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“Mais poder às mulheres”, análise do ITV

mulheresebcO empoderamento feminino precisa estar no topo das prioridades de uma agenda voltada a recolocar o país de volta aos trilhos do desenvolvimento, dos quais a gestão petista nos desviou. Neste dia em que se comemoram os direitos da mulher, cabe lembrar as muitas injustiças de que elas são vítimas. Enquanto persistirem, não seremos uma nação minimamente decente.

As mulheres são a maioria da população brasileira e do eleitorado. Mas o que a demografia consagra a prática cotidiana desvirtua. O peso feminino nas decisões ainda situa-se muito aquém do papel que as mulheres desempenham em nossa sociedade. Persistem desequilíbrios que não condizem com uma nação que almeja a equidade de direitos e oportunidades.

Numa sociedade ainda muitíssimo desigual, as mulheres acabam pagando bem mais caro pelas iniquidades. Desdobram-se no papel de mães, de trabalhadoras e de donas da casa – dada a crescente importância delas na manutenção financeira dos lares. Elas também precisam se virar para superar a péssima qualidade dos serviços públicos que comprometem a educação e a saúde dos filhos.

As mulheres são as maiores vítimas dos fracassos das políticas públicas que só existem na propaganda oficial. Veem, por exemplo, suas possibilidades profissionais e de aprendizagem seriamente afetadas pela falta de creches ou pela reduzida oferta de vagas nas escolas de educação infantil. Penam para conseguir oportunidades num mercado de trabalho cada vez mais enxuto pela recessão.

Neste particular, a crise já está impactando negativamente a participação das mulheres na força de trabalho. Atualmente, 43% delas trabalham. O percentual crescia desde a década de 1950 e chegara a 48% em 2012, segundo o IBGE. Depois começou a cair, como reflexo das menores oportunidades que a atual depressão econômica acarreta.

Tradicionalmente, o mercado de trabalho já é muito injusto com as mulheres. Mesmo com maior escolaridade, elas recebem, em média, 26% menos que os homens no desempenho das mesmas funções, segundo a Pnad mais recente. Não há o que justifique.

Uma mudança na elaboração de políticas públicas que contemple o crescente papel das mulheres na nossa sociedade passa, necessariamente, pela maior participação delas na política. Neste quesito, o Brasil vai muito mal: ocupa hoje apenas a 116ª posição numa lista de 190 países. A bancada feminina representa somente 10% da Câmara e 13% do Senado, ante média mundial que varia entre 20% e 22%.

Neste sentido, uma política de cotas que reserve espaço nas diversas instâncias decisórias pode ser importante instrumento, ainda que transitório e temporário, para suplantar atrasos e desequilíbrios que não têm correspondência na composição e no perfil de nossa sociedade. As mulheres merecem, e precisam, ter mais poder.

Igualmente essencial é a preservação de direitos conquistados, e que, vira e mexe, são ameaçados por retrocessos inaceitáveis. E é fundamental, sobretudo, ter absoluta intransigência em relação à prática de violência contra mulheres e crianças – cerca de 15% delas sofrem algum tipo de abuso ao longo da vida, o que é absolutamente inadmissível.

O empoderamento feminino precisa estar na agenda cotidiana do país. Elas serão parte crucial da solução para que o Brasil supere a fase difícil – tanto ética quanto econômica – em que foi jogado pelos governos petistas. A defesa dos direitos das mulheres não merece somente uma data única no calendário, mas precisa, isto sim, estar presente no nosso dia a dia, em todos os dias do ano.

Ricardo Ferraço nega que Lava-Jato desrespeite a democracia

ferraco_interna3O senador Ricardo Ferraço refutou em discurso nesta segunda-feira (7) a tese de que as investigações sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Operação Lava Jato representem um ataque à democracia. Ele chamou atenção para o pleno funcionamento das instituições democráticas e a necessidade de defender o trabalho do Ministério Público e do Supremo Tribunal Federal para que as investigações resultem em verdade para a sociedade brasileira.

Ao negar que o Partido dos Trabalhadores esteja sendo vítima de uma conspiração, Ricardo Ferraço lembrou que o próprio Lula e a presidente Dilma Rousseff indicaram a maioria dos ministros dos tribunais superiores, os mesmos que entendem que as investigações da Lava Jato se apoiam em fatos objetivos. Segundo Ferraço, as conquistas sociais dos governos do PT ficaram em segundo plano diante de um projeto de poder que foi perseguido a qualquer custo.

