PSDB – ES

Tiago Oliveira

Evento tucano vai discutir segurança pública na próxima sexta-feira, dia 21

Ex-secretário de Segurança Pública de São Paulo, Antônio Ferreira Pinto  fará palestra no evento do PSDB-ES
Ex-secretário de Segurança Pública de São Paulo, Antônio Ferreira Pinto fará palestra no evento do PSDB-ES

Dando início a uma série de encontros temáticos para discutir assuntos de interesse da população junto com militantes tucanos e a sociedade em geral, o PSDB-ES realiza na próxima sexta-feira, dia 21, um evento sobre segurança pública. Será às 16 horas, no Auditório 1, da Assembleia Legislativa do Espírito Santo, em Vitória.

O encontro contará com a palestra “Segurança, direito de todos. Dever do Estado”, que será ministrada pelo ex-secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo Antônio Ferreira Pinto, do PSDB-SP.

Aberto ao público, o evento será coordenado pelo presidente do PSDB-ES, deputado César Colnago, e contará com as presenças do ex-prefeito de Colatina e vice-presidente da legenda, Guerino Balestrassi, o ex-prefeito de Vitória Luiz Paulo Vellozo Lucas, o ex-prefeito de Vila Velha Max Filho, dentre outras lideranças.

“Na primeira reunião da Executiva Estadual deste ano, decidimos que faríamos encontros temáticos para discutir temas importantes como segurança, saúde, educação, saneamento, emprego e renda e mobilidade. São Paulo, um dos estados governados pelo PSDB, conseguiu diminuir índices de violência através de uma ação efetiva da PM junto com outras instituições e o Ferreira Pinto foi um dos grandes responsáveis por isso e na sexta-feira ele virá a Vitória falar um pouco dessa experiência”, afirmou César Colnago.

Foi na gestão de Antônio Ferreira Pinto que a capital paulista atingiu seu índice histórico mais baixo de homicídio por 100 habitantes: 8,95, bem abaixo dos 12 por 100 mil que a ONU considera o índice satisfatório para as grandes cidades.

“Apesar dos esforços, o Espírito Santo ainda sofre com o problema da violência. O encontro de sexta-feira será aberto e todos estão convidados”, concluiu Colnago.

“Democracia”, por Aécio Neves

aeccioA morte estúpida do cinegrafista Santiago Andrade, vítima de um ato inconsequente em pleno exercício de seu trabalho, deve inspirar uma profunda reflexão em todos nós, especialmente em quem tem responsabilidade com as decisões que definem os rumos do país.

A verdade é que o Brasil mudou. O país de hoje, com mais de 160 milhões de pessoas vivendo nas cidades, é um imenso território de contradições e desafios, onde antigas mazelas permanecem intocadas e insanáveis.

Fruto de políticas sociais implementadas há pelo menos duas décadas, milhões de brasileiros tiveram inegável melhoria em suas condições de vida. No entanto, a ascensão social alcançada ainda mantém inalterada uma estrutura secular de desigualdade.

A cada dia, desde o último ano, fica claro que uma crescente intolerância vem se instalando entre nós. De um lado, a intolerância com o outro –são exemplos disso as inaceitáveis perseguições às minorias sociais e as ações dos grupos de justiçamento. Na outra ponta, a intolerância no discurso virulento contra as instituições democráticas do país, presente com assiduidade espantosa nas redes sociais, muitas vezes em espaços sob o patrocínio direto de verbas públicas federais.

A hostilidade parece insuflada por um sectarismo que identifica inimigos onde deveria enxergar apenas a diferença e mina o equilíbrio democrático, que pressupõe, fundamentalmente, o respeito ao direito e às ideias do outro.

Devemos dizer “não” a este estado de coisas. A legitimidade das manifestações populares deve ser respeitada, mas é fundamental que seja garantida a integridade física das pessoas e do patrimônio público. Assim, precisa ser investigada com rigor a denúncia de que partidos políticos estariam financiando atos de violência que colocam em risco a segurança da população.

Limite não é sinônimo de autoritarismo. Muitas vezes significa compromisso com a sociedade democrática.

Democracia implica instituições sólidas, estáveis; Legislativo e Executivo eleitos de forma direta e no pleno exercício das suas responsabilidades; Judiciário independente; imprensa livre e partidos políticos representativos de ideias e princípios de grupos sociais. Essas são conquistas das quais não podemos abdicar.

