PSDB – ES

Notícias

“A ‘Copa das Copas’ não aconteceu”, análise do ITV

copadascopasDilma Rousseff praticamente se livrou da taça ontem na cerimônia de premiação da campeã Alemanha, na tentativa de evitar vaias e apupos. Mesmo levando três segundos para passá-la às mãos do capitão Philipp Lahm, não conseguiu.

Com a mesma velocidade, o governo petista quer agora dar um jeito de virar a página da Copa do Mundo, decretando seu sucesso absoluto. Devagar com o andor: política, como futebol, não se ganha no grito. A “Copa das Copas” não aconteceu.

 O Mundial realizado novamente no Brasil depois de 64 anos teve muito de positivo. Mas, principalmente, pelo que ocorreu dentro das quatro linhas dos gramados. O sucesso decorreu especialmente do futebol organizado, planejado e globalizado jogado pela maior parte das 24 seleções que vieram disputar a taça.

 É deste futebol vencedor que o governo petista agora quer afastar nossos bons jogadores, com sua proposta de criar barreiras para impedir a exportação de talentos para o exterior. Seria uma maneira, segundo disse a presidente na semana passada, de encher estádios – os mesmos que estão fadados a se tornar uma manada de elefantes brancos em virtude da megalomania exibida pelos petistas na organização da Copa.

 Trata-se de mesma visão isolacionista e intervencionista que marca muitos aspectos da atual gestão. Tal vezo colide com a constatação de que um dos motivos de a Copa ter tido futebol tão exuberante e equilibrado foi o fato de todas as seleções serem predominantemente formadas por jogadores que disputam alguns dos mais competitivos campeonatos nacionais e regionais na Europa. Já pensou se nossa seleção só puder contar com as estrelas do Brasileirão?

 Bons resultados também foram notados em relação à organização do torneio, à realização das partidas e dos eventos paralelos. Neste caso, deve-se muito ao esforço de milhares de brasileiros, à simpatia e hospitalidade de outros tantos e à participação de diversas esferas de governo espalhadas em 12 cidades-sede. Querer atribuir-se senhor absoluto deste êxito, como tenta fazer o governo federal, é gol de mão.

 Pior ainda é tentar, usando todos os seus poderosos instrumentos de propaganda, decretar no grito que a tivemos a “Copa das Copas”. Entre uma bela Copa e uma Copa perfeita, vai distância tão grande quanto a que separa o futebol vencedor jogado pelos alemães da bolinha batida pela seleção do agora ex-técnico Luís Felipe Scolari.

 O Brasil foi escolhido em outubro de 2007 para sediar o torneio. Nestes quase sete anos, teve todas as condições de transformar a oportunidade de abrigar uma Copa num motor de realizações, numa usina de produção de benefícios duradouros para a população brasileira. Os resultados não passam nem perto disso.

 Os balanços da Copa devem se basear no cotejo entre aquilo que o governo se comprometeu fazer e o que efetivamente fez até o torneio. O levantamento mais completo é o que foi feito pela Folha de S.Paulo no primeiro dia em que a bola rolou nos gramados brasileiros.

 Dos 167 compromissos assumidos em 2010, apenas 53% foram finalizados a tempo do Mundial. Outros 41% estavam incompletos e seriam concluídos durante ou, na maior parte dos casos, depois da Copa. Um mês antes, também a Folha havia apontado que somente 10% das obras de mobilidade prometidas haviam sido concluídas.

 A promoção do torneio custou mais caro que o previsto, chegando a R$ 26 bilhões, dos quais 84% saíram de cofres públicos via orçamentos ou linhas de crédito liberadas por instituições federais, segundo o Valor Econômico. Os gastos especificamente com estádios triplicaram em relação ao informado à Fifa.

 Para garantir melhor desempenho durante o torneio, a organização brasileira também teve que se valer de esquemas especiais, como a escalação de homens do Exército para policiar vias públicas ou a decretação de feriados para esvaziar as metrópoles em dias de jogos. Teve, portanto, que recorrer ao improviso.