“A nossa democracia poderia passar por algum ambiente de fragilização se as nossas instituições não estivessem funcionando. O Ministério Público Federal está funcionando, a Polícia Federal está funcionando, o Supremo Tribunal Federal está funcionando, todas as instituições, na plenitude das suas prerrogativas. É isso que dá à nossa democracia sinais de vitalidade, e não o contrário” ressaltou Ferraço.

 

“A vítima é o país”, análise do ITV

Lula-foto-ABr-Desde a última sexta-feira, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a envergar a fantasia de que mais gosta, a de vítima. O padrinho dos ricaços se diz um perseguido das elites, um injustiçado pelas instituições, uma persona non grata da imprensa. Esfarrapada, a pantomima de pai dos pobres não se sustenta. Lula é caso de polícia.

O petista passou semanas em silêncio, enquanto as acusações de que enriquecera ilicitamente, engordado pelo petrolão, se avolumavam. A cada dia, sabe-se de nova benesse espúria. É o sítio de Atibaia, o tríplex do Guarujá, uma antena de telefonia de uso particular, coberturas onde se vive a vida toda de favores (não apenas uma, mas duas, como informa O Estado de S. Paulo em sua edição de hoje), reformas e eletrodomésticos que caem do céu. Sobre isso, Lula nada tem a dizer.
O ex-presidente continua sem dar respostas convincentes – ou, pelo menos, objetivas, ponto por ponto e não de maneira sub-reptícia como ele fez na sexta-feira – às suspeitas de que usou a presidência do país para se locupletar, enriquecer, prosperar na vida. Corre risco de ser processado e punido por improbidade administrativa, vendo sua quimera de voltar ao poder esvair-se na lama em que fundou seu projeto político e na qual atolou o país.
Diante dos fatos, Lula e o PT respondem com arreganhos, ameaças, incitação a hordas incivilizadas, afrontas ao
Estado democrático de direito. Não é coisa de quem preza a democracia, de quem respeita as instituições, tampouco de quem não teme o avanço da Justiça. Pelo contrário: é atitude de quem está devendo. Garras escancaradas são a arma de peçonhentos.

Há, sim, uma vítima neste teatro do absurdo em que Lula, Dilma e o PT transformaram o Brasil: o próprio país. Não há salvação à vista enquanto esta gente se mantiver no comando. A nação está em franco retrocesso, estupefata à espera de novas e mais graves revelações, mas, ao mesmo tempo, mobilizada para pôr em marcha um processo – estritamente dentro dos limites constitucionais – que dê fim ao atual estado de coisas.

Por seu turno, Lula e o PT já apresentaram suas armas. Além da manipulação de sempre, o confronto com a justiça, as agressões físicas, a violência explícita. Aterrorizam com a possibilidade de “justiçamentos”, “ódios progressivos” e a ameaça de transformar o Brasil numa Venezuela, como faz Gilberto Carvalho em entrevista à Folha de S.Paulo.

Este talvez seja, afinal, o sonho maior desta gente. Mas aqui não passarão.
O Brasil é vítima de um governo que não existe, de uma organização criminosa, de uma economia que afunda, da carestia que só se agrava, do desemprego que afeta pais de famílias e desalenta nossos jovens. A vítima deste descalabro não é Lula, não é o PT, tampouco Dilma. É o país que eles destruíram, mas que, em breve, os brasileiros começaremos a reconstruir. Sem Lula, sem Dilma, sem o PT.

Desaprovação do governo Dilma chega a 90%, aponta Ipsos

dilma-ueslei-marcelino-reuters-300x169Um levantamento feito pela Ipsos, empresa especializada em pesquisas online, demonstra a insatisfação dos brasileiros em relação ao atual governo da presidente Dilma Rousseff e aos escândalos envolvendo o ex-presidente Lula e o Partido dos Trabalhadores (PT). De acordo com a pesquisa, 90% dos eleitores acham que o país está no caminho errado.

O levantamento foi publicado pela agência Bloomberg nesta segunda-feira (7). Em relação ao processo de impeachment instaurado contra Dilma, 57% apoiam a cassação da presidente contra 22% que não concordam com a medida. Os outros 21% se dizem indecisos sobre o tema.

Entre os entrevistados, 60% acreditam que a presidente deve renunciar ao cargo para acabar com a instabilidade política e econômica do Brasil. Outros 23% não concordam com a renúncia.

