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Senador Aécio Neves: “Já temos um compromisso com a pauta que eu chamo da Federação”

aecio-maioO presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, fez uma palestra nesta quarta-feira (7) durante a 18ª Conferência Nacional da  União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais (Unale), em Brasília. Em seguida, o senador concedeu uma entrevista coletiva. A seguir, a entrevista do senador.

Assuntos: dívida dos estados, pacto federativo, unificação das eleições.

Sobre o pacto federativo e a dívida dos estados como o senhor vai trabalhar isso se eleito presidente?

Já temos um compromisso com a pauta que eu chamo da Federação. São inúmeras questões entre elas a renegociação da dívida, que infelizmente só não avançaram até aqui porque a base do atual governo impediu que essas matérias fossem votadas seja na Comissão Especial e na Comissão de Justiça ou no Plenário. É absolutamente necessária que a renegociação ocorra. Grande parte dos estados brasileiros e alguns municípios perderam toda a sua capacidade de investimento porque pagam hoje à União seus financiamentos e seus empréstimos, com juros muito mais escorchantes, por exemplo, do que pagam uma empresa privada ao BNDES.

Isso não se justifica. O Estado que tem a responsabilidade de zelar pela segurança pública, pela saúde e pela educação, paga mais caro à União do que paga uma empresa pública que visa o lucro. É bom que tenhamos juros baixos para toda a economia, mas não é possível que os estados continuem, ainda na realidade atual, vivendo nas regras antigas. O governo negociou conosco uma proposta, e infelizmente, não teve a capacidade de honrar esta proposta. E outras medidas como o fim da tributação do Pasep, o aumento pelo menos de um a dois percentuais no Fundo de Participação. Todas essas matérias constarão no nosso compromisso com a federação. Desde o início da minha trajetória política tenho defendido que possamos ter no Brasil uma República eminentemente federativa com municípios e estados em condições de enfrentar as suas dificuldades. O Brasil, infelizmente, se transformou em um estado unitário. Apenas a União detém receitas e apenas a União define o que fazer com estas receitas. Infelizmente, o resultado é este: ineficiência e uma sucessão de desvios que avilta e traz indignação aos brasileiros.

Sobre a unificação das eleições

Tenho defendido um projeto que acaba com a reeleição e estabelece cinco anos de mandato para todos os cargos públicos em um só momento. Aí teríamos quatro anos obviamente para trabalharmos e um ano de eleição. Isso traria, a meu ver, maior eficiência a toda a máquina pública e é uma das propostas que estaremos apresentando durante o debate eleitoral.

Vereador Luiz Emanuel pede ajuda ao Sebrae para apoio técnico aos artistas

lu-emaUma comissão de artistas, acompanhada pelo vereador Luiz Emanuel, visitou o superintendente da instituição, José Eugênio Vieira, e pediu mais atenção às demandas de quem produz arte e cultura na capital e no Estado.

Acompanhado de representantes do Sindicato dos Artistas Plásticos, o vereador Luiz Emanuel foi recebido pelo superintendente do Sebrae, José Eugênio Vieira,  em busca de apoio técnico aos artistas e a Cultura capixaba.

A idéia, segundo o vereador  é,  juntamente com o Sebrae/ES, levantar por modalidade as demandas dos artistas à luz da legislação vigente. “Nossos artistas não conseguem, por exemplo, dar recibos ou notas fiscais, impossibilitando assim a prestação de seus serviços. Também não são apoiados para exposições de seus trabalhos fora do Brasil”, revelou Luiz Emanuel.

Durante o encontro ficou acordado que o Sebrae/ES irá realizar um seminário, em data a definir, para capacitação e orientações à categoria, quanto as particularidades e desafios dos artistas, além de orientá-los na capitação de recursos junto as instituições financeiras.

Já à noite, Luiz Emanuel participou da reunião ordinária mensal do Sindicato do Artistas, na Enseada do Suá, para repassar as informações do Sebrae.

