PSDB – ES

Tiago Oliveira

Variedade de ideias leva à convergência no PSDB, diz Tasso

O presidente interino do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), e o senador Aécio Neves (MG) concederam entrevista coletiva nesta quinta-feira (24) após a reunião com os presidentes dos diretórios estaduais do partido.

Presidente interino do PSDB, senador Tasso Jereissati

Reunião com presidentes de diretórios estaduais do PSDB
Foi uma reunião com todos os dirigentes partidários estaduais, regionais, na qual nós definimos um calendário de eventos até o fim do ano que vai culminar em dezembro com uma convenção nacional que elegerá uma nova Executiva e, também, com um congresso que vai definir o novo programa do partido e um novo estatuto do partido. E essas duas questões serão discutidas ao longo dos próximos três, quatro meses.

Divisão no PSDB
O partido não estava dividido. O partido tem divergência, o partido vai continuar tendo divergências e, graças a Deus, tem divergências porque nós não somos um partido de pensamento único. Partido de pensamento único é o Partido Comunista. Nós somos um partido exposto à variedade de ideias, de opiniões, e essa discussão é que leva a uma convergência de um ideal em comum do partido.

Discurso de autocrítica do PSDB
Continua, esse processo é de autocrítica. Quando a gente fala em novo programa, fala em novo estatuto, envolve uma autocrítica. É absolutamente necessária a autocrítica, não só para o nosso partido, e eu diria, até mais, para todos os outros partidos políticos e para toda a política brasileira.

Unidade do PSDB
Isso já é página virada. Essa discussão não existe mais, essa questão de ficar ou não no governo pertence ao presidente da República. O presidente da República é quem designa, escolhe, bota ministro, e ele está à vontade para fazer o que quiser. Nossas posições congressuais não dependem disso, e nossa agenda, sim, ela continua independente de qualquer coisa. Não precisava selar a paz onde não tinha a guerra. Era importante a presença do senador Aécio Neves por duas coisas: como ex-presidente do partido, presidente afastado, no momento que a gente fazia a primeira reunião com executivas regionais. E, segundo, porque ele está bastante envolvido na reforma política para fazer uma explanação para os dirigentes de como está caminhando a reforma política.

Apoio ao governo federal
Continua na mesma, a mesma situação que nós estamos. Não muda nada. Temos a nossa agenda, temos o nosso ideário, temos o nosso programa, e todos os projetos que vierem e que sejam de acordo – como ontem, por exemplo, da 777 – nós votamos em conjunto com o governo.

Defesa do parlamentarismo
O parlamentarismo é a bandeira oficial. Com certeza não agora – nós não defendemos para 2018, não é solução para a crise – mas como sistema definitivo a partir de 2022.

Reforma política e fundo para as eleições
Nós vamos apoiar o fundo proposto pelo Caiado [Ronaldo Caiado, senador DEM-GO]. Achamos que é uma boa ideia. Essa proposta até já tinha sido discutida aqui. Foi concebida pelo ex-deputado João Almeida e nós achamos que, pelo menos a curto prazo, é a melhor ideia.

Diálogo com ministros tucanos
Conversei bastante com ele. O Bruno é um grande quadro do partido. Aliás, como são todos os ministros. Todos os ministros que estão lá são quadros importantíssimos, estão prestando um serviço para o país e nós colocamos em dia nossas agendas e eventuais diferenças, que são pouquíssimas.

Entrevista com o senador Aécio Neves (PSDB-MG)

Sobre reunião de diretórios estaduais hoje em Brasília e apoio ao governo Temer
O PSDB tem uma marca que é a responsabilidade, que é olhar o Brasil antes de olhar os seus interesses. Temos um papel extremamente relevante nesse momento difícil porque passa o país. O apoio que damos ao governo do presidente Temer é em torno de uma agenda de reformas apresentada pelo próprio PSDB e continuaremos a apoiar esta agenda enquanto ela estiver sendo liderada pelo governo.

Portanto, esta questão muito levantada de desembarque ou não de governo é uma questão absolutamente superada dentro do PSDB. Temos enorme respeito pelos quadros que estão no parlamento, pelos quadros que hoje servem, a convite do presidente da República, ao governo. O que vamos fazer é nos empenhar para liderar a agenda de reformas que está em andamento no Congresso Nacional e apresentada pelo próprio PSDB, a reforma previdenciária, a reforma tributária e, agora, com uma urgência enorme a reforma política.

