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“Carnaval e economia criativa!”, por Luiz Paulo Vellozo Lucas

lpQuando voltei para Vitória, em 1992, o desfile das escolas de samba tinha acabado. Foi fácil descobrir que maus sambistas e maus políticos tinham desmoralizado o carnaval com escolas e ligas de fachada, feitas para capturar patrocínios e subsídios embolsados por espertalhões.

Minha promessa de campanha para Prefeito de Vitória, em 1996, de voltar com o carnaval de escolas de samba foi recebida com muita descrença. Estava certo que a cultura popular do samba estava viva nas comunidades da grande Vitória e que precisávamos desenvolver um novo modelo de apoio que premiasse as escolas com vida cultural e atividades comunitárias ao longo do ano, formasse novos sambistas e dificultasse ao máximo a ação dos aproveitadores.

Durante três anos, a Prefeitura de Vitoria patrocinou as escolas de samba remanescentes em Vitória para fazer, uma semana antes do carnaval, um desfile não competitivo, sem cobrança de ingressos e sem carros alegóricos na Av. Jerônimo Monteiro. Trouxemos instrutores do Rio para fazer oficinas nas comunidades e pagamos cachês diretamente às escolas, sem reconhecer nenhuma das três ligas existentes. O entusiasmo voltou com tudo, e com segurança pudemos seguir em frente.

No carnaval de 2001, o Sambão do Povo foi reinaugurado recebendo um desfile competitivo, com carros alegóricos, camarotes e júri. Claudia Cabral, nossa secretária de cultura, concluía assim sua grande missão que era liderar a refundação do nosso carnaval, entregando à recém – criada Liga (LIESES) o comando das atividades do mundo do samba capixaba. Daí pra frente o sucesso só aumentou a cada ano. Já são 16 anos!

O carnaval das escolas de samba é âncora do turismo, gera emprego e renda, cultura popular e entretenimento. É um exemplo do enorme potencial que a economia criativa possui no mundo contemporâneo. Em São Paulo, o teatro gera mais empregos do que a industria automobilística.

Precisamos criar um segundo grau profissionalizante em arte e cultura na região metropolitana para impulsionar a economia criativa. Poderíamos fazer inicialmente três especialidades: Teatro e dança; música e artes plásticas, utilizando instituições e espaços já existentes como a FAFI – a Escola de Música do ES – e a Casa Porto das Artes Plásticas, onde era a antiga Capitania dos Portos. Já tivemos no passado uma experiência exitosa na FAFI, com uma escola de teatro e dança que formava 200 profissionais por ano e era administrada através de uma OS-“organização social”.

A entrada em funcionamento do Teatro Gloria, comprado e reformado pelo SESC, e a conclusão do Cais das Artes pelo governo do estado na Enseada do Suá vão turbinar a vida cultural e a economia criativa no Espírito Santo. Cultura é riqueza de verdade !

Colnago volta a criticar sigilo do BNDES e política de beneficiar megaempresários

CC4-altaO deputado Cesar Colnago voltou a cobrar do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) transparência em suas operações. Em pronunciamento, o parlamentar também questionou a política da instituição de fomento de privilegiar “gigantes” em seus empréstimos milionários, a exemplo das empresas de Eike Batista, que receberam cerca de R$ 11 bilhões nos últimos anos. A estimativa é que só neste ano R$ 14,8 bilhões sejam transferidos para megaempresários.

“Não dá para admitir se emprestar o dinheiro do povo, dos trabalhadores, não ter transparência e ficar protegido atrás de sigilo bancário”, alertou o tucano. Segundo Colnago, os inúmeros incentivos que o Executivo concede ao setor privado na forma de renúncias tributárias e subsídios financeiros e creditícios não constam da programação de despesas do  governo federal. Isso dificulta a análise do custo-benefício de cada iniciativa, completa o parlamentar.

O deputado citou estudo segundo o qual  os benefícios fiscais concedidos e mensurados pela gestão petista atinge R$ 323 bilhões neste ano. “Caro brasileiro, isso significa que se juntar o orçamento da Educação com o orçamento da Saúde. Esses valores ficam em 67% de subsídios que este governo está dando, que nem por esta Casa passa para análise. O total só é inferior à despesa da Previdência Social”, comparou Colnago, que também é presidente do PSDB-ES.

