PSDB – ES

Tiago Oliveira

“É campeonato de mentiras”, afirma Jarbas sobre discurso de Lula

jarbasribeiropsdbesO presidente estadual do PSDB, Jarbas Ribeiro de Assis Júnior, rebateu a insinuação feita por Lula, de que os discursos econômicos de Dilma e Aécio são os mesmos. “São água e óleo. Não deixaríamos deixar chegar onde chegou. Lula e Dilma estão disputando um campeonato de mentiras”, disse.

A crítica foi feita pelo ex-presidente durante a abertura de um congresso sindical, na última terça-feira.

Para Jarbas, Lula tenta se dissociar das medidas impopulares adotadas por Dilma no ajuste fiscal, com vistas em 2018. “Mas a política dos dois é a mesma. Quando o barco afunda os ratos pulam”.

Já na avaliação do deputado federal Max Filho, as críticas de Lula a Dilma simbolizam que estão perdidos. “Não há vento bom quando a não está sem rumo”.

Os líderes tucanos estiveram nesta quarta-feira (14) em Brasília, para participar de uma reunião com o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves. Participaram do encontro, além do presidente Jarbas, o vice-governador César Colnago, o deputado federal Max Filho e o dirigente tucano Luiz Paulo Vellozo Lucas.  Na pauta, a filiação do senador Ricardo Ferraço ao partido e a estruturação do partido para as eleições de 2016.

“Tratamos da estruturação do partido em todo o Estado. Aécio gostou do que ouviu, perguntou como vão as coisas em Vitória, e deixou claro que apoia a candidatura de Luiz Paulo a prefeito da capital”, afirmou Max Filho.

Sobre a filiação de Ricardo Ferraço, Max Filho disse que é um processo lento porque muitas pessoas são ouvidas.

“O rouba e não faz do PT”, análise do ITV

dilma-3Desde que teve as contas condenadas pelo TCU, a presidente da República e seu partido adotaram uma nova narrativa para tentar justificar a burla ao dinheiro público. Sempre que têm oportunidade, Dilma, Lula e os petistas em geral desfiam uma espécie de adhemarismo redivivo, embora capenga. É o rouba e não faz.

Segundo a tese dos petistas, o governo avançou – e continua avançando – sobre o dinheiro dos bancos públicos por uma causa nobre: manter os programas sociais. Neste “rouba, mas faz”, a gestão petista cumpriria papel de uma espécie de Robin Hood: tira de malvados bancões – mesmo que públicos – para dar a quem não tem.

Para começar, nada justifica o desrespeito a leis por parte de governantes. Se elas existem, precisam ser respeitadas; descumpriu, paga. A Lei de Responsabilidade Fiscal não permite que os governos – quaisquer governos – tome dinheiro de bancos oficiais porque isso é como garfar dinheiro que não lhe pertence, ou melhor, que pertence ao público.

Estes canos eram muito comuns no passado. Basta recordar a triste memória de governantes que se orgulhavam de ter quebrado bancos cujos governos controlavam para obter sucesso eleitoral. Foi com a mesma lógica que o PT se lançou sobre as contas públicas no ano passado. Lula e Dilma bem poderiam dizer: “Quebramos o país, mas conseguimos mais quatro anos no poder”.

O argumento falacioso dos petistas não resiste ao cotejo da realidade. O que o governo diz ter preservado com seu “rouba, mas faz” simplesmente foi desmontado após as eleições. A norma geral foi inflar programas no ano eleitoral para, logo em seguida, desidratá-los e, em alguns casos, extingui-los tão logo conquistados os votos. Vamos a exemplos.

No Fies, os subsídios foram elevados em 67% em 2014 e, passadas as eleições, as vagas foram cortadas à metade, com imposição de regras draconianas para novos contratos. No Pronatec, a dotação cresceu 41% no ano eleitoral para depois ser limada em 27%. As vagas ofertadas diminuíram quase 60% e a promessa de novos cursos até 2018 foi reduzida à metade após as eleições.