Tomamos agora uma decisão de apoiar integralmente a proposta que foi vitoriosa ontem em uma outra comissão especial que estabelece a cláusula de desempenho de 1,5% a partir da eleição do ano que vem, acrescida de 0,5% a cada nova eleição nacional. E a antecipação já para o ano que vem do fim das coligações proporcionais. A transição para o distrital misto em 2022, que o PSDB defende programaticamente, será feita de forma mais adequada se for em torno dessa mudança no atual modelo proporcional. Melhor que através do chamado Distritão, que acredito não terá votos suficientes para aprovar na Câmara.

Por outro lado, houve também um consenso do partido em defender, mesmo que seja para esta próxima eleição apenas, porque defenderemos lá adiante a volta da discussão do financiamento privado em limites muito mais estreitos do que o atual, mas vamos apoiar a proposta apresentada pelo senador Caiado, inclusive sob inspiração do ex-deputado João Almeida, que é o secretário-executivo do PSDB, que estabelece que o fundo eleitoral será alimentado por recursos da compensação que os meios de comunicação recebem em razão do tempo disponibilizado para os programas partidários.

Acabaríamos com os programas partidários, esses que acontecem fora do ambiente eleitoral, fora do período eleitoral, e essa compensação – falou-se ontem em R$ 2 bilhões, que seja um pouco menos, não há um número exato ainda em relação a isso – poderia ela sim alimentar esse fundo eleitoral sem que haja necessidade de recursos orçamentários para isso. Nós apoiaremos. E a Câmara mesmo ontem já também votou nessa direção, aquela proposta de um fundo de R$ 3,6 bilhões, mas estamos dando cara a esse novo fundo eleitoral já que para a eleição de 2018 não há tempo hábil para reformar uma decisão que foi considera pelo Supremo inclusive inconstitucional. O Supremo tomou uma decisão em relação a isso.

Temos de encontrar uma forma mínima de financiar em valores menores as eleições do ano que vem. E me parece que essa proposta que o senador Caiado apresenta, de todas que assistimos até hoje, é a mais adequada e o PSDB optou aqui nesta reunião por fechar questão em apoio a ela. Sem abrir mão do debate futuro, para futuras eleições, da reintrodução do financiamento privado em limites muito mais estreitos tanto para o recebimento por parte de um parlamentar ou de um candidato, quanto do limite disponibilizado por determinada empresa.

Sobre presidência interina do PSDB

Quero dizer que quando me licenciei para mostrar de forma definitiva na Justiça a absoluta correção dos meus atos, fiz para preservar os interesses do partido. Eu escolhi o senador Tasso Jereissati como presidente interino. Em determinado momento ele quis colocar fim a essa interinidade, me devolvendo o partido. Insisti a ele, 20 dias atrás, que permanecesse, e novamente estou dizendo que é ele que tem hoje as melhores condições de conduzir o partido até dezembro. Vamos todos ajudar, participar.

Está sendo definido aqui o cronograma das convenções, de um grande congresso em dezembro. E eu defendo que em dezembro o PSDB apresente ao país o seu pré-candidato à Presidência da República e ali vamos fazer uma nova convenção para eleger, aí de forma definitiva, a executiva que vai conduzir as eleições presidenciais. Aqueles pontos onde divergíamos estão absolutamente superados. Porque tanto a posição daqueles que defendiam lá atrás o desembarque do governo nesse momento, quanto aqueles que consideram que o PSDB tem responsabilidades para a construção dessa agenda, e não obstante a impopularidade eventual do presidente, acham que a nossa responsabilidade nos leva a suportar essa agenda participando do governo, são ambas respeitáveis.

Não podemos aceitar de forma alguma essa pecha, essa marca que alguns inadivertidamente, outros de forma oportunística, tentaram trazer para dentro do PSDB como se houvesse ala, houvesse governistas e não governistas. Isso é uma balela, é uma de quem não tem responsabilidades para com o partido. Tem muito pouca história ou vivência dentro do partido. Somos todos brasileiros preocupados com o futuro do país. E o nosso apoio ao governo do presidente Temer, é bom que se lembre, até porque fui porta-voz disso, foi em torno dessa agenda de reformas. E se deu no momento em que nós lideramos o processo de afastamento da presidente Dilma.

Como será que o país reagiria se o PSDB, após o afastamento da presidente, lavasse as mãos por uma conveniência meramente eleitoral? Essa nunca foi a nossa marca. Essa pode ter sido a marca do PT. Colocar sempre os seus interesses eleitorais acima dos interesses do país. Nunca fizemos isso. E se apoiar um governo que tem baixa popularidade for o preço para que uma agenda de reformas que sempre defendemos seja implementada, acho que devemos pagar esse preço. Não estamos atrás de cargos, de benesses de poder. Estamos agindo com enorme responsabilidade em relação ao que cobra de nós o país e o nosso programa partidário.

