PSDB – ES

Notícias

Aécio Neves propõe política “audaciosa” de segurança pública

aecioencontro-politico-acao-45-igo-estrela17-1024x682Em visita a Dourados, cidade do Mato Grosso do Sul próxima à divisa com o Paraguai e a Bolívia, o candidato à Presidência da República pela Coligação Muda Brasil, Aécio Neves, disse nesta quarta-feira (19/08) que terá uma “política audaciosa” para a segurança pública, que eliminará o atual “trânsito livre de drogas e armas nas fronteiras”.

 O candidato afirmou que equipará a Polícia Federal, transformará o Ministério da Justiça em Ministério da Segurança Pública e da Justiça e, ao contrário do que acontece hoje, proibirá o contingenciamento de recursos do Fundo Penitenciário e do Fundo Nacional de Segurança.

 Aécio criticou a falta de uma política do governo federal para a segurança pública. “A omissão do atual governo na área é criminosa”. Para ele, as consequências disso são as fronteiras abertas e o aumento da criminalidade no país. “O governo federal transfere essa responsabilidade exclusivamente para os Estados, como se não tivesse nada a ver com isso, mas tem.”

 Aécio Neves observou que, de 550 mil homens que trabalham na área de segurança, 15% estão desviados para atividades administrativas. Prometeu corrigir essa distorção, com a contratação de mais profissionais. Ele afirmou ainda que firmará parceria com os Estados, para estabelecer pela primeira vez uma política nacional de segurança pública articulada pelo governo federal.

 O candidato também anunciou que dará “atenção enorme” para a modernização do Código Penal e do Código de Processo Penal, “para que a impunidade não continue a ser um estímulo à criminalidade crescente”.

 Por fim, Aécio citou a experiência no governo de Minas Gerais. Lembrou que foi o governador que mais investiu em segurança proporcionalmente à receita do Estado. “Com gestão e prioridades, levei Minas Gerais a ter hoje a melhor educação fundamental do Brasil, a melhor saúde de toda a região sudeste e o maior conjunto de parcerias com o setor privado.”

Max Filho lança candidatura em Vila Velha

DSC0334Cerca de 2 mil pessoas prestigiaram o lançamento oficial da candidatura de Max Filho (PSDB-4500) a deputado federal. O evento realizado na noite desta segunda-feira (18), na Praça Duque de Caxias, no Centro de Vila Velha.

O encontro contou com a presença de líderes políticos de todo o Espírito Santo, como o deputado federal César Colnago, candidato a vice-governador do Estado e presidente regional do PSDB, o vereador de Vitória e candidato a deputado estadual Luiz Emanuel e muitos outros candidatos a deputados.

Recebido com palmas e palavras de apoio pela multidão que compareceu ao local do encontro, Max Filho ressaltou, em seu discurso, que um político precisa saber propor pautas importantes para a sociedade e também enfrentar as irregularidades.

“Na hora de enfrentar a corrupção que afeta a política, não pode ter medo e nem dever nada a ninguém. Fui prefeito oito anos dessa cidade e sei que Vila Velha tem problemas crônicos que, com recursos só da prefeitura, não vamos conseguir resolver. Quero ser o deputado federal de todo o povo capixaba e também de Vila Velha. Quero pedir a vocês que me deem essa oportunidade” , afirmou Max.

SAM_8969

Candidato a vice-governador do Estado na chapa de Paulo Hartung, o deputado federal César Colnago destacou a importância de se escolher pessoas que irão representar o povo com respeito.

“Max tem uma história pautada na dignidade. Já foi vereador, deputado, prefeito,  tem uma boa formação mas, muito mais que isso, é preciso ter currículo do povo.  Quanto mais instrução, melhor, mas é preciso ter compromisso com o povo porque tem muita gente com boa formação, mas depois de eleito trai o povo. Está nas nossas mãos escolher quem vai nos representar”, afirmou Colnago.