 Passada a Copa do Mundo, cabe ao governo de turno responder por que não entregou o que prometeu. Cabe, ainda, explicar à população os motivos de ter feito tanto esforço para bem atender o público internacional durante 32 dias de festa e não exibir a mesma dedicação cotidiana para tornar o dia a dia de 200 milhões de brasileiros melhor. O fim dos jogos é só o início desta prestação de contas.

Pesquisa no Espírito Santo mostra Aécio na frente de Dilma

aecio-espirito-santo-3Pesquisa, publicada no jornal Gazeta de Vitória (ES), no domingo (13) mostra que o candidato da Coligação Muda Brasil, o senador Aécio Neves, está na frente na preferência do eleitorado capixaba na disputa pela Presidência da República em relação à presidente Dilma Rousseff (PT).

Pela pesquisa, Aécio tem 12,9% das intenções de voto e Dilma aparece com 12,5%.

A margem de erro é de 3,5 pontos percentuais para mais ou menos.

Luiz Paulo: “Precisamos de um governo que valorize o que tem valor”

Luiz Paulo e Aécio Neves, que visitou o ES na última quarta-feira
Luiz Paulo e Aécio Neves, que visitou o ES na última quarta-feira

“A visita de Aécio Neves foi um sucesso e mostrou a firmeza do nosso candidato a presidente, que balizou um debate político que deixa clara a necessidade de reposicionar o Espírito Santo na Federação. Mostrou o compromisso dele com o nosso Estado. Não precisamos de favores, mas de um governo que valoriza o que tem valor”. Essa foi a avaliação do presidente nacional do ITV, Luiz Paulo Vellozo Lucas, sobre a visita do candidato a presidente do PSDB, Aécio Neves ao Espírito Santo.

O tucano capixaba, que também foi prefeito de Vitória por duas gestões, também elogiou o carinho de Aécio com o Espírito Santo. “O evento com Aécio em Vila Velha foi um sucesso, cercado de muito carinho dele com os capixabas e vice-versa. E não só o evento, mas toda a visita. A caminhada e o almoço também aconteceram em um ambiente de muito calor humano”, afirmou.

Para o presidente do PSDB Jovem do Espírito Santo, Armando Fontoura, a vinda do presidenciável ao Estado reforça o compromisso do candidato com os capixabas.

“Os jovens do PSDB e do Espírito Santo ficamos muito felizes com a visita de Aécio Neves, que tem uma ligação histórica com o Espírito Santo. Aqui começa um tempo de novas propostas e mudanças. Aécio representa uma nova política para o Brasil e para o Espírito Santo”, concluiu.

Para lideranças tucanas capixabas, visita de Aécio ao Estado reforça o compromisso do PSDB com o Espírito Santo

ft-aecioecesarLideranças tucanas que receberam o candidato à Presidência da República pelo PSDB, senador Aécio Neves, na última quarta-feira, dia 10, em terras capixabas, avaliaram a visita como muito positiva para o projeto do partido, que propõe a alternância de poder.

“Foi uma visita muito importante porque mostrou o compromisso e respeito que Aécio tem com os capixabas. A sensação que nós temos é que a presidente da República, após ter perdido as eleições presidenciais aqui, virou as costas para nós. Precisamos de um presidente que tenha carinho com o povo capixaba. E as propostas de Aécio Neves têm ligação com as demandas do Espírito Santo”, afirmou o presidente do PSDB-ES, deputado federal César Colnago.

