Parlamentares do PSDB repudiaram nesta terça-feira (11) a invasão da Mesa Diretora do Senado por um grupo de senadoras da oposição na tentativa de impedir a votação do projeto de modernização das leis trabalhistas, marcada para a tarde de hoje. Senadoras do PT e PCdoB impediram a abertura da sessão plenária pelo presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), ao se recusarem a deixar o local ocupado pelo presidente da Casa. Eunício suspendeu a sessão, determinou que as luzes fossem apagadas, mas ainda assim o grupo de petistas permaneceu no local, impedindo a votação.
Líder do PSDB no Senado, Paulo Bauer (SC) repudiou a estratégia utilizada pela oposição para tentar impedir “no grito” a aprovação das mudanças nas leis trabalhistas do país.
“O que está acontecendo hoje no Senado não aconteceu nem na ditadura. Porque impedir o funcionamento do Senado ocupando o plenário do Senado é um ato agressivo, anti-democrático, ilegal, que não pode ser praticado por senadoras ou senadores de nenhum lado, muito menos da oposição, principalmente quando esta oposição, até pouco tempo, foi governo, fez um governo trágico, um governo que deixou o país sem rumo e, inconformada com sua condição hoje de oposição, tenta vencer no grito. No grito, ninguém vai construir nada, ninguém vai ajudar o país em nada”, afirmou Bauer.
O líder defendeu que o Conselho de Ética do Senado adote medidas punitivas às senadoras da oposição – a maioria delas do PT – que invadiram o comando do Senado. “O Conselho de Ética do Senado obviamente vai precisar se manifestar e existem punições para atitudes como essa. Não podemos permitir que a democracia seja ofendida, que a liberdade seja tolida, que a lei seja descumprida. Não no Senado da República, em que a principal responsabilidade da instituição é valorizar o exercício democrático.”
Para Bauer, a atitude do senador Eunício Oliveira de suspender a sessão foi correta e atende ao regime democrático instituído no país. “A oposição usou de uma estratégia bastante intimidadora, colocando apenas mulheres na Mesa Diretora, o que dificulta obviamente qualquer atitude, qualquer ação, já que se alguma coisa fosse feita com mais empenho, com mais pressão, poderia-se dizer eventualmente que estaríamos praticando um ato de ofensa à mulher, à sua integridade física. Isso não vai acontecer porque a sessão vai acontecer em outro lugar se não houver condições de ocorrer no plenário”, afirmou o tucano.
Relator da modernização trabalhista quando o projeto foi analisado pela Câmara, o deputado Rogério Marinho (PSDB-RN) reagiu ao que chamou de “espetáculo deprimente de intolerância e falta de educação” protagonizado pela bancada feminina do PT no Senado, incluindo a senadora Fátima Bezerra (PT). De acordo com Marinho, as parlamentares agiram sob o comando do ex-ministro José Dirceu, condenado como líder do escândalo do Mensalão e também na Lava Jato.
Segundo o tucano, o petista orienta a bancada a “impedir no muque a votação”. O deputado disse que, ao impedir a análise de um projeto importante para o país, as senadoras do PT acabaram quebrando o decoro parlamentar.
“Para o PT, a lei só serve a seu favor. Caso contrário, tenta impor táticas bolivarianas de intimidação e constrangimento contra quem pensa diferente. Para o PT, a democracia é uma casca vazia que só pode ser utilizada para corroborar a cleptocracia que vigorou durante 13 anos no Brasil. PT nunca mais”, disse o deputado.
* Com informações do Portal do PSDB na Câmara