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“PT está à beira de uma crise de nervos”, diz Aécio respondendo a petistas

presidente-aecio-300x200O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, criticou, nesta terça-feira (11), as declarações feitas contra adversários pela presidente Dilma Rousseff e pelo presidente do PT, Rui Falcão, durante encontro do partido, em São Paulo. Para Aécio, a cúpula petista está à beira de uma crise de nervos e as acusações feitas demonstram que o PT tem medo de enfrentar o debate com a oposição sobre os problemas nacionais, os maus resultados da economia e sobre a crise de confiança que atinge o país.

“Nós assistimos ali, de forma patética, uma sucessão de neologismos absolutamente desencontrados, que remontam aos mais gloriosos tempos dos aloprados. Na sequência, devem vir aí mais alguns dossiês fajutos”, disse o senador.
“Infelizmente, acho que o PT protagonizou não uma festa, um evento partidário. Nós assistimos ali um partido à beira de uma crise de nervos”, afirmou.

Críticas

Na noite desta segunda-feira (10), Dilma Rousseff chamou seus opositores de “pessimistas” e “caras de pau”. Já o presidente nacional do PT, Rui Falcão, fez um extenso discurso com críticas à oposição.
“É lamentável que o presidente do partido que está no governo redija um discurso de sete laudas e não dê uma palavra em relação, por exemplo, à gravíssima crise de energia que assola o país e preocupa a todos os brasileiros; ou uma palavra em respeito aos direitos trabalhistas dos médicos cubanos, que nós defendemos; ou em relação ao estado de calamidade que tomou conta da Petrobras, que perdeu mais de 50% de seu valor de mercado; ou sobre a crise de confiança que se abateu sobre o Brasil. Absolutamente nada”, criticou.
Aécio disse ainda que é muito cedo para que o PT demonstre “preocupação” e “desequilíbrio” com o cenário eleitoral. “Em relação às ofensas ou ao palavreado da presidente da República, a minha boa formação mineira me impede de respondê-la no mesmo tom”, disse.

Sampaio é escolhido como coordenador jurídico nacional da campanha do PSDB

Carlos-Sampaio-Foto-George-Gianni-1-300x200O deputado federal Carlos Sampaio (PSDB-SP), de 50 anos, será o coordenador jurídico nacional da campanha do PSDB à Presidência da República. O tucano promete se esforçar ao máximo para atender às expectativas depositadas sobre ele. O nome de Sampaio foi aprovado nesta terça-feira (11) por unanimidade pela Executiva Nacional do PSDB, reunida em Brasília (DF).

Entusiasmado com a nova função, Sampaio comemorou as novas atribuições no seu perfil na rede social Facebook.

“Primeira reunião da Executiva Nacional do PSDB! Acabo de ter o meu nome aprovado, por unanimidade, como coordenador jurídico nacional da campanha do PSDB à Presidência da República”, afirmou Sampaio.

Em seguida, o tucano disse que: “Tenham a mais absoluta certeza de que não medirei esforços para corresponder às expectativas daqueles que me honraram com essa indicação”.

Promotor de Justiça afastado e professor de direito, Sampaio foi vereador por Campinas (SP), deputado estadual por quatro vezes e está no seu segundo mandato como deputado federal. Em 2013, assumiu a Liderança do PSDB na Câmara, sendo substituído no começo deste mês pelo deputado federal Antonio Imbassahy (BA).

Tucanos capixabas lamentam morte de cinegrafista

cinegrafistaLideranças tucanas do PSDB-ES lamentaram a morte do cinegrafista Santiago Andrade, 49 anos, da TV Bandeirantes, atingido na cabeça por um rojão na última quinta-feira (6) durante confronto no centro do Rio de Janeiro durante protesto envolvendo manifestantes contrários ao aumento da passagem de ônibus.

“Se, por um lado, as manifestações traduzem a insatisfação da população que sai às ruas para lutar por seus direitos legítimos, por outro existem atitudes inaceitáveis que geram vandalismo. O assassinato desse cinegrafista é o extremo a que se chegou a omissão das autoridades para com esses bandidos, que nem sequer mostram o rosto. Isso é caso de polícia, pois assassinaram um pai de família que estava fazendo o seu trabalho”, afirmou.

