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“Marco Civil é bom, mas poderia ficar melhor”, por Aloysio Nunes Ferreira

alo.nunesUm dos três pilares do Marco Civil, a neutralidade da rede foi garantida na Câmara dos Deputados. Todo conteúdo será tratado da mesma maneira, e o provedor é proibido de diminuir a velocidade de um serviço em favor de outro.

Ao Senado, caberia ampliar o debate a respeito da guarda de dados dos usuários. Ficaria para a Casa a tarefa de amarrar as pontas que envolvem os outros dois pilares do projeto: privacidade e segurança. Essa discussão, porém, não aconteceu.

O PLC (projeto de lei da Câmara) nº 21/2014 foi aprovado ontem às pressas para atender ao cronograma da presidente Dilma Rousseff com pouquíssimas emendas acatadas: apenas aquelas que alteram a redação do texto e não obrigam sua devolução à Câmara. Defensor da internet livre e da neutralidade da rede, apresentei 16 emendas. Quase todas foram rejeitadas.

Concordo com o pai da web, Tim Berners-Lee, que alertou para questões que ainda precisam ser discutidas, embora o texto represente o que a internet deve ser –aberta, neutra e descentralizada. Havia, porém, artigos que precisavam ser modificados em nome dessa liberdade.

Um deles é eliminar o acesso a informações pessoais por autoridades administrativas porque dá margem à possibilidade de criação de um “big brother” oficial. Por isso, sugeri que a competência local para requisitá-las é do delegado de polícia e do Ministério Público.

Reforcei também a inviolabilidade: “O conteúdo das comunicações privadas será solicitado por ordem judicial e para fins de investigação criminal ou processual penal”. O texto atual exige apenas ordem judicial, sem discriminar em quais situações é permitido obtê-las.

Um assunto que está na ordem do dia é a superexposição, e o Marco Civil traz exigência desnecessária: substituir conteúdo ofensivo por motivação judicial ou fundamentação da ordem de retirada. Não se pode limitar o poder decisório de um juiz, uma vez que a lei já permite ao ofendido incluir pedido de retratação ou resposta. Ao especificar de antemão o que deve ser colocado no lugar do conteúdo considerado ofensivo, o Marco Civil limita a aplicação da lei.

Outra questão delicada é a punição a provedores de aplicação caso não tomem providências, após ordem judicial específica, para “tornar indisponível” conteúdo apontado como infringente. O uso da expressão “tornar indisponível”, aliado à ideia imprecisa do interesse da coletividade, pode ser instrumento de censura, contrariando o propósito da lei. E pode resultar em uma avalanche de ações em juizados especiais, porque o texto atrai para esse foro simplificado a competência para processar essas causas.

A não especificação de conteúdos sujeitos a indisponibilização pode abrir brecha contra a liberdade de imprensa sempre que uma notícia for reputada como desfavorável.

Uma resposta importante que o Marco Civil dá é exigir apenas uma notificação do usuário para retirada de conteúdo que viole a intimidade pela divulgação não autorizada de imagens ou vídeos com cenas de nudez ou ato sexual. Essa regra de exclusão, porém, não oferece tratamento igual a situações que violem a dignidade humana, como o caso da garota cuja tortura feita por uma colega motivada por ciúme foi filmada e postada nas redes sociais. Ou do jovem que compartilhou o vídeo do assassinato de sua ex-namorada.

Houve tentativa de assegurar a ampla defesa e o contraditório no caso de infrações cometidas por provedores de conexão e de aplicação, e a multa representará 10% do faturamento bruto do grupo, e não o faturamento sem tributos, como previsto. Da forma como está, a penalidade abrange impostos federais, estaduais ou municipais, além de contribuições sociais e taxas. Se implantada, a medida fere o princípio da isonomia.

A chamada Constituição da internet é boa, mas poderia ficar melhor. Votei a favor do Marco Civil, mas fui contra esse afogadilho. Ontem, o Senado não pôde exercer seu dever de aprimorá-lo. Parlamentares, temos a obrigação de revisar as leis originárias na Câmara para, posteriormente, aprimorá-las. É o que diz a Constituição brasileira.

*Aloysio Nunes Ferreira é advogado, senador por São Paulo e líder do PSDB no Senado Federal

**Artigo publicado na Folha de S. Paulo – 23-04-2014

Entrevista do presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, nesta quinta-feira (24), sobre a CPI da Petrobras

aeciocoletiva-300x199Assuntos: decisão da ministra Rosa Weber, CPI da Petrobras

Em entrevista agora de manhã, o líder do PT disse que essa CPI está fadada a ser como foi a CPI do Cachoeira, pouco efetiva e sem resultado nenhum. O senhor acredita nisso?