A presidente do PSDB Mulher-ES e vereadora de Cariacica, Ilma C. Siqueira, contou que o que mais chamou a atenção foi a recepção calorosa dos capixabas. “Uma multidão de mais de mil pessoas o esperavam no Centro de Convenções de Vila Velha em plena quinta-feira na hora do almoço. Se fosse num final de semana, o teria que ser num estádio. O discurso de Aécio vai ao encontro dos anseios dos capixabas, que há anos esperam mais atenção do governo federal”, destacou a vereadora.

aecio-espirito-santo-1Na avaliação do secretário-geral do PSDB-ES, Ruy Marcos Gonçalves, a visita foi um sucesso, tanto por reunir mais de 1000 pessoas num local fechado, como também por mostrar à população capixaba a boa relação entre Aécio Neves e Paulo Hartung.

“Fortaleceu a candidatura de Paulo Hartung e César ao governo do Estado e consolidou a aliança do PSDB e PMDB no Espírito Santo. E, pela primeira vez, um candidato a Presidência da República inicia sua campanha no Espírito Santo, a partir do posicionamento de um político que conhece as demandas do nosso Estado e, por isso, merece nossa confiança”, analisou o secretário.

“Vem aí a Futebolbrás”, análise do ITV

futibaO governo jura que jamais vinculou futebol à política. Mas desmente-se todos os dias. A investida da hora é tentar descolar-se do fracasso da seleção brasileira defendendo a “renovação” do nosso futebol. Até instrumento para isso eles já têm: botar o Estado para intervir no esporte, a mesma receita que fracassa na economia.

Até a fatídica terça-feira em que a Alemanha atropelou o Brasil no Mineirão, a ordem era surfar na onda de otimismo, na esperança de que ela desaguasse na entrega da taça de campeão ao zagueiro Thiago Silva no domingo. Mas a maré baixou antes da hora e, com o naufrágio, busca-se agora, desesperadamente, o que afaste a presidente do espectro do fracasso em campo.

Anteontem, Dilma Rousseff deu, em entrevista à CNN Internacional, sua receita para superar o infortúnio: usar o poder de governo para impedir que jogadores deixem o país, como forma de criar atrativos para encher estádios brasileiros. Em paralelo, seu ministro de Esportes acrescentou que o Estado tem que participar das decisões futebolísticas. Não será surpresa se vier por aí uma Futebolbrás.

O governo pega carona no legítimo movimento protagonizado por alguns jogadores, o Bom Senso F.C. Na sua agenda renovadora do futebol nacional, a presidente promete recebê-los no Palácio do Planalto na próxima semana. E depois diz que não mistura política com a paixão nacional…

Na falta de uma lista robusta de benefícios duradouros para a população decorrentes da realização da Copa no Brasil, constatação que o discurso oficial luta para encobrir, o governo agora quer transformar uma possível reestruturação do nosso futebol – algo desejável – num feito seu. Pelo jeito, enfim encontraram um legado para exibir.

No entanto, o vezo estatizante que move corações e mentes do petismo – e que cobra seu alto preço no desempenho medíocre da nossa economia – se faz novamente presente. O cardápio vai desde a submissão de clubes e cartolagem ao Estado até a proibição da venda de jogadores para o exterior, ferindo, inclusive, a liberdade dos profissionais.

Do que se divulgou ontem, parece correto apenas querer cobrar contrapartidas de clubes e entidades de futebol a benesses concedidas pelo governo, como a renegociação de dívidas tributárias. Mas há aberrações como, por exemplo, ameaçar rebaixar time que atrasa salários.

Futebol se joga e se ganha, ou se perde, dentro de campo. A relação profissional entre jogadores e contratantes deve obedecer às mesmas regras e leis que regem qualquer categoria no mercado de trabalho.

Dilma e seu ministro de Esportes não querem que o Brasil “exporte matéria-prima e consuma produto acabado”. Acham que, intervindo no mercado da bola e podando a liberdade de ascensão dos nossos jogadores, conseguirão encher estádios Brasil afora.

A presidente poderia ter a mesma preocupação em relação ao resto da nossa pauta de comércio exterior, cada vez mais concentrada em produtos de baixo valor agregado. E poderia achar outra e mais eficiente maneira de salvar da ociosidade os elefantes brancos travestidos de “arenas” construídos para a Copa.

