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“Brasil vai vencer essa luta com a força do povo e em respeito à Constituição”, afirma Aécio em reunião com juristas defensores do impeachment

unnamed-3-300x200O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, afirmou, nesta quinta-feira (14/04), que o impeachment da presidente Dilma Rousseff dará ao Brasil uma nova chance para superar a grave crise econômica e social provocada pelos erros cometidos no comando do país.

Em reunião, ocorrida hoje, na Câmara dos Deputados, com juristas defensores do afastamento da presidente da República, Aécio ressaltou que o processo de impeachment tem amparo jurídico previsto na Constituição e conta com o apoio da maioria da população brasileira.

“Pelos seus próprios erros e equívocos, a atual presidente da República e o seu governo não apresentam mais as mínimas condições de permitir ao Brasil construir uma nova etapa da sua história. Acima dos partidos políticos, acima das conveniências eleitorais e partidárias de quem quer que seja, existe um Brasil democrático, sólido nas suas instituições e que vai vencer essa luta, e vai, com a força do povo e em respeito absoluto à Constituição, dar a si próprio uma nova chance”, destacou Aécio Neves.

O encontro teve a participação de líderes da oposição, advogados, de ex-ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Carlos Velloso. A reunião também contou com as presenças de membros dos Institutos dos Advogados de São Paulo, Pernambuco e Paraná, professores da USP, PUC/SP e FGV.

“É fundamental que o embasamento jurídico e que os pressupostos sejam atendidos, e eles foram largamente atendidos nas peças apresentadas pelos ilustres juristas [Miguel] Reale Júnior, Hélio Bicudo e pela Janaína Paschoal. O sentimento que hoje, a meu ver, é da grande maioria dos brasileiros, é de que atendidos os pressupostos jurídicos à materialidade do crime de responsabilidade cometido pela senhora presidente da República no exercício do seu mandato, há sim, aquilo que considero para um processo dessa magnitude também essencial, o ambiente político, a constatação generalizada da sociedade brasileira de que o Brasil precisa de uma nova chance”, afirmou o senador.

Crime de responsabilidade causou danos ao país

O presidente do PSDB também rebateu a defesa da presidente Dilma feita pelo Advogado-Geral da União na Comissão Especial do Impeachment. Aécio afirmou que o relatório aprovado pela maioria dos deputados, recomendando a abertura do processo de impeachment, deixou claro que houve crime de responsabilidade na gestão das contas do país com graves danos à economia e à sociedade.

“Ao contrário daquilo que tentou nos dizer o advogado-geral da União, houve dolo sim na tomada daquelas medidas, pois elas não só afetaram o resultado eleitoral, por terem mascarado a real situação do país, como nos levou à destruição de pilares fundamentais da economia e, a partir deles, de ganhos sociais que ao longo de décadas os brasileiros vinham contabilizando”, afirmou Aécio.

 Na coletiva à imprensa, o senador falou sobre a expectativa para a votação do impeachment na Câmara dos Deputados no próximo domingo. Afirmou que a mudança de posição de partidos aliados do governo sinaliza que o processo será aprovado.

“Ordem democrática”, por Luiz Paulo Vellozo Lucas

lpO contrário da tirania é a ordem democrática e são três as suas dimensões institucionais: econômica, política e jurídica.

Econômica: liberdade de empreender, de produzir, de comprar e vender bens e serviços num ambiente de livre mercado, regulado por regras de respeito a contratos aceitas por todos.

Política: Disputa entre diferentes convicções pelo poder em processos eleitorais fundados no sufrágio universal e no debate público com ampla liberdade de opinião, de organização e de imprensa.

Jurídica: Solução pacífica de controvérsias e conflitos de interesse através de um sistema judiciário profissional e meritocrático, com base em um ordenamento jurídico democraticamente instituído e operacionalizado com livre e amplo acesso.

Desde a eleição de Tancredo Neves e da Constituinte o Brasil vem trabalhando na construção da ordem democrática. Com o Plano Real conquistamos um extraordinário avanço na ordem econômica com a estabilidade da moeda, a abertura da economia e a modernização do estado e dos mercados. O resultado do nosso sucesso pode ser mensurado no crescimento da confiança, da autoestima da população, da riqueza nacional, na melhoria dos indicadores sociais e na imagem internacional do país.

Este ciclo virtuoso perdurou até o primeiro mandato de Lula. A descoberta do pré – sal e a crise financeira internacional de 2008, no segundo mandato de Lula, marcaram a entrada em cena da política econômica do PT, um delírio soviético tardio, que erodiu gradativamente o dinamismo e a estabilidade da economia brasileira até contaminar e ameaçar a ordem democrática em todas as suas dimensões.

