Mais uma vez, o deputado Sergio Majeski se mostrou preocupado com o cenário político brasileiro. Durante a sessão ordinária desta quarta-feira (04), o parlamentar voltou a abordar o assunto da tribuna da Assembleia Legislativa, reforçando o papel da população para mudar os rumos do país.
Majeski alertou que o Brasil ainda precisa trilhar um longo caminho até que grande parte da população tenha um nível de escolaridade significativo e, assim, uma boa compreensão do que acontece no país.
“Estamos em uma crise política, econômica e, sobretudo, moral e ética. E, às vezes, as pessoas não conseguem entender em profundidade o que está acontecendo no Brasil. E o jogo se limita a questão de tirar ou não o presidente. Como se isso resolvesse os nossos problemas. Boa parte da população não consegue entender que o nosso sistema está todo corrompido. Que a corrupção do Brasil é, se quer, apartidária. Ela está permeada em praticamente todos os partidos, em quase todos os segmentos e instituições. Algumas vezes, até mesmo em igrejas. Precisamos de uma capacidade maior de interpretação”, analisou.
Para completar sua reflexão, o deputado fez uma correlação com o livro a Revolução dos Bichos, de George Orwell, escrito em 1945, que faz uma crítica ao poder e a manipulação política. (Ver nota abaixo).
“O que isso tem a ver com o que comecei a dizer sobre a crise brasileira? Tem tudo. Embora, quando o Orwell escreveu esse livro, ele satirizasse o stalinismo implantado na antiga União Soviética, esse livro ajuda muito a pensar as entranhas da política brasileira. No sentido de que essa questão permeia a política brasileira. Todo nosso sistema está contaminado e grande parte da população não consegue enxergar o contexto amplo”, disse.
“No Brasil, desde os municípios até a esfera federal, existe a falta do republicanismo, da ética e do comprometimento com a sociedade. Vemos um patrimonialismo imenso, em que se usa da máquina pública em benefício de determinados partidos ou de determinadas pessoas. Por isso, é preciso criar no Brasil mecanismos para que as leis funcionem e que impeçam que esse sistema se perpetue”, completou.