No Minha Casa Minha Vida, o orçamento deste ano é 35% menor que o do ano passado. Os desembolsos verificados até setembro voltaram ao mesmo nível de 2013, depois de alta de quase 30% no ano eleitoral. A contratação de casas para famílias pobres foitotalmente suspensa, contrariando compromisso de oferecer 350 mil unidades neste ano e jogando para as calendas a promessa de erguer mais moradias feita na eleição.

Há casos mais extremos que passaram de vitrine à lata de lixo da história. O Farmácia Popular foi extinto. O Minha Casa Melhorfoi desligado da tomada. A oferta de novas vagas pelo Ciência sem Fronteiras foi congelada e ficou a ver navios. A promessa de novas creches e pré-escolas foi para o fim da fila, junto com as mães que há anos aguardam uma vaga para seus filhos.

Há, pelo menos, uma coerência férrea na postura do PT: o partido, seus líderes e seguidores mantêm-se fiéis à mentira. Seus argumentos mudam ao sabor dos ventos, mas a coesão em torno da burla e do engano permanece. Os fins continuam a justificar os meios, mesmo que para isso seja preciso roubar. Pudor quanto a isso, não há. Tudo é pela mais justa causa: jamais largar o osso do poder.

 

Colnago defende intercâmbio tecnológico entre Espírito Santo e Holanda

20151015_092819A realização de intercâmbios para potencializar parcerias, negócios e investimentos da Holanda e o Espírito Santo nas áreas de energia, logística, agropecuária e sustentabilidade, foi o resultado da audiência nesta quinta-feira, 15, entre o vice-governador do Estado, César Colnago, e o embaixador do Reino dos Países Baixos Han Peters que se fez acompanhar do cônsul-geral Arjen Uijterlinde e do cônsul honorário daquele país, Andreas Schilte. No encontro, que também contou a com a participação do presidente do Bandes, Luiz Paulo Vellozo Lucas, mereceu destaque a grave escassez de água que atinge o Espírito Santo.

“A Holanda tem grande expertise na questão hídrica e podemos firmar intercâmbios no sentido de conhecer novas tecnologias para produção e consumo de água para enfrentarmos a crise hídrica. O Estado é o segundo do país em irrigação na área agrícola, entretanto, o atual sistema que é por aspersão consome e desperdiça muita água”, salientou o vice-governador.

A comitiva holandesa assinou um protocolo de intenções com o governo capixaba, através da Secretaria de Estado de Desenvolvimento, a Federação das Indústrias do Espírito Santo e o Porto de Rotterdam/Porto Central objetivando desenvolver um cluster (conjunto de empresas) de energia na área ao redor do Porto Central, no município de Presidente Kennedy.

Pioneiro em negócios internacionais, a Holanda se destaca nas áreas de energia, logística e sustentabilidade, agropecuária, recursos hídricos e infraestrutura. O país possui uma longa história de cooperações com o Brasil e, agora, busca a troca de tecnologias no Espírito Santo.
Um exemplo disso é o investimento na construção do Porto Central que tem o know-how do porto de Rotterdam, considerado o mais eficiente do mundo, e que servirá como base de apoio offshore para as indústrias de mineração, petróleo e gás, produtos agrícolas e granel, dentre outras atividades industriais e comerciais.

Assessoria de imprensa Vice-governadoria

 

Nota: “Não reconhecemos autoridade moral na presidente que mentiu para vencer as eleições”

nota_oposicoesNão reconhecemos autoridade moral na presidente da República que quebrou o país para vencer as eleições e retirou mais de um milhão de empregos das famílias brasileiras e que assistiu passivamente a nossa maior empresa pública ser assaltada em benefício do seu projeto de poder. Não reconhecemos autoridade moral na presidente que leiloou a gestão da saúde dos brasileiros em troca de um punhado de votos em benefício próprio.

