PSDB – ES

Tiago Oliveira

“No olho do furacão”, por Martha Ferreira

Martha_Ferreira_twi_1As decisões equivocadas do governo federal – como o fim dos incentivos do Fundap, mudança das regras dos royalties do petróleo, redução do índice das transferências constitucionais, descaso quanto à prevenção e recuperação das áreas atingidas por acidentes da natureza e postergação de obras de infra-estrutura -, têm provocado perdas irrecuperáveis para o Espírito Santo. 
A calamitosa gestão da maioria dos 78 municípios capixabas tende a agravar o quadro das finanças das cidades, visto que a grande maioria dos prefeitos é formada por políticos atolados em processos judiciais e denúncias de corrupção; sem competência técnica, criatividade e inovação; e que repetem os mesmos mantras do populismo retrógrado. Ao invés de corrigir o rumo de suas políticas públicas, tais como cortar despesas inúteis e planejar suas ações com foco nas potencialidades regionais, incham a máquina e arrastam suas regiões para a dependência infinita. 
De acordo com a revista Finanças dos Municípios Capixabas, a receita total das cidades do Espírito Santo, em 2013, foi de R$ 9,2 bilhões e a despesa total foi de R$ 8,4 bilhões. Dentro da composição das despesas, a rubrica Pessoal torrou R$ 4,3 bilhões (51%) e a de Custeio R$ 3,2 bilhões (37,8%). Enquanto isso, a conta Investimentos, objetivo maior da existência dessas Prefeituras, recebeu míseros R$ 777,4 milhões (9,2%), ou seja, 52,7% menor do que em 2012. 
O montante gasto com Educação foi R$ 2,7 bilhões e com Saúde, R$ 1,7 bilhão. Se somarmos essas duas rubricas teremos o valor que foi gasto com a folha de pagamento gigantesca do efetivo que se amontoa nas Prefeituras. Ou seja, pagamos impostos para que os municípios se transformem em meros empregadores.
Até o final desse ano, todas as dificuldades pelas quais o mundo está passando ainda estarão longe de uma solução definitiva. Apesar disso, China, Estados Unidos e União Européia, pela sua cultura e educação, terão chances de consolidar sua recuperação econômica e social, mais rapidamente. Eles estão comprometidos com seus objetivos de crescimento econômico, desenvolvimento social, enxugamento da máquina administrativa e punição dos crimes contra o patrimônio público.
Infelizmente, o Brasil está trilhando o caminho inverso, trocando a revolução educacional, reestruturação econômica e social, planejamento para reformas e modernização do Estado, fichas limpas, alianças globais no comércio, respeito às instituições, redução dos gastos e mais investimentos úteis, pela promoção do analfabetismo funcional; desmantelamento dos fundamentos econômicos; permanentes subsídios sociais sem porta de saída; ausência total de planejamento para o futuro; gestão criminosa esfacelando estatais; mudança no marco regulatório de setores de base; contabilidade criativa; aparelhamento do Estado; afrouxamento das penas para corruptos; alianças ideológicas com países quebrados; cerceamento da liberdade de imprensa; aliciamento do Congresso; defesa da inversão de valores éticos e morais; e a criação de uma dívida impagável. 
Somados às fragilidades sistêmicas tais como caos na saúde, educação e justiça; tráfico de drogas; inflação e juros altos; oscilação cambial; escassez de tecnologia; gargalos de mão-de-obra, logística e infra-estrutura; desindustrialização; crescimento minúsculo do PIB; e a fragilização imposta pelo governo federal aos estados e municípios, o Brasil tem apresentado os piores índices de saúde, educação, segurança, corrupção, inflação, juros, crescimento econômico e competitividade entre 134 países do mundo. 
E, no meio desse amontoado de ações e políticas públicas equivocadas, que desembocam no desemprego real e desconfiança dos investidores globais, lá vai o Espírito Santo sendo arrastado para o olho verde-amarelo deste furacão.

Martha Ferreira é economista, consultora de negócios, palestrante, professora e articulista.