O deputado estadual Marcos Mansur destaca que o País vive a sua maior crise de autoridade. “Faltam segurança e firmeza parte conta dessa política implantada, que faz uma arrecadação absurda de impostos, mas ao invés de investir como se deve, mantém esse projeto de manutenção eleitoreira. A morte desse cinegrafista e é uma das mostras que esse desgoverno está provocando uma convulsão social”, opinou.

“Um Brasil mascarado”, análise do ITV

A morte do cinegrafista Santiago Andrade serve como símbolo de um momento lastimável que o país atravessa. De um lado, o radicalismo de grupos antidemocráticos, de outro a leniência de um governo que não apenas alimenta, como também pratica e propaga, a intolerância, dividindo a nação entre “nós” e “eles”.

O atentado ao cinegrafista – que agonizava desde a quinta-feira passada, quando foi atingido por um rojão disparado por um vândalo black bloc, e ontem teve morte cerebral – merece total condenação e seus responsáveis devem ser exemplarmente punidos. Trata-se de ato de violência explícita, gratuita, deplorável e merecedora de repúdio unânime da sociedade brasileira.

Andrade é a primeira vítima fatal dos protestos que se sucedem no país desde junho do ano passado. Mas sua morte é apenas o 109° caso envolvendo agressões a jornalistas desde então – no total, incluindo profissionais de outros ramos, registra-se 117 ocorrências, de acordo com a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji).

Percebe-se que há uma onda de insatisfação se propagando, se manifestando, se avolumando em todo o país. Há manifestações legítimas, democráticas e pacíficas que merecem respeito. Mas há também as que se colocam à margem e em oposição ao Estado democrático de direito. Estas merecem repúdio.

As hordas de vandalismo avançaram ao mesmo tempo em que quem deveria cuidar de reprimi-las foi dando passos para trás, retrocedendo na sua missão de manter a ordem. Neste vácuo, os propagadores da desordem foram tomando espaço, espalhando um clima de insegurança. Com isso, o Brasil que queria manifestar seu desencanto foi acuado.

A morte de Andrade deve detonar uma nova onda negativa em relação ao país. Não se trata mais apenas de um mal-estar econômico. Às vésperas da Copa do Mundo, o Brasil inspira mais temor do que atração naqueles que nos olham de fora. Este é o caminho mais curto para o fracasso: a erosão da reputação de uma nação, o comprometimento de valores universais e a perda da segurança e da confiança.

A imagem do Brasil que hoje é vista aqui e lá fora é a de um Brasil mascarado, de rostos cobertos por panos, de gente pronta para afrontar o status quo. É um Brasil que, cada vez mais, dá medo e difere muito daquele que a propaganda oficial procura vender, orientada por pesquisas de marketing. O Brasil do Carnaval, do futebol e do samba está, neste momento, desaparecido.

blackblock1-300x199Órgãos sérios de imprensa mundial já perceberam o clima que hoje vai tomando conta do Brasil. No sábado passado, o sisudo britânico The Guardian publicou longa reportagem sob o título “Governo brasileiro põe favelas e classe média um contra o outro”. O texto é ilustrado com uma foto de um bando de gente mascarada destruindo catracas. Que país é este?

O texto escancara a falência da ação do Estado para lidar com o clima de insatisfação, ao mesmo tempo em que acusa o governo petista de despender energia na promoção de um Brasil de fantasia. “Enquanto o governo foca na Copa do Mundo para agradar a comunidade internacional, negligencia o povo acima do usual, e as coisas estão prestes a piorar”, analisa o diário inglês.

Como se vê, o mundo todo percebe o que está acontecendo no Brasil. Menos, porém, o pessoal do governo petista. A julgar pelo que tem dito a presidente Dilma Rousseff, só os “pessimistas” e os “caras de pau” não enxergam a maravilha que o PT está construindo nos trópicos. Foi o que ela disse ontem, em cima do palanque armado para comemorar os 34 anos de fundação do PT.