A decisão sobre se houve ou não crime de responsabilidade da Presidente é do plenário da Câmara dos Deputados. A tentativa desesperada de esconder e negar a existência do crime e fraudar a decisão dos deputados me faz lembrar o inquérito militar sobre o atentado do Riocentro, em maio de 1981. O governo militar do General Figueiredo preferiu proteger os agentes do Doi-Codi, desmascarados em pleno ato terrorista pela explosão da bomba no colo de um deles. Foi a pá de cal no regime militar que foi desmoralizado definitivamente neste episódio e acabou saindo pela porta dos fundos do poder direto para o lixo da história. Destino semelhante terá a Presidente Dilma Rousseff, ainda que consiga barrar o impeachment, prolongando e aprofundando a crise e a agonia dos brasileiros.

Sua saída não resolverá todos os nossos problemas, mas representará a retomada da construção da ordem democrática no Brasil, que, aliás, nunca foi o propósito dos que hoje nos governam.

Na ordem democrática, ainda que imperfeita, o crime não compensa.

Luiz Paulo Vellozo Lucas, dirigente tucano e ex-presidente nacional do ITV

 

Mapa do impeachment: oposição anuncia 349 votos a favor do afastamento de Dilma

bancada-foto-alexssandro-loyolaA quatro dias da votação que pode dar fim a seu governo, a presidente Dilma vem colecionando derrotas. Declarações de apoio ao impeachment chegam por todos os lados: de entidades nacionais a partidos até então ligados à base governista. Lideranças se reuniram na tarde desta quarta-feira (13) para fazer o levantamento dos votos e a previsão é de 349 deputados favoráveis ao impeachment.

“Temos hoje, mais do que garantidos, 349 deputados que declararam que vão votar a favor do impeachment. A presidente descumpriu a Constituição, cometeu crime de responsabilidade, e a consequência é o que estamos vendo no país”, afirmou o líder do PSDB na Câmara, deputado federal Antonio Imbassahy (BA). A análise do relatório favorável à abertura do processo contra a petista começa na sexta-feira (15), às 8h55, e só deve terminar na noite de domingo (17).

A debandada dos partidos tem sido intensa nas últimas horas. Ontem, o PP decidiu que votará a favor do processo. A bancada do PRB também vai se posicionar favorável. Nesta quarta-feira (13), o líder do PSD e presidente da comissão especial, Rogério Rosso (DF), disse que a “ampla maioria” dos deputados da sigla vai votar pelo afastamento.

A Confederação Nacional do Transporte (CNT) divulgou nota de apoio ao impeachment. Após ouvir as lideranças e sua base, a instituição considerou que a incapacidade administrativa da presidente afetou diversos setores. “A incapacidade da presidente e do seu governo em solucionar a grave crise econômica que assola o país, com reflexos danosos ao setor transportador brasileiro e empregos”, diz trecho do texto.

NORTE A SUL
O 1º secretário da Câmara, Beto Mansur (PRB-SP), anunciou detalhes da votação. Serão chamados nominalmente os deputados da Região Sul, passando pelas demais até se chegar à Região Norte; dentro de cada estado, a chamada seguirá a ordem alfabética dos nomes dos deputados.

A decisão da Mesa é correta e segue o Regimento Interno da Casa, avaliou o deputado Caio Narcio (PSDB-MG). Para Domingos Sávio (PSDB-MG), a interpretação da norma foi acertada. Segundo ele, a última votação realizada nesse formato começou com o Norte. “Agora é o momento de se fazer iniciando-se pelo Sul até o Norte”, explicou.

CLIMA DE DESESPERO
Da tribuna, Rocha (PSDB-AC) chamou a atenção para o clima de desespero que bateu no PT. “No domingo o Brasil vai iniciar uma nova fase, se livrando da corrupção desses 13 anos da era PT”, afirmou.

O tucano exibiu a foto de um Fiat Elba, veículo que simbolizou a queda de Fernando Collor em 1992. “Só o rombo na Petrobras soma mais de R5 500 bilhões, o que daria para comprar 17 milhões de unidades desse carro”, comparou.

O deputado Artur Virgílio Bisneto (PSDB-AM) disse, em discurso, que não dá mais para o povo brasileiro assistir suas vidas sendo lançadas ao relento para manter um projeto de poder de um partido. Segundo ele, Dilma não tem política pública para tirar o Brasil da inércia. O 1º vice-líder da Minoria desafiou alguém do governo a mostrar quando falaram sobre uma agenda positiva para a nação nos últimos meses.

“Ao contrário, só falam sobre golpe, que impeachment é golpe. Pregam isso para tentar convencer de uma mentira a maioria esmagadora da sociedade que é a favor do processo. Não dá mais para continuar com esse governo. No domingo vou estar esperançoso com o futuro do país. Adeus, a Dilma Rousseff, que tanto mal fez ao país”, disse.

PERÍCIA MÉDICA
Na tentativa de esvaziar o plenário da Câmara no dia da votação, o governo tenta convencer parlamentares a se ausentarem da sessão. Deputados da oposição, no entanto, estão de olho na tática e apresentaram uma questão de ordem pedindo que os ausentes que alegarem problemas de saúde sejam submetidos a exame do Departamento Médico da Casa.

