PSDB – ES

Imprensa

Aécio Neves lidera corrida presidencial, mostra pesquisa

aecioneves_convencaopsdb_orlandobrito_4Brasília (DF) – O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, seria o grande vencedor da corrida presidencial caso as eleições fossem realizadas hoje. É o que mostra a pesquisa CNT/MDA divulgada nesta quarta-feira (24/02). Em um cenário estimulado, quando os nomes dos candidatos são apontados aos eleitores, Aécio foi o candidato preferido de 24,6% dos brasileiros. Já o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ficou com 19,1% dos votos, e Marina Silva (Rede) com 14,7%.

Em caso de segundo turno, Aécio teria uma vitória significativa em cima do petista em 2018. O tucano seria votado por 40,6% dos eleitores, enquanto Lula, afundado em meio a denúncias que ligam o seu nome e de sua família a empreiteiras investigadas pela Operação Lava Jato, teria 27,5% das intenções de voto.

Mesmo concorrendo contra outros candidatos, a situação do ex-presidente Lula não melhora. Em um eventual segundo turno contra Marina Silva, Lula teria apenas 26,3% dos votos, contra 36,6% da candidata da Rede Sustentabilidade. Em um confronto entre Lula e Ciro Gomes (PDT-CE), o petista também sairia perdedor, com 28,2% das intenções de votos contra 29,1%.

Já quando se trata de voto espontâneo, sem que os nomes sejam apresentados aos eleitores, Aécio Neves também é o primeiro colocado, recebendo 10,7% da preferência nacional. Lula ficaria em segundo lugar, com 8,3%, seguido por Marina Silva, com 3,9%. Já a atual presidente Dilma Rousseff amargaria o quinto lugar, 1,6% das intenções de voto, atrás do deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ).

Segundo reportagem publicada nesta quarta-feira (24) pelo jornal O Estado de S. Paulo, a pesquisa CNT/MDA ouviu 2.002 pessoas, em 137 municípios de 25 unidades da federação, das cinco regiões. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais.

84 anos do voto feminino: confira a entrevista da vereadora Neuzinha de Oliveira

neuzinha-300x199-300x199Conhecida por todos como “Neuzinha”, a vereadora de Vitória Neuza de Oliveira foi criada no Morro da Gurigica, no bairro Consolação, em Vitória. De origem humilde e batalhadora, tem espírito de liderança e sempre lutou por melhores condições sociais para todos.

A história política de Neuzinha teve início cedo, foi eleita presidente da Associação de Moradores do Bairro Consolação, onde deu continuidade aos trabalhos desenvolvidos por seus pais. Como presidente, Neuzinha implantou cursos de pré-vestibular, escolinha de alfabetização para crianças e adultos, cursos profissionalizante, além de promover o esporte e lazer na comunidade.

Neuzinha de Oliveira é a vereadora mais bem votada no Espírito Santo, representando a força da mulher na Câmara Municipal de Vitória.

Na Câmara, o trabalho de Neuzinha pode ser observado à frente das Comissões de Saúde e Assistência Social; Defesa e Promoção dos Direitos das Mulheres. A Vereadora compõe a Comissão de Educação e representa a Câmara no Conselho Municipal do Idoso.

Neuzinha é autora de Projetos de Lei com foco na defesa e saúde da mulher, idosos, crianças e pessoas com deficiência.

Confira a entrevista:

A senhora considera motivo de comemoração os 84 anos do direito da mulher ao voto?

Sim, é claro que sim, toda conquista deve ser comemorada, ainda que num aspecto geral a plenitude dos direitos e igualdades de gênero esteja longe do ideal. É uma necessidade de resgatar a memória dos fatos históricos e das personagens que permitiram esse inegável avanço. Comemorar no sentido de preservar a memória e  lembrar da importância do fato, dentro de um processo histórico de mudança que está em andamento e precisa de muito mais conquistas.

Quais são os aspectos que ainda necessitam de avanço dentro desse processo histórico a que a senhora se refere?

Além da presença maior da mulher nos espaços de poder, que enobrece as instituições, oxigena e melhora o sistema social tanto do ponto de vista político quanto humano, ainda temos muitos resquícios do patriarcado que imperou no país ao longo dos séculos, herança perversa que tem fortes raízes na atualidade. Acredito que o aspecto principal é dar capilaridade a esse direito, é torná-lo palpável para as mulheres de todos os segmentos sociais. Além disso, é fundamental fomentar a participação da mulher na política, incentivá-la a descobrir as competências políticas que  tem e estimular a usá-las em sua instância familiar,  no entorno, na rua, no bairro, e na cidade em que vive.

Como é possível promover o aumento da participação da mulher na política?

Creio que, primeiro, é necessário mudar o paradigma dentro dos partidos, ainda pouco afeitos a essa necessidade. Hoje, muitos partidos agem meramente em função de cumprir a exigência legal no que diz respeito ao número de candidatas. Isso é muito pouco. Os partidos tem que ser a ferramenta de libertação desse sistema opressor, e isso passa por formação política, conscientização da mulher do papel relevante que representa. O problema é que, via de regra, o poder ainda está em sua maioria na mão dos homens, que detém o poder econômico na composição nuclear da sociedade, que é a família, porque detém os cargos de melhor remuneração no mercado de trabalho, incluindo os cargos de gestão nos setores público e privado. As mulheres tem que deixar de ser a exceção nesse contexto.