Faria melhor a presidente se pelo menos uma vez demonstrasse sincera humildade para reconhecer que o desemprego e a carestia que castigam milhões de brasileiros é consequência dos equívocos e irresponsabilidades de seu governo.

Não reconhecemos autoridade moral na presidente que mentiu para vencer as eleições e continua mentindo para se manter no poder.

Senador Cássio Cunha Lima, líder do PSDB no Senado Federal
Senador Ronaldo Caiado, líder do DEM no Senado Federal
Deputado Carlos Sampaio, líder do PSDB na Câmara dos Deputados
Deputado Mendonça Filho, líder do DEM na Câmara dos Deputados

 

ITV realiza, nesta sexta (16), o Seminário “Caminhos para o Brasil – Energia”

itvBrasília (DF) – O Instituto Teotonio Vilela (ITV), órgão de estudos e formação política do PSDB, promove nesta sexta-feira (16), no Rio de Janeiro, o seminário “Caminhos para o Brasil – Energia. O evento será uma oportunidade para debater e apontar alternativas para o setor de energia no país e faz parte das comemorações dos 20 anos do ITV.

Veja a seguir a lista de palestrantes e moderadores do seminário.

Palestrantes:

David Zilbersztajn: engenheiro mecânico, com doutorado em Economia da Energia, professor da PUC-Rio, foi diretor-geral da Agência Nacional de Petróleo (ANP).

Adriano Pires: economista, mestre em planejamento estratégico e doutor em economia industrial, professor da UFRJ, diretor do Centro Brasileiro de Infra Estrutura (CBIE), foi superintendente da ANP.

Claudio Sales: engenheiro, presidente do Instituto Acende Brasil desde 2003, foi membro do Conselho de Administração de empresas como Cemig, Energisa e Energipe.

João Carlos de Luca: engenheiro, presidente da Barra Energia, do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP) e do Comitê de Cooperação Empresarial da Fundação Getúlio Vargas (CCE-FGV).

Moderadores:

José Aníbal: presidente do Instituto Teotônio Viela

Eloi F y Fernández: diretor geral da Organização Nacional da Indústria do Petróleo (ONIP) e professor da PUC-Rio

Serviço:

Data: 16/10/2015
Horário: 9h às 12h30
Local: Rio Othon Palace – Sala Copacabana B
Avenida Atlântica, 3264 – Copacabana – Rio de Janeiro-RJ
Contato: (61) 3424-0555 a 0558 (ITV)

 

Max Filho faz duras críticas ao governo federal e ao Contran

max filho 2Em vídeo publicado na página do Facebook “Conversa com os brasileiros”, o Deputado Federal Max Filho – autor de dois projetos para suspender as resoluções 533 e 541 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que exige que os veículos de transporte escolar sejam equipados com três tipos diferentes de “cadeirinhas” – falou sobre as diversas exigências que o Contran vem impondo aos motoristas brasileiros.

“Não há vento bom quando a nau está sem rumo. O governo federal tem protagonizado cenas lamentáveis. O Contran tem estabelecido exigências absurdas aos motoristas brasileiros. Primeiro, exigiu-se o kit de primeiros socorros. Voltaram atrás. Depois exigiram os extintores ABC, todos os motoristas tiveram que trocar os extintores de seus carros. Voltaram atrás. Estão exigindo, passaram a exigir depois, os simuladores de direção em cada auto-escola. Voltaram atrás. Agora, estão exigindo que os transportadores escolares no Brasil inteiro façam adaptação das suas vans para o cinto de três pontas. Mais uma exigência absurda. Tem entrada em projetos de decreto legislativo para sustar essas decisões absurdas que o Contran tem tomado a nível nacional.” declarou Max Filho

Novo pedido de impeachment contra Dilma será apresentado na sexta, anuncia líder do PSDB

21790547189_7be6c9c8de_k-1-300x200O líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), adiantou que um novo pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff será protocolado nesta sexta-feira (16). A medida foi tomada após liminares concedidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira (13) que suspenderam o andamento dos processos de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff com base no rito definido pelo presidente da Casa, Eduardo Cunha.