Ouso dizer que, nos 30 anos das Diretas-Já e nos quase 50 anos do golpe militar, mais do que nunca, precisamos estar vigilantes e mobilizados em defesa do Estado de direito. Em defesa do respeito às leis e às instituições.

Só os valores democráticos são capazes de apontar o caminho a uma sociedade em crise de confiança, frustrada em seus sonhos e insegura com o seu futuro. E, principalmente, indignada com a realidade que vivencia.

*Aécio Neves é presidente nacional do PSDB, senador por Minas Gerais, foi governador também por MG e deputado federal

“O Brasil vai ficando para trás”, análise do ITV

ITVA economia brasileira encontra-se em estado de quase letargia. E isso não é de agora. Já há algum tempo temos crescido menos que países com características similares à nossa. É como se, numa corrida de longa distância, estejamos ficando cada vez mais para trás.

 Na sexta-feira, saiu a primeira prévia do comportamento da economia brasileira em 2013. Segundo o IBC-Br, calculado pelo Banco Central, o PIB do país caiu 0,17% entre outubro e dezembro, depois de já ter recuado 0,21% entre julho e setembro. No ano, houve expansão de 2,52%.

 Tecnicamente, pelos números do BC, o país terá atravessado uma recessão no segundo semestre de 2013, com dois trimestres seguidos de PIB negativo. Mas a maior parte dos analistas é cautelosa em chancelar esta avaliação, uma vez que o IBC-Br costuma destoar dos números oficiais do IBGE, que só serão conhecidos no próximo dia 27.

 De todo modo, é voz corrente que setores importantes da economia vão muito mal, em especial a indústria. Os números finais do segmento em 2013 já foram conhecidos, com alta de apenas 1,2% no ano, insuficiente para compensar sequer metade da queda registrada em 2012 (2,5%). O parque industrial brasileiro segue, portanto, enferrujando.

 O comércio também perdeu vigor. Também na semana passada, o IBGE informou que o setor cresceu 4,3% em 2013. Parece bom? Não foi. Trata-se do pior desempenho em dez anos. Na comparação com 2012, o ritmo de alta da atividade comercial – que funcionou como motor importante da economia nos últimos anos – caiu praticamente à metade.

Se o fim de 2013 não foi nem um pouco alvissareiro, as perspectivas para os meses vindouros têm se mostrado menos ainda. Alguns fatores – internos e externos – colaboram para isso. Aqui, temos a seca e a onda de calor, que afetaram a produção agrícola, encareceram a energia e levaram fábricas a parar de produzir para lucrar com a venda de eletricidade.

 Lá fora, há a debacle da Argentina, país para onde se dirige 8% das nossas exportações. Há quem estime que as vendas brasileiras para o vizinho cairão cerca de 20% neste ano em função das dificuldades econômicas crescentes do lado de lá da fronteira, afetando ainda mais nossa já combalida balança comercial.

 Além disso, há o desfecho imprevisível do enxugamento monetário americano, que tende a detonar uma fuga de capitais dos mercados emergentes – um dos quais, o Brasil, foi classificado pelo Fed, o banco central dos EUA, como o segundo mais frágil do mundo. Tem ainda as dúvidas sobre o ritmo de expansão chinês.

Tudo considerado, as previsões para o crescimento da economia brasileira vão murchando a cada dia. Depois da divulgação do IBC-Br, dos resultados finais da indústria e do comércio em 2013 e das estimativas sobre os efeitos do calor na economia, a maior parte dos prognósticos aponta para uma alta de apenas 1,5% em 2014. Há quem fale em expansão de apenas 1%, segundo a edição de hoje d’O Globo.

Se isso a maior parte dos prognósticos se confirmar, e considerando que o PIB tenha tido alta de 2,5% no ano passado, Dilma Rousseff terá produzido crescimento médio abaixo de 2% ao longo de seu mandato. Entre todos os presidente da República, apenas Floriano Peixoto e Fernando Collor de Mello conseguiram algo tão ruim – e ambos em condições particularmente bem mais desfavoráveis.

Mas o Brasil não vai mal apenas em comparação consigo mesmo. Vai pior ainda quando cotejado a economias com características similares à nossa. Estamos sempre na rabeira dos rankings, perdendo até para países cujos mercados são bem menos expressivos que o brasileiro. Assim tem sido desde o início da gestão Dilma.

