Confira a entrevista com o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, nesta segunda-feira, dia 2 de junho, em São Paulo.
Sobre política de preço da gasolina
Eu não posso adiantar nada sobre isso sem conhecer efetivamente os números do governo e da própria Petrobras, o impacto que isso vem tendo até na questão inflacionária. Seria irresponsável se eu antecipasse qualquer anúncio sem efetivamente estar no governo. O que tenho dito é que nessa e em outras áreas nós vamos reintroduzir a previsibilidade, algo em falta no Brasil. As regras têm que ser claras, transparentes, e é isso que ajuda a criar um clima de estabilidade na economia, de serenidade na economia, favorável, inclusive, à retomada de investimento. Não falo apenas desse setor especificamente, mas em todos os outros. E o que estamos vendo no Brasil é o susto permanente, o intervencionismo exagerado, a quebra de regras e de contratos. Precisamos restabelecer um ambiente de serenidade e tranquilidade para que os investimentos voltem ao Brasil e nós possamos voltar a crescer. Em todas as áreas – e não apenas nessa – a previsibilidade vai ser a palavra de ordem.
Sobre o candidato a vice
Pretendo levar até o dia 14/06, pretendo definir isso até o dia 14/06. Acho que é o mais natural. Eu tenho o prazo até o dia 30/06, que é o prazo que a lei me faculta, mas as conversas estão andando com muita naturalidade, e pretendo sim que até o dia 14/06 essa questão esteja resolvida. Pretendo, mas vou fazer isso no momento em que a decisão estiver madura. O que me alegra é ver que existem, hoje, figuras extremamente qualificadas, que se dispõem a ajudar nessa caminhada.
Sobre relação com PSB em MG e PE
Sou um defensor das coisas naturais na política. Na eventualidade de uma ruptura em Minas Gerais, obviamente que vem no oposto do que é natural, o PSB em Minas participa da nossa obra de governo desde o início e ainda hoje participa do governo. Elegemos o prefeito da capital, do PSB, que participa também desse projeto político. Acho que qualquer candidatura eventual que surge em Minas Gerais tem uma dificuldade enorme de combater o governo do qual ele faz parte. Acho que essas coisas da vida que precisam ser explicadas, não costumam dar muito certo. Se isso acontecer, lamentarei, mas não cobrarei uma recíproca na mesma moeda. Respeitarei a posição dos meus companheiros em Pernambuco, qualquer que seja ela, até porque em momento algum permitirei que se sacrifiquem, inclusive, posições ou mandatos de companheiros que estão lá ao nosso lado. Da minha parte, todos os compromissos assumidos e entendimentos que eu fiz serão mantidos até o final.
Sobre PSB e governador Geraldo Alckmin
Tenho que ser coerente e sou em tudo o que faço. Lá atrás você vai se lembrar, eu falava que era natural que o PSB tivesse o governador Alckmin pela mesma razão que Minas era natural, porque participam do governo Alckmin na posição que eles acharem necessário. O governador Alckmin não precisa do meu aval para tomar qualquer decisão aqui, mas eu o tranquilizei, dizendo que qualquer que seja o entendimento que ele conduzir, que seja bom para a sua candidatura, é muito bom para nós. O que quero é que o governador Geraldo Alckmin cada vez mais fortalecido. Com o governador Alckmin fortalecido, a nossa candidatura em São Paulo, estará fortalecida. Que todos possam vir para apoiá-lo, até porque, é o melhor para São Paulo.
Notícias
Sociedades maduras devem muito de sua prosperidade a suas instituições. Ocontrato social estabelece regras de convívio e funcionamento das diversas instâncias. A perenidade das normas orienta o comportamento dos cidadãos e a democracia oferece meios para participação e representação. Tudo dentro da ordem.
Há, porém, os que não comungam destes valores. Querem subverter a ordem, atropelar as instituições, instituir seus próprios princípios de convivência. Consideram regras consagradas como meros instrumentos de “dominação burguesa”. Opõem-se, com vigor, à democracia representativa e lutam por formas diretas de manifestação popular.
Esta é uma visão que predomina entre petistas. Trata-se de um vezo segundo o qual tudo o que se interponha no caminho de seuprojeto de poder merece repúdio. Assim se dá com o tratamento dispensado a órgãos de fiscalização e controle, à imprensa e ao Judiciário, sempre que não comungam das teses do petismo.
