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Tiago Oliveira

FHC descarta reunião com Lula, Dilma ou o PT: “O momento é para aproximação com o povo”

fhc_psdb_igoestrela_4O ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso rejeitou a realização de um encontro particular com a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A hipótese de reunião foi divulgada pela imprensa na semana passada e teria sido uma iniciativa de Lula, preocupado com a baixa popularidade e a crise econômica que marcam o governo Dilma.

“O momento não é para a busca de aproximações com o governo, mas sim com o povo. Qualquer conversa não pública com o governo pareceria conchavo na tentativa de salvar o que não deve ser salvo”, escreveu o tucano em seu perfil no Facebook no último sábado (25).

Outros membros do PSDB também rejeitaram o encontro reservado. “O verdadeiro diálogo capaz de ajudar o Brasil a superar a grave crise em que se encontra já está ocorrendo. Ele ocorre nas ruas, nos locais de trabalho, nos espaços familiares”, destacaram os líderes do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), e na Câmara, Carlos Sampaio (SP), em nota. Clique AQUI para ver o texto.

“O PT em estado de putrefação e o governo em fase terminal. Não contem conosco para a sua salvação”, por Alberto Goldman

Alberto-Goldman-Foto-George-Gianni-PSDB-11O PT que esteve agonizando, moribundo, morreu. Agora está em estado de putrefação. Que renasça um PT progressista e saudável, para o bem da democracia em nosso país.

O governo, comandado por ele, está em fase terminal. Não é capaz cumprir o seu papel de dirigente da administração pública, nem de balizar o desenvolvimento da sociedade brasileira. Perdeu a legitimidade para governar.

Esses são os fatos que se apresentam na realidade do nosso país nos dias de hoje.

É desejável para a vida política nacional que o PT seja recriado como um verdadeiro partido democrata e respeitado. Aquele PT que era uma referência da luta contra a desigualdade social e por uma vida política que teria na ética a sua alma.

O novo PT, certamente menos radical e sectário do que era, será um elemento essencial para a consolidação da democracia.

Os últimos suspiros dos que sustentam o governo Dilma são os apelos à oposição. Não há nisso nenhum desejo verdadeiro de unir forças para superar a crise em que vivemos. É apenas uma manobra para ganhar tempo e evitar o desenlace imediato. Não contem conosco.

Houve vários momentos após as eleições de 2014 em que seria possível e razoável uma ação conjunta para enfrentar a crise que se sabia inevitável.

O primeiro deles logo após a divulgação dos resultados do pleito, quando era patente que a apertada vitória de Dilma colocava dúvidas sobre a legitimidade do novo governo. Hoje isto é claro tendo em vista tudo que foi exposto publicamente nesses últimos meses. Bastava o reconhecimento de que o povo, em grande parte, maioria ou não, não os desejava mais.

O segundo momento foi o da posse em 1º de janeiro quando Dilma, já absolutamente consciente das dificuldades que teria em superar a crise prevista e anunciada, procurou manter o discurso eleitoral e dividir o país entre eles, os bons moços, e nós, os maus, que queríamos manter as iniquidades da sociedade brasileira.

Nesses momentos Dilma e seus aliados representavam metade do povo brasileiro. Agora não representam sequer 10% do mesmo. A hora de apelar para um entendimento nacional já passou. Agora é só ato de desespero, o pedido de uma mão que não será estendida.

Para o Brasil, a melhor saída é a exclusão do poder do PT e dos aliados que se enlamearam. Base política, social e legal não faltam. É a solução legítima, a mais rápida e mais eficaz e a menos penosa para o nosso povo.

Por isso temos de encontrar o caminho para superar esse quadro doloroso para o nosso povo, usando os instrumentos que as nossas instituições democráticas nos ensejam, . afastando do poder aqueles responsáveis por uma das mais graves crises de nossa História.

Artigo do vice-presidente do PSDB, Alberto Goldman

“Educadora?”, por Aécio Neves

aecio1-780x340São muitos os problemas da educação brasileira. Falta de planejamento, inadequação da grade curricular, pouca valorização dos professores, investimento baixo em pesquisa e outros desafios se acumulam há anos, sem solução.

Essa precariedade generalizada é fruto da mesma fonte: a incapacidade do país de tratar a educação como política de Estado prioritária.