Talvez isso seja muito mais uma torcida do que fruto de uma análise isenta dos fatos. A decisão da ministra Rosa Weber faz cumprir a Constituição e garante algo que é sagrado, o direito de as minorias atuarem no Parlamento fiscalizando as ações do governo federal. Nesse instante, a partir da notificação a essa Casa, cabe ao presidente Renan Calheiros ou a quem estiver respondendo pela Presidência do Senado, solicitar aos líderes a indicação dos membros que irão compor a CPI para que ela inicie seus trabalhos imediatamente. Não há mais como procrastinar, não há mais como adiar. A decisão está tomada, o respeito ao direito das minorias foi garantido pelo Supremo Tribunal Federal e agora é hora de fazermos as investigações. A CPI, tenho dito sempre, não pré-julga, não pré-condena absolutamente ninguém. É a oportunidade de todos aqueles envolvidos nessas sucessivas e gravíssimas denúncias que atingem a maior empresa brasileira estarem aqui se defendendo e apresentando as suas razões. Foi uma vitória do Estado de Direito, uma vitória da democracia e, sobretudo, uma vitória do Parlamento brasileiro.

Sobre a possibilidade de o governo tentar atrapalhar as investigações com a indicação da presidência e da relatoria da CPI.

Sem dúvida nenhuma, o governo até agora fez de tudo, a meu ver, de forma equivocada, para impedir essa investigação. O desgaste teria sido muito menor se o governo tivesse aceitado aquilo que era absolutamente razoável. Havido o fato determinante e apontado esse fato e o número adequado de assinaturas, bastava a sua instalação, e dentro da CPI faz-se o embate. É claro que a maioria do governo vai tentar adiar depoimentos, não aprovar requerimentos de oitivas, mas essa é uma disputa democrática, é uma disputa que é natural que ocorra dentro de uma CPI. O que foi grave, e eu sempre alertava para isso, é, para impedir a investigação, extirpar, retirar do Parlamento uma prerrogativa fundamental e que iria valer para casos futuros, não apenas para esse. Está garantido o direito das minorias de investigar o governo. A CPI está pronta para ser instalada e que o governo, dentro da CPI, faça o embate político. Caberá à sociedade julgar se eles querem efetivamente uma investigação ou se querem, na verdade, impedir que a sociedade saiba o que aconteceu com sua maior empresa.

É uma exigência da oposição que quem está no comando da Casa nesse exato momento instale a CPI?

É uma exigência da Constituição, agora respaldada pelo Supremo Tribunal Federal. Cabe a nós fazermos sim a pressão política para que essas indicações ocorram o mais rapidamente possível e a CPI comece a trabalhar. Não há como procrastinar mais. Não há como empurrar com a barriga um tema tão grave como esse. O presidente Renan Calheiros tem apenas um caminho: instalar a Comissão de Inquérito.

Sobre CPI Mista.

A nossa avaliação é de que esta decisão serve também para a CPMI. Neste momento, há uma determinação em relação à instalação da CPI do Senado. Estamos prontos para fazer as indicações dos nossos companheiros que comporão a CPI. Se o senador Renan compreender, e a meu ver é uma compreensão adequada, que esta decisão se estende à CPMI, nós estaremos prontos também para instalar a CPMI que, entre uma e outra, é a que consensualmente terá preferência.

Sobre possibilidade de a decisão da ministra Rosa Weber ser alterada pelo plenário do Supremo.

Não há efeito suspensivo na liminar proferida pela ministra Rosa Weber. Enquanto não houver a decisão do Supremo, instala-se a CPI. Em havendo uma decisão do plenário final em outra direção respeita-se esta decisão. Hoje, há um fato determinado claro. A ministra Rosa Weber atende a um pedido das oposições e garante, através de uma liminar, o funcionamento da CPI da Petrobras do Senado Federal. Já estamos com os nossos nomes para serem indicados e cabe ao senador Renan Calheiros simplesmente cumprir a sua obrigação como presidente deste poder e garantir o início dos trabalhos da CPI em benefício da democracia e em benefício da transparência na vida pública.

Sobre os nomes a serem indicados para a CPI.