Com o país indignado, Dilma ocupa-se de uma campanha em tempo integral e abdica de exercer as prerrogativas de quem governa uma nação como o Brasil. Ocupa-se em ser candidata e prescinde de ser presidente da República. Está tão preocupada com o que acontece nas ruas que prefere manifestar-se sobre o assunto por redes sociais, ao mesmo tempo em que se delicia com discursos provocando adversários. É muita cara de pau não perceber que o Brasil hoje se apresenta ao mundo como um país mascarado. Infelizmente.

Aécio Neves concede entrevista coletiva após reunião da Executiva Nacional

reuniao-executiva-11-09-14-foto-george-gianni-2-3-300x199O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, concedeu entrevista coletiva, após reunião da executiva da legenda, nesta terça-feira (11), em Brasília (DF).  O senador respondeu a perguntas sobre a reunião da Executiva nacional do partido; alianças regionais nas eleições 2014; declarações da presidente Dilma Rousseff e de Rui Falcão, presidente nacional do PT.

A seguir, a entrevista.

Sobre a reunião da Executiva.

Tivemos uma decisão hoje, por unanimidade da Executiva nacional do partido, de que todos os entendimentos estaduais, que estimulamos que ocorram, seja em relação ao lançamento de candidaturas ou à formalização de coligações, terão que ser validados pela aprovação da Executiva nacional do partido. Isso, de alguma forma, reforça o caráter nacional do PSDB, a prioridade que temos hoje de buscar dar ao Brasil um modelo de governo alternativo a esse que está aí, reforça nossa posição no campo nacional. Mas minha expectativa é de que todos os impasses que eventualmente ocorram sejam resolvidos no entendimento, no diálogo. A nossa preocupação certamente não é onde tem candidatos colocados, seja a governador, seja ao Senado. Mas é uma cautela que devemos tomar em relação às seções do partido onde não há um quadro definido e não há candidatura majoritária colocada por parte do PSDB. Acho que o caráter de unanimidade que essa decisão teve é uma demonstração que o partido está unido como nunca na busca da viabilização do seu projeto nacional.

Como isso vai acontecer?

Os entendimentos regionais têm que preservar, obviamente, o partido localmente. Estou me referindo especificamente aonde não temos candidatos a governador. Então vamos dividir em duas etapas: onde temos candidaturas a governo colocadas, a questão está resolvida porque uma candidatura ao governo atende claramente ao interesse da candidatura nacional. Onde não temos candidaturas majoritárias colocadas, temos que atender a dois preceitos ou a duas especificidades. Uma delas a preservação da bancada do partido, seja nas Assembleias, seja na Câmara Federal ou eventualmente no Senado. E ao mesmo tempo não ser contraditória ao interesse nacional do partido. O que não podemos é, em determinado estado atender, por exemplo, a viabilização de uma coligação que eleja um deputado para o partido, mas que cause prejuízos à campanha nacional porque eventualmente coligou-se a uma chapa que tem outros candidatos.

 

Sobre palanques duplos. Pensa em não aceitar?

Não vamos violentar as soluções naturais. Em alguns casos, teremos coligações em que, dentro dessa coligação, os membros de determinado partido farão campanha para o seu candidato à Presidência e os membros do PSDB, e de partidos que conosco estejam coligados nacionalmente, farão campanha para o candidato do PSDB. Sem que haja impedimento de que ali, localmente, eles possam, por exemplo, estar apoiando a mesma candidatura a governador, porque isso não é uma invenção, isso é respeitar a lógica. O que não vamos admitir é que localmente quadros do PSDB de alguma forma apoiem uma candidatura (nacional) de outro partido, até porque não existe essa posição.

Há algum exemplo?

Esse exemplo não existe.

Sobre a possibilidade de PSDB e PSB dividirem palanque em algum estado.

Isso vai acontecer em vários locais naturalmente. Vamos ter coligações. Minas pode ser um exemplo desses, para ficar apenas no meu estado, que segue a naturalidade de um entendimento que já existe há 10, 11 anos. Ali é natural que ambos os partidos apoiem o mesmo candidato a governador, localmente. E dentro daquela coligação os deputados, por exemplo, do PSB, ou se eventualmente tiver alguém do PSB na chapa majoritária, apoiarão o seu candidato. Isso vai acontecer de forma inversa em outros locais. A violência seria outra. A violência seria se nós, que viemos construindo, por exemplo, em Minas Gerais, um projeto até aqui para qual o PSB foi muito importante, chegasse e dissesse ‘agora não, agora vocês vão em outro caminho, contra a continuidade do projeto que vocês mesmo construíram’.  Porque eles estão dentro do governo, participam. Então, isso vai ser algo muito natural e o governador Eduardo Campos concorda comigo.