Nada mais falacioso do que o slogan “Pátria Educadora”, anunciado com júbilo pela presidente Dilma como âncora de seu segundo mandato, e solenemente ignorado em sua gestão. Programas como Fies, Pronatec e Ciência sem Fronteiras sofreram uma degola radical. O Ministério da Educação foi dos mais atingidos no arrocho fiscal em curso.

É nesse contexto de fragilidade que o país assiste, com assombro, ao desmonte das universidades públicas brasileiras. Trata-se de uma das piores crises vividas pelo setor em toda a sua história.

Clique aqui para ler o artigo na íntegra.

*Artigo do presidente nacional do PSDB publicado na Folha de S. Paulo – 24/07/15

Nota dos líderes do PSDB na Câmara e no Senado

facebook-logo-psdbO oportunismo do PT não tem limites.

Agora que a sua verdadeira obra de governo foi desmascarada aos olhos dos brasileiros, tentam encontrar mais uma forma de fugir às suas responsabilidades.

Passaram anos estimulando a intransigência, o rancor e dividindo o país entre o nós e eles. Entre o governo e a oposição.

Agora, sob o pretexto de uma súbita preocupação com o Brasil, dizem querer buscar o diálogo com quem antes rechaçavam.

Para quê? Por que só agora?

Não buscaram nunca esse diálogo quando ele poderia, de fato, ter servido ao país.

Nunca deram ouvidos aos seguidos alertas da oposição sobre os erros anunciados e cometidos pelo governo que nos trouxeram para a grave crise em que nos encontramos.

Basta lembrar, como exemplo, o episódio da desastrada interferência do governo no sistema elétrico do país. Naquele momento, ao invés de ouvir os nossos alertas, a presidente convocou rede de radio e TV para, com soberba, ironizar e criticar a oposição. Hoje, o resultado aí está, com o insuportável aumento da conta de luz que aflige a população.

Não estão preocupados com o país, mas com eles mesmos.

Sem nenhuma autocrítica, sem reconhecer o estelionato eleitoral a que submeteram o país, sem nenhum pedido de desculpas pela ganância, pela corrupção e pelo desrespeito aos brasileiros que tomou conta do Estado nacional, acenam à oposição com o único propósito de tentar dividir conosco o ônus da crise que eles mesmos criaram.

Acenam a setores da oposição para tentar dividi-la.

Com a sua inabalável arrogância, o PT não reconhece como legítimo sequer um dos preceitos básicos da democracia: o direito da oposição de fazer oposição ao governo.

O ex-presidente Lula diz querer se encontrar com ex-presidente FHC.  Nenhuma palavra sobre os violentos, injustos e desrespeitosos ataques feitos por ele ao ex-presidente tucano. Na cartilha da conveniência petista agora, é como se nunca tivessem ocorrido.

É natural que governadores de todos os partidos se encontrem com autoridades do governo federal na busca de soluções administrativas para a crise que também atinge estados e municípios. Essas são agendas que sempre existiram. Nunca significaram cooptação ou apoio como insinua o governo.

Nas eleições, o PT manipulou a percepção dos brasileiros sobre a realidade do país. Tenta, agora, manipular a oposição.

Querem dar a entender que a crise em que o país esta mergulhado é natural e inevitável, e não consequência direta de ações e omissões do governo.

O PT busca se aproximar da oposição para ser absolvido politicamente dos erros e crimes que  cometeu.

Buscam a oposição para fugir às suas responsabilidades.

Não conseguirão.

O verdadeiro diálogo capaz de ajudar o Brasil a superar a grave crise em que se encontra já está ocorrendo. Ele ocorre nas ruas, nos locais de trabalho, nos espaços familiares.

Nele, a sociedade brasileira, mobilizada, tem tido voz ativa.

Nele, a principal voz – que precisa sempre ser ouvida – é a do povo brasileiro que o PT insiste em não  escutar e em não reconhecer.

A oposição ecoa a voz da grande maioria do nosso povo.

Por isso, permaneceremos onde estamos. Na defesa intransigente das nossas instituições e dos interesses dos brasileiros. Contra os desmandos e o oportunismo do PT.

Senador Cássio Cunha Lima, líder do PSDB no Senado

Deputado Federal Carlos Sampaio, líder do PSDB na Câmara

“Brasil: governo falido, país à deriva” por Luiz Paulo Vellozo Lucas

Luiz-Paulo-Foto-George-Gianni-PSDB-2A cada notícia que aparece, a cada dia que passa, a cada indicador divulgado, uma verdade se estabelece inexoravelmente: o governo Dilma acabou. Como diz a canção “finito la musica, passato la fiesta”.