Em 2011, em toda a América Latina, o Brasil só cresceu mais que El Salvador. Em 2012, superou apenas o Paraguai. Em 2013, só se saiu melhor que El Salvador, México e Venezuela, conforme estimativas da Cepal. Em 2014, a previsão – também da Cepal – é de que o Brasil só cresça mais que a Venezuela.

Resta claro que a presidente Dilma Rousseff não merece críticas apenas pelos resultados recentes produzidos pela nefasta condução que ela e sua equipe fazem da nossa economia. Em todo o seu mandato, o desempenho é sofrível. Visto desta maneira, o conjunto da obra é digno de imediata reprovação, antes que continuemos a cair e passemos a ser os lanternas do crescimento no continente.

Encontro de tucanos em Vitória

Lideranças, militantes e pré-candidatos se reuniram no evento do PSDB-ES
Lideranças, militantes e pré-candidatos se reuniram no evento do PSDB-ES

Um dos maiores gênios do século 20, seu humanismo e muitos dos seus ensinamentos foram destaques da apresentação “Einstein”, na noite da última quinta-feira, dia 13, durante um encontro de formação política do PSDB-ES, em Vitória.

O evento reuniu um total de 29 pré-candidatos, além de militantes e recém-filiados tucanos. Interpretada pelo ator e produtor teatral Carlos Palma, a obra é um monólogo inspirado em fatos reais e situações prováveis, dentro da personalidade de Einstein.

Na apresentação, o cientista destaca a importância da imaginação e de sermos questionadores, seguindo o exemplo das crianças.  “Com simplicidade , bom humor e inteligência, Einstein transmite muitos ensinamentos, que inclusive podem inspirar a maneira de fazer política. E nós queremos fazer o novo. Sempre gostei de desafios e o projeto do PSDB me motiva muito”, afirmou Guerino Balestrassi.

O presidente do PSDB-ES, deputado federal César Colnago, comparou teorias de Einstein às eleições deste ano. “Segundo ele, nada é parado, nem a matéria. E as eleições deste ano também serão bem diferentes de quatro anos atrás. Vivemos num processo de muito desgaste, mas temos condições de fazer uma grande disputa. A mudança desse cenário nacional é fundamental para o Brasil e, além de idéias e bons projetos, é preciso ter clareza e coragem para enfrentar os desafios. Atitude, postura e bons exemplos serão muito mais observados pela sociedade”, analisou.

O ex-prefeito de Vitória Luiz Paulo Vellozo Lucas disse que a apresentação do monólogo serviu de motivação. “Esse encontro superou as minhas melhores expectativas. Logo no início, ele explora a ideia de que a verdade é a soma de todos os pontos de vista. A política também deve ser motivada pela soma dos pontos de vista, pensando no coletivo, no qual ninguém é dono da verdade absoluta”, concluiu o tucano.

Ao final da apresentação do monólogo, todos os 29 pré-candidatos puderam expor suas ideias e falar dos conceitos do cientista que podem ser colocados em prática na política. “Vamos precisar de muita sabedoria, inteligência e criatividade para vencer a descrença das pessoas. Por isso gostei muito desse encontro, pois propõe menos discurso e mais mudança”, afirmou o pré-candidato Anselmo Tosi.

Aécio defende apuração sobre envolvimento de partidos políticos em protestos

santiagoO presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, defendeu que ocorra uma investigação detalhada sobre a suposta ação de aliciadores envolvendo partidos políticos nos protestos de rua. Aécio ressaltou que os partidos políticos existem para preservar a democracia e não podem ser uma ameaça a ela. Segundo o parlamentar, é preciso apurar a origem dos recursos que financiam as manifestações e condenou a violência.

O senador usou o perfil no Facebook para enviar a mensagem. “Partidos políticos deveriam existir para preservar a democracia e não para ameaçá-la”, destacou ele.

Em seguida, Aécio acrescentou que: “É preciso que seja investigada a grave denúncia de que partidos estariam financiando a violência contra cidadãos, instituições e o patrimônio público. Se é verdade, qual seria o objetivo? Qual é a origem dos recursos que financiam essas ações?”.

Suspeitas

No começo da semana vieram à baila suspeitas sobre o que estaria por trás dos protestos violentos, inclusive o que provocou a morte do cinegrafista Santiago Andrade, de 49 anos, no Rio de Janeiro. O advogado Jonas Tadeu Nunes, responsável pela defesa do manifestante Caio Silva de Souza, preso pela morte de cinegrafista, disse que aliciadores pagavam pelos atos dos jovens nos protestos.