Futebol exige treino, diz Dilma. Corretamente. Mas também exige perseverança, competência, dedicação, trabalho árduo. O que a presidente diz sobre a seleção de Felipão cabe muito bem para sua equipe de governo. Afinal, são todos atributos bastante em falta na gestão do país…

Um ano atrás, depois que a seleção conquistou a Copa das Confederações, a presidente tentou tornar-se sócia do triunfo e disse que seu governo era “padrão Felipão”. Será que ela continua achando isso ou, dentro da sua estratégia de surfar na onda da hora, vai tentar forjar um novo bordão?

Aproveitar um momento de infortúnio para começar a construir um caminho que, no longo prazo, conduza ao reencontro com a trajetória de sucesso é algo bem-vindo, necessário, salutar. É o que fez a Alemanha depois de 2006, quando fracassou na Copa promovida em casa.

Iniciar esta trajetória mirando as eleições, apropriando-se oportunisticamente de movimentos e sentimentos legítimos de profissionais e torcedores e, sobretudo, enfiando o Estado onde não deve parece ser a pior maneira de tentar renovar o futebol brasileiro.

Colnago: “Os pensamentos de Aécio têm ligação com as demandas do Espírito Santo

aecio-vitoria-421 O deputado federal Cesar Colnago (PSDB), candidato a vice-governador do Espírito Santo na chapa liderada por Paulo Hartung (PMDB), destacou nesta quinta-feira (10) a sintonia que existe entre as propostas do candidato da Coligação Muda Brasil à Presidência, Aécio Neves, e as necessidades da população capixaba.

“Precisamos de um presidente que tenha carinho com o povo capixaba. E as propostas de Aécio Neves têm ligação com as demandas do Espírito Santo. Não podemos mais ficar na lanterninha dos investimentos recebidos pelo governo federal”, disse o tucano.

Colnago esteve na reunião política promovida pelo PSDB e partidos aliados nesta quinta, em Vila Velha, e na caminhada que Aécio Neves fez na Praia do Suá, na capital capixaba.

Gestão petista

Colnago disse que a população do Espírito Santo está cansada das promessas não cumpridas por parte do governo federal. “A sensação que nós temos é que a presidente da República, após ter perdido as eleições presidenciais aqui, virou as costas para nós”, afirmou.

Em 2010, Dilma Rousseff foi a terceira colocada no primeiro turno nas eleições presidenciais em Vitória e, no segundo, somou apenas 44% dos votos válidos, contra 56% do tucano José Serra.

Segundo Colnago, uma das áreas em que o problema é mais sensível é na infraestrutura. “O governo do PT já prometeu, por 17 vezes, reformar o aeroporto de Vitória. E até agora, nada”, disse. Outras falhas foram elencadas pelo tucano: estradas federais em mau estado de conservação, portos insuficientes para atender a movimentação de cargas, inovação tecnológica frágil. “Precisamos de mais eficiência e de parcerias com o setor privado para voltarmos a ser competitivos”, destacou.

A falta de credibilidade no modelo petista, acrescentou o deputado, é o que tem levado integrantes do PMDB a apoiar candidaturas oposicionistas nas eleições de 2014 – embora o partido, nacionalmente, esteja coligado com Dilma Rousseff. Segundo o tucano, a situação que se vê no Espírito Santo é também repetida em outros estados, como Ceará e Bahia.

Ligações
Colnago enfatizou a ligação histórica que há entre o Espírito Santo e Minas Gerais. “Os mineiros têm irmandade com o Espírito Santo. As indústrias de celulose e siderurgia, tão importantes para a economia dos dois estados, têm sua produção vinculada. Além disso, há muitos mineiros vivendo aqui. Nas últimas eleições, havia um total de 600 mil eleitores no Espírito Santo que não haviam nascido no estado; destes, dois terços era de Minas Gerais”, disse.