“Não há nenhuma parte do mundo em que o governo federal não tenha uma parcela de responsabilidade em relação à criminalidade”, diz Aécio

aecio-botucatuO candidato à Presidência da República da Coligação Muda Brasil, Aécio Neves, esteve nesta sexta-feira (08/08), em Botucatu (SP), ao lado do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), que disputa a reeleição, e do prefeito da cidade, João Cury (PSDB). Aécio visitou o Centro de Referência de Dependentes Químicos e fez caminhada pela cidade.

Tratamento de dependentes químicos, Programa Recomeço e pesquisa Ibope foram alguns assuntos comentados na entrevista. Acompanhe:

 

Tratamento para dependentes químicos no Brasil e o tráfico de drogas.

O aumento do tráfico e do consumo de drogas no Brasil é das maiores tragédias do nosso tempo. Tragédias que vêm acabando com a vida de inúmeras, milhares de famílias do Brasil inteiro, e a questão das drogas tem que ser tratada em duas vertentes. A primeira, o tráfico com controle das nossas fronteiras, com polícia, com inteligência, com tudo que não vem acontecendo até aqui. E a segunda vertente, é a da dimensão da vida, com experiências como essa do governador Geraldo Alckmin e [ex-] governador José Serra [que leva] ao recomeço [programa estadual que oferece tratamento de saúde, acolhimento, reinserção social, apoio familiar e  trabalho como tratamento para dependentes químicos em São Paulo]. São Paulo e Minas Gerais, na verdade, estiveram duas experiências que estão vem vigor e em execução hoje extremamente exitosas. Nós tivemos lá aliança pela vida, aqui o recomeço, onde o Estado financia a internação dos usuários de drogas e aqui ainda a rede pública de saúde, dá a eles uma nova oportunidade. ‘Recomeço’ é um exemplo para levarmos para o Brasil, portanto são duas as vertentes essenciais, a primeira delas é coibir o tráfico. O Brasil não é produtor de drogas, essas drogas vêm dos nossos vizinhos e tráfico de drogas, todos nós sabemos é responsabilidade do Governo Federal e na dimensão da saúde pública com exemplos extremamente exitosos, como esse aqui de São Paulo, como aliança pela vida em Minas Gerais que permite na verdade um recomeço para tantas famílias e para tantos usuários de drogas.

Programa Recomeço

 O Programa Recomeço, que nós visitamos agora, é uma demonstração clara de que o Estado pode, sim, ser parceiro na recuperação de drogados. Portanto, nosso governo vai ter também um projeto claro, de ampliação desses centros de reabilitação que já fazíamos em Minas Gerais, por todo Brasil.

 Como o governo federal pode atuar na segurança pública?

 Não há nenhuma parte do mundo em que o governo federal não tenha uma parcela de responsabilidade em relação à criminalidade. O [combate ao] tráfico de drogas, de armas e controle das fronteiras são responsabilidades da União. O que o governo vem fazendo é a terceirização de responsabilidades. No nosso governo, vai haver uma política nacional de segurança pública. Nós vamos investir no controle das nossas fronteiras, o que o atual governo não fez. Vamos fazer parceria com os Estados sem contingenciamento dos recursos de Segurança Pública que vem acontecendo no Brasil.

 O período da atual presidente, do fundo penitenciário, apenas 10.5% foi executado. Do Fundo Nacional de Segurança, apenas o 35%. Isso é um desprezo para com a população brasileira, que vê no crescimento da criminalidade e do tráfico de drogas algo extremamente danoso às relações familiares e à própria sobrevivência, principalmente de jovens brasileiros.

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Projeto Recomeço: inspiração para um programa nacional para dependentes químicos.