O líder vai indicá-los no momento em que receber a orientação, receber o ofício do presidente do Senado. Já definimos e já temos os nossos nomes, mas prefiro que este seja um anúncio feito pelo líder Aloysio Nunes.

Sobre a possibilidade de abertura de outras CPIs.

Acho absolutamente legítimo. Se quiserem realmente investigar, que apresentem essa CPI. E se faltarem assinaturas, a minha está à disposição, apesar de o governo ter maioria. Não tememos investigação sobre absolutamente nada. Agora, existem denúncias que se sucedem a cada dia e uma mais grave do que a outra em relação ao desmando na Petrobras, à falta de governança da empresa, apontando para eventuais ilícitos. Isso tem de ser investigado. Ninguém é dono da maior empresa brasileira. O que tem acontecido hoje no Brasil, e não é só lá, na Eletrobras está aí este desastre do sistema elétrico, vimos hoje o que aconteceu na Câmara de Comercialização de Energia, com três dos seus titulares pedindo afastamento. A grande verdade é que a ação do governo do PT está quebrando o Brasil.

“Unidade e democracia”, por Luiz Paulo Vellozo Lucas

SAM_5214 - CópiaNo movimento estudantil, nos anos setenta, existia um grupo político, ou uma tendência, como se chamava na época, influenciado pelo PCB chamado Unidade. Diferenciava-se dos demais pela proposta de uma ampla frente democrática contra o regime militar. A frente deveria ser generosa e  includente de maneira a abarcar todos os descontentes com o governo, fossem de esquerda ou não. A esquerda autoproclamada revolucionária, sobrevivente da luta armada, chamava a Unidade pejorativamente de “reforma”. Minha escola de política foi com os democratas e reformistas da Unidade.

 A reprodução de alianças políticas a partir dos espaços de poder do estado e da máquina publica é uma doença infantil do sistema democrático. A alternância de poder é vista pela população como sendo quase impossível pela desproporção de meios na disputa política entre quem controla a máquina do estado e quem está fora. Financiamento de campanha, propaganda oficial, cargos e empregos públicos, influência sobre ações e contenciosos judiciais, sobre a cobertura da imprensa, enfim, os que estão no poder controlam instrumentos fortíssimos que podem influenciar e desequilibrar qualquer eleição, seja por cooptação ou por intimidação.

 As eleições de 2014 são uma encruzilhada. A reeleição de Dilma Roussef é o mal maior a ser evitado por todos que não querem ver o Brasil se parecer cada vez mais com a Venezuela chavista ou a Argentina kichtnerista. Para o Espírito Santo esta questão é ainda mais grave. Nossa economia é metade do que poderia ser, a infraestrutura está em frangalhos e sem perspectivas mesmo depois da adesão envergonhada e tardia do governo do PT  às privatizações. Os serviços básicos de saúde, educação e segurança se deterioram pela inépcia gerencial, pelo centralismo autoritário  e pelas ideologias antidemocráticas. Tudo costurado a serviço do oportunismo político e da preservação do poder a qualquer custo.

 A construção da democracia brasileira e o aperfeiçoamento de suas instituições têm na reeleição de Dilma seu principal obstáculo. A restauração da confiança é pré- condição tanto para o ambiente de negócios e o desenvolvimento econômico quanto para o funcionamento da máquina publica e sua eficácia. Confiança, cidadania e prosperidade são as palavras de ordem em torno das quais precisamos fazer a unidade dos democratas e reformistas de todas as vertentes e partidos para enfrentar a descrença e a desesperança que dominam o sentimento da população.

 Os candidatos a qualquer cargo nas eleições de 2014 precisam dizer qual caminho desta encruzilhada pretendem defender. A pior posição é a de não reconhecer a existência deste divisor de aguas ou pretender esconder e dissimular sua preferência para tentar angariar apoio dos dois lados. Por todo o país, as articulações oposicionistas estão avançando. No Piauí, o PMDB o PSB e o PSDB estão próximos de fechar uma aliança e, na Bahia, a oposição liderada pelo DEM conseguiu montar um  projeto regional forte contra o PT tendo  o PSDB na vice e o PMDB no senado.

 O PSDB capixaba não vai deixar os eleitores oposicionistas sem opção.

 

Luiz Paulo é ex-prefeito de Vitória, ex-deputado federal e presidente do Instituto Teotônio Vilela

Projeto de vereador Valber Salarini prevê reserva de vagas para idosos e pessoas com deficiência em Anchieta

Vereador Válber Salarini: "A falta de vagas para estacionamento é uma realidade encontrada em quase todas as cidades do País, e em Anchieta não é diferente"
 Válber Salarini: “A falta de vagas é uma realidade em quase todas as cidades do País”

Idosos e pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida poderão ser beneficiadas com o Projeto de Lei N.º 36 do vereador tucano de Anchieta Válber Salarini.