Por que essa decisão agora?

Porque é o momento dela. Porque, em vários locais, é preciso que haja uma orientação nacional. Na verdade, poderia se fazer amanhã uma intervenção se houvesse alguma decisão contrária ao interesse nacional do partido. É uma medida preventiva. É um sinal claro: o PSDB tem uma prioridade hoje, que supera todas as outras, eleger o próximo presidente da República.

Mas pelo histórico das últimas eleições presidenciais…

Acho que em alguns lugares nós deixamos de fazer coligações na direção que poderia ajudar mais fortemente a candidatura nacional. Não até por má vontade local, exatamente por falta dessa coordenação que nós estamos fazendo agora com razoável antecedência. Acho que esse é um fato novo. Nós estamos tendo a oportunidade de fazer essa construção com um mínimo de estratégia e racionalidade.

Sobre São Paulo.

Em São Paulo a condução será do governador Geraldo Alckmin. Ninguém questiona, ao contrário. Só de ter o nome do governador Geraldo Alckmin em São Paulo, a situação do partido tá bem resolvida.

No Rio de Janeiro, por exemplo, em que o partido pretende apoiar o Pezão, do PMDB, como é que vai ficar o palanque?

Não tem essa decisão, nem essa inclinação. É um estado ainda em aberto, mas não há essa inclinação. Nem decisão. Vamos construir algo que interesse a candidatura nacional do partido e preserve os nossos parlamentares. Essa é a regra. Não tem uma decisão tomada ainda em relação ao Rio de Janeiro.

Sobre crítica feita ontem pela presidente Dilma, que chamou adversários de “cara de pau”.

Foi no mesmo evento em que participou o presidente do partido também, não é? Olha, é lamentável que, em primeiro lugar, o presidente do partido que está no governo redija um discurso de sete laudas e não dê uma palavra em relação, por exemplo, à gravíssima crise de energia que assola o país e preocupa a todos os brasileiros; ou uma palavra em respeito aos direitos trabalhistas dos médicos cubanos, que nós defendemos; ou em relação, por exemplo, ao estado de calamidade que tomou conta da Petrobras, que perdeu mais de 50% de seu valor de mercado; ou sobre a crise de confiança que se abateu sobre o Brasil. Absolutamente nada.

Nós assistimos ali, de forma patética, uma sucessão de neologismos absolutamente desencontrados, que remontam aos mais gloriosos tempos dos aloprados. Na sequência devem vir aí mais alguns dossiês fajutos.

Infelizmente, acho que o PT protagonizou não uma festa, um evento partidário, mas, eu diria que inspirado talvez em Almodóvar, nós assistimos ali um partido à beira de uma crise de nervos. E está muito cedo, para um partido que nós sabemos que está preocupado com o cenário eleitoral, mostrar tanto desequilíbrio.

Em relação às ofensas ou ao palavreado da presidente da República, a minha boa formação mineira me impede de respondê-la no mesmo tom.

Emenda do deputado Mansur beneficia agricultores com carro

SAM_5288A Cooperativa dos Agricultores Familiares Sul Litorânea do Estado do Espírito  Santo (CAF SUL) foi  beneficiada  com um veiculo  utilitário através  de  emenda parlamentar  do  deputado  estadual  Pr.  Marcos Mansur.

A entrega do veículo aconteceu no município de Iconha e contou com a presença de diversas autoridades. Mansur destacou a  participação  do  vice-prefeito de Iconha, Alberto Valiati; do vereador João Bolinha e do presidente do PSDB do município, Valentim Cremonini, na indicação desta emenda parlamentar.

A CAF SUL, constituída por produtores da base familiar tem  168  cooperados  que produzem e entregam para a comercialização produtos como banana,  abacate,  laranja,  hortaliças,  legumes,  massas,  biscoitos, pães e outros.