 Eu conheço melhor o Programa Recomeço, do Estado de São Paulo. Porque ele, na verdade, tem inspiração em “Aliança pela vida”, em Minas Gerais. Nosso programa, posso garantir, é um exemplo para o Brasil porque o Estado – que não tem condições de fazer isso – não investe na construção de novas clinicas. O Estado, ele subsidia, ele paga àqueles que não podem a sua internação nas diversas clinicas e ajuda para que elas sejam cada vez mais melhor equipadas. E ajuda até nos servidores da área da Saúde. Portanto, esse é um programa muito semelhante ao programa Recomeço e essa será a nossa inspiração para ampliarmos pelo país inteiro.

 Sobre a pesquisa do Ibope.

Extremamente positiva até porque nós estamos ainda no aquecendo os motores da campanha eleitoral, a campanha efetivamente ainda não começou e nosso nome vem crescendo de forma muito consistente. Estar aqui em São Paulo ao lado do governador Geraldo Alckmin com o seu apoio tão enfatizado permanentemente e ao lado do companheiro Jose Serra é a sinalização de que nós somos um grupo político. Um grupo político que tem projetos para o Brasil, um grupo político que vem permitindo São Paulo avançar apesar de todas as dificuldades. Por isso, eu tenho muita confiança de que nós estaremos no segundo turno e vamos vencer essas eleições para iniciarmos um novo ciclo de governo no país. Um ciclo onde a decência e a eficiência possam caminhar juntas. E experiências extremamente exitosas dos governos de José Serra e do governo Geraldo Alckmin agora em São Paulo, serão inspiradoras para nós enfrentarmos seja a questão da segurança pública, do tráfico, do consumo de drogas, da educação de qualidade e aqui existem exemplos extraordinários como as Etecs e as Fatecs. E a nossa própria experiência em Minas Gerais que nos permitiu levar Minas a ter a melhor educação fundamental do Brasil. As boas experiências, com pessoas qualificadas para executar as políticas de governo é o que o Brasil mais precisa hoje.  Estou extremamente animado e acho que nós estamos no caminho certo para que com o apoio da população brasileira que clama, que pede por mudanças, nós estamos chegando cada vez mais próximos de vencer as eleições.

 

Sobre Aécio ser o novo entre os candidatos.

Em primeiro, eu nunca busquei o monopólio de absolutamente nada. Eu acho que o exclusivismo não faz bem pra ninguém. Até me lembro, lá atrás, quando o PT se julgava um exclusivista da ética e dos bons costumes. Deu no que deu. Quando falo novo é a renovação das ideias. É a capacidade de olhar para o futuro que outros se apresentem como novo é absolutamente legítimo. Mas do ponto de vista de conceito, de visão de mundo, de modernidade na administração pública, de resultados claros em cada uma das nossas ações, como aconteceu em Minas e acontece em São Paulo, tudo isso é o novo.  O velho, o carcomido, o arcaico é o que nós estamos assistindo no plano federal. Aparelhamento absurdo da máquina pública, a perda de foco e o legado perverso que nós vamos receber que é um quadro de estagflação: inflação alta, crescimento baixo, uma perda crescente de confiança em relação ao governo brasileiro e os nossos indicadores sociais deixando de melhorar. 

 Assisti ontem declarações da presidente da República que mais uma vez disse que a responsabilidade sobre o ambiente no Brasil é dos pessimistas. Então, somos mais de 75% de pessimistas. Mas é bom que fique claro que o pessimismo não é em relação ao Brasil. O Brasil está aí com todas as condições de retomar um ciclo virtuoso, um crescimento sustentável por longo tempo. O pessimismo é em relação ao governo. A este governo que fracassou na condução da economia, na gestão do Estado e fracassou também na melhoria dos nossos indicadores sociais.

 Lamento que a presidente da República continue a fazer o que fez ontem ao colocar palavras na boca dos seus adversários. Talvez sem ter o que propor. Sem ter a capacidade de convencer as pessoas da realidade ou da possibilidade das suas propostas serem executadas até porque fracassou na maioria delas. Ela afirmou ontem que o candidato da oposição – ou pelo menos percebi dessa forma – não vai continuar valorizando o salário mínimo. Ao contrário. Nós tivemos picos de valorização do salário mínimo importantes no governo do PSDB, apesar de todas as dificuldades que nós vivíamos naquele momento, ainda com um processo inflacionário extremamente grave.

