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Entrevista de Aécio Neves em Montes Claros (MG)

aecio_montesclaros3Assuntos: Nordeste Forte, propostas, campanha eleitoral

(Seguem trechos)

Sobre o Programa Nordeste Forte

Eu tenho dito que nós só vamos diminuir as enormes diferenças que existem entre as regiões do Brasil se tratarmos essas regiões de formas diferentes. Por isso, eu lancei o Programa Nordeste Forte que atende, claro essa região de Minas Gerais também, mas todo o Nordeste brasileiro com políticas específicas, com investimentos que vão levar, em primeiro lugar, à melhoria do Ideb nessas regiões, que é o índice de qualidade da educação que vai permitir que no prazo de dez anos, nós tenhamos o mesmo nível de educação, de escolaridade, de qualidade na região Nordeste com o restante do Brasil. Nós vamos diminuir, em dez anos, em 30% os homicídios dessa região com a política nacional de segurança, com investimentos em equipamentos, aumento de contingente e inteligência. Sempre em parceria com os Estados. Nós vamos transformar o semiárido, assim como já foi feito lá atrás no serrado, por exemplo, em outro momento da nossa história, numa região extremamente adaptada à produção, não apenas em determinada época do ano. Isso passa por investimentos. A Embrapa vai a ser a nossa grande parceira na busca de novas tecnologias, e os investimentos não ocorrerão apenas de forma emergencial às vésperas das eleições ou mesmo nos momentos mais agudos da seca. O que eu quero dizer é que nosso Por grama de Governo é o único que contempla o Nordeste brasileiro com programa de investimentos diferenciados. Ao longo do meu governo em Minas Gerais, nós gastamos cerca de três vezes mais per capita nessa região que inclui o norte de Minas, o Vale do Mucuri, do Jequitinhonha e São Mateus do que nas demais regiões do Estado. Portanto, teremos um programa de investimentos diferenciados, de sistema tributário que permita atração de empresas para essas regiões gerando empregos, facilitando o desenvolvimento das regiões que naturalmente tem maiores dificuldades para atração desses investimentos.

Sobre propostas

Olha, o que eu estou vendo aqui, o que eu vejo por onde eu ando é que nós temos a proposta mais consistente para o Brasil. O Brasil vai encerrar esse ciclo de governo do PT,  que fracassou. Fracassou na condução da economia, fracassou na gestão do Estado brasileiro e fracassou na valorização dos princípios éticos e morais que devem orientar a ação de qualquer governo. Por isso, acredito que perderá as eleições. E quem tem as melhores condições de vencer o PT, até porque nós temos uma proposta construída, coerente com o que nós fizemos ao longo da nossa vida, coerente com aquilo que nós pensamos, somos nós. Eu não tenho dúvida de que nós temos tudo para estar no segundo turno, até porque eu vejo muitas semelhanças hoje entre o discurso da candidata Marina, que respeito pessoalmente, do discurso da candidata Dilma há quatro anos. É porque conviveram muito tempo juntas no próprio PT. Quem tem um projeto para iniciar uma mudança consistente no Brasil, uma mudança de valores, uma mudança de visão de mundo na gestão pública tornando a mais eficiente, melhorando a qualidade da educação, descentralizando os recursos para Saúde, para a Segurança Pública somos nós. Nós somos a mudança verdadeira em relação a tudo isso que está ai. A minha candidatura não se adapta às circunstâncias do momento, não altera por convicções. Eu defendo hoje aquilo que eu pratiquei ao longo de toda a minha vida, e Minas é testemunha disso, é aquilo que farei no governo. Portanto, estou extremamente animado, otimista e aqui em Minas sempre ao lado de Pimenta da Veiga e ao lado de Antônio Anastásia venho buscar a energia necessária para continuar essa vitoriosa caminhada. A minha  candidatura não é um projeto de um partido político, é um projeto de um Brasil. Um Brasil consistente. Nós debatemos essa proposta ao longo dos últimos anos Brasil afora. Nós temos o melhor time. Nós temos uma seleção brasileira na economia, na Saúde, na Educação, na infraestrutura para colocar a serviço do Brasil. O que eu temo é que se nós não formos para o caminho correto, daqui a quatro anos poderemos estar vivendo a mesma frustração que hoje os brasileiros vivem, com os equívocos do atual governo. O governo federal, a Presidência da República, não é local para aprendizado. É preciso que lá esteja a experiência, aliada à competência e à coragem para fazer o que for necessário. E nós temos ambas estas características.