O projeto propõe uma reserva de 5% das vagas dos estacionamentos públicos e privados para idosos e 3% para pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida no município de Anchieta, atendendo ao que dispõe o Art. 41 da Lei Federal n.º 10.741/2003 – Estatuto do Idoso, e o Art. 7º da Lei Federal n.º 10.098, que institui normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade.

“A falta de vagas para estacionamento é uma realidade encontrada em quase todas as cidades do País, e em Anchieta não é diferente, sobretudo, no perímetro central da Cidade, onde o fluxo de veículos e pessoas é maior. Nesse cenário, idosos e pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, enfrentam grandes dificuldades, pois para estacionar seus veículos, muitas vezes, precisam fazê-lo em local distante do pretendido, o que representa um grande desrespeito a essas pessoas”, destacou o vereador que pretende tornar obrigatória a reserva de vagas com sinalização adequada.

Válber defendeu a aprovação do projeto ressaltando a importância da valorização dos idosos e das pessoas do município que superam as deficiências físicas, em uma luta constante pela inclusão.

O vereador lembrou que todas estas pessoas merecem amparo por parte do Poder Legislativo e o projeto, visa efetivar um direito já estabelecido em normas federais, mas que ainda não é uma realidade em Anchieta.

O Projeto assegura, em seu Art. 3º, no mínimo, uma vaga para idosos e uma vaga para pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, devidamente sinalizada e com as especificações técnicas de desenho e traçado de acordo com as normas vigentes, quando a aplicação dos índices estabelecidos aos estacionamentos públicos e privados não resultar um número inteiro.

 

 

“Marco de incivilidade”, análise do ITV

ITVO governo petista é tão truculento e desrespeitoso que consegue transformar até o que deveria ser algo positivo numa coisa ruim. Sua sanha em apropriar-se daquilo que, na realidade, são resultados da interação da sociedade suplanta tudo. Foi assim com o marco civil da internet, votado ontem no Senado.

 O texto aprovado é o mesmo que saiu da Câmara, há menos de um mês. Houve apenas alterações de redação que não modificam o mérito. Assim, determina o regimento do Congresso que a lei siga diretamente à sanção presidencial, prevista para acontecer ainda nesta quarta-feira.

 Toda esta celeridade porque a lei votada pelos deputados era perfeita? Não. Tudo isso porque o governo tinha pressa em ver o texto rapidamente chancelado pelos senadores a fim de ser brandido como feito próprio numa conferência mundial sobre internet que começa hoje no Brasil, a NETmundial.

 Novamente, os fins justificam os meios e o governo atropela o Legislativo. A gestão petista e sua tropa no Congresso tratam com colorações partidárias e eleitorais o que é uma conquista da sociedade organizada.

 A redação do marco civil começou a nascer em 2009, por meio de um processo colaborativo realizado pela internet. Em 2011, o Executivo enviou a proposta ao Congresso. Durante quase três anos o texto foi discutido na Câmara, onde provocou verdadeiros cabos de guerra entre usuários, operadoras de internet e fornecedores de conteúdo.

 O Senado mal teve tempo de trocar de lugar uma vírgula ou outra do texto aprovado em março pelos deputados. Com isso, perdeu-se oportunidade de aprimorar a lei e o marco civil sai pior do que poderia ser, como relata o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) em artigo publicado na edição de hoje da Folha de S.Paulo.

 Aspectos relacionados à privacidade e à liberdade de expressão poderiam ter obtido tratamento mais adequado. Trechos como o parágrafo 3° do artigo 10 deixam margem para que o governo tenha acesso a dados de usuários prescindindo de permissão judicial. Os parágrafos 3° e 4° do artigo 19 abrem brecha para censura a conteúdos publicados na internet.

“Só nos resta esperar que essa lei, criada para proteger os direitos dos cidadãos, não acabe virando mordaça ou máquina de vigilância. Que não acabe sendo usada para atacar os mesmos direitos que se propõe a defender”, analisa Renato Cruz, especializado em tecnologia, n’O Estado de S. Paulo.