Os cidadãos além de, e principalmente, sofrerem com os efeitos da crise, percebem como não existe, por parte do governo, nenhuma estratégia para vencer a crise. Tudo é feito “no susto”. Aparece um problema e, então, o governo lança uma iniciativa qualquer, apenas para mostrar ativismo. Não há prevenção nem planejamento.

Apenas para constatar a observação acima, plena de elementos que a comprovam, podemos citar o caso da redução do superávit primário que caiu de um prometido R$ 66,3 bilhões para irrisórios R$ 8,7 bilhões, com o próprio governo admitindo que, caso não sejam aprovadas no Congresso Nacional algumas medidas de ajuste o superávit pode virar déficit.

Governo Falido

O governo vende o discurso fácil e óbvio de que o reconhecimento de que o superávit proposto não iria ser atingido e, por isso, a necessidade de ajuste dos números, como se fosse uma atitude transparente e responsável. Quer transformar, depois de nos enganar com pedaladas fiscais e outras manobras da Nova Matriz Econômica, obrigação em virtude.

O caso é simples: esse governo não tem competência e capacidade para mais nada. Não consegue, sequer, organizar as suas próprias finanças. Finanças que, diga-se de passagem, foi o próprio governo Dilma que desorganizou.

Um governo que não tem apoio no Congresso Nacional, não tem apoio na sociedade.

A última pesquisa CNT/MDA, divulgada no último dia 21 de julho, demonstra isso. Nunca na antes na história teve uma aprovação tão baixa. Apenas 7,7% dos brasileiros consideram o governo Dilma bom ou ótimo. 70,9% o consideram ruim ou péssimo. Não por acaso o impeachment já tem o apoio de 62,8% dos entrevistados.

Assim, visto que não podemos vislumbrar nem o fim da crise, e muito menos o que pretende o governo, temos que nos preparar para dias ainda mais difíceis. A crise, diferente do que afirma o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, ainda não chegou ao seu pior momento.

Luiz Paulo Vellozo Lucas, ex-presidente nacional do Instituto Teotônio Vilela e presidente do BANDES

“A mão que afaga”, análise do Instituto Teotônio Vilela

dilma_e_lula-300x214Durante seus 35 anos de existência, o PT sempre manteve pelo menos um traço de coerência: apostou na divisão do país para travar a luta política e, quando já estava no governo, abusou da cizânia como arma eleitoral e instrumento de perpetuação no poder. Agora, que o governo Dilma está nas cordas, os petistas acenam com diálogo. Qual PT é o verdadeiro?

Nos últimos dias, com a situação política, econômica (cuja cereja do bolo foi a nova meta de déficit prevista para este ano), social e ética do país atingindo níveis de deterioração nunca antes vistos, os petistas puseram para circular a versão de tanto Lula quanto Dilma buscam diálogo com a oposição, mais especificamente com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em favor da “governabilidade”. Agora governadores também seriam alvo deste “pacto”, segundo o Valor Econômico.

Sim: debater o país, buscar as melhores alternativas de forma suprapartidária e republicana são práticas desejáveis e típicas de democracias e de democratas maduros. São, no entanto, tudo o que o PT jamais fez nos seus 35 anos de história e, principalmente, nos 13 anos no poder até agora.

Foram anos em que o PT reiteradamente provocou o embate, estimulou a divisão, recusou a opinião crítica (qualquer uma), atacou instituições e transformou adversários em inimigos. Agora, quando o calo aperta de vez, a postura muda num passe de mágica. Será?

Quem por acaso tiver alguma dúvida deveria revisitar os discursos de Lula tanto quando presidente – em que tudo acontecia no Brasil como “nunca antes na história” – e também quando, depois de sair do Planalto, aboletou-se sobre palanques pelo país afora e manteve-se em sua campanha permanente.

Quem ainda alimentar alguma suspeita sobre em qual PT deve-se acreditar, pode gastar horas assistindo aos programas de TV da presidente Dilma na campanha do ano passado ou revendo suas frases ensaiadas para serem repetidas nos debates presidenciais, segundo as quais o problema do Brasil do presente estava sempre no passado.