O tucano já pediu ao BNDES informações sobre os empréstimos do banco, mas as informações não chegaram como o nível de transparência esperada pelo deputado.  “Este banco é público, tem que se sujeitar à Lei da Informação, tem que se sujeitar à transparência”, reiterou. Ainda de acordo com Colnago, o banco não pode se submeter a interesses de grandes empresários em negócios que muitas vezes fracassam, deixando muitas vezes as áreas mais estratégicas do país a ver navios.

 

Nota do presidente nacional do PSDB sobre o resultado do PIB 2013

anvApesar de um desempenho geral um pouco melhor do que o projetado pelos analistas (2,3% contra 2,1% das estimativas), o comportamento do PIB nacional medido pelo IBGE não representa uma efetiva recuperação ou retomada do crescimento da economia brasileira e continua sendo, no acumulado dos últimos três anos, o menor entre as principais economias emergentes.

Ao contrário do que acusa o governo, os analistas sempre foram menos pessimistas do que os fatos. Ou seja, nos últimos três anos, o desempenho da economia esteve sempre abaixo do desempenho esperado pelos diagnósticos dos especialistas, no início do ano ou no final do ano anterior.

Mesmo com uma queda menor da indústria no período, esse número mal compensou a queda de 8% do PIB industrial de 2012. O quadro geral é de estabilidade, em um patamar muito aquém do que o país poderia e deveria estar.

O mesmo acontece com o crescimento dos investimentos – em 6,3%, que quase não contrabalança a queda de 4% registrada em 2012. É ainda importante destacar que, quando se olha os números trimestrais, o crescimento do investimento se concentrou na primeira metade de 2013 e já perdeu fôlego no segundo semestre do ano. A taxa de investimento, de 18,4% do PIB, continua abaixo para o padrão latino-americano, de mais de 20%.

O consumo das famílias cresce a uma taxa inferior e a tendência é de que o crescimento da renda este ano seja menor e as novas concessões de crédito também, o que não nos permite conclusões muito otimistas.

Do ponto de vista geral, o potencial de crescimento da economia reduziu-se efetivamente, fenômeno que não pode ser mais “terceirizado” e debitado na conta da crise internacional ou de outros acasos.

Representa queda estrutural do potencial de nossa economia em produzir um futuro melhor para os brasileiros, em função dos erros de política econômica que se acumulam nos últimos anos.

Senador Aécio Neves
Presidente Nacional do PSDB
Brasília, 27 de fevereiro de 2014

“O fim do mensalão é só o começo”, análise do ITV

plenario-stf-foto-fellipe-sampaio-stf-11-300x200Numa democracia sólida, como é o caso da brasileira, decisão da Justiça não se contesta; respeita-se e cumpre-se. Fica, porém, a sensação de que céu e Terra foram movidos para livrar a cara dos mensaleiros de parte dos crimes que cometeram, segundo votação concluída ontem pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

A decisão de ontem reduz a pena dos oito presos anteriormente condenados por formação de quadrilha. Em nova votação, já com a manifestação dos novos ministros nomeados no decorrer do julgamento no ano passado, considerou-se que tal crime não esteve presente na urdidura que desviou milhões de reais dos cofres públicos. Houve “apenas” crimes cometidos em coautoria.

 Os maiores beneficiados são próceres petistas: José Dirceu, José Genoino e Delúbio Soares. Se não houve quadrilha, como o STF decidiu na votação de embargos infringentes concluída nesta semana, as penas diminuem e, com isso, também a forma de cumpri-las, que passa a ser agora em regime semiaberto. Nos demais cinco casos, envolvendo Marcos Valério e os núcleos publicitário e financeiro dos mensaleiros, as penas diminuem, mas o regime de prisão continua fechado.

Como terá agora de cumprir apenas 7 anos e 11 meses de cadeia, quase três anos menos, José Dirceu poderá deixar o presídio da Papuda, onde está desde novembro do ano passado, em março de 2015. Genoino já está em prisão domiciliar, mas terá 2 anos e 3 meses menos a cumprir. Delúbio, cuja condenação agora caiu para 6 anos e 8 meses, pode se ver livre da cadeia em dezembro próximo.

O alívio dado aos mensaleiros só foi possível porque os novos ministros indicados pela presidente Dilma Rousseff no decorrer do julgamento do mensalão manifestaram-se ontem de forma distinta de seus antecessores. Votaram favoravelmente aos mensaleiros, como se temia desde o dia em que Luís Roberto Barros e Teori Zavascki foram nomeados para o STF nas vagas de Cesar Peluzo e Carlos Ayres de Britto.