“Um enorme prazer poder acompanhar pessoas tão importantes para a vida de nossa cidade e Estado. Com os amigos Celso Adolfo Salles Ramos, Cesar Viola Maio, Carlos Benevides Lima Junior, Maria Helena Lindenberg, Cristina Bastos, Bianca Romano, Leonardo Monjardim e outros”.

“Do mundo da lua”, análise do ITV

A candidata à reeleição adotou uma nova prática nas últimas semanas: abre as portas dos palácios de governo para oferecer convescotes que invariavelmente transforma em palanque de campanha. Nestas ocasiões, Dilma Rousseff acaba sempre por revelar um pouco mais de sua particular visão de mundo. Em alguns casos, ela parece ter chegado da lua.

Ontem à noite, a presidente recebeu um grupo de jornalistas para mais um jantar de, digamos, confraternização no Alvorada. Na semana passada, havia aberto as portas do palácio para editores de esportes, um grupo dominado por homens. Já Lula, seu tutor, prefere falar com os “blogueiros progressistas”, aquela gente paga pelo governo para falar bem do governo…

No encontro de ontem, segundo relato publicado pela Folha de S.Paulo, Dilma, entre outros assuntos, admitiu que “não está tudo bem” em relação à inflação brasileira. Será que só agora a presidente percebeu isso? Será porque, como mandatária, não tem que passar pelo perrengue de ir à feira e constatar, a cada semana, que o salário compra cada vez menos comida?

Dilma chega ao último ano de seu mandato vendo a inflação decolar sem que tenha feito movimento à altura para conter os aumentos em série. Ela nunca cumpriu por um ano sequer a meta fixada para a política monetária e deve entregar, pelo segundo ano consecutivo, preços mais altos que os vigentes no ano anterior. Legará ao sucessor inflação maior que a que recebeu, algo inédito desde a estabilidade conquistada com o Plano Real.

A presidente parece não ver problema algum nesta receita indigesta. Enxerga – e só ela consegue isso – um futuro venturoso para uma política que, à inflação em alta constante, junta crescimento econômico minúsculo por anos a fio. Para Dilma Rousseff, esta combinação é, na verdade, um anabolizante e tanto. De que planeta ela aterrissou?

No convescote de ontem, a presidente afirmou às jornalistas que erra quem prevê um ano de ajustes e dificuldades em 2015. Segundo sua visão particular da realidade, no ano que vem o Brasil estará, isto sim, “bombando”. Só se for no sentido literal mesmo, sob uma chuva de mísseis… Existe consenso hoje – e até gente do governo admite – que do jeito que está não dá para ficar.

Em razão da forma como vem sendo governado pelo PT, o país tem uma série de bombas-relógio armadas para explodir nos próximos meses. Há desde a inflação represada de preços administrados, como energia e combustíveis, até o crônico desequilíbrio entre receitas e despesas, agravado sobremaneira nos últimos 12 anos.

Até Dilma, ainda que em atos falhos, admite isso. Em discurso ontem à tarde, ela disse que está “sofrendo” com decisões tomadas pelo antecessor: “Eu tenho certeza que o mundo brasileiro daqui a três anos será melhor que o de hoje, porque hoje eu já estou sofrendo, ou melhor, me beneficiando das decisões tomadas no período Lula”.

Quando resolve tratar de problemas que o país ainda tem a vencer, Dilma insiste na odiosa transferência de responsabilidades. Três mandatos após a chegada de seu partido ao poder, continua culpando investimentos que “não foram feitos no passado” por atrasos como, por exemplo, no saneamento – área em que as gestões petistas tiveram resultados piores que as anteriores. Doze anos é pouco para mudar uma situação?

plaPara convencer incautos, Dilma lança mão de uma alquimia de estatísticas, saídas das pajelanças produzidas por Marcelo Néri no Ipea. Tenta mostrar aos brasileiros que a situação vai bem e que o problema é que nós, pobres e ignorantes mortais, não temos capacidade para perceber isso. Faltam feira e supermercado neste elixir – ou, talvez, torturar um pouco mais os números…

Os momentos de ensaiada descontração que promove nos palácios permitem aos brasileiros conhecer mais amiúde os pontos de vista da presidente. Na conversa com os jornalistas esportivos, por exemplo, Dilma deixou transparecer que prefere a atenção de médicos vindos de Cuba do que a capacidade dos médicos brasileiros. É de se sugerir que ela vá se cuidar na ilha quando, e se, suas condições de saúde voltarem a exigir.