No ano passado, a cooperativa realizou contratos de fornecimento com as prefeituras  do  Espírito Santo e  Rio  de  Janeiro.  Comercializou em  2013 em torno de R$ 2milhões.   “Gosto de ver e  acompanhar projetos que tenham ações efetivas e que proporcionem coletivamente o bem-estar  das  pessoas.  A  CAF  SUL  merece  o  apoio  que  vem  recebendo”

Venda de genéricos atende interesse de grande parte da população, afirma Colnago

remediosNo aniversário de 15 anos da promulgação da lei nº 9787/99, que permitiu  a produção e o comércio dos medicamentos genéricos no Brasil, o médico sanitarista e deputado federal Cesar Colnago (PSDB-ES) parabenizou a iniciativa do então presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, e de seu ministro da Saúde, José Serra.

“Foi uma medida que, com certeza, acertou em cheio o interesse da grande maioria da nossa população. Temos percentual muito grande de hipertensos, diabéticos, pessoas com doenças degenerativas que tomam medicamentos regularmente, que pesam no bolso. Essa diminuição no valor dos remédios barateou o custo de vida da família brasileira”, afirmou Colnago, que é presidente do PSDB-ES.

O parlamentar acrescentou que a adoção dos medicamentos genéricos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) facilitou a vida dos brasileiros que não tinham condições de recorrer à rede privada.

Acesso

“O impacto foi significativo no acesso dos brasileiros à medicação, que por vezes tinha dificuldades pelo alto valor de alguns remédios. Hoje, temos variedades de linhas que oferecem medicação básica e fundamental para quem precisa”, disse Colnago.

Em seguida, o tucano acrescentou que: “A implementação dos genéricos foi, sem sombra de dúvidas, uma das políticas em que falou mais alto o interesse da população”.

Informações

Entende-se por medicamento genérico um produto farmacêutico que pode ser utilizado no lugar do produto original, desde que produzido com a licença dos laboratórios e comercializado por preços mais baixos.

“Mais um campeão de ineficiência”, análise do ITV

ITVNunca antes na história, tivemos um governo tão pródigo em anunciar, com pompa e circunstância, obras que jamais se tornam realidade. A estratégia está desgastada pelo uso intensivo que dela faz o PT. Mas eles insistem. Parafraseando um velho bordão da TV, vem aí mais um campeão de ineficiência: o PAC 3.

 A notícia saiu na edição de O Globo deste domingo. De tão inverossímil, parece até escárnio. Mas lá está escrito que a presidente-candidata preparada para abril o lançamento de uma terceira etapa do Programa de Aceleração do Crescimento. Mas como, se a maior parte do que vem sendo prometido pelos governos petistas desde 2007 até hoje não saiu do papel?

 A gestão do PT administra uma ficção. Onde estão as obras estruturantes que há sete anos são anunciadas pela propaganda oficial como o passaporte definitivo do país para uma nova era de prosperidade? Alguém viu, alguém encontrou? Aqui não é necessário gastar muita saliva e tinta: é só olhar em torno e constatar que as principais obras prometidas não aconteceram.

 Transposição das águas do rio São Francisco? Até hoje nenhuma gota beneficiou os brasileiros que convivem com a terrível seca do semiárido nordestino. A obra deveria ter ficado pronta em 2010, mas até agora nem metade foi feita. O custo já praticamente dobrou, pulando de R$ 4,5 bilhões para R$ 8,2 bilhões. Nem no atual mandato a transposição – que já tem muitos trechos em ruínas – será concluída.

Ferrovia Norte-Sul? Prometida para 2010, tem apenas 700 km dos 4,1 mil km previstos concluídos. Dois anos atrás, Dilma prometeu entregar todo o trecho entre Açailândia (MA) e Estrela d’Oeste (SP) até 2014. Nada disso vai acontecer: a nova previsão de término é setembro de 2016 – e olhe lá. Assim como a transposição, trechos da Norte-Sul nem foram inaugurados e já se transformaram em ruína, mato e erosão. Não transportam nada.