Terão sido as suspeitas infundadas? Não dá para responder. Mas não há dúvida de que permanecerá no ar a desconfiança, a suposição, a conjectura de que os novatos da Suprema Corte ingressaram no time com a missão de modificar o resultado de um jogo que já se encerrara. Infelizmente.

Nada muda, porém, o cômputo final do julgamento do maior esquema de corrupção de que se tem notícia na história política do país. Nada altera a conclusão, proferida pela mais alta corte de Justiça do país, depois de meses de discussões, debates e votações, de que o mensalão existiu, foi montado pelo PT, corrompeu parlamentares e objetivou dar sustentação política ao governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O DNA dos malfeitos petistas, aliás, continua se manifestando. Ontem, a Justiça Federal abriu processo criminal contra 18 acusados na Operação Porto Seguro, em que a Polícia Federal investigou e desbaratou esquema de venda de pareceres em órgãos do governo federal, revelado em fins de 2012.

A acusação pega Rosemary Noronha, ex-chefe do gabinete da Presidência da República em São Paulo, e seus “bebês”, suspeitos de envolvimento em crimes de corrupção, tráfico de influência, formação de quadrilha e falsidade ideológica. Segundo o juiz que determinou a abertura do processo, a relação entre eles era “espúria”.

Como se pode ver, os petistas ainda têm muito a esclarecer perante a Justiça brasileira. Por mais que tentem transformar em farsa o que é história, ainda têm muito a pagar pelos crimes que cometeram – e continuam cometendo – contra o país. O fim do julgamento do mensalão é só o começo.

Primeiro encontro regional do PSDB-ES em São Mateus, na próxima sexta-feira, dia 14

O evento será coordenado pelo presidente do PSDB-ES, deputado federal César Colnago
O evento será coordenado pelo presidente do PSDB-ES, deputado federal César Colnago

O município de São Mateus, no Norte do Estado, foi escolhido para sediar o primeiro encontro regional do ano, que será na próxima sexta-feira, dia 14, às 19 horas, no Norte Palace Hotel.

Coordenado pelo presidente do PSDB-ES, deputado César Colnago, o evento contará com a presença de militantes, lideranças tucanas da região e pessoas que simpatizam com o partido e desejam debater sobre assuntos de interesse do Estado e do País com suas sugestões e opiniões.

O presidente da Comissão Provisória do PSDB de São Mateus, Paulo Roberto Martins,destacou que o evento será uma oportunidade de ouvir os moradores acerca dos. “Levamos o partido para perto das comunidades e ampliando cada vez mais o debate com a população. É importante saber o que as pessoas pensam e sentem e esse encontro vai ser uma ótima oportunidade para isso. As lideranças aqui da região estão muito animadas e, com certeza, será um grande encontro”, afirmou.

O secretário-geral do PSDB-ES, Ruy Marcos Gonçalves, disse que as expectativas são as melhores. “Será o nosso primeiro encontro do ano e o partido tem muita disposição de mobilizar e promover debates com todas as regiões do Estado. Além disso, o PSDB em São Mateus está renovado, com novas lideranças, pré-candidato a deputado estadual  e isso muito nos anima”, disse.

O ex-prefeito de Colatina Guerino Balestrassi, o ex-prefeito de Vitória Luiz Paulo Vellozo Lucas, juntamente com outras lideranças tucanas também irão participar do encontro regional.

 

Aécio e bancada mineira se reúnem para cobrar medidas contra o descaso federal

aeciobancadaO presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, e a bancada de Minas Gerais no Congresso reuniram-se nesta quarta-feira (26), em Brasília, com o governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia, para discutir as reivindicações dos mineiros que não foram atendidas pelo governo federal nos últimos dez anos.

Aécio e os parlamentares de vários partidos destacaram as principais demandas do Estado que aguardam decisão do governo federal. Entre elas: as novas regras de exploração mineral, as obras de duplicação de rodovias federais e a ampliação do metrô de Belo Horizonte (MG).

Aécio Neves criticou o governo federal por não atender a necessidades fundamentais para os mineiros, durante dez anos, como a ampliação do metrô, a duplicação da BR-381, conhecida como “rodovia da morte” e a votação no Congresso do novo código de mineração que corrigirá o valor pago hoje aos municípios e estados que sofrem atividade mineral.

