PSDB – ES

Tiago Oliveira

“O fundo do fundo do poço”, análise do ITV

industria-300x207Dilma Rousseff disse outro dia que não está preocupada com o mau desempenho da economia porque “indicadores antecedentes” sugerem que os próximos meses serão venturosos. Seria melhor a presidente olhar para o que está acontecendo agora mesmo no mercado de trabalho brasileiro.

Em julho, mais uma vez, a geração de empregos no país registrou recorde negativo para o mês neste século – para ser mais preciso, o menor nível desde 1999. Foram criadas apenas 11,8 mil novas vagas no período, segundo o Caged.

A queda em relação a julho de 2013 supera 71%. Nas regiões Sul e Sudeste, o saldo foi negativo. Em 10 das 27 unidades da federação, também – o pior resultado foi registrado no estado do Rio, com 7 mil empregos eliminados. Só na Grande São Paulo, 128 mil pessoas perderam o emprego neste ano, de acordo com o IBGE.

No acumulado de janeiro a julho, foram criados 632 mil empregos no país. Na comparação com os sete primeiros meses de 2013, a queda é de 30%, quando foram abertos 275 mil postos de trabalho a mais. Trata-se do pior resultado para este período do ano desde 2009.

Junho já tinha sido ruim e julho foi pior ainda: de um mês para o outro, a geração de empregos foi 53% menor. Não se deve esquecer que estes foram os meses da Copa do Mundo, o que reforça a constatação de que o país parou – ou melhor, foi parado, por conveniência do governo – para a bola rolar.

A indústria da transformação continua um arraso, tendo demitido 15,4 mil no mês. Desde abril, já são 74 mil empregos dizimados no setor, segundo o Valor Econômico. Os serviços até se mantiveram no terreno positivo, mas num ritmo equivalente a apenas cerca de ¼ do que vinham gerando tradicionalmente no mês, apontou O Globo. No ano, até agora, o comércio já ceifou 50 mil postos de trabalho.

O ministro do Trabalho, Manoel Dias, diz enxergar o “fundo do poço”, ou seja, o pior ficou para trás. Será? A situação não parece animadora. Em julho, a população ocupada caiu em comparação com o mesmo mês de 2013, segundo a consultoria Rosenberg Associados. É a primeira vez que isso acontece desde 2003.

Faz tempo, Guido Mantega, colega de Dias no outro lado da Esplanada, também usou a mesma expressão para afiançar que a economia brasileira tinha passado pelo seu pior momento. Foi em dezembro de 2011. Depois voltou a recorrer ao “fundo do poço” para dizer, novamente, que as dificuldades haviam sido enfim superadas. Foi em agosto de 2013.

O padrão das análises se repete agora com a abordagem abraçada pela presidente da República. Quem sabe, com sua visão peculiar, Dilma Rousseff e seus assessores considerem que depois do fundo do poço tem sempre um fundo ainda mais profundo.

Colnago apoia intervenção no fundo de pensão dos Correios para salvar patrimônio bilionário

colnago5-300x279O Fundo de Pensão dos Correios perdeu 25% do patrimônio nos últimos dois anos e o pedido para que a Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) intervenha no Postalis é, na avaliação do deputado César Colnago (ES), a resposta natural para reduzir danos e evitar maiores prejuízos. No pedido, três associações de funcionários argumentam que a gestão política de diretores indicados por PT e PMDB no Postalis levou a “operações suspeitas” que explicariam o rombo de R$ 2,2 bilhões acumulado entre 2013 e 2014.

“Esses indícios nunca se apuram, nunca se chega a nenhuma conclusão”, afirmou Colnago nesta quarta-feira (20) ao defender a investigação. O tucano critica a presidente Dilma, que vai para a televisão e quer justificar o que não tem explicação. “A corrupção salta aos olhos, a exemplo da saída de ministros, num passado recente, por denúncias de corrupção e desvios de recursos públicos, em estatais e nos próprios fundos em que o governo tem representantes do seu partido”, afirmou.