Mas o que tais ocasiões trazem de melhor é permitir à população avaliar melhor no que estará incorrendo caso opte por manter Dilma Rousseff por mais quatro anos no principal gabinete do Palácio do Planalto. Resta evidente que a percepção da presidente sobre a nossa realidade aproxima-se da de quem tivesse chegado ontem de uma viagem à lua. Lá, aliás, é bom destino para ela a partir de 2015.

Aécio Neves concede entrevista coletiva sobre a CPI da Petrobras

aecio-senado-0605-2-300x200Brasília (DF) – O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, concedeu entrevista coletiva nesta terça-feira (6) sobre a instauração da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras. A seguir, a entrevista.

Sobre reunião de hoje de parlamentares da oposição com o presidente do Senado, Renan Calheiros.

Não viemos pedir ao presidente Renan. Viemos saber do presidente Renan quais as providências tomadas. A oposição veio ao presidente do Senado, Renan Calheiros, para saber quais os procedimentos que ele irá tomar para instalação imediata da CPMI. O presidente Renan nos comunicou que amanhã, nesta quarta-feira, às 20 horas, convoca uma reunião do Congresso Nacional, e solicita aos líderes partidários a indicação dos membros que irão compor a CPMI. E se em um prazo de três sessões, sessões ordinárias da Câmara dos Deputados, não houver a indicação de membros por parte, por exemplo, de alguns partidos da base governista que não querem a apuração, num prazo máximo de três sessões o próprio presidente Renan Calheiros faz a indicação.

As oposições irão fazer amanhã a indicação dos membros para a CPMI, Comissão Parlamentar Mista de Inquérito. E vou repetir o que tenho dito: uma CPI não prejulga, muito menos pré-condena quem quer que seja. É a oportunidade que a sociedade brasileira vai ter para saber efetivamente de que forma a maior empresa brasileira, a Petrobras, vem sendo governada ao longo desses últimos anos. Não há mais como postergar, não há mais como adiar a instalação da CPMI. Amanhã, portanto, a indicação dos nomes para a CPMI, e achamos que é justo que o Senado e a Câmara dos Deputados participem da investigação.

Sobre recurso do presidente Renan à decisão da ministra Rosa Weber.

Não tem efeito suspensivo. Ele tem o direito de recorrer, como fez no Senado, é a sua própria decisão, e vai fará isso como presidente do Congresso, mas não há efeito suspensivo. A partir do momento em que os membros forem indicados, a CPMI começa a funcionar. Porque a liminar da ministra Rosa Weber vale para a CPI, onde ela determina a sua instalação. E ele compreende, isso ficou claro na nossa interlocução de agora, ficou claro que ele compreende que a decisão da ministra Rosa Weber vale também para a CPMI. O recurso não adia, o recurso não interrompe o processo de instalação e início dos trabalhos. Calculando as três sessões para que o conjunto das indicações possam chegar, no máximo na semana que vem teremos o início dos trabalhos da CPI.

Sobre CPI no Senado.

Não tem sentido, na nossa avaliação, termos duas comissões parlamentares de inquérito funcionando concomitantemente. Isso só serve àqueles que não querem investigação. Avaliamos, os líderes da oposição e setores da base, da Câmara em especial, que o correto seria uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), onde os deputados federais e senadores pudessem participar das investigações. E vamos aguardar amanhã a sessão do Congresso Nacional, esse é o compromisso formal do presidente Renan Calheiros, até porque ele não poderia fugir desse compromisso. Amanhã, indicam-se os nomes e, a partir da semana que vem, iniciam-se os trabalhos da CPMI.