Sobre momento da campanha

Olha, houve uma mudança aguda no quadro eleitoral desde a troca das candidaturas em razão da morte do Eduardo, mas eu tenho a plena confiança de que no momento da eleição nós vamos estar adiante. Há quatro anos, eu respondia muito essa pergunta, de muitos de vocês, em relação à candidatura do governador Anastasia que aparecia bem atrás nas pesquisas. Pois bem. Na hora da decisão, o mineiro elegeu Anastasia em primeiro turno, como estou convencido que vai eleger Pimenta da Veiga. O mineiro é um ser um pouco diferente. Ele olha, ele escuta, ele analisa, ele espia e ele decide. Na hora de decidir, vai decidir pelo melhor e o melhor é Pimenta da Veiga, senador Anastasia, é a nossa candidatura. Todos vamos vencer em Minas Gerais

Sobre Marina Silva

Houve uma estabilização no quadro, depois de uma mudança muito rápida que permaneceu por umas três semanas, que alterou de uma forma profunda as intenções de votos. Houve uma estabilização. E agora é preciso que as pessoas conheçam e conheçam em profundidade quem são os candidatos, aquilo que propõem pro Brasil e aquilo que praticaram ao longo da sua vida. E eu repito: o governo do PT fracassou. Por isso eu acredito que vai perder as eleições. Entre as duas candidaturas que se colocam, a nossa é coerente com a nossa história. E é preciso que a candidata Marina – e veja bem, eu não faço a ela qualquer acusação pessoal, acho absolutamente inaceitável esse tipo de acusação que ela recebe da presidente Dilma, eu não entro nesse campo, entro no campo político – é preciso que nós saibamos, por exemplo, se a Marina candidata é a Marina que agora abraça o agronegócio ou aquela que propunha a proibição, por exemplo, do cultivo de transgênicos através de um projeto de lei? É a Marina que hoje defende a política econômica do governo do PSDB, inclusive indo além do que nós imaginávamos, ou imaginamos adequado como a autonomia do Banco Central, ou a Marina que, no PT lá atrás, combateu o Plano Real e votou contra a Lei de Responsabilidade Fiscal. É a Marina que no seu programa propõe aquilo que já executamos em Minas, como a remuneração variável dos salários a partir do alcance de metas, como propõe na área de Educação, ou a Marina que no PT se calou quando nós fomos vítimas aqui de uma oposição absolutamente irracional do seu PT, para estabelecer essas metas que nos levaram a ter a melhor Educação Fundamental do Brasil, agora em todas as séries. Isso não é ataque, isso é apenas permitir ao eleitor que, no momento da decisão, saiba de forma muito clara o que ele está querendo para o Brasil.

A mudança que mais de 70% da população busca, ela não se dará no dia da eleição, ela não se dará apenas com voto de protesto, com negação de tudo que está aí. A mudança que nós queremos, e isso significa fazer o país voltar a crescer, melhorar os serviços públicos, dar mais esperança às pessoas, trazer os empregos de volta ao Brasil, se dará a partir do primeiro ano do próximo mandato. E nós é que temos as melhores condições de estabelecer um governo que resgate a capacidade dos investimentos virem para o Brasil, e como disse, de geração de empregos e diminuir os nossos indicadores sociais.

Sobre ataques pessoais

Nós estamos vendo ataques pessoais na televisão. Você tem visto as propagandas na televisão comparando a Marina a outros ex-presidentes da República. Eu não faço esse tipo de ataques pessoais. Eu não entro no vale-tudo para ganhar a eleição. Apenas é muito importante que a candidata Marina passe maior credibilidade em relação aquilo que pensa. Não é? Ela já teve a oportunidade de mudar as suas posições em temas muito caros aos brasileiros. Portanto, eu quero dizer aqui, mais uma vez: o que me move, o que alimenta a minha alma, o que me dá energia, coragem, para estar andando pelo Brasil como eu tenho andado diuturnamente é a minha convicção de que nós não podemos perder as oportunidades de dar ao Brasil um projeto consistente, com gente de qualidade para executar esse projeto. Nós temos isso. Esta aí a disposição do Brasil. O Brasil se tem uma seleção uma seleção brasileira à disposição, eu não acredito que vai querer ser governado por um segundo time.