Caso os médicos da Câmara não confirmem os problemas de saúde, a oposição defende que esses deputados respondam a processo de cassação dos seus mandatos por quebra de decoro no Conselho de Ética da Casa, sob alegação de fraude no processo de votação.

Para o deputado Vitor Lippi (PSDB-SP), o controle sobre os ausentes é necessário diante do acovardamento de alguns parlamentares que pensam em não votar. “Isso é um golpe sujo contra o Brasil e os brasileiros. O deputado tem responsabilidade de se posicionar a favor ou contra o impeachment. Incentivar a ausência e estimular o acovardamento das posturas e da presença, do enfrentamento da questão, sem dúvida, é mais uma irresponsabilidade, mais uma demonstração de inconsequência, de ausência de compromisso ético”, afirmou.

Do Portal do PSDB na Câmara

Projeto relatado por Ricardo Ferraço reduz impostos sobre o frete aquaviário

ferraco_interna7-300x213A Comissão de Infraestrutura do Senado aprovou esta manhã (13) Projeto de Lei (PLS) 421/2014, relatado pelo senador Ricardo Ferraço, que reduz a carga de impostos sobre o transporte de carga pela navegação fluvial, lacustre e de cabotagem, aquela que se faz entre portos da costa brasileira.

Pelo texto aprovado, o percentual do Adicional de Frete da Marinha Mercante (AFRMM) que incide sobre os valores cobrados pela navegação de cabotagem será reduzido dos atuais 10% para zero.

 No caso do transporte fluvial e lacustre para granéis líquidos nas regiões Norte e Nordeste, a desoneração será maior, zerando a atual líquida de 40% e tornando permanente a isenção temporária em vigor, prevista para acabar em 2017. A AFRMM sobre o frete aquaviário de longo curso será, contudo, mantida no atual percentual de 10%.

 “O projeto elimina a assimetria que existe entre o frete aquaviário e os ferroviário e rodoviário, dando ainda mais competitividade ao custo da navegação”, avalia Ferraço.

Para mais informações sobre o projeto, clicar aqui: http://www25.senado.leg.br/web/atividade/materias/-/materia/119529

“A fraude é Dilma”, análise do ITV

210924PO repertório da presidente da República é cada vez mais restrito. Suas palavras são insuportavelmente repetitivas. Seu monocórdio vocabulário e suas reiteradas ações limitam-se apenas a tentar preservar o único emprego que lhe interessa: o dela mesma. A petista transformou seu mandato numa pregação para convertidos, uma campanha eleitoral perene. Para ela, o impeachment em marcha é “fraude”. Para o Brasil, fraude é Dilma Rousseff, aquela que nunca foi o que disse que seria; nunca fez o que disse que faria.

Ontem no Palácio do Planalto, a presidente realizou a sétima cerimônia seguida destinada a fazer proselitismo político, reunir seus (cada vez mais) poucos defensores e repetir seu mantra em torno de um suposto “golpe” pela sua destituição. Há três semanas tem sido assim, mas há muito mais tempo o país foi abandonado por Dilma. Não há governo, apenas a luta pela sobrevivência da petista no cargo.

Orientada por Lula, Dilma desta vez mirou o vice-presidente da República. Sem nominá-lo diretamente, disse que há “chefe e vice-chefe do golpe”, que “agem em conjunto e de forma premeditada”. Acusou-os de “leiloar posições” no futuro governo. Se fosse uma autocrítica, teria sido perfeita: a presidente censurou em Michel Temer o que ela mesma e seu tutor têm feito desabridamente nas últimas semanas.

Quem, afinal, está negociando tudo e todos na bacia das almas de cargos e verbas públicas para salvar o mandato? Quem tem gabinetes paralelos instalados em hotéis da capital federal para despachar com interessados nas migalhas do poder? Quem formula gritos de guerra e lança ordens de comando para serem repetidas pelo país afora para afrontar o processo do impeachment? São Dilma, Lula e seus petistas aloprados.

Se há algo que seja ilegítimo, ilegal e atentatório à Constituição é o que a presidente, seu antecessor e seu partido fazem para se preservar no poder. Para azar deles, e sorte do Brasil, o balcão da fisiologia está fazendo água, perdendo até ávidos compradores da hora da xepa. Para infelicidade deles, e júbilo da nação, a cidadania dos brasileiros está derrotando a manipulação e o engodo que sempre foram a tática do PT.

Não há “golpe”, “conspiração”, “farsa” ou “fraude” em marcha. Há, sim, um processo realizado estritamente dentro dos limites da Constituição que resultará em duas votações – a primeira delas no domingo, na Câmara – que irão definir se a presidente da República feriu a norma constitucional ao cometer crimes de responsabilidade. Se perder, ela sai; se ganhar, fica. Onde está o motim e onde estão os insurretos?