Durante o evento de lançamento da  sua candidatura, Max Filho pediu aos presentes que fizessem um minuto de silêncio em homenagem ao falecimento do ex-candidato a presidente da República Eduardo Campos (PSB), morto na semana passada em um acidente aéreo, em SAntos, São Paulo, com mais seis ocupantes da aeronave.

UPPs serão levadas para outras regiões do país, afirma Aécio no Rio

aecio_santamarta_orlandobrito_16-300x200O candidato à Presidência da República pela Coligação Muda Brasil, Aécio Neves, anunciou, nesta segunda-feira (18/08), que vai levar a experiência das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), do Rio de Janeiro, para outras regiões do Brasil que enfrentam problemas de criminalidade. Em visita à Comunidade Santa Marta, na capital fluminense, a primeira a receber uma UPP, Aécio afirmou que a atuação das UPPs será ampliada para além da segurança, passando a contemplar áreas como emprego, saúde e educação.

“Quero reiterar o meu compromisso de ampliar esse tipo de iniciativa para outras regiões metropolitanas do Brasil, outros aglomerados urbanos que vivem problemas de criminalidade, áreas controladas pelo tráfico, e isso em várias dessas comunidades deixou de acontecer. Meu governo vai planejar e articular uma política nacional de segurança e vai aproveitar de forma muito positiva essa experiência das UPPs, conduzida pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro”, disse o candidato.

Ao lado do secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, do comandante da Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP), coronel Frederico Caldas, e do coordenador do AfroReggae e da área de Juventude do programa de governo da Coligação Muda Brasil, José Júnior, além dos deputados Otávio Leite (PSDB-RJ) e Luiz Paulo Corrêa da Rocha, presidente do PSDB-RJ, Aécio destacou que a experiência é “extraordinária”.

“Precisamos dar o segundo passo, que é, em primeiro lugar, garantir renda para as famílias que vivem nessas comunidades, para as mulheres, através da qualificação. Precisamos ampliar as creches, levar serviços de melhor qualidade. O governo federal tem que coordenar um trabalho que permita que as UPPs vivam a sua segunda etapa: geração de renda, equipamentos de saúde pública, educação. Isso é possível fazer, desde que o governo federal assuma a sua responsabilidade”, salientou.

Aécio ressaltou ainda a importância de desenvolver políticas específicas para a juventude, como forma de controlar o aumento violência. Ele criticou a atuação do governo federal, “que até hoje tem sido omisso na questão da segurança pública”.

Programa Família Brasileira
Para o candidato à Presidência da República, a ampliação dos serviços oferecidos nas UPPs passa por investimentos na melhoria da qualidade da educação, na empregabilidade dos jovens, em políticas de habitação, ressocialização e geração de renda. Para isso, em seu governo Aécio criará o programa Família Brasileira.

“Vamos classificar principalmente essas famílias mais dependentes dos programas de transferência de renda em cinco níveis, para que elas possam a cada ano alterar, diminuir o seu nível de carência”, afirmou.

Os níveis serão definidos levando em consideração as particularidades de cada família – se tem acesso a saneamento básico, algum membro no sistema prisional brasileiro, jovens adolescentes grávidas, por exemplo – sendo o quinto nível o mais preocupante.

“Esse nível de detalhamento vai atuar em várias frentes, para que as carências sejam superadas. Diferente do PT, que defende a pobreza somente como a ausência de renda, nós vemos a pobreza como a ausência de serviços de qualidade, dignos, e também de oportunidade. Há muito a ser feito. Não queremos apenas conviver e administrar a pobreza. Queremos superá-la”, acrescentou.

Incentivos
A instalação da UPP na comunidade de Santa Marta foi um momento decisivo para seus moradores. Desde 2008, a região registra taxa zero de homicídios. Além das instalações policiais, o prédio abriga ensaios da ONG Ação Social pela Música, idealizada pela instrumentista Fiorella Solares. O projeto existe há 18 anos e atende 800 jovens e crianças em 19 comunidades pacificadas do Rio de Janeiro.