O envolvimento de fundos de pensão com partidos políticos está na mira da Polícia Federal depois que a operação Lava a Jato revelou uma transação com o Banco BNY Mellon, atribuída a Alberto Youssef e a Ricardo Oliveira Azevedo, ex-diretor financeiro do Postalis . O negócio resultou em prejuízo causado pela troca de títulos da dívida brasileira por papéis argentinos.

Os funcionários também questionam a compra de títulos da Universidade Gama Filho e UniverCidade, duas empresas endividadas e descredenciadas pelo Ministério da Saúde, em 2014. Segundo eles, é hora de avaliar se os maus resultados da gestão política atrapalham os contribuintes do Postalis e também se estendem aos fundos de pensão do Banco do Brasil (Previ) e da Petrobras (Petros).

“Não é possível aceitar tantos desmandos, corrupção e a falta de obras para as demandas mais importantes da sociedade, entre elas educação, saúde e infraestrutura”, afirma Cesar Colnago. Para ele, é a ponta do iceberg. “A correção das contas passa principalmente por fechar esses ralos de corrupção”, cobrou o deputado pelo PSDB-ES.

Outro mal negócio, já questionado pelo deputado Domingos Sávio (MG), é a compra de títulos das ações do grupo EBX, de Eike Batista, que sofreu perdas significativas na Bolsa. Segundo denúncias publicadas pela imprensa, este seria um investimento duvidoso e com elevado risco. O tucano fez mais de 20 perguntas e pediu cópias de documentos e atas de reunião do Conselho Fiscal do Postalis nos últimos dois anos.

Segundo reportagem do jornal “O Estado de S. Paulo”, o Postalis é o maior fundo de pensão do Brasil com 140 mil contribuintes e um patrimônio líquido de R$ 5,4 bilhões no principal plano do fundo.

(Reportagem: Ana Maria Mejia/Foto: Alexssandro Loyola)

Aécio se compromete a ampliar os programas de saúde destinados à família e reajustar a tabela do SUS

aecio-neves-em-dourado-ms-igo-estrela35O candidato à Presidência da República pela Coligação Muda Brasil, Aécio Neves, comprometeu-se, nesta quarta-feira (20/08), em São Paulo, a ampliar os programas de saúde destinados à família. Segundo ele, administrar é “procurar experiências que deram certo”. Ao criticar a defasagem nos valores pagos com base na tabela do Sistema Único de Saúde (SUS), Aécio afirmou que se empenhará para reajustá-los.

Aécio conheceu uma das carretas do programa Mulheres de Peito, que se destina à prevenção ao câncer de mama, iniciativa do Governo de São Paulo.  Aécio estava acompanhado pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), que disputa a reeleição, o candidato a vice, Aloysio Nunes, e o secretário de Saúde de São Paulo, David Uip.

“Mulheres de Peito é algo que precisamos levar para todo o Brasil. Hoje morrem, em todas as regiões do Brasil, cerca de 10 mil mulheres de câncer de mama, e essa é uma doença em que o diagnóstico faz toda a diferença”, destacou Aécio.

O candidato lembrou que se o exame de mamografia, que detecta problemas na mama, se feito com regularidade, conforme recomenda o programa, aumenta as possibilidades de prevenção e cura do câncer.

“No Brasil, pelo menos 50% dos nossos municípios não têm sequer um mamógrafo [aparelho para realizar o exame]. O governo federal, a partir dessa experiência do governador Geraldo Alckmin, vai buscar levar a oportunidade desses exames para todas as regiões do Brasil, e a partir do diagnóstico, se houver alguma suspeita, o encaminhamento para o tratamento, como ocorre em São Paulo”, afirmou o candidato.

Iniciado em dezembro de 2013, o programa Mulheres de Peito tem quatro carretas itinerantes que viajam por todo o Estado, ficando 20 dias em cada lugar, facilitando o acesso a serviços de mamografia pelo SUS. Cada carreta tem capacidade para atender 50 mulheres por dia. Desde seu lançamento, o Mulheres de Peito já possibilitou a realização de cerca de 20 mil exames gratuitamente.