Quem depõe contra a democracia, quem age como se pudesse ganhar a discussão no grito, quem incita o embate são os de sempre: os petistas. O mais grave é que, de uns tempos para cá, o que começou como palavra de ordem de porta de fábrica e se tornou slogan de intimidação político-eleitoral passou a figurar nos anais da República na forma de discursos da principal mandatária da nação. A fraude ascendeu ao púlpito. Agora, felizmente, está perto de descer, tão logo Dilma Rousseff seja apeada de lá.

“O PSDB jamais faltou ao Brasil e não faltará neste instante”, diz Aécio

ghg_6327-aecio-300x200Pronunciamento do presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves – Senado Federal – 13-04-16

“O PSDB não é o beneficiário do processo de impeachment. Não somos nós, com um programa amplamente debatido com a sociedade brasileira, que assumiremos o governo. Mas nós não fugiremos a nossa responsabilidade, de dialogar em torno de uma agenda estruturante, que enfrente a questão da reforma política, que destrave o Brasil para os investimentos, que profissionalize o Estado, que nos leve a uma política externa altiva e pragmática em favor dos interesses do Brasil”.

“Devemos pensar nos brasileiros acima dos partidos políticos e que há hoje um conjunto de cidadãos e cidadãs não querem mais o confronto, não querem ver apenas o conflito de ideias ou de ideologias. Eles querem que nós demonstremos, como representantes do povo brasileiro, a capacidade de reconstruir este país”, afirmou o senador Aécio Neves, presidente nacional do PSDB, em pronunciamento hoje (13/04), no Senado, onde comunicou o voto de toda bancada do PSDB em favor do impeachment da presidente da República.

Na tribuna do Senado, Aécio falou sobre o momento político brasileiro, sobre a recessão na economia e os graves prejuízos sociais causados aos brasileiros pelos erros cometidos pela presidente da República na condução do país.

“O PSDB colocar-se-á à disposição não na busca de cargos em qualquer governo. Ao contrário, à disposição para discutirmos uma ampla agenda de reformas. E essa agenda, se aprovada – eu tenho certeza –, reconciliará o próximo governo com a sociedade brasileira e nos permitirá um reencontro com o nosso futuro”, afirmou.

Leia aqui a íntegra do pronunciamento do senador Aécio Neves.

Srªs e Srs. Senadores,

Gostaria de trazer algumas considerações em relação a este momento extremamente delicado da vida nacional.

Na verdade, eu não tenho dúvidas de que no futuro, não muito distante, os pensadores, os estudiosos, os cidadãos interessados na história política deste país irão se debruçar sobre essas últimas semanas, tanto na Câmara quanto no Senado, para compreender exatamente a transição porque passa o Brasil.

Certamente, o primeiro dos sinais ou a primeira das comprovações que esses estudiosos terão que fazer, sem dúvida alguma, é a constatação de que, ao longo desses últimos meses, nasceu no país uma nova consciência nacional, gostem ou não dela. A verdade é que as ruas deste país foram ocupadas por cidadãos e cidadãs brasileiros que pegaram nas mãos a responsabilidade de construir o seu próprio destino.

Se, hoje, a Câmara dos Deputados e, amanhã, o Senado Federal se debruçarão sobre a discussão do eventual impedimento da Presidente da República, eu tenho a absoluta convicção de que isso nasce não só das ilegalidades por este governo cometidas, mas por essa profunda e extraordinária mobilização, que obrigará os governantes de hoje, já, mas, sobretudo os do futuro, a buscarem, sempre, uma conexão maior, uma conexão definitiva com os seus representados.

Mas a grande questão que nos salta aos olhos: por que chegamos até aqui? O que fez com que um governo, com a força do presidencialismo brasileiro, um presidencialismo quase imperial, chegasse hoje agachado, chegasse hoje tão fragilizado aos olhos da população brasileira e aos olhos deste Congresso Nacional?

Na verdade, o que nós assistimos ao longo desses últimos anos foi um governo absolutamente alheio e distante à realidade. Não percebeu isso, em momento nenhum, por maiores e mais claros que fossem os alertas, não apenas das oposições, mas daqueles que acompanhavam a deterioração do quadro nacional, do quadro econômico, do quadro social. Nenhum. Nenhum dos alertas serviu para que este governo corrigisse rumos.

Hoje nós temos perante o país – e assistimos isso com a preocupação que devemos ter – um governo refém dos seus próprios desmandos e de suas próprias contradições. Em nenhum momento, ao longo de todos esses últimos anos e, ainda agora, no momento mais agudo da crise, houve o reconhecimento, mínimo que fosse, da sua responsabilidade para com as perdas que hoje são visíveis e cotidianas de milhões de brasileiros, fruto da inconsequência, da irresponsabilidade e da presunção deste governo. Não apenas errou, não apenas se omitiu, este governo enganou, este governo mentiu e mentiu sucessivamente aos brasileiros para preservar o seu projeto de poder. Essa é a realidade.

