PSDB – ES

Tiago Oliveira

“A recessão, de fato”, análise do Instituto Teotônio Vilela (ITV)

economia-brasil-300x1931Foi pior do que o previsto. O resultado do PIB do segundo trimestre, divulgado nesta manhã pelo IBGE, revela crise ainda mais brava do que já se temia. A economia brasileira tombou em peso. A recessão, agora tanto de fato quanto técnica, é obra com selo de qualidade do PT.

A queda no trimestre foi de 1,9%, na comparação com os três primeiros meses do ano. É o pior resultado desde 2009, e muito acima do que previam analistas. Como já houvera retração no primeiro trimestre (agora revista para -0,7%), o Brasil está oficialmente em recessão.

Em relação a igual período do ano anterior, ou seja, o segundo trimestre de 2014, o tombo da produção brasileira de bens e serviços chegou a 2,6%, quinta retração consecutiva e a mais longa sequência de baixas da série iniciada há 19 anos.

Desta vez, pelo lado da oferta, nenhum setor de atividade resistiu. Ruíram todos, inclusive a agropecuária, que até o primeiro trimestre ainda vinha apresentando alta. A indústria foi a que se saiu pior, com baixa de 4,3% sobre o trimestre anterior. Do lado da demanda, só as exportações não recuaram no período.

Os investimentos tiveram baixa horrorosa, de 8,1% sobre o primeiro trimestre – a oitava retração consecutiva nesta base de comparação – e de 12% em relação ao segundo trimestre de 2014, quinta seguida e a maior desde 1996. A taxa de investimento como proporção do PIB despencou, para 17,8%, a menor desde 2007.

Antes esteio do modelo econômico petista, o consumo das famílias também desabou 2%, “explicado pela deterioração dos indicadores de inflação, juros, crédito, emprego e renda ao longo do período”, segundo o IBGE. O PIB per capita terá várias quedas anuais seguidas, empobrecendo o brasileiro – estima-se que, em dólar, a baixa chegue a 30% neste ano.

A economia brasileira é, de longe, a de pior desempenho entre os países da OCDE. Entre 25 nações que já divulgaram o resultado do PIB do segundo trimestre, apenas seis registraram queda. Nenhuma tão acentuada quanto a do Brasil.

Dilma Rousseff caminha para produzir o pior resultado econômico desde Fernando Collor e esmera-se em fabricar a recessão mais longeva dos últimos 80 anos. Desde a Grande Depressão, nos anos 1930, o PIB não tem duas quedas consecutivas, algo que agora parece líquido e certo com as perspectivas sombrias também para 2016.

Na realidade, o Brasil já está soterrado em recessão desde o segundo trimestre de 2014, de acordo com critérios técnicos usados pela FGV. A penúria atual tende a ser mais severa e sua duração, mais prolongada. Além disso, a crise é fruto de fatores estritamente internos. Não há tsunami, nem marolinha externa que justifiquem o mergulho da nossa economia.

Não adianta perguntar para a presidente da República por que estamos tão mal. Ela terá na ponta da língua algumas elucubrações, todas furadas. Pode tentar alegar que “não sabe”, como já fez noutra ocasião, ainda em meados de 2014. Pode querer dizer que “levou muito susto”, como na entrevista que concedeu a três grandes jornais nesta semana. Uma coisa é certa: Dilma Rousseff não faz a menor ideia de como nos tirar da enrascada em que colocou o Brasil.

 

Tucanos de Sooretama planejam ações para Setembro

2015-08-28 11.29.18Lideranças do PSDB Sooretama se reuniram nesta quinta-feira (27) para tratar do plano de trabalho para o mês de Setembro. Participaram do encontro o presidente do diretório municipal Cima Guizani, o ex-prefeito de Sooretama Antônio Jaó e Francisco de Assis, que foi presidente da Câmara Municipal e Secretário de Educação.