Assim é também em relação ao Congresso. No passado, Lula disse que lá havia “300 picaretas”; hoje, ele e o PT aliam-se às piores picaretagens de que se tem notícia na história republicana. Mas o PT quer mais: quer subverter a representação e impor na marra a vontade das massas. Quer fazer valer suas vontades na pressão.
A nova Política Nacional de Participação Social (PNPS) insere-se neste contexto. Lançada há dez dias pela presidente Dilma Rousseff por meio de decreto, expressa como objetivo “fortalecer e articular os mecanismos e as instâncias democráticas de diálogo e a atuação conjunta entre a administração pública federal e a sociedade civil”.
No papel, tudo muito bonito. Na prática, nem tanto. O que o PT parece querer é implantar mecanismos de democracia direta no país, ao arrepio dos canais institucionais da nossa democracia representativa. De acordo com a pregação petista, a sociedade não interfere na administração pública e no processo legislativo. Será?
Nossos representantes são democraticamente eleitos para atuar no Parlamento e para governar. Há inúmeras formas de fiscalizá-los e de cobrá-los,
que, no entanto, seja necessário criar novas estruturas burocráticas e instâncias passíveis de manipulação por parte de movimentos ditos sociais. O voto é a melhor arma para punir quem não cumpre os desígnios emanados da sociedade.
O governo petista brada o slogan “Todo brasileiro tem direito de participar” como se vivêssemos hoje numa ditadura. Como se não participássemos. Como se o voto fosse algo de somenos importância. Como se o que valesse mesmo fossem apenas as formas depressão direta das massas sobre os governantes.
Há milênios, a humanidade testa formas de participação que vêm se aperfeiçoando, mas nenhuma delas mostrou-se mais saudável que a democracia e seu caráter representativo.
O PT prefere outros caminhos, inspirado, talvez, nas malfadadas experiências que pipocam pelo nosso continente – usadas, claro, sempre em favor de governantes caudilhescos.
A PNPS é mais uma forma de subverter a ordem democrática, de usurpar o papel das nossas instituições e de fazer valer vontades na marra. A participação popular precisa, sim, ser fortalecida, com cobrança firme sobre governantes e decisores. Mas não inventaram nada melhor para isso do que o voto. A urna é a forma mais adequada e direta de melhorar o país.
A grave crise de segurança em curso é um fantasma que assombra o povo brasileiro, atingindo especialmente os mais pobres. São cidadãos de baixa renda e moradores das periferias urbanas as maiores vítimas, embora o medo atinja todas as classes sociais.
O recorde histórico dos homicídios, revelado pelo último Mapa da Violência,mostra com toda a crueza a omissão e o descompromisso do atual governo com esta tragédia. São 56 mil vidas perdidas por assassinatos no Brasil por ano –cerca de 10% de todos os homicídios registrados no planeta.
A outra face dramática da violência aponta a ocorrência de cerca de 50 mil estupros no mesmo período, mas o número real pode ser ainda muito maior, em função da subnotificação.
E há ainda a tragédia diária das mortes no trânsito, impactada pelo aumento do número de veículos sem
uma estrutura de mobilidade adequada.
A taxa por 100 mil habitantes em 2002 era de 19,1, e passamos para 23,7. Em números absolutos, o salto foi de 33.288 mortos em 2002 para 46.051.
Todo este quadro confirma o que venho afirmando reiteradamente: o Brasil não possui uma política nacional de segurança pública. Na prática, o governo federal limita-se a justificar a sua omissão com o discurso de que segurança pública é responsabilidade dos Estados, adensando a ideia de uma federação anêmica e pouco solidária.
No plano das atribuições federais, as fronteiras permanecem abertas ao tráfico. O problema das drogas segue em ritmo ascendente, sem falar do sucateamento da Polícia Federal, envolvida em uma crise sem precedentes.
A ausência de prioridade revela-se nos números: nos últimos três anos, apenas 35% do orçamento federal para a área de segurançafoi executado.
Apesar do grave problema da superlotação carcerária, nesse mesmo período, ínfimos 11% dos recursos do Fundo Penitenciário foram liberados. Do total de gastos do setor, só 13% saem dos cofres da União.
Brasil afora, a realidade se repete, gerada por um regime concentrador e pela dependência de recursos em relação ao poder central: contingentes insuficientes das forças de segurança, baixa remuneração, pouca integração do trabalho policial, defasagem tecnológica e quase nenhum esforço para o compartilhamento de responsabilidades.