Projeto de Lei do vereador Válber Salarini estimula adoção de animais domésticos em Anchieta

caes“Incentivar a adoção de animais domésticos que se encontram em abrigos ou abandonados; orientar quanto aos cuidados e tratamentos com os animais e conscientizar quanto à proibição da prática de maus-tratos; orientar sobre as doenças, formas de transmissão e prevenção e divulgar e prestar esclarecimentos sobre as leis de proteção aos animais”, são esses os objetivos da Política de Estímulo à Adoção de Animais Domésticos proposta pela vereador Válber Salarini na sessão desta terça-feira (29) através do Projeto de Lei nº 39/2014.
O Projeto estabelece, ainda, que o Poder Executivo promoverá anualmente a Semana de Incentivo à Adoção de Animais Domésticos podendo inclusive firmar convênios e parcerias com instituições de ensino veterinário, bem como organizações não governamentais voltadas à proteção animal.
“A decisão de adotar um animal doméstico é uma excelente forma de priorizar o cuidado aos animais. Sem este gesto, esses animais permanecerão vagando pelas ruas ou sob os cuidados de um abrigo, o que a médio e longo prazo acarretará no super-lotamento desse espaço. A causa dos animais está conquistando novos adeptos e o poder público deve envolver-se nessa ação. Este projeto visa criar uma política municipal onde o poder público estimule o respeito aos animais e o cuidado através da adoção”, explicou Válber.

Tucano critica tom eleitoral e uso abusivo de pronunciamentos oficiais por Dilma

colnago-plenarioDeputados do PSDB reagiram ao uso abusivo da cadeia nacional de rádio e televisão pela presidente Dilma Rousseff no Dia do Trabalhador. Na véspera do 1º de maio, a petista fez seu 20º pronunciamento oficial e aproveitou o espaço reservado ao governo para fazer campanha eleitoral explícita, como destacaram os tucanos. Na avaliação deles, além de agredir o Estado de Direito ao transformar um instrumento legítimo de governança em canais de difusão de propaganda político-partidária, a mandatária fez um discurso permeado apenas por mentiras e meias verdades.

O deputado César Colnago (ES) disse que está “completamente errada” a forma como Dilma usa o espaço destinado aos pronunciamentos oficiais.  “O governo do PT, que tem um ranço autoritário, faz confusão entre o que é governo e o que é Estado. Estão usando um espaço institucional da Presidência da República em beneficio da candidata Dilma. Na minha visão, isso é ilegal”, apontou.

Por mais de quatro minutos, Dilma, em tom de campanha, prometeu aumento para os beneficiários do Bolsa Família, falou sobre a correção da tabela do IR, salário mínimo, e elencou uma série de promessas relacionadas.  “Isso está errado. É um absurdo. Ela tem que esperar o período eleitoral”, critica Colnago.

“A verdade é que ela ficou lá prometendo coisas com fins eleitoreiros, mostrando, inclusive, falta de responsabilidade com as contas do governo, afinal, há um grande desequilíbrio das contas públicas e a inflação está batendo à porta”, ressaltou o tucano. Para ele, o pronunciamento foi fruto do desespero diante das últimas quedas de popularidade.

“Todos os direitos dos trabalhadores serão garantidos”, diz Aécio Neves

aecio-neves-em-sp-foto-igo-estrela-2-300x199São Paulo (SP) – O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, concedeu entrevista coletiva nesta segunda-feira (5), em São Paulo, na sede do Sindicato Nacional dos Aposentados.

A seguir, a entrevista em que ele respondeu perguntas sobre reivindicações de trabalhadores e aposentados.

Sobre o fator previdenciário?
Recebi aqui hoje, e fico muito feliz, uma extensa pauta de reivindicações dos trabalhadores brasileiros, representados aqui pelo Sindicato de Aposentados e outros sindicatos ligados à Força. Todos esses temas serão debatidos por nós com absoluta transparência. Convidei o ex-presidente do Sindicato dos Aposentados, o conhecido João Feio, para participar, ao lado do governador Anastasia, da formulação das nossas propostas. Essa questão, assim como outras, serão debatidas e obviamente avaliadas na sua extensão e nas suas consequências. O que há é uma disposição minha clara, e essa é razão de esse gesto ter sido o primeiro sindicato em São Paulo que venho visitar, de incluir demandas dos aposentados, da classe trabalhadora, nas discussões do nosso programa de governo. Todos esses temas, sem exceção, e são cerca de 12 propostas, serão discutidos e debatidos. Sobre cada uma delas, durante a campanha, nós teremos a nossa posição.

