PSDB – ES

“Brasil: governo falido, país à deriva” por Luiz Paulo Vellozo Lucas

Luiz-Paulo-Foto-George-Gianni-PSDB-2A cada notícia que aparece, a cada dia que passa, a cada indicador divulgado, uma verdade se estabelece inexoravelmente: o governo Dilma acabou. Como diz a canção “finito la musica, passato la fiesta”.

Os cidadãos além de, e principalmente, sofrerem com os efeitos da crise, percebem como não existe, por parte do governo, nenhuma estratégia para vencer a crise. Tudo é feito “no susto”. Aparece um problema e, então, o governo lança uma iniciativa qualquer, apenas para mostrar ativismo. Não há prevenção nem planejamento.

Apenas para constatar a observação acima, plena de elementos que a comprovam, podemos citar o caso da redução do superávit primário que caiu de um prometido R$ 66,3 bilhões para irrisórios R$ 8,7 bilhões, com o próprio governo admitindo que, caso não sejam aprovadas no Congresso Nacional algumas medidas de ajuste o superávit pode virar déficit.

Governo Falido

O governo vende o discurso fácil e óbvio de que o reconhecimento de que o superávit proposto não iria ser atingido e, por isso, a necessidade de ajuste dos números, como se fosse uma atitude transparente e responsável. Quer transformar, depois de nos enganar com pedaladas fiscais e outras manobras da Nova Matriz Econômica, obrigação em virtude.

O caso é simples: esse governo não tem competência e capacidade para mais nada. Não consegue, sequer, organizar as suas próprias finanças. Finanças que, diga-se de passagem, foi o próprio governo Dilma que desorganizou.

Um governo que não tem apoio no Congresso Nacional, não tem apoio na sociedade.

A última pesquisa CNT/MDA, divulgada no último dia 21 de julho, demonstra isso. Nunca na antes na história teve uma aprovação tão baixa. Apenas 7,7% dos brasileiros consideram o governo Dilma bom ou ótimo. 70,9% o consideram ruim ou péssimo. Não por acaso o impeachment já tem o apoio de 62,8% dos entrevistados.

Assim, visto que não podemos vislumbrar nem o fim da crise, e muito menos o que pretende o governo, temos que nos preparar para dias ainda mais difíceis. A crise, diferente do que afirma o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, ainda não chegou ao seu pior momento.

Luiz Paulo Vellozo Lucas, ex-presidente nacional do Instituto Teotônio Vilela e presidente do BANDES

Ver mais