No afã de ver o texto aprovado, o governo impediu que o texto fosse mais discutido. Usou suas armas de sempre: o rolo compressor e a barganha desabrida. Informa o Estadão que no balaio entraram negociações em troca de apoios a aliados em disputas eleitorais regionais. Entende-se quão sincera era preocupação do Planalto com o marco…

Os métodos do Executivo continuam os mesmos e, como regra, buscam transformar o Legislativo em arena subalterna. Ao governante petista importa menos a discussão com a sociedade, a transparência e o jogo democrático. O que conta mesmo é a ânsia de transformar tudo em moeda de troca política e em dividendo eleitoral.

 Dilma Rousseff certamente acredita que, no encontro de hoje com entendidos no assunto, poderá posar como protagonista de um avanço na governança da internet. Sim, o Brasil deu importante passo adiante na definição de regras para que a rede mundial não se transforme num vale-tudo. Mas isso é uma realização de milhões de cidadãos que querem manter a web como território livre de manipulações e plena de direitos. Não é obra do PT.

Capixabas reforçam apoio a Aécio Neves em Brasília

Rita Camata e Luiz Paulo Vellozo Lucas participaram da reunião da Executiva Nacional
Rita Camata e Luiz Paulo Vellozo Lucas participaram da reunião da Executiva Nacional

A Executiva Nacional do PSDB se reuniu nesta terça-feira (22), em Brasília, e aprovou uma carta em apoio ao presidente nacional da legenda, senador Aécio Neves. No texto, intitulado “Um novo tempo para o Brasil. Um novo Brasil para os brasileiros”, o partido destaca que Aécio Neves é a alternativa para as mudanças que a sociedade deseja.

Lido pelo deputado federal Bruno Araújo, que é vice-presidente nacional do PSDB, o documento foi aprovado por unanimidade pelos 27 presidentes regionais do partido e representantes do Tucanafro e Juventude Nacional.

“Trata-se de momento importante, que demonstra a nossa unidade e reitera a nossa disposição para o diálogo com toda a sociedade na construção de um novo caminho para o Brasil. Agradeço a confiança e o entusiasmo de todos os companheiros. Reafirmo o meu compromisso e a minha lealdade aos verdadeiros interesses do povo brasileiro”, afirmou o senador Aécio Neves.

No encontro, ficou definida a data da convenção nacional do PSDB, que será no dia 14 de junho, em São Paulo, quando o partido lançará oficialmente a candidatura de Aécio à Presidência da República.

O Espírito Santo foi representado no encontro pelo presidente do ITV, o ex-deputado federal Luiz Paulo Vellozo Lucas, e pela ex-deputada federal Rita Camata.

Na avaliação de Luiz Paulo, a reunião foi bastante proveitosa. “Foram apresentados os quadros de cada estado acerca de composições e expectativas. No Espírito Santo, como já se sabe, o PSDB vai disputar as eleições com candidatos a governador, deputados federal e estadual. Estamos gostando dessa divisão no campo oposicionista, pois o palanque das oposições será fortalecido”, afirmou.

Para Rita Camata, o momento foi de otimismo e esperança. “Com o apoio a Aécio Neves, renovou-se a esperança, pois o Brasil já mostrou que quer mudança”, afirmou.

Aécio recebe apoio unânime dos diretórios tucanos à sua pré-candidatura

executO presidente do PSDB, senador Aécio Neves, recebeu, nesta terça-feira (22/04), em Brasília, apoio unânime dos 27 diretórios estaduais do partido à sua pré-candidatura à Presidência da República. Os presidentes das regionais estaduais assinaram e entregaram ao senador carta aprovada pela Executiva nacional do partido,  indicando-o como candidato da legenda nas eleições de outubro. O nome de Aécio Neves será levado à convenção nacional marcada para 14 de junho, em São Paulo.

O documento, intitulado “Um novo tempo para o Brasil. Um novo Brasil para os brasileiros”, foi lido pelo deputado federal Bruno Araújo durante a reunião realizada na sede da sigla, em Brasília.

Em entrevista coletiva após o ato de apoio, Aécio Neves afirmou que o PSDB busca uma aliança com a sociedade brasileira.

“Recebo essa manifestação unânime do meu partido com a humildade de quem sabe que essa é uma construção coletiva e uma construção que deve atender à totalidade do país, e não a um grupo de aliados. Por isso, devemos reforçar essa aliança daqui até o dia da eleição. Principalmente a aliança com a sociedade brasileira”, disse.

Novo ciclo

Aécio Neves destacou o apoio recebido como um gesto de unidade do partido e afirmou estar preparado para iniciar um novo ciclo no país, que alie ética e eficiência.