É possível conciliar a agenda da ortodoxia fiscal com a agenda trabalhista?

Temos que fazer isso com a absoluta responsabilidade e acho que sim, porque um dos objetivos maiores nossos, por exemplo, é acabar com a inflação. E isso atende fundamentalmente ao trabalhador, ao que mais precisa. Quando eu falo em recuperar a indústria, a quem isso atende? Ao trabalhador, que está vendo os empregos de maior remuneração indo embora. Quando falo em termos uma política fiscal transparente, que resgate o emprego no Brasil, e os investimentos também no Brasil, eu estou falando em voltar a crescer. Não indicadores pífios, como hoje. Quando voltarmos a crescer, quem ganha? Ganha o trabalhador. Acho que é absolutamente compatível. Agora, faremos tudo com a absoluta responsabilidade – como, aliás, tenho agido ao longo de toda a minha vida pública.

Sobre a fórmula de reajuste do salário mínimo.
Essa é uma conquista inexorável, que não é de um governo, de um partido. E nem pode ser usada como instrumento de propaganda eleitoral. Tanto que existe um projeto, que foi assinado pelo líder do meu partido na Câmara dos Deputados, que estende, até 2019, o atual reajuste, com base na inflação e na média do crescimento do PIB nos dois anos anteriores. Votamos isso no Congresso Nacional. O que é equivocado é o governo usar isso em véspera de uma eleição como se fosse uma bondade de um partido político. Não é. É uma conquista dos trabalhadores.

Sobre a possibilidade de flexibilização de leis no turismo.
Todos os direitos dos trabalhadores serão garantidos. Eu tenho, na minha história, o DNA de quem assinou a Constituição de 1988, que trouxe direitos fundamentais aos trabalhadores. Todos os direitos dos trabalhadores serão garantidos. Se houver alguma demanda de trabalhadores de determinado setor, será discutida com eles, jamais contra eles.

“Mais uma lorota no saneamento”, análise do ITV

saneamento-ecologico-3Desde que, em 2009, foi ungida candidata à sucessão de Lula, Dilma Rousseff habituou-se a viver em clima de palanque. Mesmo nos três anos e pouco de seu governo, tem sido assim. Sua administração notabiliza-se por um moto-contínuo de anúncios que se realimentam e se reinventam sem chegar a nenhum lugar. O PAC é o melhor exemplo disso.

 Hoje, a presidente abrirá as portas do Palácio do Planalto para mais uma cerimônia dedicada a um subitem do programa que deveria acelerar o crescimento do país, mas que apenas levou o Brasil a ser a nação em que o PIB menos avançou em toda a América do Sul desde que o PT ascendeu ao poder, como mostrou estudo recente do Instituto Teotônio Vilela.

 O PAC da vez será dedicado a obras de saneamento em municípios com população de até 50 mil habitantes. É espantoso como – prestes a completar três ciclos de governo, quase 12 anos depois de assumir o poder – só agora o petismo se importe com um dos maiores desastres existentes entre os serviços públicos prestados no país.

 A situação do saneamento no Brasil é de indigência. Recentemente, aparecemos na 112ª posição num ranking que mede a situação deste serviço em 200 países do mundo. Pudera: 52% da população brasileira sequer possui serviço de coleta de esgotos – são 35,5 milhões de moradias nestas condições – e apenas 37% do que é recolhido recebe tratamento adequado. Um descalabro de saúde e de meio ambiente.

 Os petistas adoram falar que receberam uma herança maldita e que, devido a um suposto histórico de falta de planejamento até outro dia vigente no país, só na era PT o Brasil reencontrou o caminho da ventura. Lorota. É só ver o que aconteceu no saneamento mesmo. Na última década, o que já era ruim ficou ainda pior: o ritmo de expansão dos serviços de saneamento no país diminuiu. A média anual caiu para 4,1%, ante patamar histórico de 4,6%.

