Brasília (DF) – O Ranking de Competitividade Global 2015, divulgado na quarta-feira (28) pelo International Institute For Management Development (IMD), trouxe mais uma péssima notícia para o Brasil. Segundo o estudo, pelo quinto ano consecutivo, o país perdeu posições e passou da 54ª para a 56ª classificação em um grupo de 61 países. Esta foi pior colocação desde que a pesquisa foi lançada, em 1989. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo desta quinta-feira (28).
O estudo, que no Brasil é realizado em parceria com a Fundação Dom Cabral, analisa a capacidade dos países de criar e sustentar um ambiente sustentável para a competitividade das empresas.
De acordo com a reportagem, o mau desempenho da economia, o descontrole das contas públicas e os escândalos de corrupção pressionaram o resultado. O país ficou à frente apenas de Mongólia, Croácia, Argentina, Ucrânia e Venezuela. Desde 2010, o Brasil já perdeu nada menos do que 18 posições.
A lista é liderada por Estados Unidos, Hong Kong, Cingapura, Suíça e Canadá. Entre os países latino-americanos, o Chile, no 35º lugar, é o mais bem colocado, à frente do México, que ficou em 39º.
O professor da escola de negócios suíça IMD, Carlos Primo Braga, analisou a classificação brasileira. “Abaixo (no ranking), estão países com uma situação muito mais dramática que a do Brasil. Comparar o Brasil com a Ucrânia é brincadeira”, afirmou.
Ambiente político
O Brasil atingiu uma posição ainda mais alarmante no quesito impacto do ambiente político, institucional e regulatório – tradicionalmente o ponto mais crítico para a competitividade do Brasil. Neste ano, ficou em penúltimo lugar, atrás apenas da Argentina. Desde 2011, o país está entre as cinco piores nações nesta categoria, caracterizada na pesquisa como “Eficiência Política”.
Segundo o coordenador do Núcleo de Inovação e Empreendedorismo da Fundação Dom Cabral, Carlos Arruda, o país não conseguiu implementar as reformas necessárias. “O Brasil tem hoje um sistema regulatório muito complexo e um marco trabalhista de pouca flexibilidade, o que faz do país um dos piores lugares do mundo para se fazer negócio”, concluiu.
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