Sobre propostas para a população ribeirinha

Nós temos no nosso programa de governo o compromisso claro com a revitalização do São Francisco. É fundamental até para que o processo de transposição se dê, ou seja, concluído de forma adequada. O nosso programa talvez seja o único que fala objetivamente em parcerias, inclusive com o governo do Estado, com o futuro governador Pimenta da Veiga para garantirmos a revitalização do Rio. Isso é essencial. E apoio permanente através da EMATER, em parceria com os municípios essas populações ribeirinhas. Eu serei o presidente da descentralização. O atual governo transformou o Brasil em um Estado unitário. Todas essas demandas, sejam elas cíclicas ou eventuais, ou mesmo as demandas permanentes dos municípios demoram muito a chegar a Brasília. O governo federal retirou dos municípios apenas como desonerações de alguns setores da economia, como automóveis, por exemplo, 11 bilhões de reais nos últimos quatro anos. É um dinheiro para atender a Saúde, a Segurança, a geração de emprego nesses municípios. Eu vou ser o presidente da República que vai governar pensando na federação e vou refundá-la, com mais recursos no município.

“O emprego naufraga”, análise do ITV

ITVO governo petista insiste em dizer que sua política econômica preserva o emprego. Infelizmente, contudo, os indicadores teimam em desmentir o discurso oficial. A piora é generalizada, mas na indústria a situação é bem mais grave.

Só uma gestão que “não tem a menor ideia” de nada, como diz Dilma Rousseff sobre os escândalos na Petrobras, não é capaz de enxergar a dureza da situação. Mês após mês, os resultados pioram, mas o governo teima em expiar a responsabilidade com culpados imaginários, como a chuva, a seca, a Copa, o mundo ou alguma rotatividade fora de hora.

Segundo o IBGE, os empregos na indústria caíram 3,6% em julho na comparação com o mesmo mês de 2013. É o pior resultado desde novembro de 2009. Segundo O Estado de S. Paulo, o mercado de trabalho industrial encontra-se agora no nível mais baixo desde abril de 2004. No ano, o emprego industrial cai 2,6%, pior desempenho em 13 anos, de acordo com o Iedi.

Em todas as 14 regiões pesquisadas, houve perda de empregos industriais em julho. Em São Paulo, a queda foi de 5,1%, a maior desde 20011, quando começa a série do IBGE com o indicador – vale lembrar que o estado responde por um terço do pessoal ocupado na indústria.

A má situação do emprego na indústria brasileira não vem de agora. A queda em julho é nada menos que a 34ª consecutiva, ou seja, são quase três anos seguidos ladeira abaixo. E o governo petista acha que não tem nada errado acontecendo na nossa economia…

Os rendimentos na indústria também estão cedendo: queda de 3,4% em julho na comparação com mesmo mês de 2013. É o segundo mês consecutivo que isso acontece. O ritmo de alta da renda na indústria já decaiu de 4,4% em 2012 para os atuais 0,6% acumulados desde janeiro último.

Os números do IBGE se somam aos do Caged, segundo os quais 74 mil empregos foram eliminados na indústria nos últimos três meses. Também se juntam ao expressivo exército que vem tendo seus contratos de trabalho temporariamente suspensos, no chamado regime de layoff. Já são 12 mil empregados nesta situação, maior contingente desde 2009.

Desde maio, a geração de trabalho no país foi a menor registrada para os respectivos meses desde o início deste século. A redução em comparação com o ano passado ronda os 70%. Se isso não é uma crise brava, o que mais pode ser?

O governo repete que o Brasil tem uma das menores taxas de desemprego do mundo. Não é verdade: se considerada a taxa da Pnad Contínua, países que estiveram no epicentro da crise de 2008/2009, como os EUA, já estão melhores que nós. Não adianta ficar dourando a pílula enquanto os melhores empregos vão ficando pelo caminho.

Anselmo Tozi lança candidatura em Vitória

Paulo Hartung marcou presença no evento
Paulo Hartung marcou presença no evento

Lideranças políticas, partidárias, amigos, colegas e militantes se reuniram na noite desta terça-feira (9/9) para prestigiar o lançamento da candidatura do tucano Anselmo Tozi, que disputa uma vaga para deputado estadual. O evento aconteceu em Vitória.