Na ocasião ficou definido para amanhã (29) novo encontro com a presença de todos os membros da Executiva de Sooretama para ajustes e alinhamento das atividades do plano de ação para setembro, onde o partido intensificará os trabalhos de filiação partidária de novas lideranças, visando as eleições de 2016.

Para Cima Guizani, o planejamento das ações é fundamental para o crescimento da socialdemocracia no município.

“O PSDB Sooretama não registrou baixa na relação dos filiados com a composição da nova diretoria do partido, mas nosso objetivo é com planejamento, ampliar e qualificar os nossos quadros. Realizaremos encontros e palestras  periodicamente para oxigenar a nossa militância. Em relação a 2016: teremos candidato a prefeito e certamente uma grande chapa de candidatos a vereadores.” afirmou Cima.

 

Ibope: Tucanos venceriam Lula numa eventual disputa presidencial

logo-600x400-300x200Pesquisa do Ibope divulgada hoje na coluna de José Roberto Toledo, no jornal Estado de São Paulo, mostra os tucanos à frente do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em uma eventual disputa pela Presidência da República.

O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, é o que teria vantagem maior sobre o petista. Se houvesse um segundo turno entre Lula e Aécio, o tucano venceria por 50% a 31%. A diferença entre os dois cresceu quatro pontos percentuais em relação a simulação divulgada em junho passado.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, também venceria Lula em um eventual segundo turno com 41% das intenções de votos, enquanto o petista receberia apenas 37%. A vantagem dos tucanos seria mantida também se o candidato do PSDB fosse o senador José Serra, que venceria o petista por 43% a 36%.

A pesquisa revela ainda que Lula, em menos de dez meses, perdeu metade dos eleitores que votaram na presidente Dilma Rousseff no ano passado. Ele só conseguiria empatar com Aécio no Nordeste, entre os eleitores muito pobres, perdendo em outras regiões e segmentos sociais.

O Ibope ouviu 2.002 eleitores em 142 municípios de todo o País, entre 15 e 19 de agosto. A margem de erro é de 2 pontos, para mais ou para menos, com intervalo de confiança de 95%.

Leia aqui a coluna de José Roberto Toledo: “Lula, tucanos e votos”

“Aumento de impostos, não!”, análise do ITV

dinheiro_calculadora-economia-ebcO governo do PT não sossega. Depois de ter dedicado os últimos meses a promover um arrocho fiscal de péssima qualidade, prepara-se agora para voltar a avançar sobre o bolso dos contribuintes. Está em gestação mais um impostaço, começando pela ressurreição da famigerada CPMF.

O plano da presidente Dilma é enviar ao Legislativo uma proposta de emenda constitucional recriando o imposto do cheque. O tributo foi cobrado dos brasileiros até 2007, quando foi derrubado pelo Congresso, numa vitória histórica da sociedade contra a sanha arrecadatória do PT. Incidia à alíquota de 0,38% sobre movimentações financeiras e chegou a render R$ 36 bilhões (ou R$ 58 bilhões em valores atualizados pela inflação).

A justificativa oficial é de que, sem avançar ainda mais no bolso dos brasileiros, a conta fiscal do ano que vem não fechará. São necessários mais R$ 80 bilhões para tapar o rombo da incúria petista. Os ministros chamados de “desenvolvimentistas” ou da “ala política” do governo defendem que a melhor alternativa para arranjar o dinheiro é esfolar ainda mais o contribuinte.

A carga tributária vem crescendo de forma contínua nas gestões do PT e hoje alcança perto de 34% do PIB. O brasileiro trabalha cinco meses do ano só para pagar impostos, segundo cálculos do IBPT. Em contrapartida, somos o país onde o retorno do que é recolhido pelos contribuintes ao fisco é um dos piores do mundo em termos de serviços públicos prestados.

Mas isso não é suficiente para frear os ímpetos arrecadatórios do governo petista. Além do aumento da CPMF, também está sob análise a mudança na forma de cobrança do PIS/Cofins, com impacto brutal sobre prestadores de serviço, em especial. O governo alega que quer “simplificar” o sistema, mas o resultado é bem distinto: com a medida, as alíquotas podem mais que dobrar e render uma arrecadação extra de R$ 50 bilhões.