 Tal situação até poderia servir para justificar o PAC do Saneamento que Dilma lança hoje para cidades de menor porte. Mas o fato é que, desde 2010, existe outro PAC para o setor e este, como sói acontecer com o programa-síntese dos governos do PT, não sai do lugar.

 O acompanhamento da execução orçamentária da União, feito por meio do Siafi, registra dotação de R$ 14,9 bilhões para obras e ações de saneamento nos orçamentos federais de 2011 a 2014. Deste valor, apenas R$ 4,8 bilhões foram pagos até abril, o que dá 32% do total. Seria muito melhor se Dilma cumprisse o que promete, ao invés de tediosamente repetir anúncios e compromissos vãos.

 Analisando-se a execução do PAC Saneamento pelo número de empreendimentos, a situação fica bem mais dramática. Segundo o Contas Abertas, das 7.234 obras e ações de saneamento previstos no PAC 2, apenas 886 foram concluídas, pouco mais de 12% do total. Isto significa que nove em cada dez obras de saneamento anunciadas por Dilma e pelo PT não foram finalizadas.

 Expandir os serviços de saneamento é fundamental para melhorar as condições de vida da população, em especial as de saúde. Águas tratada e esgotamento sanitário decente reduzem significativamente a incidência de doenças de veiculação hídrica. A ONU já chegou a estimar que cada real investido em saneamento resulta em quatro reais economizados em gastos com saúde.

Segundo o Instituto Trata Brasil, serão necessários R$ 313 bilhões para universalizar o serviço de saneamento no país. O governo acena com a possibilidade de a meta ser cumprida até por volta de 2030. Mas, no ritmo de investimentos atual sustentado pelo PAC de Dilma e do PT, esta miragem só estará ao alcance das mãos daqui a cerca de 40 anos.

 Dilma poderia ter dado impulso efetivo à expansão do saneamento no país se tivesse cumprido uma de suas promessas de campanha, feitaem outubro de 2010: desonerar a prestação do serviço do pagamento de PIS e Cofins. Mais uma jura não honrada. Estima-se que esta medida liberaria R$ 2 bilhões das concessionárias do setor para investimento. No palanque, pode tudo; no governo, não se faz nada.

PSDB protocola representação contra Dilma por propaganda antecipada e pede ao MPF investigação por improbidad

Carlos-Sampaio-Foto-George-Gianni-1-300x200 (1)O PSDB protocolou no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) representação contra a presidente Dilma Rousseff por propaganda eleitoral antecipada e deve apresentar, ainda nesta segunda-feira ao Ministério Público Federal, pedido de investigação por suposta prática de improbidade administrativa contra a presidente, o secretário de Comunicação da Presidência, Thomas Traumann, e os demais responsáveis pela veiculação da propaganda ilegal. Ambas as ações referem-se ao pronunciamento feito em cadeia de rádio e televisão por ocasião do Dia do Trabalho.

A representação ao TSE baseia-se nos argumentos de que a presidente usou o pronunciamento para fazer ataques a adversários políticos, aproveitou-se para veicular propostas de um futuro governo e fez pedido explícito de voto, condutas que ferem a legislação eleitoral.

“Houve propaganda eleitoral no pronunciamento da Senhora Presidente da República, na medida em que ocorreu veiculação de manifestação em período vedado por lei. Tal pronunciamento levou ao conhecimento geral, a candidatura pública e notória da Representada, além de identificar as ações políticas que pretende desenvolver. Acresce que a Representada se posicionou como mais apta a exercer o mandato de Presidente da República, inclusive ao atacar, incisivamente, seus adversários”, diz a representação assinada pelo coordenador jurídico nacional do PSDB, deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) e pelos advogados do partido.

Ao TSE, os representantes do PSDB pedem que a presidente Dilma seja multada e impedida de continuar fazendo propaganda eleitoral antecipada.

Ministério Público Federal

De acordo com Sampaio, a representação junto ao MPF deverá ser protocolada ainda nesta segunda-feira. O deputado disse que a propaganda eleitoral fora do período determinado pela legislação também caracteriza a prática de improbidade administrativa, ao ferir os princípios da impessoalidade e do dever de lealdade para com a Constituição Federal, estabelecidos em seu artigo 37.