O candidato a governador do Estado Paulo Hartung esteve no lançamento para prestigiar a candidatura de Tozi, que foi secretário de Estado da Saúde na gestão de Paulo Hartung. O candidato a vice-governador, deputado federal César Colnago, e o ex-prefeito de Vitória Luiz Paulo Vellozo Lucas também marcaram presença no evento.

Anselmo Tozi foi elogiado  pela sua gestão frente à Secretaria de Estado de Saúde (Sesa), na gestão de Paulo Hartung e também pela coragem de disputar as eleições, mesmo enfrentado limitações de mobilidade após ser vítima de um atropelamento, em fevereiro deste ano.

“Foi um grande secretário que estruturou muito do que temos de melhor hoje no setor da Saúde. Sei da sua seriedade, honestidade e obsessão pelo trabalho. Se for eleito, sei dará um grande exemplo de homem público na Assembleia”, afirmou o presidente do PSDB e candidato a vice-governador, deputado federal César Colnago.

Candidato a governador do Estado, Paulo Hartung destacou a importância de viabilizar bons parlamentares na Assembleia Legislativa. “Um bom governo se faz bom um bom governador, boa equipe, gestão, planejamento, mas também de uma boa base, que vê a política como ferramenta transformadora . E torço pela eleição de Anselmo Tozi”, destacou Hartung.

 

“No descompromisso com a ética, o PT é imbatível”, diz Aécio Neves no Rio

aecio-entrevista-coletiva-produtora-sp-marcos-fernandes7O candidato da Coligação Muda Brasil à Presidência da República, Aécio Neves, afirmou, nesta quarta-feira (10/09), que o Partido dos Trabalhadores é imbatível quando se trata do descompromisso com a ética. Em sabatina realizada pelo jornal O Globo no Museu de Arte do Rio (MAR), na capital fluminense, Aécio criticou o governo petista por não ter tido a coragem necessária para realizar as reformas de que o país necessita nos campos político, previdenciário e tributário.

“Vamos fazer justiça ao PT. No descompromisso com a ética, eles são imbatíveis. Aquilo que eu mais cobro do presidente Lula, que acho que foi o maior desserviço que infelizmente foi prestado ao Brasil, foi que em um momento extraordinário da vida nacional, entre 2003 e 2008 até a crise internacional, ele tinha um tripé que é raríssimo de se construir na vida de um país: economia crescendo, com um fluxo enorme de recursos vindo para o Brasil, estabilidade absoluta no plano econômico e paz para o governante, uma base de apoio ilimitada no Congresso Nacional e uma popularidade pessoal estratosférica. Ele tinha ali as condições para termos avançado na reforma política, previdenciária e tributária”, avaliou.

Para Aécio, a sobrevivência do processo político brasileiro e da própria democracia depende do cumprimento dessas promessas. “Temos que fazer essas reformas, senão a desmoralização vai ser a cada dia maior e isso contamina a todos, não apenas aos maus políticos”.

‘Nova política’

Aécio cobrou ainda da candidata do PSB, Marina Silva, esclarecimentos acerca da “nova política” defendida por ela. Ele lembrou que apesar de cobrar da atual presidente da República, Dilma Rousseff, que “admita suas falhas para corrigir seus caminhos”, Marina não menciona os seus 24 anos de militância no PT.

“Da mesma forma que eu sou contundente ao dizer que o governo da presidente Dilma perdeu a capacidade de apresentar ao Brasil um novo projeto, de inspirar confiança e autoridade, a meu ver, política e moral para governar o Brasil por mais quatro anos, eu me acho no dever, mais do que no direito, de querer saber de forma muito clara em qual Marina estão votando”, destacou.

“Vejo a Marina falar muito dessa ‘nova política’. Não vejo a candidata, que cobra muito da presidente Dilma que admita os seus equívocos, pelo menos chamar a atenção para os seus 24 anos de militância no PT. Não foram 24 dias, 24 horas. Foram mais de 20 anos com mandatos consecutivos. Não que isso a desabone, mas é parte da história. Será que quando combatíamos o PT, já denunciávamos o mensalão, combatíamos o aparelhamento da máquina pública, e ambas as candidatas eram colegas de ministério, nós fazíamos a velha política? A boa política era aceitar silenciosamente tudo aquilo que estava acontecendo e que já indignava o Brasil?”, questionou.