Refinaria Abreu e Lima? O compromisso era inaugurá-la em 2010, mas a previsão atual é terminá-la, quiçá, em fins deste ano. Será? O custo da refinaria pernambucana partiu de R$ 4 bilhões iniciais e já chegou a R$ 35,8 bilhões – incluindo um beiço da estatal venezuelana PDVSA, que seria responsável por 40% do projeto, mas pulou fora devido à debacle da economia chavista. Com tudo isso, a Abreu e Lima se transformará na mais cara refinaria já feita até hoje em todo o mundo.

Os exemplos pontuais são eloquentes, mas o balanço agregado ajuda a dar contornos definitivos ao fiasco. Em 2013, o PAC teve o melhor desempenho da era Dilma: dos R$ 53 bilhões previstos no Orçamento Geral da União para o ano, R$ 16,6 bilhões foram efetivamente investidos até 31 de dezembro último. Ou seja, a melhor marca não passa de 31,2% da dotação prevista para o ano, de acordo com o Siafi.

Alguns dos ministérios que concentram as maiores verbas tiveram execução ainda mais vexatória. A poderosa pasta dos Transportes investiu R$ 4,6 bilhões dos R$ 14,8 bilhões reservados, acompanhando a média geral do programa no ano. No entanto, descontada a inflação, no ano passado o ministério investiu menos do que o gasto em 2012 e bem menos até que o valor nominal aplicado em 2011.

A contabilidade oficial exibe números diferentes, bem mais vistosos. O governo afirma que já fez 67% do que prometeu no PAC 2. Entretanto, a maior parte do valor (exato um terço do total) vem de financiamentos concedidos para beneficiários do Minha Casa, Minha Vida. É dinheiro que foi emprestado e terá que ser pago pelos mutuários, mas o governo petista computa como investimento. O setor privado responde por outros 20% do total. Assim fica fácil…

Além destas espertezas, a estratégia petista em torno do PAC envolve outras mandracarias. Obras anunciadas nas etapas anteriores que não ficam prontas são reempacotadas, ganham nova roupagem e um prazo elástico para acabar. É a mágica da reciclagem das promessas. O PAC lançado em 2007, por exemplo, sumiu do mapa sem apresentar um balanço final de suas “realizações”. Ninguém soube, ninguém viu. Na estratégia petista, o que vale é o espetáculo. Qualquer verdadeiro compromisso com o interesse da população é conto da carochinha.

Aécio Neves: “Brasileiros querem voltar a respeitar seus governantes”

O senador Aécio Neves esteve em São Carlos (SP), no último sábado, dia 8
O senador Aécio Neves esteve em São Carlos (SP), no último sábado, dia 8

Dando continuidade aos encontros com lideranças de todo o país, o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, esteve neste sábado (8), em São Carlos (SP), reunido com prefeitos, vereadores e militantes. Aécio salientou a importância da discussão de uma nova agenda para o país acompanhado pelo senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), presidente do PSDB de São Paulo, deputado federal Duarte Nogueira, secretário-geral do partido, deputado federal Mendes Thame (SP), prefeito de São Carlos, Paulo Altomani, e líderes regionais.

“Quero falar de coisas boas, de esperança, de confiança. O Brasil e os brasileiros não precisam acostumar-se e acomodar-se à mediocridade. Não existe propaganda oficial, por mais bilionária que seja, que mascare a realidade. E a grande realidade é que esse ciclo de governo do PT vai ser encerrado. Não em benefício do PSDB, mas em benefício dos brasileiros que querem crescer, se desenvolver e voltar a respeitar os seus governantes”, declarou.

Aécio destacou que suas andanças pelo interior do Brasil têm o objetivo de fortalecer na militância tucana o sentimento de que algo diferente pode ser feito no rumo político do país.

“Esse é um evento muito especial, como tem sido alguns outros, porque vejo as pessoas se aproximando de nós não apenas para dar um tapinha nas costas, um cumprimento, um aperto de mão, mas para perceber e sentir se estaremos realmente em condição de enfrentar os enormes desafios que temos pela frente”, disse o senador.

“É exatamente a partir de encontros que fazemos aqui hoje, em São Carlos, que eu cada vez mais consolido a ideia, o sentimento e a convicção de que depende apenas de nós, da nossa coragem, para que possamos dar, dentro de muito pouco tempo, uma resposta definitiva a todos os brasileiros que estão indignados com o despudor, com a irresponsabilidade e incompetência daqueles que vem comandando o Brasil nos últimos anos”, afirmou Aécio.