 No momento em que assume a presidência da República, nós começamos a crescer em média, nesses últimos três anos, 2.5% a menos do que cresce a América Latina. Faço aqui até justiça. No período do presidente Lula, até porque havia ali uma circunstâncias econômicas muito favoráveis, do ponto de vista de mundo, de fluxos de recursos chegando ao Brasil, nós crescemos mais ou menos o que cresceu a média da América Latina. No governo do presidente Fernando Henrique, da mesma forma, com todas as dificuldades, nós crescemos o que cresceu a América Latina.

 Os piores resultados da economia brasileira, da nossa história republicana, acontece no período da atual presidente da República. Por isso esse pessimismo em relação ao governo que eu espero, a partir da nossa vitória, se transforme em um grande otimismo, em uma grande convergência de forças para nós recuperarmos o papel do Brasil no mundo, mas em especial para os próprios brasileiros.

“O tarifaço de Dilma já começou”, análise do ITV

apagao-ABr1-300x199O modelo criado por Dilma Rousseff para o setor elétrico está fazendo água. Ou melhor, está produzindo escuridão. O tarifaço, com alta acentuada nas contas de luz, não está despontando no horizonte; na verdade, ele já está acontecendo. A tentativa de baixar tarifas na marra fracassou.

O modelo em vigor vem sendo gestado desde que Dilma era ministra de Minas e Energia. Foi lapidado quando ela ocupou a chefia da Casa Civil e recebeu a cereja do bolo quando, já como presidente, em setembro de 2012, ela convocou rede nacional de rádio e TV para anunciar “a mais forte redução de tarifa elétrica já vista neste país”.

Desde então o que se viu foi a antessala do caos. O governo vem torrando bilhões de reais para compensar perdas de concessionárias, as empresas do setor simplesmente pararam de investir, a Eletrobrás está praticamente falida e as tarifas já começaram a voltar a níveis mais altos do que estavam quando a MP 579 foi editada.

Ontem, o governo anunciou novo empréstimo para as distribuidoras de energia. São mais R$ 6,6 bilhões, que se somam aos R$ 11,2 bilhões fechados em abril. Do valor da nova operação, bancos públicos bancarão 68%. Dos R$ 17,8 bilhões de socorro até agora, BNDES, Banco do Brasil e Caixa arcarão com 60%.

O segundo empréstimo chega apenas quatro meses após o primeiro, e depois de o governo ter reiteradamente afirmado que a operação de abril fora definitiva e suficiente para livrar as empresas do naufrágio. Nada que o governo petista diz ou faz resiste por muito tempo.

Além dos empréstimos, desde 2013 até dezembro próximo o Tesouro terá posto mais R$ 21 bilhões no setor para cobrir custos das concessionárias com a compra da energia mais cara das térmicas e no mercado à vista – R$ 816 por MWh, ante R$ 182 dois anos atrás.

Mas o custo dos desequilíbrios causados ao setor desde a edição da MP 579 são bem maiores. A PSR, mais respeitada consultoria do setor, já estimou que a fatura irá chegar a R$ 56 bilhões. Só para comparar, equivale ao dobro do que o Brasil gastou nos preparativos para a Copa.

A candidata-presidente nega que haverá tarifaço se ela for reeleita. Até que enfim tem razão: os reajustes-monstro já estão acontecendo. Nesta semana, a Aneel anunciou aumentos de até 35% nas tarifas de concessionárias. Na média, os aumentos estão em 25% neste ano. Vale recordar: em 2012, a redução média foi de 16%.

Dilma se considera uma especialista em energia. Também é apresentada como gerente das mais eficientes. Na realidade, a candidata-presidente é uma farsa de cabo a rabo: onde ela toca dá choque; aquilo que promete não faz; o que ela começa não termina. Já deu, né?