Aécio salientou que a candidatura da Coligação Muda Brasil se destaca por ser a única com propostas concretas. “O Brasil não é brinquedo. Estou oferecendo ao Brasil um projeto, um time altamente qualificado, a minha experiência de administrador público. Isso é essencial em um quadro de dificuldades. O Brasil não é para iniciantes. O que nos espera, em consequência do conjunto da obra desse governo, é um quadro extremamente preocupante, do ponto de vista econômico e da maioria dos nossos indicadores sociais.”

Petrobras

Aécio exigiu ainda o aprofundamento das investigações acerca de denúncias de corrupção envolvendo a maior empresa pública brasileira, a Petrobras.

“Não é o Aécio, candidato à Presidência da República, que está dizendo, é a Polícia Federal que está dizendo: existe uma organização criminosa atuando no seio da Petrobras. Isso está acontecendo desde 2004. E quem diz isso não é um líder nosso de oposição, não são denúncias eleitoreiras. O principal diretor [Paulo Roberto da Costa], nomeado pelo governo, e que chegou a assumir a presidência da Petrobras, é que está dizendo que 3% do valor das obras eram pagos para uma base de sustentação do governo. Isso tem que ser investigado em profundidade, e têm que ser responsabilizados aqueles que participaram disso”, completou.

“Rumo à Segundona”, análise do ITV

segCom uma política à altura do futebolzinho que a seleção brasileira jogou na Copa do Mundo, o Brasil corre o risco de cair para a segunda divisão entre as economias do mundo. A avaliação que os credores internacionais fazem das nossas condições econômicas é cadente.

Ontem foi a vez de a Moody’s colocar a nota de crédito brasileira em perspectiva negativa. A agência segue o mesmo caminho já trilhado pela Standard & Poor’s, que em junho do ano passado reduziu a perspectiva dos títulos brasileiros e, nove meses depois, em março último, rebaixou-os.

Entre os motivos que a Moody’s cita para sua decisão estão: baixo crescimento da economia, baixo investimento e mau desempenho fiscal. Se alguém se surpreende ou não concorda com isso, provavelmente não conhece o que está acontecendo no Brasil.

Tomando-se apenas o que aconteceu nos últimos sete meses, o resultado primário do governo brasileiro saiu de superávit de R$ 10,4 bilhões em dezembro passado para um déficit de R$ 4,7 bilhões em julho. No mesmo período, a dívida bruta em proporção do PIB subiu de 56,7% para 59%, segundo o Valor Econômico.

Desde que Dilma assumiu o comando do país, a deterioração é ainda mais aguda. Entre 2006 e 2010, a relação dívida bruta/PIB havia caído três pontos: de 56,4% para 53,4%. Em menos de quatro anos, a atual presidente piorou o indicador em quase seis pontos do PIB.

Na alienação que passou a caracterizar a pasta nos anos recentes, o Ministério da Fazenda sustentou que os problemas que levaram à decisão da Moody’s “já estão sendo superados”. Novamente a culpa pela ruindade econômica do Brasil neste momento foi jogada nas costas do mundo, da Copa e da seca.

Só quem não conhece a fama do demitido Guido Mantega compra uma avaliação desta. A própria Moody’s é taxativa: o problema são “fraquezas domésticas” e não fatores globais, num momento em que boa parte das economias que passaram por crise já se recuperam.

Se ocorrer mesmo o rebaixamento, o que pode levar até 18 meses, o degrau seguinte é o nível especulativo. Como consequência, diminui a oferta de crédito para o país e o dinheiro dos empréstimos fica mais caro. A vida da economia, em suma, fica mais difícil.

Fato é que o governo Dilma simplesmente implodiu a responsabilidade fiscal nos moldes como foi estabelecida pela gestão tucana, como parte do tripé macroeconômico que também inclui o regime de metas para a inflação e o câmbio flutuante.

No lugar de uma política vitoriosa, atestada até pelos resultados alcançados nos anos iniciais do petismo com Lula, a atual candidata à reeleição colocou um monstrengo que só conseguiu produzir desaceleração econômica, inflação constantemente alta e um desânimo generalizado no ambiente econômico. Só Dilma para conseguir um feito assim.