 Reformas interrompidas

Em seu discurso, o senador apontou ainda a necessidade de retomar reformas interrompidas durante os dez anos de gestão petista na presidência da República. Segundo ele, o sentimento de mudança que o país vive não é meramente partidário, mas fruto de elevada consciência cidadã.

“Em um momento de tamanha desmoralização da classe política, de tamanho divórcio da sociedade com seus representantes, nós temos que nos reunir, porque não se trata do desafio de levar um partido à presidência da República. Trata-se de nós termos a convicção clara de que nos levantamos, com coragem, para dizer basta”, considerou o tucano.

“Basta dessa centralização irresponsável de recursos nas mãos da União, que tão mal vem fazendo aos municípios e aos estados brasileiros na saúde, segurança e educação. Basta dessa visão atrasada e preconceituosa em relação ao mundo, que nos fez alinhar com ditaduras mundo afora e retirou o Brasil das grandes cadeias globais de produção”, ressaltou Aécio.

O presidente nacional do PSDB finalizou dizendo que, em um país continental com desigualdades latentes, é preciso dar mais atenção à importância de estados como o de São Paulo.

“Tenho andado pelo Brasil pregando a mudança, pregando aquilo em que acredito. Diferente dos nossos adversários, vamos fazer campanha falando a verdade, com clareza e simplicidade. Nossa grande diferença são os nossos valores”, destacou Aécio.

“Vulnerável”, por Aécio Neves

aecio-nevesDiscussões em torno da importância do planejamento e da capacidade de gestão dos governos tendem a ser consideradas áridas e distantes dos interesses da população.

No entanto, são cruciais e a atual crise do sistema de energia é um exemplo concreto da falta que fazem ao país.

A semana começa sem resposta para mais um apagão que deixou às escuras 6 milhões de pessoas em 13 Estados brasileiros.

Para efeito de análise de conjuntura, mais importante que o fator pontual, específico, que justifique a interrupção, é constatar a evidente vulnerabilidade do sistema, exposto à pressão das altas temperaturas registradas, ao declínio dos níveis dos reservatórios e à alta do consumo.

A demanda média do período está 8% acima das previsões feitas pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico. Para se ter uma ideia mais clara do quadro, 75% da nossa produção energética vêm de fonte hidráulica e os reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste terminarão fevereiro com menos de 40% da capacidade.

Não pode ser simplesmente negligenciado ou reduzido a uma mera coincidência o fato de que, na terça-feira, o Sul atingiu seu recorde de carga apenas três minutos antes da falha no sistema de transmissão que causou o apagão.

Sintoma que expõe, em princípio, a hipótese de estar começando a haver desequilíbrio estrutural entre a capacidade de oferta e a demanda de energia no país, que o governo, a todo custo, tenta descartar, fazendo piadas diversionistas com descargas elétricas, ou sugerindo mais terceirização de responsabilidades.

Como parece ser menos provável que haja problema de geração, tudo converge para uma eventual precariedade das linhas de transmissão. Mais de dois terços das que estão em construção sofrem atrasos (média de 13,5 meses) e pode estar havendo investimento muito menor que o previsto na manutenção, em face da atabalhoada mudança de regulação, que provocou incertezas, desconfianças e –quem sabe– até um investimento menor que o necessário.

Poderíamos estar contando com os parques eólicos para compensar os problemas no segmento hidroelétrico. Infelizmente isso também não é possível, porque simplesmente não foram concluídas até hoje as respectivas linhas de transmissão.

Para o governo, o espaço para manobras vai se reduzindo e restam poucas alternativas: se reajustar tarifas, alimenta a inflação; se subsidiar ainda mais o custo, amplia o deficit nas contas públicas.

No geral, são erros imperdoáveis, para quem passou praticamente uma década inteira à frente do sistema energético nacional, advogando a excelência da gestão.

A realidade sempre cobra o seu preço. Pena que, mais uma vez, a conta pelo improviso seja paga pelos brasileiros.