“Recebo também com a determinação de quem se julga preparado para iniciar um novo ciclo no Brasil, de eficiência, de ética na política, de coragem para tomar as decisões que, infelizmente, não vêm sendo tomadas. É um momento de unidade do PSDB, sacramentada por essa manifestação unânime dos meus companheiros de todo o país”, afirmou Aécio Neves.

Entrevista coletiva do presidente do PSDB, senador Aécio Neves, após reunião em Brasília

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Entrevista coletiva – presidente do PSDB, senador Aécio Neves

 Data: 22-04-14

Local: Brasília – DF

 

Assuntos: Manifestação de apoio dos presidentes estaduais do partido e CPI da Petrobras

 

Sobre carta assinada pelos 27 presidentes estaduais do PSDB e aprovada pela Executiva do partido em apoio à pré-candidatura do senador Aécio Neves.

 

Uma manifestação da unanimidade dos dirigentes do PSDB dos 27 estados, indicando meu nome como candidato do partido à convenção que será realizada em junho, candidato do partido à Presidência da República. Obviamente, isso só será oficializado em junho, no momento da convenção. Mas recebo essa manifestação unânime do meu partido com a humildade de quem sabe que essa é uma construção coletiva e uma construção que deve atender à totalidade do país, e não a um grupo de aliados. Por isso, devemos reforçar essa aliança daqui até o dia da eleição. Principalmente a aliança com a sociedade brasileira. Mas recebo também com a determinação de quem se julga preparado para iniciar um novo ciclo no Brasil, de eficiência, de ética na política, de coragem para tomar as decisões que, infelizmente, não vêm sendo tomadas. É um momento de unidade do PSDB, sacramentada por essa manifestação unânime dos meus companheiros de todo o país.

 

Sobre o candidato a vice.

 

Temos tempo e vamos utilizar esse tempo. Até o início de junho essa questão estará definida. Temos nomes altamente qualificados que poderão acrescentar muito à chapa. Tenho recebido de todos os nossos companheiros uma demonstração de desprendimento muito grande, ninguém aqui quer impor absolutamente nada, todos querem ganhar as eleições. E aqui assistimos a um relato dos nossos companheiros que mostra que nenhum partido político, nenhuma aliança política hoje no Brasil, tem a solidez, a consistência, a musculatura dos palanques que temos em todas as regiões e em todos, praticamente, estados brasileiros. Isso nos anima muito, porque acho que esse sentimento de cansaço que estamos vendo hoje presente na sociedade brasileira poderá se transformar em um sentimento de esperança por um novo tempo na política e na vida dos brasileiros. E o PSDB é quem tem as melhores condições de representar esse tempo novo, Pelo que nós já fizemos lá atrás e pelo que temos condições de fazer no futuro.

 

Onde o PSDB tem dificuldades ?

 

Prefiro falar das facilidades. Em todos os grandes colégios eleitorais, os candidatos do PSDB hoje largam na frente. São os mais competitivos. Então isso nos dá muita segurança que, no momento da campanha, vamos estar não apenas com o número enorme de candidatos ao Parlamento estadual e federal, a governadores, mas vamos estar com a nossa proposta, com as nossas ideias, com o nosso projeto na boca das pessoas e espero, também, na cabeça, na esperança dos brasileiros. Porque a gente precisa resgatar a esperança, a confiança dos brasileiros na boa política. E nós praticamos a boa política. Estou extremamente animado não apenas com as perspectivas de vitória, mas, mais do que isso, com as perspectivas de fazer com que o Brasil volte a crescer com inflação controlada, com distribuição de renda mais adequada e mais justa para todos os brasileiros.

 

Sobre a CPI da Petrobras.

 

A nossa expectativa é que ela seja instalada, cumprindo aquilo que dispõe a constituição e o regimento do Senado Federal. Não instalar a CPI da Petrobras é impedir daqui para frente que qualquer investigação ocorra sobre qualquer fato e sobre qualquer denúncia em relação ao Poder Executivo. A CPI da Petrobras não é uma demanda das oposições, como os governistas gostam de dizer. É uma demanda da sociedade brasileira que está indignada, aviltada, com todos esses desmandos, com todos esses desvios. Espero que a decisão da ministra Rosa Weber seja pelo respeito à Constituição e, portanto, permitindo que se investigue a Petrobras. Se querem investigar outros temas que façam isso. Eles têm maioria para isso. E se faltar alguma assinatura, já anuncio que a minha está à disposição.