Na realidade, os contribuintes brasileiros estão sendo chamados a pagar a conta dos descalabros promovidos pela gestão da presidente Dilma nos últimos anos. Com sua mal sucedida política de desoneração fiscal, voltada para atender os amigos do rei com fartos e baratos recursos públicos, as receitas tributárias vêm caindo. Já viu para quem vai sobrar a fatura, não é?

Além do impostaço, o governo já adiantou que o arrocho fiscal deverá se aprofundar no próximo ano, com mais cortes de benefícios sociais. Está em estudo dobrar a carência para concessão de aposentadoria por invalidez e tornar ainda mais severas as regras para concessão de auxílio-doença (já alteradas neste ano). Programas sociais também serão dizimados. Num país onde até doação de girafa é objeto das garras do leão nada mais surpreende. Segure sua carteira, porque o bicho está solto e faminto.

 

“Dilma e Alice”, por Antônio Marcus Machado

antonioitvA presidente Dilma, depois  de se mostrar pública e oficialmente surpresa com a deterioração do quadro econômico, político e social do nosso país, quer agora incluir a China no rol dos culpados por essa situação. Transformá-la em um bode expiatório. Ora, na verdade, foi a China quem nos salvou nos momentos de crise – não oficialmente reconhecida pelo governo petista, diga-se de passagem – comprando substancialmente nossas commodities e garantindo nossa receita de exportações nos últimos anos. Enquanto isso, como se Houdini fosse, o governo  Dilma criava perspectivas ilusórias, alimentando a classe humilde com as migalhas da desilusão.

Não podemos cair nessa armadilha de explicar nossa imensa e ampla crise interna pelas condições internacionais. Até porque a China vai muito bem, com uma elevada escolaridade aplicada ao mundo tecnológico, uma consistente reserva cambial e uma competência geopolítica marcante. Ao contrário, o Brasil se fragiliza em termos de ensino-aprendizagem no meio educacional, tem pouco mais de 350 bilhões de reservas cambiais e perde importância na geopolitica latino americana. Especialmente, no cone sul.

A politica econômica é tão controversa, com uma mistura de boa técnica do Levy com a má politica do Alvorada, ao ponto de construir contraposições evitáveis entre a politica fiscal e a politica monetária. Agora, por exemplo, anunciou que bancos públicos como a CEF e o Banco do Brasil vão irrigar o mercado – aqui entendido como setores em dificuldade – com empréstimos remunerados com taxas abaixo do mercado, como fez ao financiar o BNDES desde 2010.

O que o empresariado quer não é isso, essa pretensa “bondade” que tanto prejudica o equilíbrio fiscal público e se contrapõe às ações de politica monetária na tentativa de organizar os preços e combater a inflação. Ele quer é ética na gestão publica, segurança jurídica em seus contratos e competência na criação de condições para um crescimento econômico sustentável. O governo faz discursos vazios como “cortar ministérios” sem dizer quais e que economias gerariam, e “colocar imóveis à venda” para obter recursos financeiros. Porém, ao mesmo tempo sinaliza que vai construir mais seis prédios anexos à Esplanada dos  Ministérios.

Dilma, como pessoa e governante, lembra Alice, de Carrol, quando esta pergunta à Lagarta: quem é você?

“Eu…eu…nem mesma eu sei, senhora, nesse momento…eu…enfim, sei quem eu era, quando me levantei hoje de manhã, mas acho que me transformei várias vezes desde então.”

Presidente estadual do Instituto Teotônio Vilela – ITV

Max Filho condena proposta do governo Dilma de aumentar impostos em 2016

MAXDeputados do PSDB rechaçaram nesta semana qualquer tentativa de aumento de impostos no país. Os tucanos entendem que não há clima para se aprovar propostas nesse sentido no Congresso e nem razões para isso, pois a carga tributária brasileira já é muito alta. Mesmo com os impostos tendo atingindo 35,42% do PIB em 2014, segundo o IBPT, o governo do PT irá sugerir aumento de tributos na peça orçamentária de 2016 que deverá ser enviada ao Legislativo nesta semana.