“O governo do PT desprezou a agenda que interessa a Minas. Desde o meu primeiro mandato como governador, em 2006, começamos a elaborar uma proposta para que o governo federal apresentasse ao Congresso. A partir de 2008, demos inúmeras sugestões sobre o novo Código da Mineração, que possibilitaria o aumento dos royalties para estados e municípios”, afirmou o senador.

Em seguida, Aécio Neves acrescentou que: “Hoje, os estados e municípios mineradores, que têm áreas imensamente degradadas pela atividade mineral, não têm absolutamente nenhum retorno. O retorno é absolutamente irrelevante. Construímos um projeto, que caminhou no Congresso. As próprias mineradoras concordaram com a mudança da alíquota de royalties, que passaria de 2% do resultado líquido para cerca de 4% do resultado bruto, e, na última hora, o que faz o governo? Com a sua maioria, impede que a proposta seja votada”.

O senador é autor da proposta apresentada em setembro de 2011, que previa o aumento da alíquota da CFEM (royalty) dos atuais 2% do lucro líquido para 5% do faturamento bruto das mineradoras, aumentando em até três vezes os repasses para compensar os municípios mineradores. O projeto previa ainda a criação de participação especial para grandes jazidas e o estabelecimento de um fundo especial destinados a municípios não mineradores.

Compromissos
Na reunião, realizada na representação do governo do Estado no Distrito Federal, deputados e senadores debateram também o recuo do governo federal na decisão de mudar o índice de correção das dívidas dos estados. Hoje, o índice aplicado é o IGP-DI mais juros que variam de 6% a 9%, correção maior que o índice pago à União em financiamento dado a empresas privadas.

O compromisso assumido pelo governo era votar a mudança em plenário. Por meio da sua bancada, no entanto, o Palácio do Planalto retirou o projeto da pauta de votações do Congresso.

“A renegociação das dívidas dos estados, que era fundamental para que tivéssemos mais recursos para investir na segurança, na saúde, o governo optou por tirar da pauta depois de um acordo firmado com o ministro Guido Mantega. Por absoluta incompetência na gestão penaliza os estados e a população”, disse o senador Aécio Neves.

Ao lado do governador Anastasia, o senador cobrou também providências sobre as as obras atrasadas. “São inúmeras as dívidas do governo federal para com os mineiros: o Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, o metrô de Belo Horizonte, que no governo do PT não teve um palmo sequer de novas linhas. O PT desprezou as questões estruturais de Minas Gerais. Essa é a grande realidade”, disse Aécio Neves, em entrevista coletiva.

Cadê o ‘pibão grandão’, presidente?, análise do ITV

 dilmarindo1“Tenho certeza que teremos um 2013 de crescimento e avanço sustentável no nosso país. Vamos ter um 2013 muito próspero, no qual vamos colher todos os frutos dessa trajetória de 2012”, discursou a presidente em dezembro de 2012. “Quero um pibão grandão”, completou ela depois, em entrevista à imprensa. Nada disso virou realidade. Que surpresa!

Pelos resultados divulgados há pouco pelo IBGE, em linhas gerais fomos salvos do pior novamente pela agropecuária; a indústria foi sofrível, prejudicada em especial por atividades como a petrolífera; o consumo, embora ainda crescendo, teve a menor expansão em dez anos; e os investimentos melhoraram, mas mantiveram-se estacionados como proporção do PIB.

Entre outubro e dezembro de 2013, o PIB brasileiro cresceu 0,7%. O resultado positivo do quarto trimestre pelo menos livrou a economia do país de amargar a situação de “recessão técnica”, já que o trimestre anterior havia registrado queda de 0,5% – e o indicador antecedente do Banco Central também aferira retração no último trimestre do ano passado.

Com a cara de pau que lhe é peculiar, o governo pode querer comemorar e dizer que o ritmo de expansão do PIB brasileiro mais que dobrou de um ano para outro, já que passamos do pibinho de 1% em 2012 para o pibinho da hora de 2,3%. Mas, convenhamos: sair de nada para quase nada não é algo que se preste a celebração.

Em média, o PIB per capita brasileiro cresceu apenas 1,07% nos três primeiros anos do governo Dilma. Para ter ideia do que isso significa, basta dizer que, no ritmo atual, levaríamos 65 anos para dobrá-lo, ou seja, só alcançaríamos lá por volta de 2080 o que os chineses atualmente conseguem fazer em dez anos.