Sobre os fatos envolvendo o ex-presidente Lula na Lava Jato, 85% acreditam que o petista deve satisfações ao povo brasileiro. Do total, 56% dos entrevistados discordam que ele foi o melhor presidente do Brasil e 51% não compactuam com a afirmação de que os erros cometidos pelo líder petista não podem ser comparados às benfeitorias realizadas durante seu mandato.

O levantamento revela, ainda, que 97% dos eleitores ouvidos acham que a Lava Jato deve continuar mesmo que traga mais instabilidade política.

A pesquisa online foi realizada na última sexta-feira (4) e contou com a participação de 428 pessoas.

Confira aqui a matéria publicada no site da agência Bloomberg.

 

Aécio venceria a disputa eleitoral em Vitória se as eleições fossem hoje, aponta Instituto Futura

aecioneves_convencaopsdb_orlandobrito_4A Pesquisa realizada pelo Instituto Futura mostra que, se as eleições fossem hoje, o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, seria o favorito dos capixabas na disputa presidencial.  O levantamento aponta o líder tucano com 25,2% das intenções de voto, mais que o dobro dos votos do ex-presidente Lula, com 11,7%. A sondagem foi realizada nas ruas entre os dias 23 a 25 de fevereiro, portanto, antes da divulgação da delação premiada do senador Delcídio do Amaral, pela Revista IstoÉ, e antes do ex-presidente ser conduzido a prestar depoimento forçado à Polícia Federal.
Em segundo lugar aparece a ex-senadora Marina Silva com 21,9%.

INDIVIDUAL

Os entrevistados também responderam em quem votariam em caso de segundo turno. Numa disputa com o presidente nacional do PSDB, Aécio ficaria com 49,9% contra 18,5% de Lula.

Lula é rejeitado por 57% em Vitória

Mesmo com as pesquisas feitas antes da Operação Lava Jato encurralar o ex-presidente Lula, o índice de rejeição dele chega a 57,6% dos eleitores de Vitória.

A taxa é 2,3 vezes maior do que a do segundo da lista de rejeitados, o vice-presidente da República, Michel Temer. Ao todo, 24,4% dizem que não votariam nele em hipótese alguma.

Entre os entrevistados com ensino superior, a rejeição de Lula chega a 65,4%. Dos eleitores com ensino médio, 58,5% rejeitam o ex-presidente. Em meio àqueles com ensino fundamental, 46,2% não votariam em Lula em hipótese alguma.

O ex-presidente também é o mais rejeitado em todas as classes sociais, segundo pesquisa do Instituto Futura. Quando considerados apenas os eleitores da classe A/B, a rejeição de Lula chega a 67,9%. Na classe C, 58% dizem não votar nele em hipótese alguma. É o mesmo pensamento que 51,1% dos entrevistados da classe D/E.

Para o diretor do Instituto Futura, José Luiz Orrico, a rejeição ao ex-presidente Lula seria muito maior caso a pesquisa fosse realizada hoje.

“O resultado de Lula na pesquisa é muito ruim e tende a piorar por causa da delação de Delcídio e do desgaste da Lava Jato.” afirmou Orrico.

A pesquisa do Instituto Futura foi realizada entre os dias 23 e 25 de fevereiro.

“Por que o parlamentarismo?”, por Wesley Goggi

wgvixNo parlamentarismo, o presidente da República é o chefe de Estado, não é o chefe do governo, ou seja, ele não governa no dia-a-dia. Quem é o chefe do governo é um primeiro-ministro. Esse primeiro-ministro pode ser escolhido pelo presidente, mas a partir de uma maioria definida no Congresso. Se o Congresso vota contra o governo, o governo cai e terá que ser formado outro. Então, o Parlamento torna-se automaticamente solidário com o Executivo e não como ocorre hoje – cada projeto do governo tem de ser objeto de negociação com a mesma maioria, que pode até votar contra o governo e não acontece nada. Além disso, no presidencialismo brasileiro há um permanente paradoxo. O Congresso sempre é mais forte quanto mais fraco é o governo, e vice-versa. Quer dizer, não há uma relação de cooperação, mas de antagonismo.

No parlamentarismo, é mais fácil mudar uma política de governo que eventualmente fracasse, porque ai você muda o chefe do governo, sem com isso provocar qualquer trauma institucional e sem sequer ser obrigado a fazer eleições. Já no presidencialismo, uma mudança de política, mesmo quando não funciona, é muito mais penosa porque envolve diretamente o presidente da República, que é o chefe do Estado e o chefe do governo ao mesmo tempo. O único país onde o presidencialismo deu certo a médio e longo prazos foi os Estados Unidos, e mesmo assim de forma muito peculiar. Mas a esmagadora maioria das democracias do mundo adota o sistema parlamentar. O parlamentarismo também é o regime dos partidos fortes. E, goste-se ou não de partidos, a qualidade da democracia e a governabilidade de um país dependem da existência de partidos estruturados e fortes.