Sobre os nomes cotados à presidência, o sr. é um?
Não.

O PSDB manterá o apoio ao governo mesmo se a reforma não passar?

O PSDB defende o apoio à reforma da Previdência. E eu pessoalmente, Aécio, acho que a nossa presença no governo é um sinalizador positivo em direção a essa e a outras reformas. Acho que essa história que apoia-se fora de governo, não acho que funcione. Acho que não devemos temer desgastes. Esse governo não é o governo do PSDB, como costuma dizer o presidente Fernando Henrique. É do PMDB. Que tem o nosso apoio em razão do seu compromisso com essa agenda. Enquanto o governo demonstrar, e hoje demonstra, goste-se ou não do presidente, absoluto apoio, compromisso com uma agenda modernizante para o país, o dever do PSDB é dar suporte a ela.

A partir do momento em que o processo eleitoral for desencadeado e o PSDB tiver uma posição que for diferente daquela do partido do presidente, é natural que cada um caminhe na direção que achar mais adequado. Mas hoje a nossa responsabilidade sinaliza para nossa contribuição para que essa agenda, de reforma da Previdência, a Tributária e a Política, se consolide. E se consolidará com maior facilidade com o PSDB participando das decisões dentro do governo.

Tasso se encontra com prefeitos e deputados tucanos

O presidente interino do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), se reuniu nesta quarta-feira (23) com prefeitos e deputados federais do partido, representantes de diferentes regiões do Brasil.

Participaram do encontro o líder do PSDB na Câmara, Ricardo Tripoli, e os deputados Jutahy Júnior (BA) e Carlos Sampaio (SP), além dos prefeitos paulistas Dilador Borges, de Araçatuba; Barjas Negri, de Piracicaba; Duarte Nogueira, de Ribeirão Preto; Orlando Morando, de São Bernardo do Campo; José Auricchio Júnior, de São Caetano do Sul; Felício Ramuth, de São José dos Campos; dos gaúchos Nelson Marchezan Junior, de Porto Alegre, e Jorge Pozzobom, de Santa Maria, e também o prefeito de Piauí, Firmino Filho, e o de Maceió, Rui Palmeira.

Posto de Identificação de Presidente Kennedy começa a funcionar nesta quinta

A partir desta quinta-feira(23), os moradores de Presidente Kennedy poderão solicitar o documento de Registro Geral (RG) no próprio município. O serviço no posto será feito por servidores da municipalidade, graças a um convênio entre a Prefeitura de Presidente Kennedy e a Polícia Civil do Estado do Espírito Santo para dar mais agilidade na emissão do documento de identidade.

O novo posto de identificação fica localizado no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) na Rua Átila Vivacqua Vieira, centro.

Nas últimas duas semanas a prefeitura disponibilizou duas servidoras para o treinamento no setor de identificação na Superintendência da Policia Civil, em Vitória.

O agendamento para solicitação do documento será feito de segunda a sexta feira de 08h às 17h.

Documentos necessários para 1ª via de Identidade:

– 1 Foto 3 x 4
– CPF
– Certidão de Nascimento ou Casamento
– Comprovante de Residência

Documentos Necessários para 2ª via de Identidade

-1 Foto 3 x 4
– CPF
– Certidão de Nascimento ou Casamento
– Comprovante de Residência

Obs.: Caso não receba acima de R$ 2.811,00, trazer um documento comprovando o mesmo. Como: contra cheque, carteira de trabalho, etc.)

Isenção de taxas para aqueles que estão desempregados (Lei 9795/12)

Não será cobrada a taxa de 2ª via para renovação de carteira com prazo de validade.


Serviço:

Posto de Identificação em Presidente Kennedy

Endereço: Rua Átila Vivacqua Vieira, centro, Presidente Kennedy.
Horário de funcionamento: das 8h às 17h, em dias úteis.

Telefone: 028 3535-1171

Dória recebe o título de Cidadão Vilavelhense

Depois de ter sido recepcionado no Palácio Anchieta, na tarde da última quarta-feira (23), o prefeito de São Paulo, João Dória Junior, seguiu com sua  comitiva formada pelo prefeito da cidade de Osasco Rogério Lins, deputados estaduais de São Paulo e assessores para a Câmara Municipal de Vila Velha, onde recebeu o título de Cidadão Vilavelhense das mãos dos vereadores do município.