 

No ano, a indústria manteve-se como a atividade de pior desempenho entre os setores da economia. Cresceu apenas 1,3%, sendo a extrativa mineral, que contempla a atividade petrolífera, o destaque negativo, com queda de 2,8%. A indústria da transformação manteve seu peso na economia do país no patamar mais baixo desde os anos JK: 13% do PIB.

 

De novo a agropecuária salvou literalmente a lavoura. Cresceu 7% no ano, respondendo por metade da expansão do PIB brasileiro no ano passado. Trata-se, é bom nunca esquecer, de atividade que cresce apesar do governo e jamais por causa do governo, que mais atrapalha o campo do que ajuda. Serviços cresceram 2% no ano.

 

O consumo das famílias expandiu-se pelo décimo ano consecutivo, mas apresentou a menor taxa de crescimento em dez anos: 2,3%, num ritmo equivalente a apenas um terço do que foi em 2010 e também bem abaixo dos 3,2% de 2012.

 

Felizmente, os investimentos – chamados no jargão dos economistas de “formação bruta de capital fixo” – cresceram 6,3% no ano. No entanto, a taxa de investimento voltou a decepcionar, ficando em 18,4% do PIB, levemente acima dos 18,2% registrados em 2012. Pior ainda foi o desempenho da taxa de poupança, que caiu de 14,6% para 13,9% e encontra-se agora no patamar mais baixo desde 2001.

 

Com os números divulgados hoje, o Brasil consolida-se na inglória posição de um dos países que menos cresce no continente. Segundo estimativa daCepal, em toda a América do Sul só teremos avançado mais que a Venezuela no ano passado, depois de termos segurado a lanterna em 2011 e a vice-lanterna em 2012, superando apenas o Paraguai. Pior é que os prognósticos são de que, neste ano, só os bolivarianos chavistas continuarão a nos fazer companhia na rabeira do ranking…

 

Entre 2011 e 2013, o Brasil cresceu em média 2%, o que faz com que Dilma Rousseff figure no panteão dos presidentes que menos fizeram o país avançar em toda a história da República, ao lado de Fernando Collor de Mello e Floriano Peixoto. A continuar a situação como está, não há risco de a petista deixar esta desonrosa posição. Ela passará para a história como responsável por uma obra medíocre, sem nenhum “pibão grandão”.

Aécio Neves destaca Real como ação de maior inclusão social do Brasil

aefhcO senador Aécio Neves afirmou, nesta terça-feira (25/02), que o Plano Real foi o maior programa de inclusão social do Brasil, ao acabar com a hiperinflação no país. Aécio participou, em Brasília, da sessão solene que lembrou os 20 anos do Plano Real, com a presença do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, lideranças do PSDB e dos presidentes do Senado, senador Renan Calheiros, e da Câmara dos Deputados, deputado federal Henrique Eduardo Alves.

Aécio Neves afirmou que o plano que acabou com a inflação no Brasil e trouxe a estabilidade da moeda foi o programa de maior alcance e inclusão social no país ao permitir melhoria na vida de todos os brasileiros.

“Se há um ponto fundamental para essa melhoria da condição de vida da população, melhoria das expectativas do mundo em relação ao Brasil, foi exatamente o Plano Real. Me orgulho muito de estar aqui hoje ao lado do presidente Fernando Henrique, um dos principais construtores dessa extraordinária transição. Celebramos aqui no Congresso Nacional o maior programa de distribuição de renda da história do Brasil. Foi o momento de demonstrarmos que apenas o esforço coletivo permite que Brasil avance. Foi uma bela festa, uma bela homenagem, àquele que foi o mais sólido plano de estabilidade da moeda feito no mundo”, afirmou em seu discurso na tribuna.

Descaso do PT com a inflação

Em entrevista após a sessão, Aécio Neves lamentou a ausência de representantes do governo federal na solenidade de hoje e lembrou que o PT negou apoio ao Plano Real na época em que a população mais sofreu com a hiperinflação e a escalada de preços.

“Em uma celebração tão importante para o trabalhador brasileiro, não termos aqui sequer um representante governista. Não tivesse havido o Plano Real, não tivesse havido a estabilidade da moeda, não teria havido o governo do presidente Lula, com crescimento econômico. Acho que o PT não se fez presente aqui hoje por constrangimento. Constrangimento daqueles que consideraram, lá atrás, o Plano Real um estelionato eleitoral simplesmente porque não atendia aos interesses da sua candidatura presidencial”, disse Aécio Neves.