Mais Saúde

Aécio destacou que são as pequenas iniciativas, além da boa aplicação do dinheiro público, que estão em falta na saúde brasileira. Ele se comprometeu a ampliar o programa Saúde da Família, implantado no país em 1994, pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

“Temos que ampliar, especialmente nas regiões menos assistidas, os programas de Saúde da Família. Dobrei em Minas Gerais, durante meu mandato, as possibilidades da saúde da família chegar à porta das pessoas. Isso deixou de ser prioridade ao longo do governo do PT. A saúde preventiva se dá em iniciativas como essa do governador Geraldo Alckmin e com a ampliação do programa Saúde da Família, que se mostrou um instrumento muito valioso para diminuir o custo da saúde na sua etapa final”, avaliou.

SUS

Ao ser questionado sobre a defasagem da tabela do SUS, Aécio afirmou que, no Brasil, a saúde pública não melhorou ao longo dos últimos anos pela “incapacidade que o governo federal teve de apoiar e tomar iniciativas”.

“Vamos enfrentar essa questão com o aumento do financiamento, a partir de proposta que está sendo votada no Senado Federal. É necessário que a tabela seja corrigida. A partir do momento em que você tenha prioridades claras, e saúde no nosso governo será uma prioridade, é possível sim”, ressaltou o candidato à Presidência da República.

Aécio criticou o baixo volume de investimentos que o governo federal tem feito em saúde nos últimos anos.  Ele destacou que, na gestão petista, 54% de todos os investimentos em saúde eram financiados pela União. Hoje, o índice é de 45%.

“Estados e municípios são obrigados a pagar essa diferença. É algo ilógico. Os que menos têm são levados a cada vez gastar mais com saúde. Não há hoje um município que gaste menos de 22%, 25% da sua receita com saúde, quando o piso constitucional é de 15%.Temos que ter algo que falta no Brasil hoje: previsibilidade. Você não vai corrigir toda a defasagem do dia para a noite, mas progressivamente”, afirmou o candidato à Presidência da República.

Caminhada

Ao lado de Alckmin, Aécio fez uma caminhada pelo Largo da Concórdia, no bairro do Brás, em São Paulo.  Acompanhado por simpatizantes, o candidato cumprimentou a todos por quem passou e posou para selfies.

A diarista Marinez Fidelis, de 54 anos, disse que o momento é de “mudança”.  “Temos que mudar esse governo que está aí. Vamos colocar alguém para fazer diferente”, opinou. Aécio foi então recebido no Lojão do Brás pelo proprietário, o Seu Mimi. Lá, pararam para um lanche, esfirras e suco de laranja.

“Quem teme, doa”, análise do ITV

petrobras-sede1-foto-divulgacao--300x169Parece que os diretores da Petrobras, em especial sua atual presidente, Graça Foster, sabiam que boa coisa não fizeram ao levar adiante negócios ruinosos como a compra da refinaria de Pasadena, nos EUA. Qual explicação terão a dar por terem, no auge do escândalo, doado seus bens a parentes, possivelmente para livrar o patrimônio da Justiça?

Ontem à tarde, a Agência Globo revelou que Graça e Nestor Cerveró – ex-diretor da empresa responsável pelos pareceres que deram base à aquisição de Pasadena classificados como “falhos” por Dilma Rousseff – passaram apartamentos e imóveis para o nome de filhos e netos quando o Tribunal de Contas da União já investigava a aquisição da refinaria do Texas. Pelo jeito, vale a máxima: quem deve, teme. E quem teme, neste caso, doa.

As duas primeiras doações de Graça aconteceram em 20 de março, um dia depois de vir a público a manifestação de Dilma dizendo que, como presidente do conselho de administração da Petrobras, comandara a compra de Pasadena com base em parecer “técnica e juridicamente falho”. A terceira operação aconteceu menos de 20 dias depois.

Cerveró – que, como diretor, preparou os pareceres depois condenados por Dilma – doou três imóveis a seus parentes em 10 de junho, ou seja, 45 dias antes de o TCU determinar o bloqueio de seus bens e de mais nove gestores da Petrobras.

As movimentações do governo para livrar os dirigentes da empresa do encontro de contas com a Justiça têm sido frenéticas desde que, em julho, o TCU apontou dez gestores da Petrobras como responsáveis por prejuízo de US$ 792 milhões na compra da refinaria de Pasadena e bloqueou seus bens.