Transformar esta realidade vai nos exigir uma profunda mudança de modelo.
A União tem que assumir o papel coordenador de uma política de Estado nesta área, com o fim do contingenciamento dos recursos públicos e liderança para fazer as reformas necessárias, como a do Código de Processo Penal, que se arrasta por anos e serve à reincidência e a impunidade.
Solidariedade entre entes federados é a palavra-chave quando se fala em segurança pública.
*Aécio Neves é senador (PSDB-MG) e presidente nacional do PSDB
**Artigo publicado na Folha de S. Paulo – 02/06/2014

O PSDB-ES marcou para 21 de junho a Convenção Estadual do partido. O evento, que irá oficializar as candidaturas da sigla no Espírito Santo, será na Câmara Municipal de Vitória, das 9 às 13 horas.
Na ocasião, o partido irá definir as candidaturas para governador, deputados estaduais e federais.
NACIONAL
A Convenção Nacional do PSDB, que irá lançar oficialmente a candidatura do senador Aécio Neves à Presidência da República, será no dia 14 do mês que vem, em São Paulo.
O Espírito Santo estará muito bem representado no evento tucano na capital paulista. Além de lideranças da Executiva Estadual, três ônibus com militantes do partido sairão de Vitória para participar da convenção.
Os ônibus sairão da capital capixaba no dia 13 e retornarão no dia seguinte, logo após o evento.
“É um momento muito especial para o Brasil e para o PSDB. O País vive um período pré-eleitoral e clama por mudanças. O nosso partido é o que tem mais qualificação para realizar as mudanças que a sociedade espera. E será nas convenções, estadual e nacional, que iremos definir as candidaturas que farão parte desse processo”, afirma o secretário-geral do PSDB-ES, Ruy Marcos Gonçalves.
Em resposta “sem pé nem cabeça” ao resultado da votação ocorrida na quarta-feira (28), que garante aumento de benefícios no Bolsa Família, a ministra Tereza Campello produziu um texto em que, deliberadamente, mistura iniciativas do senador Aécio Neves com as de outros parlamentares, entre eles o senador Cristovam Buarque e pergunta onde estava o presidente nacional do PSDB nos últimos 11 anos.
Como se trata de lamentável desconhecimento, o PSDB decidiu esclarecer à ministra, naquilo que julga ser obrigação dela conhecer.
A saber:
Nos últimos 11 anos, o senador Aécio Neves estava governando Minas:
1 – Garantindo que o Estado alcançasse antecipadamente 7 das 8 metas do Milênio fixadas pela ONU, o que fez com que, já na gestão do seu sucessor, Minas fosse a primeira unidade subnacional do mundo a pactuar novas e mais arrojadas metas com a Organização.
Estava governando Minas e fazendo com que o Estado:
2 – Fosse o primeiro no país a universalizar o ensino fundamental de 9 anos, e seja avaliado pelo governo federal como o Estado que detém a melhor educação fundamental do país.
3 – Fosse reconhecido, pelos índices oficiais do governo federal, como o que possui o melhor sistema de saúde pública do Sudeste.
4 – Fosse o primeiro a instituir o piso de Assistência Social para todos os municípios, transferindo recursos para os Fundos Municipais de Assistência Social.
5 – Garantisse a implantação do Sistema Único da Assistência Social nos 853 municípios mineiros.
Ele estava governando Minas e
6 – Garantindo que o programa Travessia fosse reconhecido pelo Pnud como estratégia inovadora de combate à extrema miséria.
7 – Implantando o PEP – Programa de Educação Profissional, que garantiu qualificação para milhares de Jovens.
Aécio Neves está no Senado Federal
8 – Debatendo com os senadores a melhoria do Bolsa Família.
9 – Lutando contra a corrupção que toma conta do governo do PT.
10 – Defendendo que a linha de extrema pobreza no Brasil respeite as Metas do Milênio e a promessa feita pelo governo federal a milhões de brasileiros.
11 – Propondo que a extrema pobreza seja tratada num campo mais amplo e que abranja as privações sociais que ultrapassam a questão da renda.