O artifício, na avaliação dos tucanos, é errado. Os parlamentares acreditam que aumentar impostos significa sacrificar ainda mais o cidadão.

Max Filho comparou a situação atual com a da época do Brasil colonial, quando a Coroa Portuguesa exigia o pagamento de um quinto dos minérios extraídos na colônia. “Na época, chamavam aquilo de quinto dos infernos. Agora já chegamos a quase dois quintos! O povo está vivendo a serviço do Estado, e não ao contrário, como deveria ser. O Brasil inverteu a lógica. É um estado pesado, obsoleto, anacrônico”, apontou.

Segundo Max, o Congresso não aprovará medidas que visem ampliar a cobrança de impostos. “Não há clima para isso. As propostas do ajuste fiscal já foram aprovadas. Não há espaço mais na economia para se votar aumento de impostos. O remédio tem que ser em favor do paciente. O aumento de impostos é um remédio que leva o paciente a óbito”, alertou.

Os parlamentares analisam que o cenário atual já é de alto peso dos tributos sobre a renda dos trabalhadores. De acordo com o IBPT, a carga tributária sobre o PIB, que já era alta, cresceu, entre 2013 e 2014, em 0,39 ponto percentual, chegando a 35,42%. Durante o primeiro mandato de Dilma, houve aumento de 1,66 ponto percentual da carga tributária.

O deputado Caio Narcio (MG) explica que a falta de planejamento ao longo dos governos petistas levou o país às atuais dificuldades financeiras.  “Aí quando as contas não fecham encontram como solução passar para o trabalhador pagar mais tributos. Isso só onera mais o cidadão”, alertou.

O tucano também teme que, com mais impostos, os empregos sejam reduzidos e um efeito contrário seja produzido na economia, pois o dinheiro que o cidadão estará pagando de impostos poderia estar sendo utilizado para investimentos e novos empreendimentos. “Não resolvem o problema. É um recurso que podia ser para ampliar o ganho salarial do trabalhador”, avaliou.

Para o deputado, o governo prova com essa intenção que as chamadas “pautas bombas” surgem no Planalto, e não no Congresso, como tem afirmado a presidente Dilma. Apesar disso, o tucano garante que dificilmente os congressistas permitam que o propósito do governo tenha êxito. “Não há clima na Câmara para aumentar impostos. No Brasil, na verdade, não há porque se aumentar impostos, pois já somos um dos países onde mais se cobram tributos e que menos presta serviços em contrapartida”, disse. Para Caio, ao invés de ampliar a tributação o governo deveria dar o exemplo e repensar seus gastos, reduzindo  atual a gigantesca máquina governamental.

“Iniciamos a semana com péssimas notícias para a economia e para o bolso do cidadão brasileiro. Não basta estarmos entre os 30 países que mais cobram impostos no mundo, o governo brasileiro quer aumentar a arrecadação por meio de tributos”, criticou Alexandre Baldy (GO).

 NÚMERO

R$ 1,3 trilhão
É quanto os brasileiros já pagaram em tributos neste ano, estima o Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). O montante será atingido às 16h desta terça-feira (25). No ano passado, esse valor foi registrado em 10 de setembro. Com este valor seria possível, por exemplo, fornecer cestas básicas para toda a população brasileira por 21 meses ou construir mais de 26 milhões de postos policiais equipados, calcula a ACSP.

(Reportagem: Djan Moreno/ Fotos: Alexssandro Loyola/ Áudio: Hélio Ricardo)

 

Reabertura de ação pela cassação de Dilma pelo TSE é grande vitória, avalia Sampaio

carlos-sampaio-foto-agencia-camaraO líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), classificou de “grande vitória” a formação de maioria no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para aceitar recurso do PSDB e dar continuidade a uma ação contra a chapa da presidente Dilma, reeleita em 2014 por margem apertada de votos.