O pedido será apresentado em conjunto pelos juristas Hélio Bicudo, Miguel Reale Júnior e Janaina Pascoal. “As oposições aderiram a esses pedidos formulados pelos professores. Preferimos adotar uma postura de cautela, cumprir a decisão do STF e fazer uma única peça”, explicou o líder. Segundo Sampaio, qualquer decisão de Cunha aceitando o pedido apresentado por Hélio Bicudo poderia ser questionado no STF, uma que vez a peça foi posteriormente complementada por Miguel Reale Júnior.

O novo documento é fruto da junção dos aditamentos feitos anteriormente para cumprir a decisão do STF. A novidade no texto será a inclusão da manifestação de técnicos do Tribunal de Contas da União (TCU) no sentido de que as pedaladas fiscais continuaram a ocorrer em 2015.

No rito estabelecido por Cunha, qualquer parlamentar poderia recorrer ao indeferimento e a palavra final caberia ao plenário da Câmara. As decisões dos ministros Teori Zavascki e Rosa Weber não impedem o presidente da Câmara de avaliar se aceita ou recusa, ele mesmo, os pedidos de impedimento de Dilma. Os ministros, no entanto, proíbem Cunha de submeter a decisão final ao plenário.

Ao colocar a decisão final nas mãos de Cunha, Dilma deixa claro que não confia nos parlamentares de sua base aliada, ressalta o líder tucano. “A decisão de Dilma de ingressar no STF foi para transferir uma prerrogativa que era do plenário para o presidente Cunha”, afirmou Sampaio.

CONFIANÇA ZERO
Para o líder da Oposição na Câmara, Bruno Araújo (PE), o Palácio do Planalto dá sinalizações claras de que não confiam na base aliada ao governo no Congresso. “A presidente Dilma fez a opção de buscar um caminho para entregar à Presidência da Câmara o poder de definir sobre a abertura ou não do processo de afastamento”, afirmou.

Mesmo tendo maioria governista na Casa, a petista perdeu a confiança nos parlamentares que compõem sua base. “O Planalto apostou em ir ao STFe pedir que o plenário deixasse de dar a palavra final e a entregasse de forma monocrática ao presidente da Câmara”, completou o líder. Araújo destaca que o novo pedido de impeachment será protocolado para garantir a devida segurança jurídica após as liminares concedidas pelo STF.

*Do portal do PSDB na Câmara

 

Interiorização: confira a agenda da Juventude PSDB ES

juventude-psdbDesde o inicio da gestão da nova executiva da juventude do PSDB Espírito Santo, o trabalho desenvolvido chama a atenção pelos expressivos resultados. Em pouco mais de três meses, 20 novas diretorias foram empossadas em diferentes regiões do Estado.

Os municípios de Vitória, Serra, Guarapari, Domingos Martins, Marechal Floriano, Santa Teresa, Anchieta, São Mateus, Marataízes, Nova Venécia, Pedro Canário, Conceição da Barra, Marilândia, Barra de São Francisco, Bom Jesus do Norte, Ibatiba, Linhares, Vila Velha, Pancas e Ecoporanga já possuem estruturas organizadas atuando na militância, em eventos de filiação e na formulação de políticas públicas.

Nos meses de outubro e novembro, cinco novas diretorias serão empossadas, dando prosseguimento ao trabalho de interiorização. O objetivo do presidente estadual da juventude, Vitor Otoni, é organizar 30 diretórios até dezembro deste ano.