O PIB brasileiro cresceu 0,2% no primeiro trimestre. O resultado, um fiasco por si, torna-se ainda pior quando visto nos detalhes. Indústria, investimentos, exportações e consumo das famílias caíram. O pibinho brasileiro perde feio da maior parte dos países no trimestre. O que já está mal pode piorar: no segundo trimestre, todos os indicadores até agora vieram ruins. Estamos aprisionados no padrão Dilma de baixo crescimento e inflação alta.
Deu o esperado: o pibinho cresceu apenas 0,2% no primeiro trimestre. Se o resultado geral não surpreendeu, o retrato atual da economia brasileira revelado nesta manhã pelo IBGE é mais decepcionante do que se previa. É o velho padrão Dilma de desempenho.
A agropecuária foi, mais uma vez, quem salvou o PIB de frustração maior. Cresceu 3,6% e acumula alta de 4,8% em 12 meses. O consumo do governo aumentou 0,7%, em mais uma demonstração da hipertrofia estatal. Serviços também tiveram resultado positivo, de 0,4% no trimestre. De positivo, foi só.
Tudo o mais veio em baixa, com destaque para a indústria. O setor que mais tem sofrido nas mãos do PT teve queda de 0,8% nos três primeiros meses do ano e, nos últimos quatro trimestres, acumula alta de apenas 2,1%. Construção civil (-2,3%) e transformação (-0,8%) tiveram os piores desempenhos.
O consumo das famílias, motor que durante largo período impulsionou a economia, também rateou. A queda foi pequena (-0,1%), mas representa a primeira marca negativa deste indicador desde o terceiro trimestre de 2011, quando comparado com o trimestre imediatamente anterior.
Para complicar ainda mais o cenário, os investimentos também caíram, e muito. A queda da chamada “formação bruta de capital fixo”, ou seja, o que é aplicado em máquinas, equipamentos e construções, foi de 2,1% no trimestre. No acumulado em 12 meses, ainda há alta de 4,1%.
Como consequência, a taxa de investimento do país manteve-se muito baixa: 17,7% do PIB. Há um ano estava em 18,2% e no primeiro trimestre de 2011 atingia 19,5% do PIB. O Brasil continua sendo um dos países em desenvolvimento com menor patamar de investimento em proporção do PIB – para comparar: China (46%), África do Sul (22%), Índia (29%), Chile (25%) e por aí vai…
Exportações caíram 3,3%, enquanto as importações apresentaram expansão de 1,4%. O governo brasileiro não vai conseguir, contudo, culpar o ambiente externo pelo mau desempenho da nossa economia. No primeiro trimestre, a maioria dos países obteve resultados bem mais expressivos que o do nosso PIB, segundo o Trading Economics.
China, Japão e Índia cresceram mais de 1% na comparação com o trimestre anterior. Alemanha, Reino Unido, Colômbia e Austrália, 0,8%. A problemática Espanha avançou o dobro do Brasil e a Turquia, 0,5%. Abaixo de nós, entre as economias relevantes, aparecem França (0%), Itália (-0,1%), Argentina (-0,4%), Rússia (-0,5%) e EUA (-1%).
Se o primeiro trimestre foi amargamente ruim, para o resto do ano as perspectivas não são alvissareiras. “Todos os indicadores de atividade [do segundo trimestre] já divulgados são piores do que os já anunciados para o primeiro trimestre”, segundo o Valor Econômico. “Abril e maio terminaram sem dados que deem alento à economia”.
Quando o governo atual começou, Dilma Rousseff autorizou sua equipe econômica a divulgar que previa promover crescimento médio de 5,9% ao longo de seu mandato. A presidente não vai nem passar perto disso: sua média ficará, na melhor das hipóteses, em torno dos 2% atuais. É a terceira pior de toda a história republicana brasileira.
O Brasil experimenta o padrão Dilma de excelência, desempenho e desenvolvimento: executa mal, cuida mal da população e não consegue fazer o país avançar. Estamos aprisionados numa armadilha de baixo crescimento e inflação alta. O tempo que o país tinha a perder com a presidente e com os petistas já acabou.
Brasília (DF) – O líder do PSDB na Câmara, deputado federal Antonio Imbassahy (BA), criticou nesta quinta-feira (29) a reação de integrantes do PT à aprovação do projeto do presidente do PSDB, senador Aécio Neves, que amplia os benefícios para o Bolsa Família. A proposta mantém por mais seis meses o pagamento do benefício para quem conseguir aumentar sua renda ou se recolocar no mercado de trabalho emprego.