Eu assisti, e também tantos dos Srs. Senadores aqui –, à defesa feita pelo Advogado-Geral da União, na Câmara dos Deputados, na comissão processante do impeachment, em relação às atitudes da Presidente da República e me saltava aos olhos uma alegação que ele repetia inúmeras vezes: “Não houve dolo. Não houve dolo. A Presidente da República foi amparada por pareceres para tomar as suas decisões.” Como não houve dolo? Os alertas foram múltiplos.

Era claro que já havia, sim, uma queda de arrecadação, e o que faz, quando percebe-se que há uma queda de arrecadação? Contingenciam-se ou ampliam-se os gastos? O governo seguiu o caminho da irresponsabilidade: ampliou os gastos, utilizou-se da ilegalidade, fez aquilo que a Lei de Responsabilidade Fiscal, no seu âmago, no seu cerne, proibia. E quanto o PT lutou contra a Lei de Responsabilidade Fiscal!

Aos bancos públicos a eles está vedado financiar os seus controladores, e, na verdade, ao invés de preocupar-se com Brasil, com o futuro da economia e com suas consequências na vida real das pessoas, o governo transferiu ilegal e irresponsavelmente atribuições do Tesouro para os bancos oficiais.

Fala-se muito que era para pagar o Bolsa Família. Balela. Dos mais de R$ 50 bilhões transferidos para os bancos oficiais – e aí incluo Caixa Econômica Federal, BNDES e Banco do Brasil – R$1,5 bilhão apenas para pagamento do Bolsa Família. Portanto, houve imprevidência, houve dolo e hoje a Presidente da República e o seu governo estão obrigados a prestar contas à sociedade.

Eu vim hoje a esta tribuna para dizer que a verdade não marca hora para se fazer presente. Venho a esta tribuna para dizer que os números não mentem. Os números não são golpistas e eu percebo que muitos brasileiros ainda têm alguma dificuldade de compreender por que as pedaladas estão levando ao afastamento da Presidente da República ou a edição de decretos sem autorização prévia do Congresso Nacional façam com que as perspectivas de permanência da Presidente da República se reduzam a cada momento que passa. É porque isso tem consequência na vida das pessoas.

Ao tirar a credibilidade da economia, ao mascarar os números, como fez sobretudo no período eleitoral, em primeiro lugar fraudou-se a vontade do cidadão. Os brasileiros votaram em um projeto que não existia, em um Brasil que não era real e hoje estão sendo obrigados a prestar contas dos equívocos e das ilegalidades cometidas.

Eu vim principalmente a essa tribuna para deixar registrado, nesta semana de tantas tensões, o Brasil real – esse que não pode mais ser mascarado pela propaganda oficial por mais talentosa que se possa criar – trouxe-nos a mais profunda recessão de toda a nossa história, de toda a história republicana brasileira. Nem na década de 30, quando o Brasil teve um crescimento negativo do PIB, por dois anos consecutivos, iguala-se ao momento atual. Lá o mundo também decrescia, hoje não.

Nós poderemos estar tendo uma perda somada nesses três anos (2015, 2016 e 2017) próxima de 10% do nosso PIB, enquanto o mundo cresce em torno de 3%.

Algo que pode resumir de forma mais clara para que aqueles que nos assistem compreendam as consequências nefastas e perversas desse modelo irresponsável de governança. Se nenhuma tragédia mais ocorrer no Brasil? Se nada de mais grave nos espreitar na próxima esquina? Os brasileiros terão, no ano de 2020, a renda per capita que tiveram no ano de 2010. É a esse retrocesso que o governo do PT nos leva: 330 mil empresas brasileiras foram fechadas no ano de 2015; o nosso ano de produção voltou também ao patamar de 2010. Tivemos uma queda nos investimentos de 24% desde o ano de 2014; foram US$108 bilhões de capitais estrangeiros que nós perdemos desde o ano passado.

E a inflação? A inflação acumulada dos últimos 12 meses, cantada e versada na campanha eleitoral, ela já se aproxima dos 10%. Hoje, temos um país rebaixado por todas as agências de classificação de risco, com as consequências perversas, mais uma vez, desse rebaixamento na busca de financiamento das nossas empresas e, obviamente, na nossa atividade econômica. Tivemos – e isso tudo é consequência dos equívocos e ilegalidades deste Governo – um aumento de 14% do PIB da nossa dívida pública desde o ano de 2013. Os otimistas dizem que chegaremos ao final de 2018 com a dívida bruta acima de 80%, também com todas as suas perversas consequências.

Os fundos de pensão tiveram, em apenas cinco anos, pela gestão temerária dos companheiros que ali foram alocados, perdas de US$113 bilhões. A Petrobras teve um prejuízo, apenas nos dois últimos anos – não vou voltar nem tanto no tempo – de R$56 bilhões – R$ 6,2 bilhões apenas, claro que em uma análise, a meu ver, muito superficial, pelas perdas reconhecidas oficialmente com corrupção e R$100 bilhões perdidos com o congelamento dos combustíveis nos últimos anos, que pode ter trazido alguns benefícios eleitorais para a senhora presidente, mas prejuízos definitivos para essa empresa e para os brasileiros.