Nota – Coligação Muda Brasil

A decisão da agência de classificação de risco Moody’s Investors Service de rebaixar a perspectiva do rating do Brasil para negativa confirma a infeliz deterioração do quadro econômico do nosso país. Mostra que as conquistas econômicas e sociais do Brasil estão em risco por decisões equivocadas da política econômica, com exagerada flexibilização fiscal, que abalaram de maneira significativa a confiança dos investidores. Para reverter esse quadro e devolver o Brasil a um caminho virtuoso, é preciso um governo comprometido com a adoção de uma política econômica transparente, com solidez fiscal e decisivo combate à inflação.

Coligação Muda Brasil

Aécio vai endurecer combate às drogas e à criminalidade

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O candidato à Presidência da República pela Coligação Muda Brasil, Aécio Neves, reforçou, nesta segunda-feira (08/09), em Belém (PA), o compromisso em tornar a Segurança Pública uma prioridade nacional. A disposição, segundo ele, é endurecer no combate ao tráfico de drogas para reduzir os índices de violência e mortes na região.

 

“O Brasil não é produtor de cocaína, não é produtor de maconha. E, nos países que são os principais produtores, vemos seus governos fazendo vista grossa para aquilo que lá acontece. No Brasil, vimos no ano passado, 56 mil assassinatos, sendo mais de 30 mil em razão do tráfico de drogas. Vamos estabelecer uma nova relação, onde as parcerias com esses países serão condicionadas a ações efetivas desses governos para coibir o cultivo das drogas no seu território”, afirmou.

No esforço para acabar com a sensação de impunidade, Aécio afirmou que vai promover a reforma do Código Penal. Ele acrescentou que pretende proibir o represamento dos recursos aprovados no Congresso Nacional para os Fundos de Segurança Pública. O candidato lembrou que, neste ano, somente 20% desses recursos foram liberados.

Aécio ressaltou que entre suas prioridades está o policiamento das fronteiras, com apoio da Polícia Federal e das Forças Armadas atuando em conjunto. Além disso, o governo federal será parceiro dos Estados. “[Será uma parceria em que] cada um saiba, efetivamente, com o que vai contar mensalmente, ou para ampliar o efetivo, investir em inteligência ou em equipamentos”.

Regionalização

Ao ser questionado sobre a necessidade de melhorar a qualidade de ensino no país, Aécio afirmou que quer levar a experiência positiva de Minas Gerais para o Brasil. O Estado foi avaliado em primeiro lugar em ensino fundamental no país, de acordo com o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).

“Vimos a falha de uma política, por exemplo, em relação ao ensino médio, onde existe um só currículo em todo o Brasil. Isso é uma visão do século passado para o século XXI. Temos que regionalizar os currículos, adaptá-los à realidade de cada região, para que eles sejam atrativos. Temos que refundar a escola brasileira”, ressaltou ele.

Segundo o candidato, um dos principais projetos do seu programa de governo é implementar ações que resgatem uma “parcela importante” dos jovens brasileiros que não completaram o ensino.

“Temos 20 milhões de brasileiros, entre 18 e 29 anos de idade, de jovens brasileiros, que não completaram o ensino fundamental ou o ensino médio. Vamos fazer aquilo que se faz hoje com estudantes que ganham a bolsa de estudo para um curso de pós-graduação. Vamos dar uma bolsa de um salário mínimo para todos os jovens que não completaram seja o ensino fundamental, o ensino médio, para que possam fazê-lo. O trabalho desse jovem será estudar. Porque só assim eles vão conseguir se qualificar um pouco mais”, afirmou ele.

 

Pacto federativo

Durante entrevista, o candidato afirmou que seu governo irá reduzir as desigualdades por meio de ações pontuais nas áreas de saúde, segurança pública, educação e infraestrutura. “O governo federal governa de costas para a região Norte e também, em grande parte, para a região Nordeste do Brasil”, afirmou.

“Em primeiro lugar, vamos resgatar a capacidade dos municípios e dos Estados enfrentarem as suas dificuldades. O Brasil vive um Estado unitário hoje, apenas o governo federal tudo tem e tudo pode. Um novo pacto federativo, com a agenda da Federação, que está em discussão no Congresso Nacional e não foi votado até hoje, porque a base do PT não permitiu, será votado com absoluta prioridade.”