As galerias e o plenário ficaram lotados para receber o prefeito paulistano, que foi recepcionado pelo presidente da Câmara, Ivan Carlini, pelo prefeito Max Filho, vice-prefeito Jorge Carreta, vereadores, secretários municipais, subsecretários, empresários, líderes  comunitários, servidores, convidados e público em geral.

Em seu discurso, o prefeito Max Filho deu as boas vindas ao prefeito de São Paulo. “João Dória Junior em pouco tempo na prefeitura implantou projetos inovadores na cidade de São Paulo. Leve o  carinho e o apreço  da nossa cidade para  São Paulo”, disse.

O prefeito de São Paulo, João Dória Júnior, recebeu o título de Cidadão Vilavelhense, chocolates da fábrica da  Garoto e uma panela de barro. Em seu discurso que durou aproximadamente  meia hora, o prefeito contou  sua trajetória  familiar, empresarial  e politica.

“Quero agradecer ao título que  recebi, as lembranças  e o carinho de todos vocês. Eu governo para o povo da cidade de São Paulo, é para eles que eu devo a obrigação de ser correto, de ser honesto e de fazer aquilo que prometi fazer, implementamos um corajoso programa na área de saúde pública, criamos o Corujão da Saúde e outros programas em diversas áreas. Os desafios de uma cidade com 12 milhões de habitantes são grandes. Tenham orgulho da bandeira deste Estado e da bandeira brasileira, tenham esperança no Brasil”, finalizou.

Comissão aprova relatório de Shéridan que determina cláusula de desempenho e fim das coligações para 2018

A Comissão Especial da Câmara aprovou, nesta terça-feira (23), relatório da deputada federal Shéridan (PSDB-RR) que  proíbe coligações partidárias nas eleições proporcionais a partir de 2018 e impõe uma cláusula de desempenho para que as legendas possam ter acesso ao Fundo Partidário e à propaganda gratuita de rádio e televisão, o que pode diminuir a quantidade de partidos no país.

A proposta nasceu das sugestões dos senadores do PSDB Aécio Neves (MG) e Ricardo Ferraço (ES). Pelo texto, aprovado na Câmara, será permitido aos partidos políticos com afinidade ideológica que se unam em federações, preservando os mesmos direitos e atribuições regimentais dos partidos das casas legislativas.

“A tradução da maioria, do entendimento dessa comissão que, ao longo dos últimos meses, das últimas semanas, se debruçou sobre esse tema. Construímos um relatório tentando buscar o maior entendimento possível da maioria da Casa”, disse a tucana.

Em seguida, Shéridan acrescentou que: “O que se preponderou aqui foi a vontade dessa comissão, sobretudo respeitando esse destaque que foi aprovado agora, alterando o fim das coligações já para as eleições do ano que vem”.

Pontos

O substitutivo apresentado por Shéridan restringe a distribuição de recursos e o acesso a tempo em rádio e TV aos partidos que obtiverem 3% dos votos nacionais nas eleições proporcionais em pelo menos um terço das unidades da federação, com um mínimo de 2% dos votos em cada uma delas, ou ainda, eleger 15 deputados federais.

De acordo com o parecer,  haverá uma fase de transição até a implementação de todas as exigências, a partir de 2030. Integrante da comissão especial, o deputado federal Silvio Torres (PSDB-SP) afirma que as novas regras levarão mais transparência ao processo eleitoral.

“A partir de 2018, nós já estaremos permitindo que a escolha se faça sobre quem quer realmente ser eleito, e não como está sendo hoje. Você elege alguém e leva junto deputados e pessoas que não foram preparadas para isso. O fim das coligações vai trazer mais transparência, mais legitimidade nas eleições”, disse.

Mais possibilidades

Shéridan também incluiu em seu relatório a possibilidade de que um ou mais partidos de uma mesma federação integrem subfederações nos estados, para disputa eleitoral. Com o fim da eleição, eles teriam que se juntar novamente conforme a composição da federação, atuando juntos durante todo o mandato.

Prefeito de São Paulo é recepcionado pelo prefeito Max Filho

O prefeito Max Filho, acompanhado dos vereadores Heliossandro Matos e Oswaldo Maturano receberam no inicio da tarde desta quarta-feira (23), no aeroporto de Vitória, o prefeito de São Paulo, João Dória Junior (PSDB), que veio receber o título de Cidadão Vilavelhense da Câmara  Municipal de Vila Velha.

Após a recepção no aeroporto a comitiva seguiu para o Palácio Anchieta, em Vitória, onde o prefeito paulista foi recepcionado pelo governador Paulo Hartung.  O prefeito Max Filho, destacou a experiência do prefeito de São Paulo como empresário e homem público.