O parlamentarismo exige partidos fortes. O Brasil tem partidos adequados para o sistema parlamentarista? Aí é aquela história do ovo e da galinha. Nesse sistema presidencial que nós vivemos, com esse sistema eleitoral e face à forte heterogeneidade estrutural do Brasil, é dificílimo ter partidos fortes no mesmo sentido dos que existem na Europa. Mas é evidente que o parlamentarismo e a mudança no sistema eleitoral fortaleceriam os partidos. Veja o caso de Portugal. Durante quase meio século, o país viveu sob ditadura que, entre outras coisas, proibiu os partidos e manteve uma repressão muito forte a qualquer manifestação política. No entanto, depois da queda do salazarismo, em pouco tempo Portugal já tinha partidos de verdade, que se formaram numa época de instabilidade política, nos primeiros anos da Revolução dos Cravos. Lá a existência de partidos fortes é favorecida pela menor heterogeneidade do país e pelo melhor nível educacional. Mas é indiscutível que o sistema parlamentarista e o sistema eleitoral favoreceram esse fortalecimento. Agora, eu não vejo o fortalecimento dos partidos como fim em si. É importante para o bom funcionamento da democracia.

Nunca se deve deixar de ter esperança com relação a uma mudança que é boa para o país e para a democracia.

A verdadeira reforma política ainda esta estagnada, defino alguns pontos como prioridade em termos de mudanças na área política. A implantação do voto distrital, nem que seja de natureza mista, e uma reforma da legislação que impeça o troca-troca partidário. No fundo, trata-se de coibir o extremo individualismo do sistema político eleitoral brasileiro que enfraquece a democracia.

O voto distrital baratearia muito o custo das campanhas e identificaria mais o eleitor com o parlamentar que ele elegeu.

Outro ponto importante é o voto facultativo. Vota quem quer, quem deseja votar. Se não quiser votar, não vota. Isso não significa deixar de incentivar o voto, a participação. Significa apenas que o voto não seria obrigatório. Uma pessoa que vota obrigada é diferente de uma pessoa que vota por convicção. A qualidade do voto é diferente.

 

Wesley Goggi
Presidente municipal PSDB Vitória

 

Eleições 2016 – Luiz Paulo segue liderando as pesquisas em Vitória

Luiz-Paulo-Foto-George-Gianni-PSDB-2 (2)Na pesquisa espontânea – quando os pesquisadores não apresentam o nome dos pré-candidatos aos entrevistados – Luiz Paulo também se sai melhor. Ele foi mencionado por 15,2%. Luciano teve 7%, seguido por Amaro, com 6,2%.

O ex-prefeito de Vitória e dirigente tucano Luiz Paulo Vellozo Lucas aparece à frente na pesquisa eleitoral da Capital, com 28,9% das intenções estimuladas de voto, de acordo com levantamento do Instituto Futura, realizado entre os dias 23 e 25 de fevereiro. Em segundo lugar está o deputado Amaro Neto e em terceiro o atual prefeito Luciano Resende.

Em todos os cenários apontados o tucano se saiu melhor.

Na pesquisa espontânea – quando os pesquisadores não apresentam o nome dos pré-candidatos aos entrevistados –, Luiz Paulo também se sai melhor. Ele foi mencionado por 15,2%. Luciano teve 7%, seguido por Amaro, com 6,2%.

A Futura testou um possível segundo turno entre os candidatos que travaram o principal embate de 2012, Luciano e Luiz Paulo. Caso ocorresse a disputa, o tucano teria 45,1% contra 28,7% do atual prefeito.

Na hipótese de uma disputa individual entre os dois melhores posicionados, Luiz Paulo ganha de Amaro por 42,9% a 33,9%.

A amostragem está registrada no Tribunal Regional Eleitoral sob o número ES-09624/2016. A entrevista foi realizada entre 23 e 25 de fevereiro.

Sobre o resultado da pesquisa, o dirigente tucano afirma está motivado e pronto para a disputa de Outubro.

“O resultado me deixa alegre e me motiva a continuar a construção do projeto eleitoral. Vitória deseja e merece um projeto capaz de motivar a cidade, de fazer a cidade sonhar com dias melhores” afirmou Luiz Paulo.