“Nosso objetivo é educar crianças e jovens através da música”, afirmou Fiorella. “Essa pacificação é tudo para eles. Foi o que fez com que o nosso trabalho crescesse nas comunidades nos últimos cinco anos. Tem que ter cultura e sensibilidade para abraçar um projeto como esse”.

Em sua visita à UPP, Aécio foi recepcionado por uma orquestra de jovens, formada por crianças e adolescentes de 6 a 18 anos de idade, de várias comunidades do Rio de Janeiro. O candidato à Presidência da República ouviu, emocionado, a uma seleção de composições, entre elas a Quinta Sinfonia, de Beethoven, e Mourão, de Guerra-Peixe.

Voz ativa
Após a visita à UPP, Aécio desceu os 788 degraus do morro Dona Marta, cumprimentando e conversando com moradores. Alzenira Carvalho, de 80 anos, moradora da comunidade há mais de meio século, disse que a passagem de Aécio ao morro dá voz à população.

“É muito bom alguém aqui para escutar a gente, ouvir nossos problemas. Precisamos de alguém que lute pelos direitos dos mais velhos”, considerou.

O presidente da Associação dos Moradores de Santa Marta, José Mário Hilário Santos, destacou que a pacificação permitiu que os seis mil moradores da comunidade pudessem “comprar e investir nas suas casas”.

Cláudia Amorim, que trabalha em uma oficina mecânica e mora na comunidade há dez anos, destacou que a UPP “trouxe paz e tranquilidade” aos moradores.

“O que a gente quer é a continuidade dessa mudança maravilhosa que tivemos com essa UPP. Acredito que Aécio vai trazer melhoras para mim e para todos os brasileiros, dar um basta àquela violência que tínhamos por aqui. É isso que eu quero para os meus filhos, os filhos dos meus vizinhos, meus sobrinhos, para todo mundo”, afirmou Cláudia Amorim.

Seguido por moradores, alguns com bandeiras do PSDB, Aécio recebeu de presente uma camiseta que simboliza a comunidade. O candidato à Presidência da República passou ainda pela banca do Edvaldo, pelo bar do João e pela Laje do Michael Jackson, local onde o ídolo pop gravou parte do clipe da música “They don’t care about us”, de 1996.

“Dilma continua não sabendo”, análise do ITV

dilma-foto-fabio-pozzebom-abr1-300x199Há algumas semanas, Dilma Rousseff foi questionada a respeito das razões de a economia brasileira estar se saindo tão mal no seu governo. Não pensou duas vezes antes de responder ao correspondente internacional que a questionara: “Não sei”.

Ontem, a candidata-presidente manteve a cantilena, dizendo, na bancada do Jornal Nacional, que “não sabe” de onde vem a profusão de indicadores que mostram a debacle em marcha na atividade econômica. A questão que fica é: qual país, afinal, ela está governando?

Como sempre, a estratégia da presidente para fugir do constrangimento de admitir que sua gestão fracassa em fazer o país crescer, gerar mais oportunidades de emprego e renda e melhorar as condições de vida da população foi acenar com um futuro venturoso. O problema é que, com ela, ele nunca chega.

Dilma irá se notabilizar por entregar a seu sucessor um país pior do que recebeu. O crescimento do PIB mergulhou de 7,5% no ano de sua vitória nas urnas – número, reconheça-se, inflado pelo vale-tudo promovido por Lula para elegê-la – para menos de 1% previsto para este ano.

Pela primeira vez desde a estabilização conquistada com o Plano Real, a inflação no fim do mandato presidencial será mais alta que a do início. Aliás, em nenhum dos quatro anos de sua gestão, Dilma sequer se aproximou de cumprir a meta fixada. Os juros também já estão mais altos do que estavam quando a petista sucedeu Lula.

