Tiago Oliveira
Para o Líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), a extradição de Henrique Pizzolato, anunciada nesta sexta-feira (24) pelo governo da Itália, dissipa o sentimento de impunidade que existia em relação ao caso e também sinaliza aos envolvidos no Petrolão de que eles serão exemplarmente punidos.
Pizzolato foi condenado no processo do Mensalão a 12 anos e sete meses de prisão por corrupção, peculato e lavagem de dinheiro e fugiu para a Itália em 2013.
“Pizzolato tentou escapar da Justiça brasileira, mas agora irá se juntar aos outros condenados do Mensalão. Não adiantou fugir. Esse episódio ajuda a dissipar o sentimento de impunidade que havia em relação a ele”, afirmou Sampaio.
Para o Líder do PSDB, “a decisão do governo italiano ocorre em um momento oportuno, em que o país acompanha a investigação do esquema de corrupção na Petrobras, que repete o modelo do Mensalão. A extradição de Pizzolato sinaliza aos envolvidos no Petrolão de que eles também serão exemplarmente punidos”, afirmou.
Da Liderança
Os dados divulgados hoje pela Petrobras mostram mais um capitulo de um filme de má gestão e corrupção, envolvendo a estatal brasileira que há poucos anos era a maior empresa da América Latina e uma das empresas mais eficientes do mundo no seu setor. Em pouco mais de uma década, o governo do PT conseguiu manchar anos de eficiência da Petrobras.
Não há nada para comemorar em relação aos dados publicados hoje. A empresa registrou um prejuízo de R$ 21,58 bilhões, em 2014, ante um lucro de R$ 23,4 bilhões, em 2013, e teve um crescimento de sua divida de mais de 30%, terminando o ano de 2014 com um endividamento total de R$ 351 bilhões. Essa dívida elevada é incompatível com o plano de investimento da companhia, o que significa que para cumprir parte do seu plano de investimento a empresa terá que vender ativos.
O balanço de 2014 mostrou perdas de R$ 6,194 bilhões relacionadas à corrupção e outros R$ 44,345 bilhões relacionados à reavaliação dos ativos. As perdas relacionadas à corrupção podem ainda ser maiores, pois a apuração dos escândalos de corrupção envolvendo a Petrobras e seus fornecedores ainda está em andamento pela Policia Federal, Ministério Público e Justiça Federal.
No caso da reavaliação de ativos, uma perda de R$ 44 bilhões é um valor elevado e uma evidência indiscutível da falta de planejamento decorrente da má gestão e uso político da Petrobras pelo governo do PT.
Em 2010, o governo do PT alterou o marco regulatório do setor petrolífero brasileiro, instituindo o regime de partilha e a criação da Pré-Sal Petróleo S.A. Ao invés do fortalecimento da Petrobras, o resultado foi uma maior intervenção do governo no setor, na administração da empresa, no controle dos preços dos combustíveis e a exigência onerosa de a Petrobras ser operadora única do Pré Sal com participação mínima de 30% na exploração e produção do pré-sal.
O fato é que, mesmo após a capitalização da Petrobras, em 2010, de R$ 120 bilhões, a maior capitalização já realizada no mundo, a empresa hoje está com um endividamento excessivo, com problema de geração de caixa para financiar o seu plano de investimento e pagar a sua dívida, e teve que reconhecer no balanço de 2014 divulgado nesta quarta-feira, dia 22 de abril de 2015, uma perda de mais de R$ 50 bilhões decorrente dos escândalos de corrupção e reavaliação de ativos.
A forma de recuperar a capacidade de investimento da Petrobras e da sua rede de fornecedores no Brasil já é conhecida. O governo deve, entre outras ações, eliminar a obrigatoriedade de a Petrobras ser a operadora única do pré-sal, voltar a usar o regime de concessão da Lei 9.478/1997 (Lei do Petróleo), profissionalizar a gestão da Petrobras e o Conselho de Administração da companhia com profissionais respeitados e de ilibada reputação.
Em resumo, precisamos salvar a Petrobras do uso político da empresa em mais de uma década de governo do PT. A Petrobras é uma excelente companhia com funcionários competentes. Se o governo deixar a empresa trabalhar, ela voltará novamente a ser uma das maiores empresas do mundo e a maior da América Latina para o benefício de todos os brasileiros.
Senador Aécio Neves
Presidente Nacional do PSDB
O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, afirmou, nesta quarta-feira (22/04), que as condenações de oito réus investigados pela Justiça Federal por desvios na Petrobras são apenas a ponta do iceberg de um esquema de corrupção que a cada dia surpreende a sociedade brasileira pelo volume assombroso de dinheiro público desviado.
“O que assistimos hoje, quase que incrédulos, é que, infelizmente, institucionalizou a corrupção no governo do PT. E não se atém apenas à questão da Petrobras. O volume de recursos e os números são tão assombrosos que é difícil em qualquer parte do mundo crer que isso possa ter acontecido sem o conhecimento das mais altas autoridades. Na verdade, institucionalizou-se a corrupção e aqueles responsáveis por ela estão sendo punidos. Mas eu acho que estamos ainda apenas assistindo a ponta do iceberg”, disse Aécio Neves em entrevista à imprensa no Senado.