O ex-presidente Lula, o ministro da Justiça e o advogado-geral da União já foram a campo para evitar que o TCU também arrolasse a hoje presidente da República entre os atingidos pela decisão. Já Graça ficou fora da lista por um “erro”, segundo a versão oficial: esqueceram que ela era diretora da estatal na época da lambança.

Tudo continua muito nebuloso na operação envolvendo a compra de Pasadena. Em 2006, a refinaria foi comprada por uma empresa belga, a Astra Oil, por US$ 42,5 milhões e revendida à estatal brasileira por valor total de US$ 1,2 bilhão, umas 30 vezes mais caro. Pela operação, a Petrobras já reconheceu perda de mais de US$ 465 milhões em seu balanço de 2012.

Ontem, o plenário do TCU apreciaria proposta do relator, ministro José Jorge, para que os bens de Graça Foster também fossem bloqueados, criando situação inédita na companhia e levando, caso confirmada a decisão, à possível demissão dela do cargo. Com as novas revelações, a sessão foi suspensa. Talvez ainda dê tempo de esconderem mais algumas coisas comprometedoras…

Controle rigoroso em fronteiras impedirá entrada de armas e drogas, diz Aécio Neves

aecio-jnO candidato à Presidência da República pela Coligação Muda Brasil, Aécio Neves, afirmou, nesta terça-feira (19/08), que em seu governo não vai tolerar que haja “vista grossa”nas fronteiras brasileiras.  Para Aécio, somente com um controle rigoroso o país poderá combater o tráfico de armas e de drogas.

“Nós temos que ter uma relação de alto nível, de Estado para Estado, com os governantes desses países, porque não podemos permitir que continue havendo o que acontece hoje no Brasil: o tráfico de drogas e de armas, tirando a vida de 56 mil brasileiros [número de homicídios registrado no país em 2013]. Portanto, uma política de fronteiras em parceria com os Estados, com o financiamento da União, será também prioridade no nosso governo.”

A declaração foi feita por Aécio ao chegar a Sinop (MT) para ato político que reuniu cerca de mil pessoas, entre candidatos aliados, líderes políticos e simpatizantes. Estavam presentes o senador Pedro Taques, que concorre ao governo de Mato Grosso, e o candidato ao Senado Rogério Salles, entre outros.

O candidato anunciou que destinará mais recursos à Polícia Federal para fortalecer o controle nas fronteiras. De acordo com ele, a PF teve em 2014 o menor orçamento desde 2009. “Não houve a menor atenção do governo federal para com a necessidade de equipar adequadamente a nossa Polícia Federal”, afirmou.

Clínicas especializadas

O candidato reiterou, em Sinop, o projeto de criar no país 500 clínicas médicas especializadas. “Serão grandes centros, e aqui em Sinop certamente haverá um, como haverá vários em Mato Grosso, onde o cidadão chega, consulta com o especialista, sai dali já com os exames a serem feitos e podendo fazê-los naquele mesmo local físico e sair dali com os remédios.”

Para Aécio, é preciso dar “um salto de qualidade” na saúde pública no Brasil. Ele descartou a necessidade de volta da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) para ampliação dos investimentos em saúde. “O governo tem colhido recordes de arrecadação a cada ano, mas gasta muito e gasta mal. Nós vamos gastar melhor.”

“Saúde: razoável não, péssima'”, análise do ITV

novo-equipamento-podera-detectar-casos-de-dengue-em-20-minutos-e-reduzir-filas-em-hospitaisEm meio a seus típicos rompantes de prepotência e agressividade, Dilma Rousseff teve um raro momento de sinceridade durante a entrevista que concedeu ao Jornal Nacional anteontem. Foi quando reconheceu, ainda que muito a contragosto, que a saúde brasileira não é “minimamente razoável”.

Ainda assim, a presidente foi condescendente com o que ela e seu partido fizeram ao longo destes últimos 12 anos para cuidar dos serviços oferecidos pelo poder público à população. Foi quase nada. Na realidade, a situação da saúde está distante do razoável. Está péssima.