Dilma repete que o Brasil enfrenta a crise mundial sem desempregar. Mas o total de empregos gerados no país caiu à metade entre 2010 e 2013, de acordo com números da Rais (Relação Anual de Informações Sociais) divulgados ontem pelo Ministério do Trabalho.

A presidente finge ignorar que o ovo da serpente do desemprego já está sendo chocado. Desde 2010, só a indústria já reduziu seu estoque de empregos em 400 mil vagas. No primeiro semestre do ano, 12 mil pessoas tiveram seu contrato de trabalho suspenso, na antessala da demissão – nível só visto antes no auge da crise de 2009.

Daqui a menos de duas semanas será conhecido o resultado do PIB do segundo trimestre. É quase certo que a economia terá recuado, e não crescido, no período. Novamente, segundo o que disse ontem na TV Globo, parece clara a explicação que Dilma dará para o insucesso: esqueçamos o passado, porque o porvir será uma maravilha.

Não dá para passar a borracha em quatro anos de retrocessos, em quatro anos de escolhas equivocadas, em quatro anos de insistência no erro. Dilma Rousseff parece convicta de que seguiu o caminho correto e que, uma vez reeleita, irá perseverar nele. Se isso acontecer, será a vez de todos os brasileiros dizerem que não sabem aonde o desastre vai dar.

Entrevista com Aécio Neves no Recife

2014-739107986-2014-737535969-2014072863882.jpg_20140728.jpg_20140803 (1)O candidato à Presidência da República da Coligação Muda Brasil, Aécio Neves,  foi ao Recife neste domingo (17/08) para a cerimônia de despedida do ex-governador Eduardo Campos, candidato à Presidência da República pelo PSB.

Seguem trechos da entrevista:

 Durante toda a convivência eram parceiros [Eduardo Campos e a mulher Renata], todo o tempo. Quando eu falava com ela [Renata Campos] pelo telefone, logo depois do acidente, ela falou: ‘Olha, isso o Eduardo não tinha combinado comigo’. Ele sempre foi força e alegria e é o que tem que continuar movendo a nossa vida. A força dele e alegria de viver. Acho que a união da família é o que ele tem de mais valioso, de mais precioso para suportar uma dor que ela não diminui. Os próximos dias, semanas, meses, é uma dor crescente.

 Então é um dia de muita tristeza. Eu não estou como candidato como candidato à Presidência da República. Estou como amigo, alguém que sabe a dimensão da perda do Eduardo e fará falta. Faz hoje para as discussões do Brasil e fará no futuro a construção de um projeto novo.

Sobre a possibilidade de Marina Silva ser candidata à Presidência da República

 Não quero comentar. Hoje apenas vocês vão me permitir não entrar nessas análises políticas porque não me caberia porque seria uma intromissão indevida. Hoje eu estive com a Marina e desejei a ela muita paz e muita força. Conversei com a presidente também. É importante que nós tenhamos capacidade de compreender talvez até seguindo uma velha lição Tancrediana: ‘Quem deve brigar são as ideias e não as pessoas’. Então vamos manter. Espero que possamos ter uma campanha civilizada e debatendo propostas.

 Essa talvez seja a maior de todas as homenagens que qualquer um de nós possa fazer ao Eduardo. É uma campanha que pense o Brasil. Cada um com suas convicções e ideias, mas permitindo que a discussão se dê em torno do futuro dos brasileiros.

 É uma perda enorme e pessoal, eu e a minha família toda estamos sentindo imensamente essa perda de um homem de bem. E que tinha a alegria de viver. Ele queria fazer algo muito digno para o Brasil.

 Conversa com Marina Silva

 Desejei muita paz e muita força nessa hora.

“Mais do mesmo”, análise do ITV

ITVHavia um tempo em que as palavras do ministro da Fazenda eram cruciais para que os agentes econômicos se orientassem e tomassem melhores decisões. Esta clareza deixou de ser a tônica com o posto ocupado por um especialista em prognósticos que nunca se confirmam.