Nesta quarta-feira (22), a Justiça Federal condenou o ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, o doleiro Alberto Youssef e outros seis réus. As condenações dizem respeito a crimes cometidos em obras da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. O valor do projeto, orçado inicialmente em R$ 2,5 bilhões, já supera os R$ 20 bilhões.
Para Aécio Neves, a condenação do ex-diretor Paulo Roberto Costa traz à tona a necessidade de se investigar quem comandou o esquema de corrupção na Petrobras.
“Não sou juiz para avaliar a extensão da pena, mas é uma pena expressiva para alguém que, assumidamente e confessadamente, cometeu um crime continuado. Mas será que é ele apenas que cometeu? Ele seria o último beneficiário daquilo que aconteceu na Petrobras? Acho que outros desdobramentos ainda virão, e os brasileiros de público devem apoiar, e apoiar o trabalho que o juiz Sérgio Moro vem conduzindo, que o Ministério Público vem conduzindo. Esperamos que no Supremo isso aconteça da mesma forma”, afirmou Aécio Neves.

Foi divulgado o Ranking Progresso da Veja/Uerj 2014, que avalia o desempenho de parlamentares. O deputado federal capixaba César Colnago desponta na honrosa posição de 33º melhor parlamentar do Brasil dentre os 513 deputados federais avaliados.
Nas eleições deste ano, o tucano foi eleito vice-governador do Espírito Santo na chapa de Paulo Hartung. Em 21 anos de vida pública, esta foi a sétima diplomação de Colnago, que já foi vereador, deputado estadual e federal.
Como não conhecemos o programa de Dilma Rousseff para o próximo mandato, nem conhecemos os projetos que pretende implantar, a não ser a vaga informação de que será, conforme disse na campanha eleitoral, um governo de continuidade das mudanças feitas no primeiro mandato, vamos analisar os ministros que veem sendo indicados, para entender o que ela pretende fazer.
Comecemos pelo Ministro da Ciência e Tecnologia, Aldo Rebelo, até então o Ministro dos Esportes. Se atentarmos para o discurso de Dilma, comum a todas as forças políticas, de que o crescimento econômico em geral, e o industrial em particular, está diretamente dependente do avanço no índice de produtividade da economia, isto é, da competitividade do nosso setor produtivo, e que um dos fatores mais importantes que influenciam esse índice é o fator “Ciência, Tecnologia, Pesquisa e Inovação”, é impossível entender a escolha da presidente.
Aldo é jornalista, tem tido uma ação política relevante nos governos Lula e Dilma durante os seus mandatos de deputado federal, mas nunca se notabilizou por ações nessa área estratégica da administração, em especial não nos parece apto para realizar uma tarefa tão importante e decisiva no momento em que todo o País precisa se mobilizar para a retomada do crescimento econômico.
Pelo contrário, a sua história pregressa não indica que seja o nome adequado para o setor. Aldo tornou-se famoso por posições ditas “nacionalistas”, no estilo do PCdoB da década de 1950, das quais não parece que tenha se afastado, dentre as quais a tentativa de proibição do uso de “estrangeirismos” na língua portuguesa, como deixar de usar o “mouse” e substituí-lo por, quem sabe, “ratinho”. Outra dele é a afirmação de que “o movimento ambientalista internacional nada mais é, em sua essência geopolítica, que uma cabeça de ponte do imperialismo”.
Porém o mais grave, em sua história, foi o projeto de lei que apresentou em 1994 para proibir a adoção pelos órgãos públicos, de inovação tecnológica poupadora de mão de obra. Essa proposição mostra os conceitos ideológicos que sempre nortearam, e nada indica que isso tenha mudado, a sua ação política.
Dilma tinha que atender o seu aliado tradicional, o PCdoB, que se identificou nesses últimos anos como um partido que obtinha recursos para a sua subsistência através de ONGs e projetos duvidosos na área do Esportes. O partido é um deserto de personalidades competentes para o exercício da administração pública. Nem por isso se justifica a entrega de um setor tão estratégico para o nosso desenvolvimento a alguém que não tem qualquer afinidade com ele.
Depois de um ano de muitas lutas, conquistas e avanços, encerramos 2014 com a sensação do dever cumprido. Sob a liderança do nosso presidente regional, César Colnago, e juntamente com todas as lideranças e militantes de Norte a Sul do Espírito Santo, levamos a mensagem da Social Democracia para todos capixabas e lutamos por uma sociedade mais justa, fraterna e com igualdade de direitos.
Em 2015, daremos prosseguimento à nossa missão, com a proteção de Deus e a colaboração do nosso querido povo capixaba.
O PSDB-ES deseja a todos um maravilhoso Natal e um ano novo repleto de realizações. Grande abraço a todos!