“O prefeito João Dória é o prefeito da maior cidade da América Latina, um homem público cujo o nome tem sido lembrado para ser um dos presidenciáveis do nosso partido, um companheiro que tem feito um trabalho de grande repercussão no seu inicio de mandato apesar de nunca ter disputado uma eleição, mais com muita experiência por ter servido ao povo de São Paulo como secretario do então governador Mario Covas, ele é um homem de sucesso na sua vida privada, e também como homem público já com experiência comprovada e que se habilita como um dos grandes nomes que o meu partido tem  como um dos postulantes à candidatura presidencial em 2018”, finalizou.

Do Palácio Anchieta, o prefeito João Dória Junior segue para Câmara Municipal de Vila Velha, onde recebe dos vereadores, a partir das 17 horas, o título de Cidadão Vilavelhense. Encerrando a programação no município, Dória Junior será recepcionado no Centro de Convenções de Vila Velha em Coqueiral de Itaparica.

Doria chega ao estado e cumpre agenda em Vila Velha

O prefeito de São Paulo, João Doria, chega ao estado hoje às 13 horas e cumprirá agenda em Vila Velha, onde receberá homenagem na Câmara Municipal. 

Em entrevista ao Jornal A Gazeta, o tucano fala sobre a conjuntura política e da situação atual do país.

Confira a entrevista completa abaixo

Qual o objetivo de sua aproximação política com o Espírito Santo? O que motivou o senhor a visitar Vila Velha, nesse roteiro que tem feito no país?

Bem, estamos fazendo a visita a convite do prefeito de Vila Velha (Max Filho) e também da Câmara municipal para uma boa conversa, uma boa prosa e conhecer, também, aspectos importantes da economia industrializada e avançada da cidade, que tem no chocolate o seu grande porta-estandarte. Faço isso na dupla condição de prefeito da cidade de São Paulo e também de vice-presidente da Frente Nacional de Prefeitos (FNP).

O meio político atribui a essas suas caravanas pelo país o objetivo de marcar território para eventual disputa presidencial em 2018. O noticiário aborda amplamente esse movimento. Como o senhor responde a essa leitura?

Eu tenho feito visitas e tenho atendido a convites, principalmente onde recebo homenagens e onde me convidam para palestrar, num gesto de atenção e delicadeza, retribuindo, igualmente, os gestos que me fazem. E, ao mesmo tempo, conhecer o Brasil na condição de vice-presidente da FNP é parte de minha obrigação nessa condição. Aliás, cabe a mim e ao presidente da Frente, o prefeito de Campinas (SP), Jonas Donizette, fazermos isso, até porque nós temos que representar adequadamente os municípios brasileiros, as suas diferentes regiões em Brasília, onde fica a sede da Frente. Então, eu não coloco o estandarte de campanha, nem me apresento como pré-candidato à Presidência da República. Vou, sim, na condição de prefeito eleito da cidade de São Paulo e de vice-presidente da Frente Nacional de Prefeitos.

Quem são seus aliados no Espírito Santo? O senhor já conhecia o Estado?

Vila Velha, não. Será a primeira vez, mas, no Espírito Santo, eu estive várias vezes em Vitória. Para mim, será um prazer, inclusive, conhecer Vila Velha, que não tive oportunidade ainda de conhecer.

O senhor encontrará Hartung nesta quarta-feira?

Sim, estaremos juntos.

E qual sua proposta de solução para o partido recuperar o equilíbrio?

Eu fiz, inclusive, uma proposta ao presidente interino Tasso Jereissatti, ao presidente licenciado, senador Aécio Neves, que pudéssemos antecipar as eleições do Diretório Nacional para o próximo mês de outubro, ao invés de fazê-lo em dezembro. Neste período, manter interinamente o senador Tasso como presidente do partido, Aécio segue licenciado… Com isso, diminuímos esse tempo de exposição e aceleramos um pouco mais a convenção nacional para a escolha da nova Executiva do PSDB. Damos também, com essa sugestão, tempo para que as convenções estaduais e municipais possam ocorrer ao longo do mês de setembro, até o início do mês de outubro. Com isso, acredito que possamos deixar livre o mês de dezembro para uma decisão também equilibrada, tranquila e soberana sobre quem será o candidato do PSDB à presidência da República. Então é a busca do entendimento, acredito que agora é a fase do entendimento e da paz.

Mas o senhor defende que o PSDB permaneça na base do governo Temer, não é isso?