Aécio assume compromissos com os trabalhadores

Aécio Neves faz selfie com trabalhador durante visita na  fábrica Voith, no Jaraguá, em São Paulo
Aécio Neves faz selfie com trabalhador durante visita na fábrica Voith, no Jaraguá, em São Paulo

O candidato à Presidência da República pela Coligação Muda Brasil, Aécio Neves, assumiu nesta quinta-feira (7/8) uma agenda de compromissos em favor dos trabalhadores, com o objetivo de recuperar o poder de compra da população e melhorar as condições de vida.

Em visita à porta de uma fábrica nas primeiras horas da manhã, em São Paulo (SP), Aécio se comprometeu a garantir aumento real do salário mínimo durante seu governo e a corrigir a tabela do Imposto de Renda, para assegurar a isenção do tributo a uma faixa maior de assalariados. Neste ano, o candidato apresentou no Senado proposta que garante o reajuste da tabela do imposto de renda pela inflação, ao tomar como base o IPCA, mas a base do governo vem impedindo sua votação.

“Estamos aqui hoje assumindo compromissos com os trabalhadores brasileiros. Compromisso com o reajuste real do salário mínimo, com o reajuste da tabela do Imposto de Renda. Mas, acima de tudo, compromisso em estabelecer no Brasil um clima que permita a retomada dos investimentos. Sem investimentos, não há crescimento e não há emprego”, afirmou Aécio durante o evento em que foi recebido por líderes sindicais e trabalhadores da Voith, fabricante de máquinas.

Segundo ele, as ações serão acompanhadas de uma política de tolerância zero com a inflação. “Temos a credibilidade necessária para fazer com que o Brasil volte a crescer”, acrescentou.

Indústria

Aécio estava acompanhado do governador de São Paulo e candidato à reeleição Geraldo Alckmin e de José Serra, que concorre ao Senado, ambos pelo PSDB, além do presidente do Solidariedade, deputado federal Paulinho da Força, e do presidente nacional da Força Sindical, Miguel Torres.

Ao falar à multidão de trabalhadores reunidos na porta da fábrica na troca de turno, Aécio disse que o país vive sua maior crise de desindustrialização durante o atual governo. “Estamos hoje na porta da Voith para alertar o Brasil inteiro que esse governo perdeu a capacidade de sinalizar no caminho da retomada do crescimento. O governo não inspira confiança e, sem confiança, não há investimento”, afirmou.

Serra também criticou o processo de perdas que as indústrias vêm sofrendo por causa da política econômica. “A Voith, por exemplo, perdeu 40% de seus empregados nos últimos 10 anos em razão dessa crise”, afirmou o ex-governador. Atualmente a Voith tem quatro mil trabalhadores.

Os sindicalistas criticaram em discursos a política econômica do governo e suas consequências na indústria. Paulinho reclamou da falta de correção da tabela de Imposto de Renda, que penaliza os assalariados ao não atualizar a faixa de isenção do tributo. “A tabela do Imposto de Renda tem sido reajustada em 4,5%, enquanto a inflação estoura os 6%. É um absurdo”, disse o deputado.

Voltar a crescer

Ao chegar à porta da fábrica por volta das 6h30, Aécio foi saudado aos gritos de “presidente” e palavras de ordem pelos trabalhadores. Ele posou para fotos e conversou com os funcionários, entre eles o ajustador mecânico Aristóteles Soares dos Santos, de 64 anos. “Tem que mudar muita coisa nesse país. O Brasil precisa voltar a crescer, a criar mais empregos”, disse Aristóteles. Aécio lembrou que atualmente o Brasil vem crescendo menos do que os demais países da América Latina, inclusive aqueles com economia menor do que a brasileira.

“Na antessala do desemprego”, análise do ITV

industrial__leo_reynoldsO péssimo desempenho registrado atualmente pela indústria automobilística ilustra o tamanho da crise em que a economia brasileira está mergulhada. Também descortina no horizonte o fantasma das demissões. Podemos estar na antessala do aumento do desemprego.