 

Sobre matéria publicada hoje revelando que a Petrobras se recusou a vender 50% da refinaria de Pasadena para a Astra Oil.

 

É mais uma notícia extremamente grave. O que nos preocupa é a governança. De que forma é governada uma empresa da dimensão da Petrobras, a maior empresa brasileira?  Já foi a 12ª maior empresa do mundo, hoje é apenas a 120ª maior empresa. Que discussão? Quais são os fóruns? Quais são os comitês por que passam decisões como essa? O que estamos percebendo é que, como disse certo dia o senador Pedro Taques, a Petrobras era administrada quase como uma quitanda.  Com excesso de poder a diretores, que tomavam ali as suas decisões, não se sabe se em benefício da companhia ou em benefício dos parceiros da companhia. Todas essas últimas declarações do presidente Gabrielli, dizendo que a presidente da República tem também que assumir a sua responsabilidade, todas essas novas denúncias que surgem a cada dia demonstram a necessidade urgente de termos uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar o que vem sendo feito com a maior empresa brasileira que perdeu, apenas no governo da presidente Dilma, metade do seu valor de mercado.

 

A oposição indicará membros para uma possível CPI ampla?

 

Se depender da minha posição, sim.  Não temos que ter receios de quaisquer tipos de investigação. Agora, tem que ser uma comissão que investigue. Se for uma comissão simplesmente para adiar as investigações, para fazer ali um teatro, obviamente o nosso protesto é também uma decisão política. Mas se for essa a decisão que, a meu ver,  não atende aquilo que prevê a constituição e o regimento do Senado, eu advogarei internamente  que participemos sim e possamos fazer as oitivas sobre aquilo que efetivamente interessa à sociedade brasileira, esclarecer as gravíssimas denúncias sobre a Petrobras.

PSDB apoia nome de Aécio Neves como alternativa de mudança para o Brasil

executivanacionalpsdbgeral4-300x199Brasília (DF) – A Executiva Nacional do PSDB, reunida nesta terça-feira (22), aprovou uma carta em apoio ao presidente nacional da legenda, senador Aécio Neves. No texto, intitulado “Um novo tempo para o Brasil. Um novo Brasil para os brasileiros”, o partido diz que Aécio Neves é a alternativa para as mudanças que a sociedade deseja.

A carta foi lida pelo deputado federal Bruno Araújo (PE), vice-presidente nacional do PSDB, durante a reunião da executiva e contou com as assinaturas dos 27 presidentes regionais da legenda e representantes dos segmentos tucanos, como o Tucanafro a Juventude Nacional.

A seguir, a íntegra da carta.

Um novo tempo para o Brasil

Um novo Brasil para os brasileiros

 

Senador Aécio Neves,A grande maioria dos brasileiros vem manifestando um claro desejo de ver mudanças importantes acontecerem no país.Para onde quer que se olhe, percebe-se que os anos de um regime de improviso, compadrio e ineficiência têm custado muito caro ao Brasil.Nós, brasileiros, queremos ter o país que merecemos ter.Queremos um Brasil solidário:Que não se conforme com a administração diária da pobreza do seu povo, mas busque de forma concreta as condições para a sua superação; que tire das sombras as escolas esquecidas e os hospitais precários e trate com respeito nossos jovens e idosos. 

Queremos um Brasil corajoso:

Um Brasil em que o governo central articule e assuma com coragem a liderança do enfrentamento da grave situação de violência e criminalidade que, de forma covarde, rouba vidas de milhares de brasileiros.

Queremos um governo que assuma suas responsabilidades:

Que não permita que sua participação no financiamento da saúde dos brasileiros continue caindo ano a ano. Que apoie, de verdade – e não apenas na propaganda -, quem mais precisa e menos tem.

Queremos um país que saiba que a educação é a porta de libertação e emancipação de um povo:

Que não aceite conviver com o analfabetismo; que faça da melhoria da qualidade do ensino público brasileiro verdadeira causa nacional.

Queremos um país responsável:

Que não tolere a presença da inflação, que respeite contratos e busque a valorização dos salários.

Um país que garanta a autonomia de suas instituições e preserve a todo custo as liberdades – que rechace todo tipo de censura e qualquer que seja o nome em que venha disfarçada.

Queremos um país em que estados e municípios não sejam vistos como inimigos a quem se transfere responsabilidades e se negam as condições necessárias para assumi-las.