O PSDB já reiterou por diversas vezes que defende que todas as denúncias sejam investigadas com o mesmo rigor, independentemente da filiação partidária dos envolvidos e dos cargos que ocupem. A apresentação do relatório paralelo da CPMI, de autoria do PSDB, reforçou essa tese ao pedir o indiciamento de 59 pessoas e a abertura de inquérito policial contra outras 36, várias destas políticos, tratando os nomes citados da mesma forma, sem distinção de filiação partidária.
Dilma Rousseff foi diplomada ontem como presidente reeleita do país. Com tantas suspeitas ainda pairando sobre a campanha que a levou à vitória em outubro, é no mínimo temerário que o TSE tenha lhe garantido o certificado. Talvez fosse diferente se um ex-advogado do PT não comandasse a Justiça Eleitoral brasileira.
A cerimônia ontem era de Dilma, mas quem ocupou a ribalta foi José Antonio Dias Toffoli. O presidente do TSE abandonou a postura que se espera de um magistrado para envergar a toga de um militante político. Lembrou os velhos tempos em que defendia gente como José Dirceu e Delúbio Soares, condenados que agora têm no currículo uma longa temporada na Papuda.
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral decretou que a eleição presidencial é “página virada”. Foi mais longe e, enfático, ordenou que quem levanta suspeitas sobre os métodos empregados pela campanha vitoriosa “se calem”. “Não há espaço para terceiro turno que possa vir a cassar o voto destes 54.501.118 eleitores”, discursou, para delírio dos petistas presentes.
O mais engajado militante talvez não conseguisse produzir melhor peça de campanha. A experiência pregressa de Toffoli como causídico talvez o tenha ajudado nesta hora: inclui serviços prestados ao PT e à CUT durante nove anos, um cargo na Casa Civil à época em que Dirceu a comandava e a chefia da Advocacia-Geral da União durante o tempo em que o governo Lula esteve sob o fogo cruzado do julgamento do mensalão.
Por que os brasileiros que desconfiam da lisura da campanha que deu mais um mandato a Dilma Rousseff devem calar-se? Por que devem ignorar as denúncias de que dinheiro sujo desviado de cofres públicos pode ter financiado a vitória petista? Por que devem esquecer o uso da máquina estatal para beneficiar a candidata oficial, como aconteceu nos Correios? Por que devem sublimar o mais explícito terrorismo já praticado numa eleição no país?
Num país (ainda) democrático como o Brasil, acima de tudo estão as instituições e o sagrado direito de manifestação. A legalidade da vitória da presidente é indiscutível. Mas isso não significa calar-se diante das monumentais evidências de que a eleição foi ganha pelo PT com métodos espúrios, com procedimentos inadequados, com aviltamento de instituições, com fortes suspeitas de ligações do partido da candidata com a corrupção.
É por isso que as forças de oposição têm recorrido, e continuarão recorrendo, à Justiça para que prevaleçam os preceitos legais, para que as instituições sejam respeitadas, para que a lisura das disputas eleitorais assegure que a vontade do eleitor seja sempre soberana. O ex-advogado do PT pode até querer defender os 54.501.118 de cidadãos que optaram por Dilma Rousseff, mas não pode pretender calar os 51.041.155 de brasileiros que preferiram Aécio Neves.
O PSDB e a Coligação Muda Brasil pediram, nesta quinta-feira (18), a cassação do registro de candidatura e da diplomação da presidente Dilma Rousseff e do seu vice, Michel Temer. O partido protocolou uma ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em que cita casos de utilização da máquina administrativa e abuso do poder econômico cometidos pela petista. No documento, o PSDB solicita ainda que o tribunal diplome, para os cargos, Aécio Neves e Aloysio Nunes, candidatos a presidente e vice da Muda Brasil, que ficaram em segundo lugar na disputa eleitoral.
Clique AQUI para acessar o documento.
No texto, o PSDB menciona desvios que, na avaliação do partido, comprometeram a legitimidade das eleições. Como exemplo, a convocação imprecisa de redes de rádio e televisão para pronunciamentos, a manipulação de indicadores sócio-econômicos, o uso de prédios públicos, entre outros.
“A eleição presidencial de 2014, das mais acirradas de todos os tempos, revelou-se manchada de forma indelével pelo abuso de poder, tanto político quanto econômico, praticado em proveito dos primeiros réus, DILMA VANA ROUSSEFF e MICHEL MIGUEL ELIAS TEMER LULIA, reeleitos Presidente e Vice-Presidente da República, respectivamente.
De fato, foram tantos os ilícitos perpetrados que, no curso da campanha, tornou-se possível compreender que se cuidava de uma ação coordenada visando a garantir o êxito do projeto reeleitoral dos investigados, trazendo derradeiras luzes sobre a expressão que, num típico ato falho, foi utilizada pela Presidente DILMA ROUSSEFF ao entregar, ainda em 4 de março de 2013, um conjunto residencial inserido no programa “Minha Casa Minha Vida” em João Pessoa/PB: ‘… nós podemos fazer o diabo quando é a hora da eleição…’”, destacou a ação.