Se a política econômica adotada pelo governo Dilma Rousseff prestasse, as montadoras deveriam ser o último setor a enfrentar problemas. Foram o segmento mais contemplado com medidas de desoneração tributária nos últimos anos. Vê-se que as iniciativas de Brasília não passaram de remendos.

Desde 2006 as fábricas de automóveis não produziam tão pouco num mês de julho. No ano, a queda acumulada supera 17%. No mesmo período, as exportações caíram 35% e as vendas, quase 9%, só devendo começar a se recuperar no fim de 2015, segundo O Globo. Se isso não é crise, o que mais poder ser?

O setor automotivo fornece uma amostra das dificuldades da indústria brasileira como um todo. A queda na produção de veículos é responsável por 75% de toda a retração industrial no acumulado deste ano até junho, registra a Folha de S.Paulo.

O lado mais perverso da moeda é o desemprego. Só as montadoras cortaram 7 mil vagas neste ano, o que equivale a 4,2% do total. Apenas em junho, a indústria como um todo fechou 28 mil postos.

Além de milhares de vagas fechadas, a indústria tem recorrido à suspensão temporária de contratos de trabalho. Os chamados layoffs, que podem perdurar até cinco meses, têm se tornado cada vez mais comuns. O passo seguinte são as demissões.

Entre janeiro e julho deste ano, 12 mil trabalhadores entraram em regime de layoff, segundo O Globo. Neste particular, a situação só não é pior que a vivida em 2009, quando o país amargava a pior fase da crise global detonada no ano anterior.

O governo, porém, insiste que não há nada de errado com a economia, com a indústria em particular, nem com suas políticas erráticas. Para o petismo, a crise é externa, jamais causada por razões internas.

O problema não é apenas o diagnóstico errado. O governo nega que sejam necessárias correções de rumo na condução de sua política econômica, como fez Dilma ao participar de sabatina na CNI na semana passada. Sem admitir erros, não há como corrigi-los.

As dificuldades que vão se alastrando expõem os limites dos pacotes de estímulos fabricados aos borbotões em Brasília nos últimos anos. Foram gambiarras, paliativos, algo que, define bem o dicionário Houaiss, serve apenas para “atenuar um mal e protelar uma crise”. Pelo jeito, o efeito passou e a dor agora pode vir mais forte.

Conta de luz dos capixabas vai ficar 22,74% mais cara

conta-de-luz-para-as-residencias-pode-cair-10-em-vez-de-16-21354706721A partir desta quinta-feira, dia 7 de agosto, os brasileiros vão gastar mais com a conta de energia elétrica. Para os 1,4 milhão de consumidores do Espírito Santo atendidos pela Excelsa, o aumento será de 24,7% para os consumidores residenciais e e 21,9% para os grandes consumidores, como indústrias.

Segundo especialistas, o alto custo da eletricidade no ameaça tornar-se mais um freio para a economia. Em alguns estados, o custo de energia elétrica subirá 36,4% para algumas distribuidoras a partir deste mês.

Luiz Paulo: "Mais uma vez, a população é quem sofre as consequência desse desgoverno do PT"
Luiz Paulo: “Mais uma vez, a população é quem sofre as consequência desse desgoverno do PT”

Na avaliação do ex-prefeito de Vitória Luiz Paulo Vellozo Lucas, o setor de energia foi um dos alvos da desorganização política do governo do PT.

“A medida provisória de 11 de setembro de 2012 anunciou que ia reduzir o valor da tarifa. O governo gastou fortuna em publicidade para divulgar essa medida, que na verdade é absurda. A oposição alertou muito sobre isso na época, e fomos chamados de pessimistas. Não teve nem preço baixo e nem mais disponibilidade de energia e agora a população, mais uma vez, a população é quem sofre as consequência desse desgoverno do PT”, afirmou Luiz Paulo, que é pós-graduado em Desenvolvimento Econômico e  em Economia Industrial.

 

 

“Central de Alopragens”, análise do ITV

coPode ser mera coincidência. Mas é só o período eleitoral chegar para que o PT multiplique as barbaridades que é capaz de cometer para agarrar-se ao poder. De novo, gente graúda da equipe de governo está envolvida. De novo, o Palácio do Planalto está sendo usado como central de alopragens.