Atualmente, 57% dos brasileiros veem a saúde como tema prioritário da agenda nacional, segundo pesquisa divulgada ontem pelo Conselho Federal de Medicina. Nem sempre foi assim: quando a gestão petista começou, em 2003, apenas 6% tinham a mesma preocupação. Sinal de que os anos recentes foram de franca deterioração.

A reprovação à qualidade dos serviços é ampla, geral e irrestrita. Segundo a mesma pesquisa, 93% dos brasileiros desaprovam os serviços de saúde, tanto públicos, quanto privados, oferecidos no Brasil. Para cerca de 60%, eles são ruins ou péssimos.

A tão acachapantes constatações, a candidata-presidente retruca dizendo que seu governo agiu e implantou o Mais Médicos. “50 milhões de brasileiros não tinham atendimento médico, hoje têm”, disse ela ao telejornal da TV Globo.

A partir do que Dilma afirmou na entrevista, duas constatações se impõem: 1) até um ano atrás, ou seja, ao longo de 11 anos, o PT nada fez para enfrentar o problema e, 2) um programa que tem prazo de validade é tomado como se solução definitiva fosse.

A realidade é que o Mais Médicos foi convenientemente sacado da algibeira da alquimia petista para fornecer bom discurso em época de campanha eleitoral. Seus resultados continuam sendo uma incógnita, apesar de o governo sustentar que resolveu a vida de dezenas de milhões de brasileiros num passe de mágica.

Se o programa é incerto, é absolutamente evidente e demonstrável que o que Dilma prometeu na campanha de 2010 para melhorar a saúde dos cidadãos passou longe, muito longe, de se tornar realidade. Apenas para ficar nos mais emblemáticos, eram 500 UPAs (Unidades de Pronto-Atendimento) e 6.800 UBSs (Unidades Básicas de Saúde). E o que foi feito? 23 UPAs e 2.057 UBSs, segundo o mais recente balanço do PAC. Será que Dilma espera ter mandados infinitos para cumprir suas promessas?

O SUS vinha estruturando uma belíssima estratégia para cuidar de maneira continuada da atenção básica aos brasileiros: o Saúde da Família. Mas o PT preferiu deixá-lo na geladeira e segurar sua expansão. Hoje sua cobertura limita-se a pouco mais da metade da população. Não surpreende que, com os petistas no comando, a saúde tenha ido parar na UTI.

Aécio Neves propõe política “audaciosa” de segurança pública

aecioencontro-politico-acao-45-igo-estrela17-1024x682Em visita a Dourados, cidade do Mato Grosso do Sul próxima à divisa com o Paraguai e a Bolívia, o candidato à Presidência da República pela Coligação Muda Brasil, Aécio Neves, disse nesta quarta-feira (19/08) que terá uma “política audaciosa” para a segurança pública, que eliminará o atual “trânsito livre de drogas e armas nas fronteiras”.

 O candidato afirmou que equipará a Polícia Federal, transformará o Ministério da Justiça em Ministério da Segurança Pública e da Justiça e, ao contrário do que acontece hoje, proibirá o contingenciamento de recursos do Fundo Penitenciário e do Fundo Nacional de Segurança.

 Aécio criticou a falta de uma política do governo federal para a segurança pública. “A omissão do atual governo na área é criminosa”. Para ele, as consequências disso são as fronteiras abertas e o aumento da criminalidade no país. “O governo federal transfere essa responsabilidade exclusivamente para os Estados, como se não tivesse nada a ver com isso, mas tem.”

 Aécio Neves observou que, de 550 mil homens que trabalham na área de segurança, 15% estão desviados para atividades administrativas. Prometeu corrigir essa distorção, com a contratação de mais profissionais. Ele afirmou ainda que firmará parceria com os Estados, para estabelecer pela primeira vez uma política nacional de segurança pública articulada pelo governo federal.

 O candidato também anunciou que dará “atenção enorme” para a modernização do Código Penal e do Código de Processo Penal, “para que a impunidade não continue a ser um estímulo à criminalidade crescente”.