Aécio faz caminhada e conversa com a população em Vitória

aecio-espirito-santo-11O candidato da coligação Muda Brasil à Presidência da República, senador Aécio Neves, fez nesta quintafeira (10) uma caminhada pelas ruas do bairro Praia do Suá, em Vitória (ES). Pela manhã, Aécio participou de umencontro político na cidade vizinha de Vila Velha. Nas ruas da cidade, ele parou para conversar com simpatizantes. posou para fotos e ouviu pedidos e recomendações.

O senador tomou café em um bar, conversou com os moradores e detalhou algumas das propostas da coligação para o país. Durante a caminhada Aécio também ouviu queixas sobre a atuação do governo federal. Ao visitar as peixarias, comércios típicos da Praia do Suá, o tucano foi aplaudido pelos frequentadores.

caminhada terminou no restaurante São Pedro – que, com 62 anos, é um dos mais tradicionais da cidade. O local é especializado na moqueca capixaba, um prato típico do Espírito Santo. A dona do restaurante São Pedro, Ruth Alves, deu a Aécio um livro de receitas do restaurante.

“Gosto muito do seu trabalho e da sua simpatia”, disse Ruth Alves.

Aécio estava acompanhado de lideranças como o candidato ao governo do Espírito, Paulo Hartung (PMDB), seu candidato a vice, o deputado federal César Colnago (PSDB), o coordenador da campanha da coligação Muda Brasil, senador José Agripino (DEM-RN), entre outros integrantes do PSDB e de partidos aliados.

Aécio pede mobilização e lembra trajetória de Tancredo em visita ao Espírito Santo

aecio-espirito-santo-3O candidato da Coligação Muda Brasil à Presidência da República, senador Aécio Neves, participou nesta quinta-feira (10) de um encontro político em Vila Velha, no Espírito Santo.  Aécio lembrou que há 30 anos, no Espírito Santo, o avô Tancredo Neves lançou as bases de sua campanha para as eleições presidenciais de 1985.

“Quando o Brasil estava perplexo pela derrota da emenda Dante de Oliveira (que permitiria a realização de eleições diretas), Tancredo escolheu as terras capixabas para anunciar um pacto pelo país. Passaram-se 30 anos e o destino nos permite estar aqui, juntos, para dizer a cada um dos brasileiros, na primeira semana da campanha eleitoral, que vamos resgatar o sonho de Tancredo e de milhões de brasileiros, de resgatar a capacidade de fazer o Brasil crescer”, afirmou Aécio.

Participaram do encontro o candidato ao governo do estado, Paulo Hartung (PMDB), seu candidato a vice, o deputado federal César Colnago (PSDB), o coordenador da campanha da coligação Muda Brasil, senador José Agripino Maia (DEM-RN), os ex-prefeitos de Vitória, Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB), e de Vila Velha, Max Filho (PSDB), e o prefeito de Vila Velha, Rodney Miranda (DEM), além de representantes de partidos aliados.

Federação

Aécio Neves destacou a preocupação com a defesa dos princípios da federação. Ele criticou a centralização do PT no governo federal e lembrou que o Espírito Santo é um dos estados mais prejudicados pelo modelo petista.

“O governo do PT leva o Brasil a se transformar em um estado unitário. Apenas ao governo federal é possível definir prioridades, definir aquilo que é ou não relevante ao nosso futuro. A primeira das visões que deve orientar o novo governo é a visão clara da federação”, disse Aécio.

O senador afirmou que os avanços sociais e econômicos que o Espírito Santo obteve, nos últimos anos, vieram como resultado dos esforços dos próprios capixabas, e não de uma política de parcerias com o governo federal.

O candidato Paulo Hartung, que governou o Espírito Santo entre 2003 e 2010, foi definido por Aécio com “um dos mais completos homens públicos da nossa geração”.