Até hoje sabia-se que quadros da Petrobras, alguns assessores de lideranças petistas no Congresso e um auxiliar do ministro das Relações Institucionais estiveram envolvidos na farsa montada para forjar depoimentos de mentirinha na CPI instalada no Senado para apurar as suspeitas de maus negócios feitos pela estatal quando Dilma Rousseff presidia seu conselho de administração.

Mas a coisa é mais feia do que parecia à primeira vista. Publica a Folha de S.Paulo em sua edição de hoje que partiram de dentro do Planalto iniciativas para controlar o andamento da comissão no Congresso.

Mais precisamente “o secretário-executivo do ministério [de Relações Institucionais], Luiz Azevedo, ajudou a elaborar o plano de trabalho apresentado pela comissão em maio, que incluía um roteiro para a investigação e sugestões de perguntas”.

Poderia ser surpreendente. Deveria ser de corar de vergonha. Mas, em se tratando do PT, não é. Trata-se apenas de mais uma história em que a estrutura oficial, mais especificamente órgãos abrigados no coração do poder em Brasília, é usada para perpetrar farsas, sempre na tentativa de prejudicar adversários e de corromper instituições da República.

Nas eleições de 2010, foi no mesmo Palácio do Planalto que Erenice Guerra, a substituta de Dilma na Casa Civil, colocou a turma dela para forjar dossiês que visavam atingir o presidente Fernando Henrique Cardoso. Flagrada, perdeu o cargo, mas não parou de circular pelos corredores de Brasília desfilando influência e facilidades.

Em 2006, aloprados comandados por Ricardo Berzoini, o mesmo que hoje chefia as Relações Institucionais de Dilma, tentaram atingir José Serra e Geraldo Alckmin, que então disputavam o governo de São Paulo e a presidência da República, respectivamente. Como se pode ver, a expertise do ministro petista continua à disposição da companheirada para o que der e vier…

Tem gente no PT que acha que as revelações sobre o vale-tudo do partido e seus estratagemas para evitar a elucidação de tenebrosas transações são tudo “bobajada”. Não são.

Novamente, está-se diante de uma escolha: de um lado, quem luta para preservar as instituições, o interesse do país; de outro, quem tudo teme, provavelmente porque muito deve. Este tempo de aloprações tem que acabar.

Guerino: “Um governo enxuto dá prioridade ao que é melhor para o povo”

 

Guerino é vice-presidente do PSDB-ES e candidato a deputado federal
Guerino é vice-presidente do PSDB-ES e candidato a deputado federal

Assim como o candidato à Presidência da República pelo PSDB, Aécio Neves, que defende a redução do número de ministérios, o ex-prefeito de Colatina e vice-presidente do PSDB-ES, Guerino Balestrassi, destaca a importância de um governo com foco na meritocracia e na qualidade dos serviços prestados à população.

“Um governo enxuto dá prioridade ao que é melhor para o povo e cria um ambiente onde existe quem governa e quem fiscaliza. O inchaço da máquina pública elimina o foco de resistência e leva à cooptação”, analisou Guerino, que é candidato a deputado federal.

O ex-prefeito de Colatina destacou, ainda, que a qualidade administrativa de uma gestão leva à qualidade política. “O ponto mais importante da qualidade da gestão é quando se alcança a qualidade admistrativa. Sou plenamente favorável à ideia de Aécio Neves. O grande inchaço da máquina faz com que o governo não tenha qualidade política”, concluiu o tucano.

Durante a inauguração do comitê de campanha da deputada federal Mara Gabrilli (PSDB-SP), Aécio ressaltou que sua administração terá como foco a meritocracia.

“Tenho certeza que um governo bem qualificado, composto pela meritocracia, mais enxuto, que entregue serviços [de qualidade] às pessoas, conquistará no Congresso Nacional o apoio necessário para as reformas que vamos fazer”, afirmou.