 

Caminhada

Aécio foi recepcionado em Belém por motoboys que fizeram apelos e sugestões. Durante o encontro, ele ganhou de presente uma imagem de Nossa Senhora de Nazaré.

Em seguida, Aécio caminhou pela feira da Rua 25 de Setembro, onde, mais uma vez, parou para conversar, cumprimentar e posar para fotos com eleitores. O candidato experimentou o puro açaí. Depois, participou de um ato político com a presença de cerca de 2.000 pessoas, acompanhado do governador e candidato à reeleição, Simão Jatene, na sede do Pará Clube.

Aécio: Marina se faz de vítima

aecio_maraba_orlandobrito_2-300x200O candidato à Presidência da República pela Coligação Muda Brasil, Aécio Neves, afirmou, nesta segunda-feira (08/09), em Belém (PA), que a candidata do PSB, Marina Silva, tenta se vitimizar quando questionada sobre incoerências entre propostas de governo apresentadas nesta campanha e posições adotadas quando era integrante do PT. Aécio também reagiu à falta de esclarecimentos da presidente Dilma Rousseff sobre as denúncias de corrupção na Petrobras, envolvendo aliados políticos do governo, que Aécio classifica como “Mensalão 2”.

No caso de Marina Silva, Aécio ressaltou que , ao colocar “no mesmo saco as críticas ao PT e ao PSDB, comete um equívoco” e “foge do debate”. Para ele, a sociedade aguarda respostas da candidata do PSB sobre temas como o agronegócio e o cultivo de transgênicos.

“Quero saber qual é o compromisso da Marina com o agronegócio, se vale o de hoje ou vale o de 1999, quando ela apresentou um projeto proibindo o cultivo de transgênicos no país”, disse em entrevista coletiva, ao chegar a Belém. “O Brasil tem o direito de saber em qual candidata eventualmente vai votar. Esse é o jogo político e ela tem que estar preparada para dar essas explicações”, destacou Aécio.

Incoerências
O candidato da Coligação Muda Brasil também citou como exemplos de incoerência por parte de Marina Silva o voto, ainda como parlamentar do PT, contra a Lei de Responsabilidade Fiscal (em 2000) e a oposição dos petistas ao Plano Real (em 1994), que estabilizou a economia e pôs fim à hiperinflação, permitindo a distribuição de renda.

Aécio Neves lembrou a origem de Marina Silva no PT e a sua militância de 20 anos nesse partido. “Nós, do PSDB, queremos saber [quais são os compromissos de Marina Silva], até porque não temos semelhança alguma com o PT. Se alguém tem uma semelhança ou uma identidade com o PT é ela, pelos seus mais de 20 anos de militância no partido, não somos nós”, disse.

Aécio destacou a coerência entre as propostas de sua campanha e sua atuação como governador de Minas durante dois mandatos. Ele reafirmou a crítica às constantes mudanças de opinião por parte de Marina Silva.

“Quero saber com quem ela vai governar e de que forma pretende governar o país. Com que convicções? Porque quem muda de opinião a todo instante, em razão das circunstâncias ou de determinadas pressões, a meu ver, mostra uma fragilidade muito grande pra enfrentar um país com as complexidades, com as dificuldades que vamos enfrentar a partir do ano que vem”, ressaltou.

Ressalva
O candidato a presidente da República ressalvou a conduta de Eduardo Campos, morto em acidente de avião em 13 de agosto. De acordo com ele, Campos era seu amigo e um exemplo de “homem de bem”.

Questionado sobre a referência a seu nome entre os políticos beneficiários de esquema de corrupção na Petrobras, Aécio defendeu Campos. “Convivi com Eduardo durante 30 anos. Isso não combina com ele, que era um homem de bem. Agora, esse discurso da candidata Marina de que é vítima dos ataques do PT e do PSDB é um discurso muito defensivo.” Ele disse que “ninguém está imune a qualquer tipo de crítica”, afirmou.