São hoje 60 milhões de brasileiros com suas dívidas atrasadas, 60 milhões de brasileiros sem conseguir dormir direito porque foram iludidos por uma situação econômica que não era real, se endividaram, perderam o emprego ou estão sendo obrigados a negociar a sua permanência no emprego com salários menores e carga de trabalho maior. No ano de 2015, e esse é um dado para termos na memória, R$77 bilhões foram retirados das poupanças dos brasileiros.

Entre saques e depósitos, o saldo negativo é de R$77 bilhões. É a poupança de toda uma vida, retirada para pagar prestações, para manter um nível adequado de vida, porque o Governo tirou-lhes a esperança. Ontem, recebi o presidente da CNI, Robson Andrade, que dividia a sua perplexidade e a sua angústia com uma queda, desde 2013, de 25% na nossa produção industrial. Senador Tasso, voltamos a ter uma participação da indústria no PIB brasileiro que tínhamos na era pré-juscelinista.

Quem já acompanhava a política brasileira tão de perto naquela época, no período pré-industrialização do Brasil, a nossa indústria foi destroçada. Ali é que deveriam estar os empregos de melhor qualidade. O governo dizia sempre não, que o comércio vai bem, que os serviços vão bem, o varejo também vai bem. O varejo teve uma queda de 10% nas vendas desde o final do ano passado.

O meu esforço hoje é traduzir as ilicitudes, as ilegalidades, os crimes de responsabilidade cometidos pela Presidente da República e como refletem na vida real de cada brasileiro, de cada brasileira. Hoje, o Brasil é o país que mais desemprega em todo o mundo. Temos 10 milhões de desempregados hoje entre nós.

Apenas no último ano, foram mais de 2,5 milhões de pessoas, de brasileiros, de pais e mães de família, que perderam seus empregos. Nos mais jovens, até 24 anos, 21% de desempregados, um em cada cinco brasileiros está desempregado e o estoque de empregos formais no Brasil reduziu ao que tínhamos quatro anos atrás.

Aquele discurso, aquele ativo, que não era apenas dele, mas reconheço que teve parcela de responsabilidade, o governo do PT no primeiro mandato do Presidente Lula, que foi a inclusão, a ascensão social, em grande parte construída a partir da estabilidade da moeda, da credibilidade do Brasil readquirida e, claro, da ampliação dos programas sociais, chega ao final desse período do governo PT, ao final desses 14 anos. Sete milhões e oitocentos mil brasileiros voltarão à classe D e E entre os anos de 2015 e 2016, segundo estudo recentemente publicado pela Consultoria Tendências.

Em 2015, nós tivemos, pela primeira vez, desde o ano de 1992, pela primeira vez, uma queda de renda e um aumento simultâneo da desigualdade no Brasil.

Esses brasileiros, que regridem do ponto de vista social, encontrarão um Brasil em piores condições do que aquele Brasil lá de trás, porque o desemprego é avassalador, a perda de competitividade das nossas empresas não dá o mínimo de perspectiva de melhora no curto prazo, a inadimplência é enorme e a inflação vem tirando, ela sim, a comida da mesa dos brasileiros.

Chego aos programas sociais, cantados em verso e prosa na campanha eleitoral. “Vamos aumentar o Minha Casa, Minha Vida, vamos aumentar os recursos para o Bolsa Família, para fazermos creches em todas as regiões do Brasil e no seu Estado, para fazermos investimento em segurança pública, em saúde, educação”. Toda vez que nós alertávamos para a perda de intensidade da atividade econômica no Brasil éramos os pessimistas,

Toda vez que alertava para a nefasta intervenção no setor elétrico, éramos os pessimistas, que não queríamos a diminuição artificial da conta de luz. Pois bem, hoje, o quadro é esse, e a realidade bate-nos à porta. O Minha Casa Minha Vida, teve uma queda de 70% da sua previsão orçamentária este ano, de R$27 para R$7 bilhões. O Bolsa Família, um belo programa, que teríamos e teremos no futuro a responsabilidade de manter e ampliar, mas que já não vem tendo reajuste desde as vésperas da eleição, já teve uma perda com a inflação no seu poder aquisitivo em torno de 17%.

E as creches anunciadas por este governo por tantas campanhas eleitorais? O orçamento para a construção de creches foi reduzido em não mais não menos que 90%, os cerca de R$ 4 bilhões se transformaram em menos de R$ 500 milhões. Sabe-se lá se isso será em algum momento implementado. Na segurança pública, queda de 60% na dotação, num país que vê a criminalidade avançar de forma dramática em todas as regiões do país. Na educação, senador Ferraço, a queda nos investimentos chega a quase 40%. Isso na Pátria Educadora. De R$ 8,7 bilhões para R$ 5,4 bilhões.

Essa é a radiografia, é o raio x, é o retrato do Brasil real e é a consequência perversa de um governo irresponsável, do ponto de vista fiscal, incompetente, do ponto de vista da gestão pública e com uma sensação perene e permanente de impunidade, cometeu toda série de ilicitudes.