AGENDA JPSDB ES – Outubro e Novembro

17/10: Cachoeiro de Itapemirim

30/10: Jaguaré

07/11: Alfredo Chaves

27/11: Alto Rio Novo

28/11: Sooretama

Assessoria de Comunicação PSDB ES
Rafael Aquino
27 3227-2441 / 99851-5148
imprensa@psdb-es.org.br
www.psdb.org.br/es

 

“Por que o impeachment”, análise do ITV

Brasília-DF 28-07-2015 Brasília/DF Lula Marques/ agência PT. Presidenta , Dilma participa do Encontro de trabalho - Pronatec Jovem Aprendiz na micro e pequena empresa

Dilma, o governo e o PT se animaram ontem com as decisões (provisórias) do STF relativas aos trâmites do impeachment no Congresso. Algo inebriada por um triunfo parcial, a presidente se encheu de confiança e protagonizou um discurso classificado pela imprensa como “um dos mais duros” que já proferiu. Pena que sua retórica não corresponda aos fatos.

No ambiente controlado montado pela CUT – num palanque ao ar livre talvez ela não tivesse a cara dura de falar o que falou – a presidente disse que dispõe de “reputação ilibada” e não responde a “acusação de crime algum”. Conclamou seus chapas a “defender a legalidade” de ataques que seriam “golpismo”. Parecia que estava falando de outro país, de outro mandatário. No Brasil e no governo dela, tudo é o contrário do que afirmou.

Há carradas de razão para que o processo que pode resultar no afastamento de Dilma do cargo para o qual foi reeleita prossiga e chegue a bom termo, sempre dentro dos limites da Constituição. A eleição e os 54 milhões de votos que a petista obteve em outubro de 2014 não podem servir de salvo-conduto para o que der e vier, de passaporte para o vale-tudo que ela e o PT julgam-se autorizados a promover. Dilma, no entanto, acha que assim é.

A legitimidade do mandato se renova, ou não, a cada dia. E, no caso da atual presidente, desde que, há quase um ano, as urnas lhe deram mais quatro anos de mandato, a vontade popular expressa no voto tem sido solapada pelas práticas de seu governo. Não foi só no mandato anterior, não foram meras “questões administrativas”, como ela alega. Continua acontecendo, aqui e agora. É todo um desgoverno que está sob escrutínio.

Dilma tem, sim, variadas razões para sofrer impeachment. Sinteticamente: porque teve sua campanha irrigada por dinheiro sujo da corrupção; porque abusou da máquina pública para massacrar adversários; porque usou dinheiro público para enganar a população e maquiar uma situação que já não existia de fato. Venceu, portanto, na base da fraude e da empulhação.

Em primeiro lugar, usou-se um dinheiro que não existia para falsear a garantia de continuidade de programas sociais e políticas de crédito. Tanto a prática era mal intencionada que, tão logo transcorrida a eleição, todas as iniciativas foram limadas em maior ou menor grau, inclusive o Bolsa Família e o Minha Casa Minha Vida. Em casos extremos, foram mesmo implodidas, como o Farmácia Popular e o Minha Casa Melhor.

Em segundo lugar, ao abusar de dinheiro que não tinha, o governo gerou um rombo nas contas públicas que os brasileiros estão sendo chamados a pagar, principalmente, por meio do aumento de impostos e alta de tarifas públicas – luz, gasolina, gás de cozinha, tudo ficou muito mais caro depois da eleição.

Em terceiro, os brasileiros também já estão pagando pela lambança no trato do dinheiro público sob a forma de preços mais altos nos supermercados, ou seja, da inflação decorrente da incapacidade do governo de controlar a escalada da carestia por meio dos instrumentos monetários e fiscais de que dispõe.

Este mesmo avanço do governo num dinheiro que não existia explica os juros mais altos – foram sete altas consecutivas, a primeira delas três dias depois da eleição – e a dificuldade que o brasileiro encontra para pagar dívidas, agruras enfrentadas por parcelas cada vez maiores da população.