Eu defendo que o PSDB proteja o Brasil, temos que pensar no Brasil, não podemos apenas ter uma visão partidária e do interesse partidário. Neste momento, é preciso que o país se sobreponha, ainda mais num ano que não é ano de eleição, em 2017 não temos eleição. Temos que proteger o Brasil, amparar e apoiar a reforma previdenciária; apoiar a reforma política, pelo menos no que tange a ordenar as eleições de 2018; e criar, de forma alentadora, um clima bom para discutir a reforma tributária no primeiro semestre do ano que vem, antes de contaminar com as eleições que vão ocorrer em outubro de 2018. E proteger a economia brasileira também, que vai indo bem! Aliás, esse é um fato positivo. Os princípios econômicos vêm sendo bem colocados sob a liderança do ministro Henrique Meirelles. O Brasil está dentro de uma faixa de responsabilidade fiscal, reduziu despesas, cortou despesas desnecessárias, teve uma atitude ousada e que eu aplaudo, que é essa de privatizar a Eletrobras. E, com isso, garantir a retomada dos empregos. Nós temos 14 milhões de desempregados, sete milhões de subempregados, 21 milhões de pessoas em sofrimento nas ruas das cidades brasileiras. É preciso que a questão econômica seja colocada como pauta prioritária do país. Senão, não vamos gerar empregos e não vamos estancar essa situação do flagelo do desemprego no Brasil.

Por todas essas razões, então, o senhor defende que o PSDB prossiga alinhado com Temer, não é?

É, eu sempre digo, não é um subterfúgio. Nós temos que estar aliados ao Brasil, para protegê-lo e defender as medidas boas e positivas que estão sendo tomadas. E nós temos quatro ministros de Estado, do PSDB, no governo, e são pessoas corretas, pessoas de bem, que vêm cumprindo bem o seu papel nas suas respectivas áreas.

O senhor entrou na política só recentemente e tem visto o cenário nacional ser sacudido pela Operação Lava Jato há pelo menos três anos. Qual a lição que essa operação, punindo políticos de todas as siglas, tem ensinado ao país? Qual é o grande papel pedagógico que ela ensina para os partidos como um todo, inclusive o PSDB, que teve o presidente afastado Aécio Neves alvejado numa das mais recentes fases da Lava Jato?

Ótima pergunta, e obrigado por fazê-la. Primeiro, apoiar integralmente a Operação Lava Jato até a sua completa conclusão, leve o tempo que for, investigue quem tiver que ser investigado, puna quem tiver que ser punido. Eu, felizmente, não tenho Lava Jato, não tenho nenhum envolvimento em nenhuma operação, em nenhuma investigação. Defendo, forte e decididamente, o apoio ao juiz Sérgio Moro e às medidas saneadoras que ele vem comandando como um verdadeiro herói nesta batalha disciplinadora e, principalmente, de colocar a honestidade como padrão do país. Então, temos que apoiar sim, obviamente garantindo a total e ampla defesa dos acusados, para que tenham o seu direito preservado. Mas havendo conclusões pela Justiça, e que estabeleçam penalidades, que elas sejam cumpridas, seja por quem for.

Mas o senhor se decepcionou com o senador Aécio?

Eu não quero dizer isso. O senador Aécio tem uma boa biografia. Ele está sob acusação e, a meu ver, está dentro do campo que eu acabo de mencionar. Tem direito a fazer sua ampla defesa. Tenho segurança de que ele conseguirá fazer essa ampla defesa e provar a sua inocência. E essa ampla defesa deve estar aberta, indistintamente, a todos que estão sendo investigados neste momento. Mas, transitada em julgado, que a punição seja exemplar a quem quer que seja. Ninguém está acima da lei e ninguém pode imaginar que está acima a lei no Brasil. Todos são iguais.

O senhor é tido como um candidato anti-Lula, com quem, inclusive, troca críticas abertas. Como vê essa polarização política no país, um pouco acirrada, com alguns focos de extremismo nos dois campos? Acha sadio, vê com preocupação, acha normal?