Ainda assim, a entrevista de Guido Mantega publicada ontem pela Folha de S.Paulo lança alguma luz sobre temas dos quais o governo da presidente Dilma Rousseff vem, de resto, se esquivando de abordar.

Na conversa, o ministro petista admite reajustes nos preços administrados, reconhece a alta presente das tarifas de energia e diz que os combustíveis devem ficar mais caros ainda neste ano. Para um governo que até então vinha negando problemas em todas estas áreas, já é um avanço.

Há, na entrevista, a admissão tácita de que os preços praticados pela Petrobras estão defasados: “O aumento de preço não pode ser exagerado, porque senão causará prejuízos a todo mundo. Os preços vão subir”. O consenso entre os analistas é de que a defasagem é bastante grande, conforme publica hoje o Valor Econômico.

A parte mais preocupante da entrevista, porém, é aquela em que Mantega reforça a aposta no atual receituário econômico praticado por Dilma. Se suas palavras valem – e a força do cargo nos leva a considerá-las desta maneira – a conclusão é de que teremos mais do mesmo pela frente caso a atual presidente conquiste novo mandato em outubro. 

A única mudança possível é alguma alteração nos limites de tolerância da inflação, tendo claro que até 2016 elas já estãosacramentadas pelo Conselho Monetário Nacional.

Segundo a visão do ministro, só o Brasil acerta, enquanto economias como a americana e as da União Europeia enveredam por descaminhos. 

Faltou apenas ele explicar por que o PIB de lá já se recupera, enquanto o nosso está na rabeira dos rankings mundiais: confirmadas as projeções para este ano, o resultado acumulado desde 2011 figurará apenas na 134ª posição entre todos os países do mundo.

As típicas mistificações de Mantega não poderiam deixar de estar presentes na entrevista. O ministro achou conveniente jogar na Copa do Mundo a culpa pelo pibinho que o IBGE anunciará dentro de dez dias. Sim, o Brasil foi paralisado para que a bola rolasse, mas as razões da provável recessão vão muito além dos 30 dias de Mundial e são anteriores a ele.

É curioso que, pouquíssimo tempo atrás, o mesmo Guido Mantega tinha visão muito diferente. Quando o IBGE divulgou o resultado do primeiro trimestre, em 30 de maio, o ministro disse que a Copa ajudaria a turbinar a economia e levá-la a produzir resultado melhor entre abril e junho. Mais uma previsão furada. Mas isso já não é nenhuma novidade.

“A recessão vem aí”, análise do ITV

agenciabrasil300712_abr0296-copiaA Copa do Mundo deu um tombo na economia brasileira só comparável ao chocolate que a seleção de Luiz Felipe Scolari sofreu da Alemanha. Com os péssimos resultados registrados em junho, já é praticamente certo que o PIB nacional caiu no segundo trimestre. A recessão pode estar a caminho.
Hoje pela manhã, o Banco Central divulgou seu indicador referente ao nível de atividade da economia brasileira em junho. A queda foi estrondosa: 1,48% sobre maio e 2,68% na comparação com junho do ano passado.

Desde os meses que se seguiram à deflagração da crise financeira mundial, em fins de 2008, a economia brasileira não ia tão mal. No trimestre, a atividade caiu 1,2%, segundo o BC. O indicador serve para antecipar os números oficiais que o IBGE divulga no fim do mês, embora nem sempre coincidam.

Com a divulgação de diversos indicadores referentes a junho e julho, vai ficando claro que a Copa teve efeito danoso sobre o desempenho econômico do país. Na prática, o Brasil simplesmente parou para que os jogos acontecessem.

Mais certo seria dizer que o país foi deliberadamente parado, uma vez que medidas excepcionais, como a decretação de feriados, acabaram sendo a tábua de salvação para que a infraestrutura precária que o governo não deu conta de aprontar a tempo do Mundial não naufragasse.