Fernando Henrique foi o anátema desta estratégia. Tudo de ruim que possa ter ocorrido no Brasil nos últimos 20 anos foi sempre creditado a ele pela narrativa petista. Nas campanhas eleitorais do PT, culminando com a mais torpe delas, a do ano passado, o ex-presidente foi sempre retratado como o Judas a ser malhado pelas agruras – principalmente as atuais – dos brasileiros.

Depois de anos de distorção e mentiras, agora, num passe de mágica, o PT transforma Fernando Henrique no esteio da governabilidade. Das duas, uma: Ou os petistas estão finalmente reconhecendo a importância de fato do ex-presidente para a história contemporânea do país ou estão, mais uma vez, exercitando seu conhecido oportunismo. Em que PT apostar?

Ao mesmo tempo em que assopra, o partido de Lula e Dilma morde. Ao mesmo tempo em que põe para circular a tese do diálogo, o velho PT de guerra prepara, junto com seus satélites, vários atos ao longo de agosto para tentar tachar, segundo a Folha de S.Paulo, de “antidemocráticas” e “golpistas” as manifestações de insatisfação em relação ao governo petista programadas para o próximo dia 16. Qual PT vale?

Ao mesmo tempo, Lula também planeja correr o Nordeste para defender-se e ao governo – provavelmente expiando a culpa pela penúria atual nos bodes de sempre e não na gestão de sua pupila. Em quem confiar: em quem diz buscar diálogo ou em quem vocifera contra os adversários em reuniões quase diárias pelo país afora?

No mesmo momento, petistas no governo também tentam modificar critérios para aplicação de verbas publicitárias oficiais de maneira a privilegiar veículos alinhados ao petismo, em detrimento de parâmetros técnicos de alcance e audiência. Em quem apostar: nos que acenam com equilíbrio ou em quem ensaia manipular recursos públicos para – novamente – tentar cercear a imprensa?

A história é boa conselheira e pode servir sempre para iluminar o presente e ilustrar decisões e opiniões. O país quer ver saídas, desde que expressem um sentimento verdadeiro. Não é, por toda a história pregressa, o comportamento de quem até hoje agiu sempre de maneira contrária ao que agora acena. A história ensina: a mão que afaga é a mesma que apedreja.

*Esta publicação será temporariamente suspensa durante a próxima semana.
Voltaremos a circular normalmente no dia 3 de agosto.

“O petróleo e as moedas imaginárias”, por José Serra

serraO traço mais preocupante do governo Dilma não é o de cometer erros em série: é o de querer preservá-los com a paixão que um entomologista dedica à sua coleção de besouros mortos. Confirma esse juízo a declaração do ministro da Educação, feita por vídeo no Facebook, de que meu projeto sobre o pré-sal retiraria recursos da área.

A Petrobrás foi quase arruinada pelas administrações petistas, apesar da competência de seus técnicos, da sua liderança na exploração em águas profundas e da notável riqueza contida no pré-sal. No duelo titânico que infelicitou a empresa, a péssima gestão conseguiu superar as lambanças. As perdas com o controle oportunista de preços e os projetos aloprados das novas refinarias chegam a R$ 140 bilhões. Como eu disse no plenário do Senado: recuperar a Petrobras é hoje uma tarefa patriótica.

A dívida da companhia é de R$ 340 por barril de petróleo produzido, enquanto a média das grandes petroleiras mundiais é de R$ 60. Entre 1997 e 2010, sob o regime de concessão introduzido no governo FHC, a produção da Petrobras cresceu 2,5 vezes, de 800 mil para 2 milhões de barris/dia. Desde 2010, quando foi aprovado o regime de partilha, o aumento foi de pífios 18%, apesar de a companhia ter recebido a maior capitalização da história e ter contraído uma dívida equivalente a 5 vezes a sua geração anual de caixa, índice insustentável pelos padrões internacionais. À atual diretoria não restou senão promover imensos cortes nos investimentos e reduzir em 1/3 a meta de produção para 2020!

É triste que o óleo do pré-sal continue adormecido por mais algumas eras geológicas, enquanto o desemprego e o subemprego avançam em ritmo galopante no Brasil. Em anos recentes, a indústria do petróleo respondia por 13% do PIB! Imagine-se o efeito devastador da crise do setor nos estados e municípios diretamente ligados à extração do produto.

Por isso tudo, para ajudar a recuperação da Petrobras, atrair investimentos para o pré-sal e reanimar um foco poderoso de dinamização do conjunto da economia, apresentei um PL, projeto de lei, logo no início do meu mandato. Sua configuração é singela: remove a obrigatoriedade – só isso – de a Petrobras ser a operadora única do pré-sal e bancar no mínimo 30% de todos os investimentos nessa área. São encargos que a empresa não suporta no estado em que foi deixada pelos governos Lula-Dilma.