“É uma reação histérica e que alcança a desonestidade intelectual”, afirmou Imbassahy.
Após votarem contra o projeto de Aécio, parlamentares petistas e da base da presidente Dilma Rousseff agora tentam deturpar o objetivo do projeto, com medo de perderem a principal bandeira eleitoral do PT. A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, chegou a alegar que a proposta “deforma” Bolsa Família por ampliar o programa.
Imbassahy ressaltou que o projeto de Aécio busca “assegurar mais direitos e oportunidades” aos beneficiários do Bolsa Família.
“Eles querem passar inverdades à população. Quando votaram contra o projeto de Aécio, comprovaram que querem dar caráter eleitoreiro ao Bolsa Família”, acrescentou o líder tucano.
Imbassahy ressaltou ainda a importância de outra iniciativa de Aécio para o Bolsa Família que transformar o programa em política permanente de Estado, independentemente de quem estiver a frente da Presidência da República.
O Bolsa Família é uma conquista da cidadania e está incorporado à vida dos brasileiros. Trata-se de programa fundamental para garantir proteção social a milhões de cidadãos. Não é, porém, intocável e merece ser continuamente aperfeiçoado em benefício das famílias atendidas, de maneira a permitir-lhes superar a condição de pobreza.
Foi com este objetivo que a Comissão de Assuntos Sociais do Senado aprovou ontem projeto de lei de autoria do senador Aécio Neves (PSDB-MG) que garante o pagamento do Bolsa Família por, pelo menos, seis meses a famílias que conseguirem aumentar sua renda e, desta forma, corriam risco de perder o direito ao benefício.
“O projeto permite a extensão da permanência no programa das famílias que, em função de atividade remunerada, percam as condições de extrema miséria e, ainda, retira o teto de meio salário mínimo, possibilitando aos beneficiários tranquilidade para administrar a melhoria em suas condições de vida, sem enfrentar a insegurança de ser excluído do programa”, escreve a senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO) no relatório aprovado ontem.
A proposta segue agora para análise na Comissão de Direitos Humanos do Senado em caráter terminativo, ou seja, se aprovada também lá, seguirá direto para apreciação da Câmara. O caminho é árduo, porque o PT já está fazendo de tudo para barrar o benefício. Eles se acham donos do Bolsa Família e não aceitam que ninguém, se não eles próprios, cuide do programa.
Na votação de ontem, quatro petistas e cinco senadores da base aliada votaram contra a proposta que garante aos beneficiários do Bolsa Família que eles não serão desligados do programa caso melhorem de vida. Nove senadores votaram contra a possibilidade de um pai de família poder buscar com tranquilidade um emprego, sem medo de perder o benefício.
Foram eles: Ana Rita (PT-ES), Ângela Portela (PT-RR), Humberto Costa (PT-PE) e Paulo Paim (PT-RS); Armando Monteiro (PTB-PE), João Alberto Souza (PMDB-MA), João Durval (PDT-BA), Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e Vital do Rêgo (PMDB-PB).
A proposta de Aécio foi vitoriosa com o apoio de dez senadores: Ana Amélia Lemos (PP-RS), Cícero Lucena (PSDB-PB), Eduardo Amorim (PSC-SE), Jayme Campos (DEM-RN), José Agripino (DEM-RN), Lúcia Vânia (PSDB-GO), Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR), Paulo Davim (PV-RN), Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) e Sérgio Petecão (PSD-TO).
O PT acha que o Bolsa Família é propriedade sua e considera qualquer iniciativa em prol das 14 milhões de famílias beneficiárias um ato de lesa-pátria. Tanto que, ontem mesmo, logo após a votação no Senado, escalou a ministra de Desenvolvimento Social para atacar a proposta e fazer proselitismo eleitoral. Coisa feia.
O PT insiste em distorcer os fatos e em tentar reescrever a história. Nunca é demais lembrar que o Bolsa Família nada mais é do que o passo seguinte à rede de proteção social estruturada no governo Fernando Henrique Cardoso, apenas oportunistamente rebatizada pela gestão Lula. Naquela época, cerca de 6 milhões de famílias já eram beneficiadas – pouco menos da metade do total atual.
O relevante é que o PSDB tem uma concepção e um projeto de superação da pobreza que vai muito além da mera concessão de renda pelo Estado. Inclui também a melhoria das condições de vida da população mais pobre, por meio da oferta de melhores serviços de saúde, educação, saneamento e, principalmente, geração de emprego.