Por fim, quando lançou sua mão gatuna num dinheiro que não podia ser gasto, porque não estava disponível no Orçamento aprovado pela sociedade brasileiras, o governo plantou as sementes da crise econômica, semeou a desconfiança entre os agentes econômicos e colheu desemprego. Em síntese, instalou a recessão e a carestia que ora nos assombra.
Como se não bastasse, a ruína em progresso patrocinada por Dilma e pelo PT não se ateve aos anos passados. Avança também sobre o exercício corrente, com novas investidas sobre o dinheiro de bancos públicos e novas canetadas ao arrepio da lei, por parte da presidente, para liberar mais dinheiro para a gastança que o governo dela simplesmente não consegue controlar. A conta fica para eu, você, nós pagarmos.

É bem possível que Dilma tenha ido longe demais com seu discurso de ontem. Seu entusiasmo denuncia ações articuladas do governo para dar uma nova narrativa ao que, em português corrente, chama-se simplesmente ilegalidade, irregularidade, imoralidade. Mas quem, no PT, se importa? Para eles, continua a prevalecer, sempre, a versão, nunca os fatos. Para azar da presidente, contudo, para os brasileiros o que conta é a realidade e não a ficção.

Forças que transformam, por Luiz Paulo Vellozo Lucas

Luiz-Paulo-Foto-George-Gianni-PSDB-2 (2)“.. A recessão faz com que nenhum plano de ajuste fiscal seja capaz de alterar a crise no curto prazo. A agenda da reforma do Estado é o único caminho.”

Em meio à insegurança e à incerteza da crise brasileira é importante compreender as três forças robustas que orientam e impulsionam as transformações estruturais: o câmbio, o esgotamento fiscal e a escassez energética e hídrica. Os governos e os agentes econômicos privados serão forçados a atuar e a decidir suas ações de forma a sobreviver e reagir ao ambiente em transformação. O resultado não se sabe.

O Plano Real ancorou no câmbio a construção da estabilidade da nova moeda e seu sucesso fez com que nossa moeda ficasse forte nos últimos 20 anos.

A manutenção do equilíbrio dependia das reformas estruturantes, da manutenção dos pilares econômicos, do aumento da eficiência do Estado. E isso não ocorreu o que gerou efeitos colaterais negativos. Os piores, a desindustrialização e o déficit em conta corrente. Para exemplificar apenas ano passado os brasileiros gastaram US$ 22 bilhões em viagens ao exterior enquanto os estrangeiros deixaram aqui apenas US$ 7 bilhões. Já a balança comercial em 2014 foi negativa em US$ 90,9 bilhões. O que torna insustentável a manutenção do patamar da nossa moeda. Por isso, o real está fraco e vai ficar assim daqui pra frente.

A crise fiscal da União, dos Estados e dos municípios é absolutamente dramática e reflete um Estado capturado e exaurido por demandas justas, privilégios injustos e corrupção endêmica. Resultado: incapacidade absoluta de execução de políticas públicas eficientes, transversais e que assegurem competitividade sistêmica e igualdade de oportunidades. Satanizar a privatização só contribuiu para a obesidade mórbida do estado brasileiro.

Faltar água e ter energia cara no Brasil é tão irracional e improvável como morrer de calor no Pólo Norte. A abundância de recursos hídricos e de fontes alternativas de geração de energia não serviu para a construção de sistemas eficientes. Todos os incentivos regulatórios e tributários apontam para a convivência com o desperdício e para a ineficiência sistêmica.

Se todos reduzirem à metade o consumo de energia será impossível o ajuste fiscal dos Estados já que o ICMS sobre o consumo de eletricidade é a maior fonte de arrecadação. O reuso de água tampouco interessa às nossas companhias de saneamento. As prefeituras arcam com custos de coleta e destinação de resíduos sólidos e são incapazes de modelar uma gestão integrada que incentive a eficiência e a racionalidade energética.

A recessão faz com que nenhum plano de ajuste fiscal seja capaz de alterar esta situação no curto prazo. Enfrentar a agenda da reforma do Estado é o único caminho. Temos muito trabalho pela frente.

Luiz Paulo Vellozo Lucas é dirigente do PSDB Espírito Santo e ex-presidente nacional do Instituto Teotônio Vilela ITV

Artigo publicado em A Gazeta