Em 1994, o Plano Real pôs fim a mais de 10 anos de hiperinflação e de perdas financeiras das famílias. Durante dez anos, a inflação consumia o salário dos trabalhadores. Em abril de 1990, a inflação acumulada em 12 meses chegou a 6.821%. O Plano Real pôs fim ao alto custo de vida e permitiu aos brasileiros dar início a um novo ciclo no país.

“A Petrobras pode mais”, análise do ITV

petrobras-platform-brazilOs resultados positivos divulgados ontem pela Petrobras não devem servir para esconder os desequilíbrios, os descaminhos e o mau uso que o governo da presidente Dilma Rousseff vem impondo à maior empresa do país. A companhia é um orgulho nacional e poderia estar produzindo muito mais bem-estar para os brasileiros.

Petrobras apresentou lucro líquido de R$ 23,6 bilhões no ano passado. Depois de dois anos em queda consecutiva, os ganhos cresceram 11% na comparação com o exercício anterior. Este é, porém, o terceiro pior resultado desde 2006, superando apenas os registrados em 2007 e 2012, de acordo com O Estado de S. Paulo.

 

No quarto trimestre, o lucro da empresa caiu 19% na comparação com o mesmo período do ano anterior, para R$ 6,3 bilhões. É o pior resultado registrado pela Petrobras para períodos de outubro a dezembro em seis anos, de acordo com O Globo. No ano passado, a empresa perdeu R$ 40 bilhões em valor de mercado.

Outro resultado decepcionante deu-se naquilo que é o coração da empresa: extrair e produzir petróleo. A produção voltou a cair: desta vez 2,5%, para 1,931 milhão de barris diários em média. Como em 2012 o volume produzido já havia diminuído, a atual gestão tornou-se a primeira nos 60 anos de história da companhia a registrar duas baixas seguidas.

O balanço divulgado ontem também reitera muitos dos problemas que a estatal tem sido obrigada a enfrentar principalmente em função de ter sido convertida pelo governo federal numa espécie de muro de arrimo para conter a inflação.

A empresa produz menos do que a demanda interna exige e, por isso, é obrigada a importar cada vez mais. No ano passado, 400 mil dos 2,4 milhões de barris de derivados que o país consome diariamente vieram do exterior, informa a Folha de S.Paulo. Afinal, onde foi parar a alardeada autossuficiência que o marketing petista tanto cantou em prosa e verso?

Como os derivados que a Petrobras importa são mais caros que o preço pelos quais ela os revende no mercado interno, em razão da política de contenção artificial da inflação posta em voga por Brasília, os prejuízos da companhia se acumulam. O setor responsável, o de abastecimento, registrou perda de R$ 17,8 bilhões – o Estadão fala em R$ 26,9 bilhões de prejuízo nessa área.

 

Mesmo tendo obtido dois aumentos de gasolina e três de diesel no ano passado, os preços internos ainda estão bastante defasados em relação ao mercado externo: 16% e 22%, respectivamente. Se a Petrobras não importasse tanto combustível, vá lá. Mas não é o caso.

 

No ano passado, a balança comercial da Petrobras ficou deficitária em US$ 24,4 bilhões, o que representa o triplo do saldo negativo de 2012, segundo oValor Econômico. Recentemente, a situação piorou ainda mais: em 2009 sequer importávamos gasolina e, desde então, a compra de combustível vindo do exterior só aumentou e hoje representa 13% do consumo interno.

 

Manietado, o caixa gerado pela companhia no ano passado foi suficiente para cobrir apenas 57% dos seus investimentos. Com isso, a empresa vê-se pressionada a contrair mais dívida ou a cortar investimentos. Tanto um quanto outro acabaram acontecendo no ano passado. O plano de negócio foi revisado e reduzido em 6,8%. Serão US$ 16 bilhões a menos até 2018, conforme anunciado ontem.

O endividamento também continua alto. A dívida bruta atingiu R$ 268 bilhões em dezembro, com alta de 36,5% sobre 2012. Vale recordar que, no fim de 2010, após a megacapitalização da empresa, este indicador estava em R$ 115 bilhões, ou seja, em três anos mais que dobrou. Não por acaso, a Petrobras foi classificada no ano passado como a empresa não financeira mais endividada do mundo em relatório do Bank of America Merril Lynch.