Acho normal. Sadio é o bom debate, a discussão é boa, saudável, democrática. O que não é sadio é a postura das esquerdas, principalmente do PT, PCdoB, PSOL e Rede, que, de maneira muito intolerante, não admitirem nenhuma opinião diferente das deles. E não admitem críticas também, devolvem com rojões, com ovos, com agressões, com xingamentos, ameaças. Isso é que é condenável. Não é saudável, não é boa a falta de estrutura e de equilíbrio para debater o Brasil. Mas eu, que no setor privado aprendi a fazer do limão a limonada, agora, na área pública, aprendi a fazer, da ovada, a gemada! Então, nada me atemoriza, nem os ovos. Porque fui recebido, lá em Salvador, por um grupo do PT e do PCdoB de forma muito agressiva, com rojões, agressões, palavrões e ovos. E devolvi a eles, quando retornei a São Paulo, convidando uma granja para doar 10 mil ovos que permitiram a execução de 5.700 refeições para a população em situação de rua da cidade de São Paulo. Portanto, da ovada eu devolvi com o omelete!

O senhor vê com restrições essa defesa engajada das esquerdas ao presidente Lula?

Eles estão no seu direito. O que não pode é ter intolerância, intransigência, agressão. Isso não! Isso é intolerável, inaceitável. O fato de defender Lula, ainda que seja surpreendente defender alguém com uma ficha criminal tão extensa quanto Luiz Inácio Lula da Silva, e um mentiroso-mor, com curso de PhD em mentira. Mas, enfim, cada um tem a sua visão, e não me oponho a essa visão do ponto de vista do direito de quem quer exercê-la. O que eu me oponho é à intransigência, é à essa situação de ‘nós contra eles’, ‘nós somos a verdade’, ‘os que não conjugam da nossa verdade não prestam, não valem, são traidores da pátria’. Isso não! Até porque a maioria dos brasileiros não concorda com Lula, não concorda com o PT e nem com as mazelas que promoveram no Brasil. Sejam democratas, saibam discutir de bom tom e nas arenas corretas, sem agressões, sem ameaças.

O senhor e o governador Geraldo Alckmin vivem um clima de guerra não declarada em relação à disputa sobre o candidato do PSDB a presidente em 2018. O senhor já declarou que a relação com ele é muito boa etc, mas essa especulação prosseguirá nos próximos meses, em função desse clima de pré-campanha. Qual sua relação com Alckmin, como pretende equilibrar essa disputa se vier a acontecer?

Tenho enorme respeito pelo governador Geraldo Alckmin. É meu amigo, não há nenhum abalo nas nossas relações e nem haverá. Quem tem uma relação de 37 anos, e que, inclusive, não nasceu na política, sabe compreender um ao outro. E a nossa relação, e a de nossas famílias também, nos dá a grandeza de alma, de pensamento e de sentimento. O governador Alckmin é uma das melhores figuras da política brasileira em qualquer tempo, merece não só a minha admiração, como o meu mais profundo respeito. E quero reafirmar que as nossas relações são e continuarão sendo as melhores possíveis.

Max Filho anuncia melhorias na Lagoa Grande, em Ponta da Fruta

O prefeito de Vila Velha Max Filho anunciou, na noite dessa segunda-feira (21), no Teatro Municipal “Elio de Almeida Vianna”, a liberação da emenda parlamentar para execução das obras de melhorias na orla da Lagoa Grande, local muito frequentado por banhistas. Os recursos no valor de R$ 350 mil já estão garantidos no Orçamento Geral da União e devem ser empenhado até o final deste ano.

O prefeito citou que a emenda havia sido cortada no mandato da presidente afastada Dilma Rousseff e bloqueada em 2016 para 2017. Mas no mês de junho deste ano, segundo o prefeito Max Filho, a emenda finalmente foi desbloqueada. “Já estamos dialogando com a comunidade, apresentando um plano de trabalho, e a expectativa é de que o Governo Federal empenhe o valor na virada do ano. Sendo assim, no início do ano que vem já executaremos os serviços”, explicou.

O prefeito Max Filho justificou a ausência do secretário Municipal de Infraestrutura, Projetos e Obras (SEMIPRO), Luíz Otávio Machado de Carvalho e do Secretário Municipal de Governo (SEMGOV), Saturnino de Freitas Mauro, em decorrência do fechamento de alguns editais para projetos importantes na área de educação, saúde e infraestrutura. Ambos estavam representados por servidores das respectivas pastas.

Dando voz à comunidade, os seis oradores da noite reivindicaram na Assembleia Popular melhorias na área de educação, segurança, infraestrutura e meio ambiente. Respondendo a uma solicitação na área de infraestrutura, em relação à retomada dos serviços de manutenção das vias nos bairros Pontal das Garças e Darly Santos, a representante e engenheira da Semipro, Thakla Chequer, informou que está em fase de conclusão o processo licitatório para contratação de serviços utilizando máquinas e equipamentos, para realização desse tipo de intervenção.