De acordo com o tucano, a primeira batalha está vencida. ”Agora, vamos lutar para a vitória final no TSE, que poderá afastar o PT definitivamente da Presidência da República”, destacou Sampaio.

Ocorrido na noite dessa terça-feira, o julgamento foi interrompido por um novo pedido de vista, feito pela ministra Luciana Lóssio. Após a conclusão da análise, caso a maioria seja mantida, Dilma e seu vice serão intimados para a defesa. Essa é uma das quatro ações apresentadas pelo PSDB em 2014. O partido avalia que houve abuso de poder político e econômico na disputa realizada no ano passado. Para comprovar a tese, aponta vários fatos ocorridos durante o pleito (leia abaixo).

Pelas redes sociais, outros parlamentares também comentaram o caso. “Decisão correta do TSE! É preciso investigar e apurar todos os fatos! A regra tem que valer pra todos!”, escreveu Samuel Moreira (SP) no Twitter. “Mais uma etapa vencida a favor do povo brasileiro. Alguém ainda duvida que o crime de responsabilidade aconteceu?”, questionou Alexandre Baldy (GO) pela mesma rede social. “Não são só as ruas que pedem, os tribunais também querem a justiça e a verdade!”, completou Bruno Covas (SP).

Em sua intervenção, o ministro Gilmar Mendes disse ter verificado a existência de “suporte de provas que justifica a instrução processual da ação de impugnação de mandato eletivo quanto ao suposto abuso do poder econômico decorrente do financiamento de campanha com dinheiro oriundo de corrupção/propina”, comprovando a consistência da ação apresentada pelo PSDB.

Os abusos da campanha suja do PT em 2014, segundo a ação do PSDB

–  Abuso de poder político de Dilma pela prática de desvio de finalidade na convocação de rede nacional de emissoras de radiodifusão.

– Manipulação na divulgação de indicadores socioeconômicos – abuso cumulado com perpetração de fraude.

– Uso indevido de prédios e equipamentos públicos para a realização de atos próprios de campanha e veiculação de publicidade institucional em período vedado.

– Abuso de poder econômico e fraude, com a realização de gastos de campanha em valor que extrapola o limite informado.

– Financiamento de campanha mediante doações oficiais de empreiteiras contratadas pela Petrobras como parte da distribuição de propinas.

– Massiva propaganda eleitoral levada a efeito por meio de recursos geridos por entidades sindicais.

– Transporte de eleitores por meio de organização supostamente não governamental que recebe verba pública para participação em comício na cidade de Petrolina (PE).

– Uso indevido de meios de comunicação social consistente na utilização do horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão para veicular mentiras

– Despesas irregulares – falta de comprovantes idôneos de significativa parcela das despesas efetuadas na campanha – e fraude na disseminação de falsas informações a respeito da extinção de programas sociais.

Do PSDB na Câmara

 

Majeski quer votações nominais no site da Assembleia

16763530143_dce44710f0_bO deputado Sergio Majeski apresentou à Casa uma matéria que obriga a divulgação das votações nominais no site da Assembleia Legislativa (http://www.al.es.gov.br). O Projeto de Resolução 49/2015, modifica o parágrafo 2º do artigo 203 do Regimento Interno (RI) ampliando a divulgação desse tipo de votação.

O referido artigo do RI determina que a votação nominal das matérias pelos deputados devem ser feitas pelo sistema eletrônico de votos, obedecidas as instruções estabelecidas pela Mesa para sua utilização. Já o parágrafo citado prevê que a relação dos parlamentares que votarem a favor ou contra determinada matéria será publicada no Diário do Poder Legislativo (DPL) e constará em ata. A proposta de Majeski é para que essa relação também seja divulgada no site da Ales.

A votação nominal é utilizada nos caso em se exige quórum especial para a votação como, por exemplo, a análise de Propostas de Emenda à Constituição (PECs) e de Projetos de Lei Complementar (PLC). A coleta de votos se faz pelo painel eletrônico, instalado no plenário Dirceu Cardoso.