 Por fim, Aécio citou a experiência no governo de Minas Gerais. Lembrou que foi o governador que mais investiu em segurança proporcionalmente à receita do Estado. “Com gestão e prioridades, levei Minas Gerais a ter hoje a melhor educação fundamental do Brasil, a melhor saúde de toda a região sudeste e o maior conjunto de parcerias com o setor privado.”

Max Filho lança candidatura em Vila Velha

DSC0334Cerca de 2 mil pessoas prestigiaram o lançamento oficial da candidatura de Max Filho (PSDB-4500) a deputado federal. O evento realizado na noite desta segunda-feira (18), na Praça Duque de Caxias, no Centro de Vila Velha.

O encontro contou com a presença de líderes políticos de todo o Espírito Santo, como o deputado federal César Colnago, candidato a vice-governador do Estado e presidente regional do PSDB, o vereador de Vitória e candidato a deputado estadual Luiz Emanuel e muitos outros candidatos a deputados.

Recebido com palmas e palavras de apoio pela multidão que compareceu ao local do encontro, Max Filho ressaltou, em seu discurso, que um político precisa saber propor pautas importantes para a sociedade e também enfrentar as irregularidades.

“Na hora de enfrentar a corrupção que afeta a política, não pode ter medo e nem dever nada a ninguém. Fui prefeito oito anos dessa cidade e sei que Vila Velha tem problemas crônicos que, com recursos só da prefeitura, não vamos conseguir resolver. Quero ser o deputado federal de todo o povo capixaba e também de Vila Velha. Quero pedir a vocês que me deem essa oportunidade” , afirmou Max.

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Candidato a vice-governador do Estado na chapa de Paulo Hartung, o deputado federal César Colnago destacou a importância de se escolher pessoas que irão representar o povo com respeito.

“Max tem uma história pautada na dignidade. Já foi vereador, deputado, prefeito,  tem uma boa formação mas, muito mais que isso, é preciso ter currículo do povo.  Quanto mais instrução, melhor, mas é preciso ter compromisso com o povo porque tem muita gente com boa formação, mas depois de eleito trai o povo. Está nas nossas mãos escolher quem vai nos representar”, afirmou Colnago.

Durante o evento de lançamento da  sua candidatura, Max Filho pediu aos presentes que fizessem um minuto de silêncio em homenagem ao falecimento do ex-candidato a presidente da República Eduardo Campos (PSB), morto na semana passada em um acidente aéreo, em SAntos, São Paulo, com mais seis ocupantes da aeronave.

UPPs serão levadas para outras regiões do país, afirma Aécio no Rio

aecio_santamarta_orlandobrito_16-300x200O candidato à Presidência da República pela Coligação Muda Brasil, Aécio Neves, anunciou, nesta segunda-feira (18/08), que vai levar a experiência das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), do Rio de Janeiro, para outras regiões do Brasil que enfrentam problemas de criminalidade. Em visita à Comunidade Santa Marta, na capital fluminense, a primeira a receber uma UPP, Aécio afirmou que a atuação das UPPs será ampliada para além da segurança, passando a contemplar áreas como emprego, saúde e educação.

“Quero reiterar o meu compromisso de ampliar esse tipo de iniciativa para outras regiões metropolitanas do Brasil, outros aglomerados urbanos que vivem problemas de criminalidade, áreas controladas pelo tráfico, e isso em várias dessas comunidades deixou de acontecer. Meu governo vai planejar e articular uma política nacional de segurança e vai aproveitar de forma muito positiva essa experiência das UPPs, conduzida pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro”, disse o candidato.

Ao lado do secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, do comandante da Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP), coronel Frederico Caldas, e do coordenador do AfroReggae e da área de Juventude do programa de governo da Coligação Muda Brasil, José Júnior, além dos deputados Otávio Leite (PSDB-RJ) e Luiz Paulo Corrêa da Rocha, presidente do PSDB-RJ, Aécio destacou que a experiência é “extraordinária”.

“Precisamos dar o segundo passo, que é, em primeiro lugar, garantir renda para as famílias que vivem nessas comunidades, para as mulheres, através da qualificação. Precisamos ampliar as creches, levar serviços de melhor qualidade. O governo federal tem que coordenar um trabalho que permita que as UPPs vivam a sua segunda etapa: geração de renda, equipamentos de saúde pública, educação. Isso é possível fazer, desde que o governo federal assuma a sua responsabilidade”, salientou.