Caso os trâmites do processo licitatório ocorram dentro da normalidade, a secretaria estará retomando as ações de manutenção na semana seguinte, seguindo um planejamento de atuação nas diversas regiões do município. Os dois bairros também serão contemplados.

O morador do bairro Itapuã, Rafael Loureiro, pediu ação em relação ao uso da Praça Agenor Moreira, também conhecida como “Praça do juiz Alexandre”, pois sofrem com a situação de sujeira deixada por donos de cachorros que tomam conta da quadra do local, inibindo a utilização por crianças e moradores do bairro.

Para justificar, inicialmente a secretária Municipal de Serviços Urbanos, Marizete de Oliveira Silva, garantiu que uma placa direcionando a utilização da quadra está sendo confeccionada e deve ser instalada ainda esta semana, assim como folders educativos e de conscientização serão distribuídos na região. O secretário Municipal de Cultura, Esportes e Lazer, Luiz Felipe Faria de Azevedo, informou que uma reunião foi realizada na última semana com parte interessada, onde foi sugerida uma conciliação por meio de uma reestruturação da Praça, que atenderia à utilização por crianças, moradores e local específico para uso de animais.

Para tranquilizar os moradores presentes em relação à situação da Praça, o prefeito garantiu o envio da equipe de fiscalização. Ele citou os esforços da Prefeitura e o trabalho integrado entre as secretarias, para solucionar esta e outras demandas. “Muitas vezes no setor público uma secretaria não conversa com a outra, e é necessário que haja esta integração, pois existem demandas complexas que envolvem mais de uma pasta, acrescentou. “Vamos continuar trabalhando de forma integrada para propiciar boas soluções, que resolvam os problemas e ofereçam mais bem estar para população”, reforçou o prefeito Max Filho.

O momento é de reconstrução da política, diz Tasso Jereissati

O presidente interino do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), defendeu, nesta terça-feira (22), durante entrevista à Rádio Jovem Pan, a reconstrução da política nacional como alternativa à crise que gerou uma espécie de descrédito do país. Tasso disse que o PSDB é a opção para ajudar nessa reconstrução, pois o partido se sustenta em princípios e valores sólidos.

“O PSDB deve oferecer uma alternativa concreta em que se pode fazer política decência, honestidade e dignidade”, afirmou o senador, na entrevista que foi ao ar pela manhã.

Tasso Jereissati disse que o momento é importante nesse processo. “Para isso, essa grande discussão, revisão e até esse exercício de mea-culpa. É preciso reconstruir a base  para o país ter uma alternativa deste tipo”, defendeu.

Para o presidente interino, há problemas em todos os setores políticos, mas no PSDB eles são menores, se comparados a outras siglas. “Quando nós falamos de problemas na política, não é só no PSDB, é até menos no PSDB, toda política está desacreditada. Nós temos que reconstruir a base para lançar um candidato, que tenha como base, lastro, um partido com essas características”, afirmou ele.

Ao ser questionado sobre as possíveis candidaturas do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o prefeito da capital paulista, João Doria, Tasso elogiou ambos, mas ressaltou que se houver mais de um nome posto na disputa interna, o PSDB fará prévias entre fevereiro e março de 2018.

“Sem dúvida nenhuma, o governador Alckmin e o prefeito Doria são quadros notáveis. Um é governador de São Paulo e outro prefeito de São Paulo, que por si só, são candidatáveis à Presidência da República. Só que podem aparecer outros candidatos daqui para lá”, afirmou senado.

Se houver um impasse, a solução ocorrerá nas prévias, ressaltou. “Se isso acontecer, nós estamos propondo entre fevereiro e março prévias dentro do partido”, disse ele, lembrando que vários fatores interferirão na escolha do nome indicado pelo PSDB.

Tasso encerrou a entrevista esclarecendo quais elementos devem ser considerados na indicação de um candidato tucano às eleições de 2018. “Eu acho que os números de pesquisas vão ser importantes, mas a credibilidade interna dentro do partido, o programa que o candidato vai defender, também vai ser muito importante”, destacou.

Reforma Política

Em outra entrevista, concedida na tarde desta terça-feira no Senado Federal, Tasso defendeu o modelo do financiamento privado de campanhas, e não um fundo com recursos públicos para bancar os candidatos – como chegou a ser aprovado em comissão da Câmara dos Deputados.

“Eu acho que é absolutamente inaceitável qualquer fundo que tire dinheiro do orçamento e de projetos importantes, ainda mais nessa crise que a gente está vivendo. Não o financiamento privado do jeito que era, mas com novos regulamentos e limitações bem mais duras”, afirmou.