Em suma, a concessão, pelo Estado, de benefícios aos que deles necessitam é ponto de partida para uma vida mais digna e não ponto de chegada, como quer manter o PT. Aos petistas, o que interessa é ter um programa para chamar de seu e uma imensa massa de manobra para manipular a cada eleição. A nós, interessa a superação definitiva da miséria. Foi contra isso que os petistas, mais uma vez, votaram ontem.
Solidário aos capixabas devido o descaso do governo federal com o Espírito Santo, o senador do PSDB Aécio Neves afirma: “Todos os estados e municípios foram prejudicados pela fragilização da federação, mas nenhum foi tão prejudicado pela política econômica do governo do PT quanto o Espírito Santo”.
O senador, que é presidente do PSDB-ES, disse que acompanhou toda trajetória de perdas ocorridas no Espírito Santo em função dos desmandos da gestão petista.
“Sou muito solidário ao Espírito Santo, que é um estado muito especial pra mim por vários fatores, além da proximidade com Minas Gerais. Estamos elaborando várias ações de governo para todos os estados, inclusive para o Espírito Santo, e terei a chance de mostrar na minha visita ao Estado”, ressaltou Aécio Neves.
O deputado federal César Colnago destaca que, em três anos e meio de mandato, o atual governo do PT não realizou melhorias e ainda tirou recursos importantes do Estado.
“O Espírito Santo frequentou a lanterna dos investimentos federais, principalmente em infraestrutura. Temos um dos piores aeroportos desse país, cuja obra já foi anunciada e prorrogada 16 vezes desde 2005. Isso é enrolação e embromação. É empurrar o capixaba com a barriga. Parece que a presidente Dilma tem algo contra nós”, questionou.
Outro exemplo de descaso do Palácio do Planalto com o Espírito Santo, segundo o tucano, é a falta de infraestrutura nas rodovias federais 101 e 262.
“São verdadeiros matadouros infelicitando familiares de quem por elas ousa trafegar a trabalho ou a passeio”, destacou Colnago, que também criticou a cobrança de pedágio nessas BRs. “O nosso Espírito Santo é o território da Federação mais massacrado pelo governo petista. O estado exporta mais de R$ 10 bilhões por ano e não tem retorno nem de R$ 4 bilhões”, concluiu o parlamentar capixaba, que é presidente do PSDB-ES
O ex-prefeito de Vitória Luiz Paulo Vellozo Lucas reuniu cerca de 300 pessoas em um encontro com amigos, militantes tucanos e lideranças de outros partidos, onde colocou seu nome à disposição do partido para uma possível candidatura ao Senado.
A reunião aconteceu na noite da última segunda-feira, dia 26, durante um encontro em sua casa, em Vitória, com militantes tucanos.
“Essa reunião marcou o início de uma possibilidade de candidatura ao Senado, mas tudo vai depender da aprovação da direção partidária e da convenção. Fiquei muito feliz com a participação de pessoas que acompanham a minha trajetória política que começou há 20 anos, quando eu já tinha uma carreira profissional consolidada e, inspirado pelo Plano Real, disputei minha primeira eleição. E posso dizer que continuo com a mesma empolgação”, comentou Luiz Paulo.
O tucano também avaliou a postura da oposição. “Durante todos esses anos de oposição, o PSDB se manteve coerente, com pessoas resistentes e que não se deixam cooptar. E a sociedade reconhece isso”, opinou Luiz Paulo.
A ex-deputada federal Rita Camata, o vice-presidente do PSDB-ES Jarbas Assis, o secretário-geral do PSDB-ES, Ruy Marcos Gonçalves, e o presidente da JPSDB-ES, Armando Fontoura, e o prefeito de Conceição da Barra, Jorge Donati, foram algumas autoridades tucanas presentes no encontro.
Os vereadores Luiz Emanuel Zouain (Vitória), Ilma Chrizóstomo (Cariacica), Cezinha Ronchi (Marechal Floriano) também marcaram presença.
Para o secretário-geral do PSDB-ES, Ruy Marcos Gonçalves, poucos partidos possuem em seus quadros nomes com o histórico e a qualificação Luiz Paulo.
“Independente do caminho que ele escolher, o PSDB estará muito bem representado, pois Luiz Paulo tem capacidade para disputar qualquer cargo nas eleições”, pontuou o secretário.