 

Afora os problemas contábeis, a Petrobras ainda está às voltas com denúncias de recebimento de suborno por parte da SBM Offshore, que aluga plataformas flutuantes a companhias de petróleo. A empresa holandesa teria pago US$ 139 milhões para obter contratos com a estatal, numa operação que agora deverá ser objeto de investigação por comissão externa do Congresso.

 

Além disso, sua parte operacional também se vê envolvida em denúncias de que plataformas inacabadas foram lançadas ao mar incompletas e sem os devidos cuidados de segurança. Tudo para compor a agenda de inaugurações da presidente da República e engordar um pouco os resultados da já desastrosa balança comercial brasileira no ano passado.

 

A Petrobras dispõe de corpo técnico dos mais qualificados do país e é crucial para que a economia nacional tenha melhor desempenho – basta dizer que 10% de tudo o que é investido aqui sai dela. Sua sobrevivência e sua saúde financeira são de interesse da nação e não assunto que importa apenas a investidores. Defender a Petrobras é defender o bem-estar dos brasileiros. A empresa ainda precisa melhorar muito.

FHC celebra 20 anos do Real e pede “novo salto” para o Brasil

fhcsenado2-300x200O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou nesta terça-feira (25) que o Brasil precisa de um “novo salto” na gestão pública. FHC participou de sessão solene no Congresso Nacional que comemorou os 20 anos do Plano Real, responsável pela estabilização da economia brasileira. A sessão foi convocada pelo presidente do PSDB, senador Aécio Neves, e pelos deputados federais Mendes Thame (PSDB-SP) e Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR).

“O mundo está em uma nova fase, mas o Brasil ainda está no passado. Nós temos condição de avançar, mas é preciso abrir os olhos. O Brasil precisa de ar novo, sangue novo. Está na hora de mostrar que há novos caminhos no Brasil”, ressaltou Fernando Henrique, presidente de honra do PSDB.

Fernando Henrique se dirigiu ao público – formado por representantes de vários partidos, por jornalistas e por pessoas interessadas na história do Real – por cerca de 30 minutos e foi aplaudido em diversas ocasiões. “Eu disse que o Brasil tinha três grandes problemas: o primeiro era a inflação, o segundo era a inflação e o terceiro era a inflação. E, que nós íamos acabar com a inflação”, afirmou ele, lembrando quando era ministro da Fazenda.

Estabilidade

Em seu discurso, FHC disse que a estabilidade da economia, conquistada com base no Plano Real, foi apenas o “primeiro passo” e que muitos outros avanços são necessários – como exemplos, o tucano citou melhorias na educação e na segurança pública e a reforma política. “O modelo atual, com mais de 30 partidos e 39 ministérios, é uma receita para o aparelhamento da administração”, destacou.

O ex-presidente apontou que a população tem demonstrado que a reprovação ao modelo político atual é geral e que o sentimento de mudança é coletivo. “Quando as ruas estão insatisfeitas, quando os políticos estão insatisfeitos, quando as donas de casa estão insatisfeitas, é sinal de que há muita coisa enguiçada”, afirmou.

Oposição

FHC recordou que o Plano Real enfrentou forte oposição de diferentes setores – as críticas vieram de fontes distintas como o PT, o movimento sindical e até mesmo o Fundo Monetário Internacional (FMI). “Pouca gente sabe, mas o FMI era contrário ao plano. A falta de credibilidade do Brasil era tanta que eles não achavam que conseguiríamos reduzir a inflação”, disse.

Mas os maiores ataques, lembrou FHC, vieram do PT.  O tucano recordou que buscou atrair a aprovação do partido a um projeto que beneficiaria todos os brasileiros. “Eu me esforcei para que o Partido dos Trabalhadores desse seu apoio ao real. Cheguei a convidar os principais líderes do PT na época, Lula e José Dirceu, para falar sobre o plano e explicar suas vantagens. A primeira pergunta que eles me fizeram foi: ‘O PSDB terá candidato á Presidência da República?’”.

Apesar da oposição dos petistas, o Real entrou em vigor em 1º de julho de 1994. Os benefícios do plano foram colhidos rapidamente: a inflação despencou e o poder de compra dos brasileiros cresceu. A desvalorização, que superara os 2.000% em 1993, ficou em 14,7% em 1995. Fernando Henrique Cardoso, responsável pela criação do plano, ganhou as eleições presidenciais no primeiro turno em 1994 e 1998.