Mas o fato é que dirigentes petistas mostraram uma vontade primitiva de atacar o projeto, de forma radical. Afirmaram até que o PL alteraria os critérios de conteúdo nacional dos insumos e equipamentos da industria de petróleo bem como o modelo de partilha e as regras de distribuição de royalties, do Fundo Social e da parcela destinada à educação! Tudo falso! A maior densidade de mentiras já proferidas por centímetro escrito de um projeto de lei.

Mais ainda: omitiram que o PL não retira da companhia a faculdade de participar, quando e como quiser, da exploração do pré-sal. Livra-a, portanto, de um ônus sem lhe retirar qualquer bônus. Bônus? Claro que sim: permanece inalterado o art. 12 da Lei nº 12.351, que dá ao chefe do Executivo a prerrogativa de conceder à companhia – sem licitação e por decreto – a exploração integral de qualquer campo, se for do interesse nacional. Se um novo Kuwait for descoberto hoje no pré-sal, a exploração poderá ser concedida amanhã, diretamente à Petrobras.

O governo escamoteia também o fato de que outra empresa estatal, a Pré-Sal Petróleo S/A, tem presença obrigatória em todos os consórcios. Essa empresa deve, entre outras atribuições: “avaliar, técnica e economicamente, os planos de exploração e monitorar e auditar a execução de projetos de exploração e dos custos e investimentos relacionados aos contratos de partilha de produção”. Alguém acha isso pouco? Lembre então do peso da ANP – Agência Nacional do Petróleo, que permanece intacto.

O último espantalho foi brandido – vejam só – pelo Ministro da Educação. Se nada sabia sobre o tema, cabia estudá-lo antes de lecionar a respeito. Alegou, sem qualquer fundamento técnico, que o meu projeto “faz com que 75% dos royalties que iam para educação deixem de ir para este tão nobre fim”. É mesmo? Como? O único campo do pré-sal já licitado pelo método da partilha é o de Libra, cujo operador único é a Petrobrás, dentro das regras atuais. Mas como ela não terá nenhuma condição de investir em novos campos nos próximos anos, não teremos aumentos de produção nem , por consequência, de royalities e outras receitas para a área social.

Circula ainda uma versão pretensamente sofisticada desses disparates. Afirma-se que o custo de produção da Petrobras é sempre mais baixo do que o das outras petroleiras. Por isso, a parcela da educação no Fundo Social seria maior se a exploração ficasse exclusivamente com a nossa estatal, já que a receita do Fundo depende do saldo entre valor e custo da produção. Mesmo que essa diferença de custos fosse empiricamente verificável, o que não é o caso, o argumento não faria sentido, pois se baseia em uma produção que não existirá, dada a incapacidade atual da Petrobras de participar de novos leilões. O aumento no ritmo da exploração só pode se dar com mudança na lei, ou seja, se o meu PL for aprovado.

Sabe o leitor que a diretoria da empresa cogita vender 1/4 de sua participação no próprio consórcio de Libra, que será reduzida de 40% para 30%? E que, na mesma direção, diminuiu a estimativa de produção para 2020 em 500 milhões de barris? Isso, sim, vai comprometer as transferências à educação, por reduzir os royalties e o dinheiro do Fundo Social!

Enquanto o governo e seu ministro anseiam por dotar a educação com receitas imaginárias de petróleo, as verbas reais destinadas ao Ensino vão sendo cortadas. O que me faz repetir o alerta do economista italiano Vilfredo Pareto ao filósofo Benedetto Croce: “é preciso distinguir uma moeda de ouro de uma moeda imaginária; e se alguém afirmasse que não há diferença, proporia uma simples troca: eu lhe dou moedas imaginárias em troca de moedas de ouro”.

Senador (PSDB-SP). Artigo publicado na edição desta quinta-feira (23), nos jornais O Estado de S. Paulo e O Globo

“Eles não sabem o que fazem”, análise do ITV

dilma-foto-george-gianni-psdb-300x200Durou pouco a fantasia de que a gestão petista passaria a ser mais cuidadosa na gestão do dinheiro público. Não foram necessários nem sete meses para que as metas fiscais deste e dos próximos anos fossem abandonadas pelo caminho. A sensação deixada pelas mudanças anunciadas ontem é de um governo que não tem a mais pálida ideia do que está fazendo, de um governo que não honra compromissos.