O advogado Jonas Nunes afirmou que os ativistas recebiam em torno de R$150 para participar dos protestos e promover atos de violência e “terrorismo social”. Segundo ele, os jovens são aliciados por integrantes de partidos políticos e movimentos sociais, que pagam a quantia para fomentar a participação nas manifestações.

Prisão

Caio foi preso na madrugada da quarta-feira (12), em Feira de Santana (BA), e confessou ter acendido o rojão que matou Santiago. Segundo ele, “alguns manifestantes são convocados, outros não” e que não sabia quem estava por trás dos aliciamentos. “A polícia tem de investigar”, afirmou.

Em reportagem publicada nesta quarta-feira (13), na Folha de S. Paulo, o advogado informou que Caio e o também manifestante Fábio Raposo receberam o valor máximo para participar do protesto da última quinta-feira (13), no centro do Rio.

“O novo olhar do sol nascente”, por Solange Jurema

solange-jurema-foto-george-gianni-300x199O mundo se surpreendeu com a inusitada decisão do primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, de abrir mais 250 mil vagas em creches para que as mulheres do país do sol nascente possam matricular seus filhos e consigam manter uma vida profissional. A medida faz parte do programa japonês de reativação da economia. O objetivo dele é claro: criar condições básicas para que a mulher japonesa possa ingressar no mercado de trabalho.

Uma medida que, envolta em outras de cunho “econômico”, ganharam importância maior porque revelou a capacidade do governante japonês de enxergar com “outros olhos” a importância e o papel da mulher na sociedade e na economia de um país.

Mais do que isso, mostrou sua sensibilidade em ousar a adotar um nova ótica de governo em relação a mulher. O plano de gestão de Shinzo Abe determina a extensão do direito a creches para todas as mulheres – mães solteiras, as que trabalham apenas meio período, as que  procuram emprego e as universitárias. É uma quebra dos tabus locais.

Para estimular ainda mais a presença feminina nas empresas nipônicas, Abe a partir desta medida quer estimular as empresas a definir como meta a inclusão de pelo menos uma mulher na lista de integrantes da direção executiva da companhia. Também está no programa a ampliação da licença maternidade de um para três anos. Mas essa última proposta esbarra em resistências das empresas.

Essas ações governamentais pretendem fazer com a mulher japonesa seja inserida no mercado de trabalho de maneira mais rápida e eficiente. Atualmente  menos da metade delas participa do mercado de trabalho, enquanto 83% dos homens fazem parte da força de trabalho.

Abe define esses gestos como uma imperiosa necessidade econômica e uma otimização da extraordinária capacidade intelectual japonesa que está sendo desperdiçada por conta de preconceitos seculares –  nos cálculos oficiais, a incorporação desse segmento pode fazer com que o Produto Interno Bruto (PIB) do Japão cresça de 9% a 15% a mais.

No Brasil, as mulheres ainda convivem com a ausência de políticas públicas que lhes proteja no mercado de trabalho ou mesmo que lhes crie condições de acessá-lo com tranquilidade, disponibilizando creches em quantidade e de qualidade.

Aqui, cerca de 10 milhões de crianças de zero a três anos estão fora das creches, sem abrigo e sem carinho, bem ao contrário que apregoa o governo em seu programa “Brasil Carinhoso”.

O governo precisaria construir cerca de 12 mil novas creches, tarefa inalcançável para uma gestão que em quatro anos não construiu mil unidades, apesar da promessa de campanha eleitoral de 6,5 mil novas creches no período 2010/2014.

Se existissem, de fato, políticas públicas que favorecessem a mulher brasileira a participar em melhores condições no mercado de trabalho, o resultado econômico também se faria presente.

Assim como no Japão, a estimativa é que o incremento de sua participação no PIB seria de 9% se elas tivessem o mesmo nível de emprego dos homens – o hiato é de 23 pontos percentuais, ainda muito alto.

O que falta aqui para abrirmos nossos olhos é o discernimento, a ousadia e a visão de longo prazo para se perceber, com clareza, o que Abe já identificou: a mulher é o pilar mais importante e estratégico no pleno desenvolvimento político, econômico e social de uma Nação.

*Solange Jurema é presidente nacional do PSDB-Mulher