O PR 49/2015  ainda será analisado pelas comissões de Justiça, Cidadania, Ciência e Tecnologia e Finanças e pela Mesa Diretora, antes de ir à votação em Plenário.

Justificativa

Em justificativa anexa à matéria, o autor defende seu ponto de vista: “O direito de acesso à informação está vinculado à noção de democracia. Dessa forma, a Lei de Acesso à Informação – Lei nº 12.527/2011 – garantiu a todas as pessoas o direito de pedir e receber informações que estão sob a guarda de órgãos e entidades públicas. No entanto, para que o livre fluxo de ideias e informações seja garantido, é extremamente importante que os órgãos públicos facilitem aos cidadãos o acesso a informações de interesse público”, defendeu.

Para Majeski o acesso a esses dados fortalece a capacidade dos cidadãos de “participar mais efetivamente do processo de tomada de decisões que os afetam”. Para ele,  embora o regimento interno já preveja que os resultados das votações sejam publicados no DPL, “tal proposição visa ampliar o acesso da população às votações dos seus representantes de maneira semelhante ao que ocorre na Câmara dos Deputados”, disse.

Ele destaca ainda que vivemos “um momento onde se prega a transparência dos mandatos” e “iniciativas como essa reforçam a Assembleia Legislativa do Espírito Santo como uma das mais transparentes do Brasil”. Por fim, o parlamentar ressalta que sua proposta não gerará gastos ao Legislativo, “haja vista que os relatórios de votação já existem desde a implantação do painel eletrônico, dispondo essa Casa ainda de uma equipe para o monitoramento das informações publicadas no portal”, alegou.

Assessoria de imprensa Deputado Sergio Majeski
Izabel Mendonça

“A contradição em pessoa”, análise do ITV

dilma_desapropria_terras-para-quilombolas_-9131-300x211Pobre da presidente da República em cuja palavra não se pode confiar. Não é capaz de transmitir credibilidade, não consegue arregimentar apoios, é inepta em apontar rumos e soluções. Assim tem sido com Dilma Rousseff. O que ela diz não se escreve. Pobre do país que tem uma mandatária como esta.

As contradições da presidente vão surgindo aos borbotões, praticamente no ritmo de uma a cada manifestação pública. O país que ela dizia governar era um, o verdadeiro é outro. O que ela prometia fazer era uma coisa, o que está fazendo é outra. Pode ser apenas ignorância, pode ser má-fé, pode ser ambas, mas é certamente incompetência.

Dilma diz agora que não sabia o tamanho da crise, que “tomou susto” quando se deu conta das dificuldades, dos desequilíbrios, dos rombos, dos desperdícios, da roubalheira, da corrupção praticada por seus companheiros do PT. Dilma passou os últimos 13 anos, dia após dia, na Esplanada dos Ministérios e no Palácio do Planalto. Mais parece, contudo, ter aterrissado de Marte.

Os compromissos públicos firmados por Dilma caíram por terra, suas promessas viraram fumaça, suas previsões jamais se confirmaram. Sua palavra não tem valor algum. O que esperar agora quando ela jura soluções, prevê reviravoltas, anuncia mudanças? Nada, evidentemente. É mero discurso. São táticas para desviar o foco, é conversa para boi dormir. Não há liderança, não há credibilidade.

O mero alheamento – nem por isso aceitável – seria uma possibilidade se as palavras da presidente transparecessem sinceridade. Nem de longe. Sua tímida confissão de culpa, sua titubeante admissão de erros serve apenas como tentativa de atenuar a crise da qual ela não sabe como se safar. Pior, do buraco do qual ela não faz ideia de como tirar o país.

São estas mentiras, estas contradições, este abuso em fazer do Brasil um joguete nas mãos do partido da presidente e de seus aliados que precisam ser passadas a limpo, investigadas e, uma vez condenadas, punidas. É por isso que os brasileiros aguardam, ansiosos, a manifestação da Justiça e dos órgãos de controle sobre as práticas irregulares, ilegais e fraudulentas para reeleger Dilma.