Que busque no desenvolvimento sustentável um paradigma coletiva e ele seja a moldura para o nosso futuro.

O Brasil está cansado de desvios e mazelas que se repetem indefinidamente, dos escândalos de corrupção em série.

Queremos sentir confiança e orgulho do nosso país!

E para que esse sonho de Brasil possa um dia ser realidade, nós, representantes de todas as direções estaduais do nosso partido, manifestamos, unanimemente, a nossa confiança na sua liderança e o nosso apoio ao seu nome e propomos que a Comissão Executiva Nacional o submeta à convenção nacional, como nosso candidato à Presidência da República.

As bases do PSDB reafirmam sua unidade política, seu entusiasmo e sua disposição à luta.

Estamos prontos para, ao lado de milhões de brasileiros, dar nossa contribuição na travessia para um novo Brasil.

“Na guerra de versões, sucumbe o país”, análise do ITV

Petrobras-Foto-Petrobras-2-300x190A guerra de versões que cerca a compra da refinaria de Pasadena por um valor faraônico conduz a uma constatação imediata: a Petrobras vem sendo gerida de maneira descuidada, caótica e irresponsável pelos petistas. Numa gestão séria não se ouviria o bater de cabeças que ora protagonizam a presidente Dilma Rousseff e os executivos da companhia.

Chega a ser patético ver pessoas que estiveram ou estão à frente da maior estatal brasileira, dona de um patrimônio de cerca de R$ 350 bilhões, onde trabalham mais de 80 mil pessoas, se digladiando para jogar a culpa pela ruína da companhia umas nas outras. Seria patético se não fosse trágico e deplorável.

Dilma, Luiz Inácio Lula da Silva, Graça Foster, José Sérgio Gabrielli, Nestor Cerveró, Paulo Roberto Costa: são todos responsáveis por uma gestão que só pode ser classificada como temerária e devem responder pelo que fizeram. Se a Petrobras vive hoje as dificuldades que enfrenta, se fez negócios ruinosos como vem se tornando a sua tônica, a responsabilidade é de todos eles.

A entrevista de Gabrielli a’O Estado de S.Paulo, publicada no domingo, é apenas mais um capítulo de uma história de desacertos e desvios que está acabando com a Petrobras. A cada nova declaração, a cada nova versão resta mais evidente a irresponsabilidade com que a companhia veio sendo conduzida pelos petistas nestes últimos 12 anos.

Nas explicações dadas por Gabrielli e pelos demais gestores, a Petrobras parece surgir às vezes como mero brinquedinho. A empresa vale hoje apenas uma fração do que chegou a valer? É apenas uma contingência de mercado – que, aliás, no setor de petróleo em todo o mundo só a companhia brasileira experimenta, como explica Miriam Leitão em sua coluna de hoje n’O Globo.

O compromisso dos petistas com a saúde e o vigor da Petrobras é nenhum. A empresa é vista por eles apenas como objeto de desejo e alvo de cobiça por cargos, contratos e verbas quase sempre bilionárias. O que mais explicaria a companhia ter hoje um de seus ex-diretores na cadeia, algo inédito nos seus 60 anos de história? Com o PT, a maior empresa pública do país virou caso de polícia.

Toda esta guerra de versões apenas reforça a necessidade de investigar a fundo o que tem se passado na Petrobras nos últimos anos. Se os petistas, a presidente da República, os gestores e ex-gestores da empresa querem mesmo esclarecer os fatos, uma comissão parlamentar de inquérito no Congresso é o melhor caminho.

Se tem mesmo interesse no bem da Petrobras e na sua recuperação, o governo petista deveria deixar de se opor à CPI proposta pelo Congresso e reclamada pela sociedade. Quem é a favor do Brasil e da Petrobras deve ser favorável a saneá-la e a livrá-la de quem só lhe vê como butim. Nada melhor do que a CPI para apurar as responsabilidades que eles tanto atribuem uns aos outros.

A Petrobras é símbolo daquilo que o país, se bem governado, pode vir a ser. É símbolo do que o país, quando mal gerido, está se tornando. Por isso, sua importância simbólica neste momento crucial em que os brasileiros estão prestes a começar a escolher os novos destinos para nossa nação.

Tem que acabar o tempo em que um patrimônio dos brasileiros como é a Petrobras é tratado como propriedade de uma casta política. Tem que acabar o triste interregno de ocupação desmesurada do aparato estatal para servir a fins partidários. Tem que chegar ao fim a nefasta experiência do PT no comando do Brasil.