O senador destacou ainda que o projeto apresentado por ele não deve ser interpretado como uma proposta única do PSDB, e sim como uma construção entre todos os brasileiros que se preocupam em mudar o modelo administrativo que o PT impôs ao país.

aecio em vitoria2

Parcerias

Aécio lembrou que Minas Gerais e o Espírito Santo têm uma ligação das mais intensas, que é motivada tanto pela proximidade geográfica quanto por fatores como a produção industrial  dos dois estados.

“Estou em casa no Espírito Santo”, disse Aécio. “Não poderia ser em outro estado o início dessa caminhada. Venho de Minas Gerais para o Espírito Santo para fazer de mineiros e capixabas um só corpo, para dizer à nação: vamos vencer as eleições e vamos honrar a cada um de vocês”, acrescentou.

O candidato da Muda Brasil à Presidência pediu ainda o empenho dos militantes locais para a eleição de Paulo Hartung e destacou: “que Hartung seja o novo governador do Espírito Santo para selarmos em definitivo uma parceria com toda essa gente em favor de um Brasil novo”.

A coligação que tem Paulo Hartung candidato a governador e César Colnago a vice é composta por sete partidos: PSDB, PMDB, DEM, Solidariedade, PEN, PRP e Pros. A deputada federal Rose de Freitas (PMDB) é a candidata ao Senado pela chapa.

Em Vila Velha, foram entregues os primeiros materiais de campanha da Muda Brasil: adesivos que trazem o nome da coligação e de Aécio Neves.

Aécio diz que foi ao Espírito Santo para buscar inspiração

aecio em vitoria3O candidato da coligação Muda Brasil à Presidência da República, Aécio Neves, concedeu entrevista coletiva nesta quinta-feira (10), em Vitória. Segundo ele, a visita à cidade inspira a proposta de “um audacioso projeto” para o Brasil.

A seguir, trechos da entrevista.

Quero iniciar essa minha campanha com o pé direito aqui, pelo Espírito Santo. Para nós, mineiros, estar no Espírito Santo é estar em casa. A grande verdade é que há 30 anos acompanhava o meu avô, o presidente Tancredo Neves, na sua caminhada pelo reencontro do Brasil com a democracia, com a liberdade. E foi aqui no Espírito Santo que ele lançou as bases da Nova República, que nada mais era do que a propósito de uma grande convergência nacional, para superarmos a inflação, resgatarmos a credibilidade do país, voltarmos a crescer, gerando empregos e oportunidades para a nossa agenda.

Trinta anos se passaram, mas a agenda de hoje não é muito diferente, e venho ao Espírito Santo 30 anos depois para dizer que o Brasil precisa de uma grande convergência, controlar a inflação, retomar a credibilidade para que possamos crescer mais, gerando educação, saúde e mais segurança para as pessoas. Eu não poderia iniciar essa caminhada sem vir ao Espírito Santo, pedir aqui a inspiração para que possamos apresentar ao Brasil um audacioso projeto, que permita aos brasileiros voltar a ter esperança no seu futuro.

“A derrota do jeitinho”, análise do ITV

torcedores2-300x199Jogos de futebol deveriam se limitar ao que se passa dentro de campo, entre as quatro linhas. Mas a exaustiva exploração que envolveu e envolve a realização da Copa do Mundo no Brasil autoriza analisar o que aconteceu ontem no Mineirão sob o aspecto das vinculações que cercam esporte e política. Na alegria e na tristeza.

A histórica derrota sofrida pela seleção pode servir como lição para que o Brasil se torne um país melhor. A vitória alemã representa o triunfo da técnica, da disciplina, do método e do rigor sobre o improviso, o descompromisso e a fé em que, no fim, tudo vai dar certo, porque, afinal de contas, Deus é brasileiro e conosco ninguém pode.