Com isso, sofreram os mais diversos setores. O varejo, por exemplo, teve em junho sua maior queda em dois anos, com recuo de 0,7% em relação a maio. Quando se computam também as vendas de veículos e material de construção, o tombo foi bem maior: 3,6%, na mesma base de comparação.

Os trabalhadores estão entre os grandes prejudicados pela paralisia que se abateu sobre o país nas semanas da Copa. A geração de empregos em junho foi quase 80% menor que um ano antes e o total de empregados com contratos de trabalho temporariamente suspensos (em layoff) é o mais alto desde 2009.

Daqui a duas semanas, o IBGE divulgará o resultado do PIB do segundo trimestre. O consenso entre os analistas é que ocorreu uma retração no nível de atividade no período. Se confirmado, o número pode levar à revisão do PIB do primeiro trimestre também para o terreno negativo. O país estaria, assim, tecnicamente em recessão.

Trata-se da crônica de um desastre anunciado. Há meses a trajetória cadente da economia vem sendo apontada por analistas e críticos como decorrência de decisões equivocadas ditadas por Brasília, que manejou mal a política monetária, explodiu o resultado fiscal e jogou gasolina na inflação, por meio do incentivo desmesurado ao consumo. Esta tragédia poderia ter sido evitada.

Lançamento da candidatura do professor Sergio Majeski em Vitória

SAM_8911Militantes, lideranças políticas do PSDB-ES e moradores de Vitória participaram do lançamento da candidatura do professor Sérgio Majeski, que disputa uma vaga na Assembleia Legislativa pelo PSDB. O encontro aconteceu cerimonial Vilani, que fica no bairro Mata da Praia, em Vitória. O presidente do PSDB-ES, deputado César Colnago, o ex-prefeito de Vitória e candidato a deputado federal Luiz Paulo Vellozo Lucas, o presidente do JPSDB-ES, Armando Fontoura foram algumas lideranças presentes no evento. Professor há cerca de 30 anos, Sérgio Majeski destacou a importância da Educação como valor para a sociedade. “A Educação não é redentora de todos os problemas, mas não se resolve nada sem ela. A partir do momento que a Educação for reconhecida como valor verdadeiro para a sociedade, será possível alcançar soluções para problemas das drogas, reduzir o número de pessoas nas filas de hospitais, já que muitos ficam doentes porque não sabem como se prevenir de doenças, e outras questões”, destacou o candidato. Sérgio Majeski se filiou ao PSDB no ano passado e tem se destacado como um candidato bastante preparado para representar os capixabas na Assembleia Legislativa. “Sergio é um candidato de conteúdo e sabemos do seu potencial. É fundamental que a gente saiba escolher representantes com compromisso com a sociedade. Assim conseguiremos alcançar as mudanças que o Brasil tanto espera”, afirmou o deputado César Colnago, que também é candidato a vice-governador na chapa de Paulo Hartung (PMDB).

Colnago manifesta preocupação com integridade física de contadora de doleiro corrupto

 

César Colnago na reunião no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, do qual faz parte
César Colnago na reunião no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, do qual faz parte

Para deputados do PSDB, o depoimento de Meire Bonfim Poza, ex-contadora do doleiro Alberto Youssef, prestado nesta quarta-feira (13) no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara, confirma que a corrupção continua presente na conduta de petistas e de integrantes de partidos que apoiam o governo de Dilma Rousseff. Ao longo de aproximadamente duas horas, Meire deu esclarecimentos como testemunha nos processos de investigação contra o deputado Luiz Argôlo (SD-BA) apresentados pelo PPS e pela Mesa Diretora da Câmara.

As representações foram motivadas após a divulgação de reportagens da revista “Veja” e do jornal “Folha de S.Paulo” que mostram troca de mensagens entre o parlamentar e o doleiro sobre a transferência de R$ 120 mil. O recurso teria sido encaminhado para a conta do chefe de gabinete do deputado, Vanilton Bezerra.