As recentes declarações da presidente da República reforçam a convicção de que o Estado, as finanças, a máquina pública foram postos de joelhos a serviço de sua candidatura. Mais: a vida dos cidadãos foi tratada como mero ingrediente no experimento de laboratório que visava estender por mais quatro anos um projeto visivelmente falido.

Dilma Rousseff tem mais três anos e quatro meses de mandato pela frente. Não tem, contudo, a menor condição de continuar governando o país. O Brasil não precisa de mais contradições; precisa de respostas. Em mais algum tempo, a presidente da República estará falando completamente sozinha. De tanto se contradizer, nem ela vai acreditar nela mesma.

 

“Não faltaram alertas sobre a crise econômica”, editorial de “O Globo”

economia-brasil-300x1931Presidente Dilma afirma que demorou a perceber a gravidade dos problemas, mas sempre que tomou medidas equivocadas
recebeu críticas públicas.

Não fosse pela confissão de que, mesmo no ano passado, quando a economia já desacelerava (teve um crescimento pífio de 0,7%), ela não percebeu a crise, a entrevista de Dilma ao GLOBO, ao “Estado de S. Paulo” e à “Folha” não teria qualquer surpresa.
Dizer que não sabia do esquema de corrupção na Petrobras, cujo Conselho de Administração presidiu, já faz parte do script. Mas admitir que não detectou problemas na economia sobre os quais há muito tempo analistas e a imprensa profissional alertavam diz muito da incapacidade da presidente de ouvir críticas e duvidar de si mesma, características imprescindíveis para o administrador, na esfera pública ou privada.

Ora, a campanha eleitoral da oposição foi bastante calcada em alertas para os problemas que se avolumavam na economia. Como os subsídios de cunho eleitoreiro ao preço de combustíveis e à conta de luz, manobras insustentáveis que desestabilizavam o caixa da Petrobras — não bastassem os desfalques do petrolão —eo Tesouro, onde foram bater os desencontros entre os custos de geração de energia e as tarifas cobradas ao consumidor.

A resposta-padrão da candidata à reeleição era que se tratava de catastrofismo de uma oposição que não sabia administrar a economia sem elevar juros, aumentar tarifas públicas, entre outras malignidades “neoliberais”.
Pois na primeira reunião do Conselho de Política Monetária (Copom), do Banco Central, dias após confirmada a vitória de Dilma nas urnas, os juros foram remarcados para cima, de 11% para 11,25%. E as taxas não pararam mais de subir (a Selic está 14,25%), para se contrapor a uma forte pressão inflacionária, em parte alimentada pelo choque tarifário que a candidata também dizia do palanque ser uma impossibilidade. Algo que a oposição faria, mas não ela.

A rigor, desde o final do primeiro governo Lula, em 2005, em que a recém-empossada ministra da Casa Civil rejeitou, por “rudimentar”, um sensato programa de ajuste das contas públicas que lhe foi encaminhado pelos ministros da Fazenda e do Planejamento, Antonio Palocci e Paulo Bernardo, foram colocados pontos de interrogação sobre as ideias macroeconômicas de Dilma.
O viés intervencionista da presidente já ficara exposto na gestão dela no Ministério de Minas e Energia. E desarrumaria bastante o setor no seu primeiro governo. Neste, com Guido Mantega na Fazenda, a presidente pôde testar na prática o modelo dos sonhos, o “novo marco macroeconômico”. Sempre sob críticas e alertas públicos.

Não surpreendeu que acelerasse a inflação, tivesse de elevar os juros, naufragasse a economia numa recessão e fosse forçada a praticar um ajuste fiscal, contra dogmas ideológicos. E tudo agora ficou ainda mais complicado devido às turbulências chinesas. A presidente disse que demorou a perceber a gravidade da crise brasileira. Mas não foi por falta de aviso.

Publicado em “O Globo”, em 26/08/2015