 

Crise nos dois dígitos: inflação, desemprego e déficit fiscal já chegam a 10%

economia_ilustracao-2-1Brasília (DF) – O descontrole econômico conduzido pela gestão da presidente Dilma Rousseff já chega aos dois dígitos. São quase 10% de desemprego, inflação e déficit fiscal. Os números do Produto Interno Bruto (PIB) divulgados nesta semana pelo IBGE também são motivo de preocupação: mostram que país enfrenta a sua maior recessão em 25 anos, e apontam que os gastos de famílias, governo e empresas brasileiras recuaram 10,1% no último trimestre.

As informações são de reportagem publicada neste domingo (06/03) pelo jornal O Globo. Segundo o texto, a instabilidade política potencializada pelos desdobramentos da Operação Lava Jato, que em sua nova fase investiga o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, também traz mais incertezas para a economia. A taxa de desemprego, por exemplo, deve alcançar 11% este ano, de acordo com previsões de especialistas. Para o ano que vem, as projeções são de 13%.

A alta da inflação, do desemprego e do déficit fiscal é inversamente proporcional à produção industrial, que recuou 8,3% na média do ano, a taxa mais baixa em 13 anos. Só na indústria de transformação, 608 mil empregados com carteira assinada foram demitidos, o que equivale a 39,5% das dispensas em todo o país em 2015.

Para Leonardo Carvalho, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a indústria patina desde 2010. Os números do PIB também mostram a dimensão da crise no mercado interno. Se não fossem pelas exportações, o PIB teria caído 6,5%, e não apenas os 3,8% registrados. “Não acredito que chegamos ao fundo do poço ainda. Nada é tão ruim que não possa piorar”, completou Carvalho.

“O fim e o começo”, por Aécio Neves

 aecio-neves-300x130Vivemos um momento especialmente difícil da vida nacional. Um capricho do destino combinou o agravamento da crise econômica com o pior momento do terremoto político que ameaça o governo.

De um lado, a constatação de que, na economia, a queda vertiginosa do PIB configura anos de crescimento perdido para o país. De outro, as revelações vindas à tona na Operação Lava Jato lançam luzes sobre o mundo de sombras no qual opera o grupo instalado no poder. Trata-se de uma combinação letal. De certo, não sobreviverão nem mesmo algumas biografias.

O fracasso na gestão econômica e as impropriedades cometidas pelo grupo no poder –cada dia elas estão mais expostas– não são uma invenção da oposição e nem fruto de uma conjuntura adversa. O conjunto da obra tem DNA e carteira de identidade petistas. A crise na qual estamos mergulhados é resultado de crenças equivocadas, valores desvirtuados e ambições desmedidas.

Infelizmente o PT não entende a crise, sequer a reconhece. Faz o pior: parece querer aprofundá-la, com uma sucessão de atitudes que beiram a irresponsabilidade cívica, como as pressões a favor de troca de ministros, a crítica contumaz à independência das instituições e da imprensa e a divulgação recente de um programa econômico alternativo ao do próprio governo que preside.

À deriva e maculado por escândalos cada vez mais próximos do seu núcleo de poder, este governo não está apto a restaurar a confiança essencial à reconstrução do país.

A hora que vivemos exige coragem e serenidade de todos os democratas.

Serenidade para não aceitar  as provocações que nascem da intolerância daqueles que, sem argumentos, insistem em disseminar  o ódio e dividir o Brasil para  tentar esconder a realidade. Palavras de ordem ensaiadas não vão calar o país. Não se trata de quem grita mais ou mais alto. Os brasileiros aprenderam a ouvir uma nova voz: a da Justiça.

Coragem para continuar a busca da verdade. A sociedade não merece menos do que isso. Devemos apoiar os trabalhos do Ministério Público, da Polícia Federal e das demais instituições que zelam pela democracia. É hora de assegurar que elas continuem trabalhando sem constrangimentos, sempre nos limites da ordem constitucional. Afronta a democracia quem, dizendo agir em seu nome, quer  destruir seus pilares.

Mas, apesar de tudo o que enfrentamos, nosso olhar não pode ficar refém dos dias que vivemos. É preciso enxergar mais adiante. Do encontro com a verdade nascerá um novo Brasil. Confiante, fortalecido na sua esperança como povo e nação.

Um país com credibilidade, capaz de retomar o crescimento e recuperar o respeito da nossa gente e do mundo. É nessa direção que precisamos caminhar.