Aécio ressaltou ainda a importância de desenvolver políticas específicas para a juventude, como forma de controlar o aumento violência. Ele criticou a atuação do governo federal, “que até hoje tem sido omisso na questão da segurança pública”.

Programa Família Brasileira
Para o candidato à Presidência da República, a ampliação dos serviços oferecidos nas UPPs passa por investimentos na melhoria da qualidade da educação, na empregabilidade dos jovens, em políticas de habitação, ressocialização e geração de renda. Para isso, em seu governo Aécio criará o programa Família Brasileira.

“Vamos classificar principalmente essas famílias mais dependentes dos programas de transferência de renda em cinco níveis, para que elas possam a cada ano alterar, diminuir o seu nível de carência”, afirmou.

Os níveis serão definidos levando em consideração as particularidades de cada família – se tem acesso a saneamento básico, algum membro no sistema prisional brasileiro, jovens adolescentes grávidas, por exemplo – sendo o quinto nível o mais preocupante.

“Esse nível de detalhamento vai atuar em várias frentes, para que as carências sejam superadas. Diferente do PT, que defende a pobreza somente como a ausência de renda, nós vemos a pobreza como a ausência de serviços de qualidade, dignos, e também de oportunidade. Há muito a ser feito. Não queremos apenas conviver e administrar a pobreza. Queremos superá-la”, acrescentou.

Incentivos
A instalação da UPP na comunidade de Santa Marta foi um momento decisivo para seus moradores. Desde 2008, a região registra taxa zero de homicídios. Além das instalações policiais, o prédio abriga ensaios da ONG Ação Social pela Música, idealizada pela instrumentista Fiorella Solares. O projeto existe há 18 anos e atende 800 jovens e crianças em 19 comunidades pacificadas do Rio de Janeiro.

“Nosso objetivo é educar crianças e jovens através da música”, afirmou Fiorella. “Essa pacificação é tudo para eles. Foi o que fez com que o nosso trabalho crescesse nas comunidades nos últimos cinco anos. Tem que ter cultura e sensibilidade para abraçar um projeto como esse”.

Em sua visita à UPP, Aécio foi recepcionado por uma orquestra de jovens, formada por crianças e adolescentes de 6 a 18 anos de idade, de várias comunidades do Rio de Janeiro. O candidato à Presidência da República ouviu, emocionado, a uma seleção de composições, entre elas a Quinta Sinfonia, de Beethoven, e Mourão, de Guerra-Peixe.

Voz ativa
Após a visita à UPP, Aécio desceu os 788 degraus do morro Dona Marta, cumprimentando e conversando com moradores. Alzenira Carvalho, de 80 anos, moradora da comunidade há mais de meio século, disse que a passagem de Aécio ao morro dá voz à população.

“É muito bom alguém aqui para escutar a gente, ouvir nossos problemas. Precisamos de alguém que lute pelos direitos dos mais velhos”, considerou.

O presidente da Associação dos Moradores de Santa Marta, José Mário Hilário Santos, destacou que a pacificação permitiu que os seis mil moradores da comunidade pudessem “comprar e investir nas suas casas”.

Cláudia Amorim, que trabalha em uma oficina mecânica e mora na comunidade há dez anos, destacou que a UPP “trouxe paz e tranquilidade” aos moradores.

“O que a gente quer é a continuidade dessa mudança maravilhosa que tivemos com essa UPP. Acredito que Aécio vai trazer melhoras para mim e para todos os brasileiros, dar um basta àquela violência que tínhamos por aqui. É isso que eu quero para os meus filhos, os filhos dos meus vizinhos, meus sobrinhos, para todo mundo”, afirmou Cláudia Amorim.

Seguido por moradores, alguns com bandeiras do PSDB, Aécio recebeu de presente uma camiseta que simboliza a comunidade. O candidato à Presidência da República passou ainda pela banca do Edvaldo, pelo bar do João e pela Laje do Michael Jackson, local onde o ídolo pop gravou parte do clipe da música “They don’t care about us”, de 1996.