda provocou grande acidente nuclear.

Como não lembrar o terremoto, também seguido de tsunami, que no dia de Natal de 2004, abalou o Oceano Índico e castigou as suas regiões costeiras provocando mais de 230 mil mortes, além de imensa destruição.

Nos ataques terroristas podemos lembrar dos mais conhecidos, EUA em 2001, Espanha em 2004, Londres em 2005, Paris em janeiro de 2015 e agora em novembro. Mas não deveríamos esquecer, entre tantos outros, o assassinato de duas mil pessoas na cidade de Baga (Nigéria) pelos terroristas do Boko Haram.

Na lista das tragédias não podemos deixar de lembrar a mais recente que começou em Mariana (MG) e já atinge o Espírito Santo. A devastação humana, ambiental e física provocada pelo rompimento da barragem da Samarco ainda não teve toda a sua dimensão avaliada. Estamos, apenas, no início da compreensão das consequências da situação. Nesse momento, devemos, por certo buscar aliviar a situação dos milhares de afetados – direta ou indiretamente – pela tragédia, descobrir como tão grave acidente pode acontecer e tomar as providências para a punição dos culpados e para que fatos como esse não ocorram novamente.

Tragédias são tragédias, em qualquer tempo ou lugar, não é uma questão de quantidade. É uma questão de como se deu o evento e das consequências que provocou, da dor e destruição que causou.

Nessa lista de alguns eventos traumáticos do século XXI – que com certeza está incompleta, não sendo nem de longe meu objetivos apontar as “tragédias mais trágicas”, seja qual critério for usado – queria apenas lembrar que são muitos os eventos, mais próximos ou distantes de nós, que por diversas razões nos tocam mais ou menos profundamente, mas devemos em todas, penso eu, mostrar a característica que nos faz muito humanos que é a solidariedade.

Difícil num momento como esse poupar adjetivos. A dor das pessoas e famílias vitimadas por essas tragédias, como humanos que somos, se transforma em nossa dor. A estupidez dos atos terroristas bate também em nossa cara, cidadãos do mundo que somos. A força da destruição humana e ambiental em Mariana choca nossos sentidos, brasileiros que somos. A necessidade de responder aos atos se torna também nossa, defensores da vida, da civilização, da democracia e das liberdades que somos.

Luiz Paulo Vellozo Lucas, ex-presidente nacional do Instituto Teotônio Vilela e dirigente do PSDB ES

“Mulher preta”, por Aécio Neves

aecio-neves-foto-george-gianni-2-300x200Publicado na Folha de S. Paulo – 23/11/2015

Em razão do Dia da Consciência Negra, abro hoje a coluna para a desembargadora baiana Luislinda Valois, uma aguerrida brasileira na luta pela igualdade racial:

“A mulher preta brasileira é uma criatura eminentemente resiliente. Eu sou.

É uma mulher apequenada pelo desemprego, pela falta de moradia, pela fome que assola o seu habitat. Que mesmo tendo frequentado escola e universidade, e de lá saído graduada para uma profissão, não é outra mulher. É a mulher preta que sofre o assedio moral, a violência e a discriminação na sala de aula, no médico, no metrô, no escritório.

*Clique aqui para ler o artigo na íntegra.