O governo cortou a meta de superávit a ser perseguida neste ano a quase um décimo do que era: caiu de 1,1% do PIB para 0,15%. Mas nem isso está assegurado. Numa ressurreição da alquimia fiscal que vigorou nos últimos anos, a gestão petista também quer aval para, caso novas medidas arrecadatórias se frustrem, poder fechar a contabilidade no vermelho. E a presidente Dilma ainda quer que as contas de quem cuida de orçamento público com tal zelo sejam aprovadas pelo TCU…

Em termos mais concretos, o governo antes prometia economizar R$ 66 bilhões para reduzir a dívida pública. Agora diz que só consegue alcançar R$ 8,7 bilhões, mas, dependendo do que conseguir fazer na economia, pode até mesmo fechar o ano com um déficit de R$ 17,7 bilhões. Na realidade, hoje a meta de verdade é o rombo. Se qualquer dona de casa fizer conta assim, não põe comida na mesa dos filhos.

As metas dos próximos anos também foram desidratadas (para 0,7% em 2016 e 1,3% em 2017). Com isso, a dívida pública, que já havia subido mais de dez pontos do PIB com Dilma, vai continuar aumentando – e se tornará a maior entre os emergentes, perto de 70% do PIB. Na melhor das hipóteses, o país estará sempre a um passo de perder o grau de investimento.

O relaxamento das metas fiscais não veio sozinho. O governo também manteve a marcha do arrocho e cortou mais R$ 8,6 bilhões do Orçamento da União deste ano. Todos os ministérios serão atingidos, mas, se prevalecer o que ocorreu no início do ano, as áreas sociais devem ser novamente as mais afetadas pela tesoura.

Joaquim Levy sofreu mais uma derrota na luta interna. A anterior fora em maio na definição dos cortes orçamentários, que vieram abaixo do que ele pretendia. Com isso, o sopro de renovação que o ministro da Fazenda poderia representar se dissipou. Prepondera a equipe econômica que patrocinou a “nova matriz” que afundou o Brasil no atoleiro da recessão (oficialmente, o governo já admite queda de 1,5%), da inflação alta e da ineficiência.

As decisões anunciadas ontem permitem prever que o arrocho não passará tão cedo e a recessão será ainda mais prolongada. A penúria não será de curto prazo e a recuperação da economia é apenas miragem distante no horizonte dos brasileiros. É como se o segundo governo da presidente se apagasse um pouco mais, e bem antes da hora.

Lançamento do Pensar Vix reuniu aproximadamente 100 pessoas em São Pedro

IMG_20150727_195207184O lançamento do projeto Pensar Vix foi um sucesso, afirmam os organizadores. A reunião que aconteceu nesta segunda (27) na região de São Pedro atraiu pouco mais de 100 pessoas.

A abertura ficou por conta do presidente do diretório Wesley Goggi, que de forma breve e sucinta apresentou o projeto que pode ser resumido na frase estampada no banner: longe das benesses oficiais mas perto do pulsar das ruas nasce o novo partido.

A população presente não se fez de rogada e participou ativamente no debate. Várias lideranças comunitárias expuseram suas opiniões tanto quanto para sua região como para a cidade de Vitória.

O debate seguiu de forma tão dinâmica e descontraída que em determinado momento teve até o funk da desfiadeira na apresentação de uma das lideranças comunitárias.

Não faltaram críticas ao atual prefeito, Luciano Rezende e, claro, sobraram elogios saudosos ao atual presidente do BANDES, Luiz Paulo Vellozo Lucas, que estava presente atento a cada manifestação.

Para o encerramento do debate, Luiz Paulo foi quem proferiu a fala. De forma objetiva, parabenizou a iniciativa da atual executiva do diretório de Vitória pela atuação inédita na capital. Foi a primeira vez que ao invés de especialistas levarem soluções prontas, foram os próprios políticos que sentaram para escutar e aprender com a população.

DE VOLTA AO NINHO TUCANO

Quem esteve presente no evento e realizou uma fala bastante entusiasta foi a vereadora Neuza de Oliveira, a Neuzinha. Neuzinha garantiu estar apaixonada pelo projeto Pensar Vix e anunciou aos moradores que esta de volta ao PSDB.

Assessoria de Imprensa PSDB Vitória