 “Eles (petistas) continuam a praticar atos ilícitos e ilegais nas mais diversas áreas. Como um partido que tem representantes condenados por corrupção permanece nessa atividade?”, questionou o deputado Cesar Colnago (ES) após acompanhar questionar da ex-contadora do doleiro. Titular do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, Colnago manifestou preocupação com a integridade física da contadora que negou ter recebido pressões ou ameaças para comparecer à reunião, mas confirmou que a Polícia Federal ofereceu proteção a ela.

 “BEBÊ JOHNSON” – Diante dos deputados, Meire confirmou que Argôlo recebia dinheiro do doleiro e destacou a relação carinhosa que havia entre os dois. Chamado de “bebê Johnson” por Youssef, o parlamentar chegou a ir pessoalmente a São Paulo buscar uma quantia que a contadora não soube precisar. “Normalmente, ele recebia em dinheiro. Nunca foi feita uma TED (operação bancária de transferência de dinheiro entre contas) diretamente para Argôlo”, disse. Os depósitos ou transferências eram direcionados, afirmou Meire, para as contas de Elia da Hora e Manoelito Argôlo, pai do parlamentar. O primeiro chegou a ter depositado na sua conta em torno de R$ 47 mil. Manoelito recebeu R$ 60 mil.

 A testemunha confirmou ainda que os dois eram sócios informais da Malga Engenharia e de duas empresas sediadas em Fortaleza (CE): a M.Dias Branco e a Grande Moinho Cearense. Pelas notas que emitiu e pelos depósitos e transferências que realizou, Meire calculou que Youssef repassou mais de R$ 1 milhão para o deputado federal.

Ela também afirmou que uma empreiteira fechou contratos de fachada e fez pagamentos para a empresa GFD, de Youssef, que não exercia nenhuma atividade real além da emissão de notas frias. No depoimento, a contadora preferiu se limitar a contar o que sabia sobre os casos que envolvem o parlamentar do Solidariedade.

“O Missouri é aqui”, por Ruy Marcos Gonçalves

ruyAcabei de ver com destaque num jornal de rede de televisão nacional, matéria comentando  a  revolta  da  população  de  Ferguson,  estado  do  Missouri,  nos Estados Unidos da América, onde a população se revoltou por conta da morte pela polícia  de um jovem negro,   dando-se início  a um quebra-quebra  de grandes proporções com incêndios de destruições.

Mesmo condenando todo e qualquer ato de violência como forma de protesto, é inevitável compararmos o fato com a realidade brasileira onde situações deste tipo  se  repetem  diante  da  omissão  absoluta  das  vítimas  –  que  temem  se manifestar abertamente – e da complacência dos algozes através do silêncio do Estado que ausente, não oferece a devida proteção ao cidadão.

A cada dia os dados se mostram mais evidentes e os números de estatísticas diversas denunciam uma sociedade brasileira onde, passados 126 anos do fim da escravidão,  negros se encontram reféns de um quadro de exclusão que,mesmo com os ganhos e avanços da economia, não conseguiram responder com equidade às demandas colocadas e fazer valer a verdadeira igualdade.

Apenas para citar, temos que: A cada três assassinatos no País, dois vitimam negros;A possibilidade de o negro ser vítima de homicídio no Brasil é maior inclusiveem grupos com escolaridade e características socioeconômicas semelhantes.A chance de um adolescente negro ser  assassinado é 3,7  vezes maior  emcomparação com os brancos.Assassinatos  atingem negros  numa proporção  135% maior  do  que  os  não-negros.

Enquanto a taxa de homicídios de negros é de 36,5 por 100 mil habitantes, nocaso de brancos, a relação é de 15,5 por 100 mil habitantes;Há uma perda na expectativa de vida devido à violência letal 114% maior parapessoas negras.