“Ao pessoalizar os atos de governo, a presidente Dilma esquece que o patrimônio público pertence ao povo brasileiro e não a ela própria e a seu grupo político. Isso é inconstitucional, ilegal e imoral”, afirmou Sampaio.

 

“Um governo para ricos”, análise do ITV

ITVBastou as pesquisas de opinião confirmarem o esfacelamento da candidatura à reeleição da presidente Dilma Rousseff para o PT assacar suas armas de sempre. A estratégia é dividir o país entre nós e eles, entre ricos e pobres, entre patriotas e entreguistas. O difícil, porém, é saber onde exatamente os governos petistas se encaixam.

 Se há quem tenha menos motivos para sentir-se insatisfeito com o Brasil atual são os mais ricos. Desde Lula, o governo tem sido uma mãe para eles: nunca ganharam tanto dinheiro, nunca receberam tratamento tão privilegiado nos balcões oficiais, nunca foram tão paparicados pela área econômica. Dilma manteve a escrita.

 O Brasil é hoje a pátria dos rentistas. Paga as mais altas taxas de juros do mundo. Por esta razão, muito dinheiro de todos os cantos do globo tem vindo se locupletar aqui – e não é de pobres… Vale registrar: o governo brasileiro caminha para gastar 6% do PIB com juros da dívida neste ano, enquanto despende menos de 0,5% do PIB com o Bolsa Família.

 O BNDES foi convertido num spa de grandes grupos empresariais, tratados a pão de ló com financiamentos à base de taxas de juros subsidiadas e inalcançáveis para a maioria dos mortais. Trata-se de estratégia que elevou a dívida pública bruta em nove pontos percentuais do PIB desde 2007 – ou alguma coisa como R$ 450 bilhões – sem que resultasse em qualquer benefício para os mais pobres.

 A política de desonerações tributárias posta em marcha por Dilma também teve caráter discricionário e regressivo, ou seja, beneficiou os amigos do rei e da rainha, gente com poder de pressão suficiente para seduzir Brasília para seus pleitos. Será esta a “elite” que desgosta do PT, conforme disse Lula no encontro petista deste fim de semana? Não parece.

 A massa da população continua pagando uma das mais altas cargas tributárias do mundo – e a que menos retorno rende aos cidadãos na forma de serviços públicos prestados. Insatisfeito, o governo acena com a possibilidade de aumentar ainda mais os tributos sobre bens de consumo, a fim de conseguir cumprir suas metas fiscais, como anunciou Guido Mantega a’O Globo no domingo. Será este o governo que cuida bem dos pobres?

 Será o governo que supostamente cuida dos pobres o mesmo que não entrega atendimento público de qualidade na educação, que não zela pela saúde, que descumpre todas as suas promessas em termos de melhoria da qualidade do transporte público que subtrai horas preciosas da vida dos brasileiros todos os dias?

 Será patriota o governo que reduz o patrimônio público a pó em estatais como a Petrobras, que ora produz escândalos demais e petróleo de menos, e a Eletrobrás, que gerou R$ 13 bilhões de prejuízo em dois anos? Ou que torra bilhões do dinheiro pago pelo contribuinte para cobrir rombos criados por iniciativas tomadas ao sabor de conveniências eleitorais?

 Estratégias eleitorais tendem a ser simplistas, mas devem guardar proximidade com a realidade. O PT tem conseguido vencer eleições insuflando mitos, incutindo medo nos cidadãos e distorcendo a realidade. Cada vez mais, os eleitores dão mostra de que não engolem mais este engodo.

A realidade é que Dilma e os petistas fazem um governo que agrada os ricos e esfola a classe média. Um governo que se importa bastante em assegurar privilégios e em abrir espaços na máquina do Estado para seus apaniguados. E reserva aos pobres o papel de figurantes em suas luxuosas e bem produzidas propagandas na TV. Pobreza para o PT é só um meio de vencer eleição.