A Copa começou para o Brasil com um gol contra e terminou com a maior – em vários e diferentes aspectos – goleada da história do futebol mundial. Um vexame de proporções homéricas. Será que isso não nos diz algo sobre o que acontece quando abdicamos de fazer o que é certo apostando que, ainda assim, no fim nada vai dar errado?

Diz-se que a derrota de 1950 para o Uruguai foi uma tragédia que marcou a alma brasileira e impingiu-nos certo complexo de vira-latas. Quem sabe a humilhação de 2014, com o êxito da racionalidade germânica, não nos faça acordar para a premente necessidade de levarmos as coisas mais a sério e nos tornarmos, enfim, a grande nação que podemos chegar a ser?

O pior que pode acontecer agora é ignorar que o fiasco da seleção deve muito à forma com que os problemas são enfrentados no país. Improvisa-se um Bernard em campo, sem sequer testá-lo antes no time em um treino tático, achando-se que, assim, engana-se o técnico adversário e logra-se a vitória. Sem maiores esforços, sem sacrifícios. É o cúmulo da cultura da esperteza, que só nos afunda, mas não está presente apenas no esporte. Pelo contrário.

O marketing político tornou-se expert em apropriar-se de sentimentos desta natureza e insuflá-los. No caso específico da Copa, quantas vezes, ao longo de sete anos, não ouvimos autoridades federais dizendo que o “jeito brasileiro” de fazer as coisas seria um sucesso, como se organização, planejamento e método fossem atributos indesejáveis para uma nação tão criativa quanto a nossa?

Nos últimos dias, com oportunismo, cresceu o ímpeto do governo federal em associar-se aos belos espetáculos vistos dentro de campo por seleções tão improváveis quanto a da Costa Rica. A gestão petista sentiu-se autorizada a surfar na onda da satisfação do público com o que via nos gramados, como se, a cada lance genial de

Robben ou Müller, correspondesse uma obra de mobilidade urbana ou de infraestrutura realizada.
Ao longo de sete anos, a gestão petista tentou transformar a Copa num ativo político. Fez isso com mais ou menor ímpeto ao sabor dos humores que captava do público.

Tentou desvincular-se do torneio depois dos protestos de junho de 2013 da mesma forma que tenta agora dizer que não tem nada a ver com o fracasso de ontem. Aproximou seus palanques dos gramados enquanto o futebol encantava.

De fato, evidentemente, o governo não pode ser responsabilizado pelo futebolzinho que a seleção jogou no Mineirão. Mas precisa, sim, responder por tudo o mais que a Copa do Mundo deixou de entregar: desde as promessas frustradas até o desperdício de recursos públicos que certamente teriam sido melhor empregados em algo mais premente para a população do que elefantes brancos apelidados de arenas.

Houve, sim, bons resultados durante a Copa, a partir de esforço gigantesco e compartilhado de diversas instâncias de poder, assim como de empenho privado, compromissos coletivos e participações individuais. O brilho que cerca o torneio é obra coletiva, mas daí a dizer que, no fim das contas, foi tudo uma “belezura” vai imensa distância.

Na retórica oficial, criticar a má preparação, o desperdício de dinheiro público, os compromissos não honrados, as promessas negligenciadas foi sempre considerado crime de lesa-pátria, como torcida contra, como coisa de “urubus” e “pessimistas”. Jamais se encarou a crítica como legítima colaboração a fim de se produzir mais e melhores benefícios para a população.

O sucesso ocasional visto em vários aspectos da Copa – mas, repita-se, longe de ser um triunfo geral – só ressalta a constatação de que o país pode ir muito mais longe. Se fez bem durante 30 dias para não fazer feio para o mundo, por que não faz sempre assim para fazer bonito para os brasileiros?

Que a derrota das derrotas sofrida para a Alemanha seja um aprendizado. O país que precisamos construir não cabe em slogans bobocas como o que tenta nos convencer de uma “Copa das Copas” que, assim como o Brasil da propaganda oficial, nunca existiu.