Mensalão 2
Aécio voltou a cobrar da presidente e candidata à reeleição, Dilma Rousseff, explicações sobre as denúncias de corrupção na Petrobras. “A verdade é que o governo do PT enlameou a nossa principal empresa. E não adianta o governo dizer que não sabia. É preciso que as respostas sejam diretas, objetivas e que essas investigações possam ser aprofundadas. Quem tem responsabilidades tem que ser punido exemplarmente.”

Para ele, Dilma foi beneficiária do esquema do ponto de vista político. “Não acredito que a presidente da República tenha recebido recursos desse esquema. Mas, do ponto de vista político, ela foi beneficiária sim e tinha a obrigação de saber aquilo que acontece no seu entorno. Administrar é tomar decisão, coibir malfeitos, apresentar resultados positivos, tudo o que esse governo não vem fazendo.”

O candidato reafirmou que o governo do PT acabou e que o esquema de corrupção descrito pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa representa o “Mensalão 2”.

“É só uma questão de tempo. Estamos aí frente ao Mensalão 2. A principal empresa pública brasileira submetida a interesse de grupos. Para quê? Para manter o PT no poder.”

Aécio destacou que o objetivo de sua candidatura é começar uma nova fase no país. “[Queremos] encerrar esse ciclo perverso de governo do PT, que tão mal vem fazendo ao país, para iniciarmos um novo ciclo de seriedade e respeitabilidade na gestão do recurso público; um ciclo onde possamos colocar, ao mesmo tempo, a ética junto com a eficiência, com a competência”, afirmou.

“Dilma não sabe o que faz”, análise do ITV

dilma-petrobras-300x200Dilma Rousseff forneceu ontem uma das mais perfeitas traduções do que é seu (des)governo. Afirmou, em sabatina promovida por O Estado de S. Paulo, que “não tinha a menor ideia” sobre os escândalos que se desenrolam há anos na Petrobras e sangram os cofres públicos em bilhões de reais. Ninguém pode ignorar: gente tão inepta para governar não pode continuar onde está.

Há quase quatro anos, Dilma ocupa o principal posto de poder no Brasil. Chegou lá sem ter disputado uma única eleição anteriormente. Agora, tenta conquistar novo mandato para manter-se mais quatro anos no comando do país. Neste tempo todo, não fez ideia dos desmandos que se desenrolaram, e se desenrolam, sob o seu nariz. Por que continuar lá?

Antes de chegar à principal sala do Planalto, Dilma esteve sempre umbilicalmente ligada à Petrobras. Entre 2003 e 2005 foi ministra de Minas e Energia, pasta à qual está ligada a estatal. Desde que saiu de lá, deixou como sucessores ministros de sua confiança direta. Mesmo assim, “não tinha a menor ideia” do que se passava na Petrobras.

Depois que deixou o ministério, foi para a Casa Civil, onde ficou até 2010. Lá comandou o Programa de Aceleração do Crescimento, cujo resultado mais visível foi ter reduzido a taxa de investimentos do país… A Petrobras é a maior fonte de investimentos do PAC, mas Dilma “não tinha a menor ideia” do que se passava por lá.

A relação mais longeva e direta entre a petista e a estatal deu-se, porém, quando Dilma ocupou a presidência do Conselho de Administração da Petrobras. A função foi desempenhada por ela desde o início do governo Lula até março de 2010. Foi, portanto, sua mais duradoura ocupação. No entanto, Dilma “não tinha a menor ideia” do que se passava por lá.

O que Dilma ignora, o Brasil inteiro está cansado de saber, mesmo que a cada dia surjam revelações cada vez mais escabrosas e estarrecedoras: a maior empresa brasileira, orgulho nacional, foi tomada de assalto e tem sido pilhada por anos a fio por uma quadrilha que se apossou do Estado brasileiro chamada PT.

À presidente da República não pode ser dado o benefício da ignorância. As denúncias de corrupção na Petrobras já vêm de longe, os indícios de superfaturamento e desvios de dinheiro já foram sobejamente noticiados. A respeito disso, Dilma Rousseff não tem direito de dizer que “não tinha a menor ideia”.

Se o que a petista diz é verdade, então não há outra conclusão a chegar: sua competência para gerir uma quitanda que seja é nula, sua aptidão para comandar um país como o Brasil é nenhuma, sua capacidade para ocupar o cargo que ocupa é inexistente. Isso tudo os brasileiros já estamos cansados de saber.