O mais curioso é que nessas manifestações que mobilizam corações e mentes de milhões e milhões de brasileiros, nós, curiosamente, e isso me chamou a atenção, não estamos vendo mais placas reivindicando melhores condições para a saúde, para a educação, para o transporte ou para a segurança. Não que isso tenha melhorado um milímetro sequer. Ao contrário, vem se agravando.

Hoje há uma convergência, e volto ao que me traz a esta tribuna, uma convergência de sentimentos no Brasil, de que o problema maior, mais urgente, que precisa ser extirpado, resolvido, é a substituição, pela via constitucional, do atual governo, que perdeu absolutamente todas as condições de nos retirar da crise na qual ele próprio nos mergulhou. Achar, como ouvi aqui de alguns líderes da base governista, alguns poucos que ainda sobem a esta tribuna, que isso é responsabilidade da oposição, de que o impeachment irá ocorrer porque os golpistas aqui não aceitam o resultado da eleição. Não, Srªs e Srs. Senadores. Nada mais distante da realidade.

Disputamos as eleições e perdemos, mas continuamos aqui a exercer o nosso papel de oposição, vigilantes, acusando os desmandos do governo, buscando que os tribunais apurassem as ilicitudes cometidas, fazendo o que deve fazer uma oposição em um Parlamento democrático.

Mas a Presidente da República estará sendo, segundo o pensamento médio desta Casa, do Congresso Nacional e da nossa Casa irmã, estará sendo sim, no próximo domingo, tendo o processo de admissibilidade do impeachment aprovado por uma ampla maioria, onde a maior parte dos votos não virá das Oposições, virá dos seus companheiros de jornada, que compreenderam que não é mais possível estar ao lado desse governo.

Não faço aqui juízo de valor dos motivos que levam a esse rompimento e ao abandono desses partidos, mas eu tenho que dizer que, desde 2014, nós alertávamos para tudo isso que se previa acontecer no Brasil. E agora é muito, mas muito importante que todos os brasileiros, estivessem até ontem próximos ao governo, fossem da oposição e até os que estão na base ainda hoje do governo, é preciso que nós pensemos no dia de amanhã. E essa é a palavra final que trago a este plenário.

Nós teremos, qualquer que seja o resultado, mas sabemos todos qual é o mais provável. Temos que reconstruir este Brasil, temos que dar o nosso esforço para que uma agenda estruturante, aguda e urgente seja votada no Congresso Nacional.

O PSDB não é o beneficiário do processo de impeachment. Não somos nós, com um programa amplamente debatido com a sociedade brasileira, que assumiremos o governo. Mas nós não fugiremos a nossa responsabilidade, de dialogar em torno de uma agenda, uma agenda estruturante, que enfrente a questão da reforma política, que destrave o Brasil para os investimentos, que profissionalize o Estado, que nos leve a uma política externa altiva e pragmática em favor dos interesses do Brasil. E não essa submissão bolivariana que tantos prejuízos nos trouxe ao longo de mais de uma década.

Devemos pensar nos brasileiros acima dos partidos políticos e que há hoje um conjunto de cidadãos e cidadãs não querem mais o confronto, não querem ver apenas o conflito de ideias ou de ideologias. Eles querem que nós demonstremos, como representantes do povo brasileiro, a capacidade de reconstruir este país.

O PSDB, portanto, colocar-se-á à disposição não na busca de cargos em qualquer governo. Ao contrário, à disposição para discutirmos uma ampla agenda de reformas. E essa agenda, se aprovada – eu tenho certeza –, reconciliará o próximo governo com a sociedade brasileira e nos permitirá um reencontro com o nosso futuro. Acima das disputas partidárias, mesmo apesar de ácidos debates, e acima dos confrontos que são naturais na política, devemos nós representantes do povo estar à altura das nossas responsabilidades e, logo após o desfecho de todo esse processo, conversar sobre o futuro do Brasil.

O velho Milton Campos – como já disse mais de uma vez aqui dessa tribuna e transfiro isso para o Senado Federal – falava de Minas: nos momentos mais agudos de crises, dizia Milton Campos que, “em Minas, sempre haverá um palmo de chão limpo onde os homens de bem poderão se encontrar”.
É essa convocação que temos que fazer. Independentemente de filiação partidária, vamos encontrar espaço para discutir o Brasil real, para tirar o Brasil do desemprego, da carestia, da inflação sem controle e da desesperança. O PSDB jamais faltou ao Brasil e não faltará neste instante.

Por não percebemos quaisquer condições de a atual Presidente da República nos tirar desse lamaçal e dessa crise profunda na qual nos mergulhou, nós votaremos pelo impeachment, votaremos unanimemente pelo impeachment. E estaremos aqui, de pé, de cabeça erguida, prontos para debatermos e apresentarmos uma agenda profunda de reformas que resgate a confiança, a credibilidade e a capacidade de os brasileiros e as brasileiras sonharem com o novo futuro. Muito obrigado

Ferraço: “Toma-lá dá-cá, é mais um crime cometido por Dilma”

ferraco_interna12O senador Ricardo Ferraço acusou a presidente da República, Dilma Rousseff, de atentar contra a probidade administrativa, colocando-se acima da lei ao tentar conquistar o voto de deputados contra o processo de impeachment.

Para ele, a troca de cargos por votos, num verdadeiro toma-lá dá-cá, é mais um crime cometido pela presidente. Os outros, segundo ele, foram a afronta, para se reeleger, à Lei de Responsabilidade Fiscal e à Lei Orçamentária.

“Após avisar, portanto, que faria o diabo para vencer a corrida presidencial, disposição que acabou arruinando as contas da União, a chefe de estado está transformando o seu governo em um bizarro balcão de negócios com um único objetivo, qual seja, obter o mínimo de 172 votos contrários na votação do impedimento.” afirmou Ferraço

Assista à íntegra do discurso:

 

Oposição contabiliza 340 dos 342 votos necessários para afastamento da presidente

plenario_camara_03_121-300x196Um dia após a vitória na comissão especial, líderes da oposição se reuniram nesta manhã para uma revisão dos votos no processo de impeachment contra Dilma. Os parlamentares contabilizam 340 votos dos 342 necessários para afastamento da presidente Dilma. Segundo o levantamento, existem 46 parlamentares indecisos e 127 contrários.

De acordo com o líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy (BA), apesar desses números favoráveis, a sociedade precisa estar mobilizada até o último minuto. Um dos coordenadores do Comitê Pró-Impeachment, o deputado Carlos Sampaio (SP) disse que a oposição vai buscar mais votos pela saída da petista. “Estamos próximos de uma vitória importante, não pode ser contra a presidente Dilma, mas em defesa do país. Vamos continuar a luta até a votação no próximo domingo”, destacou.

*Do portal do PSDB na Câmara

Após ‘balcão de negócios’, o ‘pacotão do impeachment’: governo quer gastar mais para garantir apoio de aliados

lm_encontro_educacao_foto_lula_marque412042016-5Brasília (DF) – O governo federal lança mão a cada dia de novos artifícios para tentar se manter no poder. Depois de transformar a Esplanada dos Ministérios em um ‘balcão de negócios’, trocando cargos em importantes pastas como a saúde e a educação por votos contrários ao processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, o Palácio do Planalto agora mobiliza os ministérios para desengavetar propostas que criem um cenário positivo às vésperas da votação do impeachment na Câmara.

O problema é que o ‘pacotão do impeachment’ pode impactar ainda mais as já debilitadas contas públicas. Isso porque o governo estuda aumentar os gastos, remanejando recursos para elevar o orçamento de ministérios, Estados e municípios, flexibilizando exigências, a cobrança de dívidas, e aumentando investimentos – tudo para atender demandas de deputados em troca de votos favoráveis à presidente Dilma. O rombo nas contas públicas pode chegar a R$ 100 bilhões neste ano.

Para o deputado federal Vitor Lippi (PSDB-SP), o governo mais uma vez coloca os seus interesses à frente dos interesses do povo, já que planeja gastar mais para agradar aliados, em detrimento da já fragilizada economia brasileira.

“Esse governo está há treze anos no poder, e o que nós vemos é que eles conseguiram causar um desastre econômico e social no país sem precedentes, onde nós temos 10 milhões de desempregados, 7 mil novos desempregados por dia, tivemos o fechamento de 100 mil lojas no ano passado, e estamos com uma expectativa negativa de mais de 2 milhões de brasileiros que devem perder o emprego ainda nesse ano, segundo avaliações. Quer dizer, falar em agenda positiva agora, quando nós estamos em um mar de lama, de corrupção, com denúncias onde várias pessoas têm sido presas semanalmente por conta dos escândalos?”, questionou.

O parlamentar avaliou que o governo perdeu a sua credibilidade, por isso tenta, às vésperas da votação do impeachment, criar um factoide político.

“Esse governo já falou em muitas agendas positivas, e não cumpriu nenhuma. Falou no equilíbrio fiscal, e nunca houve um desequilíbrio fiscal tão grande na história do país. Falou em reduzir os ministérios para reduzir o número de cargos de comissão, mas não fez nada disso. É um governo totalmente desacreditado”, destacou.

Vitor Lippi acrescentou ainda que é o desespero em se manter à frente da Presidência da República que leva a gestão de Dilma Rousseff a lançar propostas infrutíferas e que não vão mudar o status quo da situação econômica e social, além do descrédito político do governo.

“São medidas demagógicas, oportunistas e que em nada vão impactar positivamente o cenário econômico e social, muito ao contrário. Trata-se de mais um discurso, onde o discurso e a prática não se encontram. Mais uma vez, o PT vai demonstrar a sua total incapacidade de cumprir aquilo a que se dispõe. Vai ser uma medida que vai desacreditar ainda mais esse governo que está aí”, concluiu o tucano.