Mas isso não está mudando?

Sim, está mudando, mas o ritmo da mudança deve ser maior, na proporção da importância da mulher. Hoje somos maioria na população brasileira. Insisto na ideia de que os partidos políticos tem a obrigação de se instrumentalizar para acolher as mulheres que tem dentro de si o desejo de maior participação partidária, e para ir até aquelas que são potenciais lideranças, mas que não tem a iniciativa de buscar essa inserção. Muitas não dão o passo adiante em virtude de não ver nas siglas uma estrutura que as contemple. Além disso, os partidos tem que formar lideranças femininas, qualificar as atuais e futuras gerações de mulheres para saber dos seus direitos e ter em si a semente da consciência social e política, que certamente vai gerar bons quadros femininos não só na vida política, mas na sociedade de modo geral.

O que os partidos devem fazer para incentivar essa participação?

Bom, além de elaborar cursos de formação política, devem estruturar o segmento de gênero em seus diretórios, promover campanhas de filiação, ir para as comunidades em busca dessas mulheres aguerridas e que só precisam de incentivo para se lançar na vida pública. Além disso, creio que uma melhor distribuição dos fundos partidários é importante para dar suporte a esse trabalho, bem como para democratizar as instâncias partidárias como um todo.

 

Vice-governadoria articula implementação do Marco Legal da 1ª Infância no Estado

Cesar-Colnago-Posse-010115-2-460x307O Governo do Estado, por meio da Vice-Governadoria, inicia nesta semana articulações visando a implementação do Marco Legal da Primeira Infância no Espírito Santo. O trabalho envolverá debates com a Assembleia Legislativa, prefeituras e diversos órgãos governamentais.

Para aprimorar a discussão, virá ao Estado, no próximo dia 26, o deputado federal Osmar Terra, autor do Projeto de Lei 14/2015, que estabelece políticas públicas voltadas para crianças de zero a seis anos. O projeto está em vias de ser sancionado.

O parlamentar irá se reunir com o vice-governador, César Colnago, deputados, secretários e técnicos do Estado para debater a implementação da Política da Primeira Infância no Estado do Espírito Santo.

A primeira agenda do deputado será na Vice-Governadoria, com deputados federais, estaduais e os secretários de Educação, Saúde, Assistência Social, Comunicação e Cultura. Também participam do encontro a Coordenação de Políticas Intersetoriais e a diretora do Instituto Jones dos Santos Neves, Andrezza Rosalém.

O parlamentar ainda irá se reunir com prefeitos, para discutir o Marco Legal da Primeira Infância. A intenção é que, a partir Plano Nacional, seja criada uma política em âmbito estadual voltada para a primeira infância, com abordagem e coordenação intersetorial, com corresponsabilidade entre União, estados e municípios.

O projeto do parlamentar estabelece como questões prioritárias a serem cuidadas nos primeiros anos de vida a saúde, alimentação, educação, convivência familiar e comunitária, assistência social, cultura, lazer, espaço e meio ambiente.

Segundo o projeto, gestantes e famílias com crianças na primeira infância deverão receber orientação e formação sobre maternidade e paternidade responsáveis, aleitamento materno, alimentação complementar saudável, crescimento e desenvolvimento infantil integral, prevenção de acidentes e educação sem uso de castigos físicos.

O PL 14/2015 ainda prevê educação para as crianças de zero a três anos e estabelece que a União mantenha  registros com os dados do crescimento e desenvolvimento da criança, e informe à sociedade quanto gastou em programas e serviços para a primeira infância. A mesma obrigação terão os estados e municípios. Com um marco legal, o governo fica com a obrigação de direcionar recursos e programas voltados para essa faixa etária.

Assessoria de imprensa Vice-governadoria

Presidente da Comissão do Cooperativismo, deputado Mansur aponta rumos para o transporte escolar

mansuraaA Comissão de Cooperativismo da Assembleia Legislativa (Ales) recebeu nesta terça-feira (23) representantes de empresas que prestam serviços de transporte escolar no Espírito Santo. A categoria reivindica uma linha de financiamento viável para que as cooperativas possam realizar a renovação da frota, que hoje é de 1550 veículos. O setor é responsável pelo transporte de 64 mil alunos para unidades de ensino de diversos municípios capixabas.

“Temos até dezembro de 2018 para renovar a frota de veículos com até quinze anos de uso. 75% dos carros se encaixam nessa questão e nós não temos tempo hábil e nem condições financeiras imediatas para essa mudança”, afirmou o superintendente da Organização das Cooperativas Brasileiras – Espírito Santo (OCB/ES), Carlos André Santos de Oliveira.

O presidente do colegiado, deputado Pastor Marcos Mansur (PSDB), reconhece a importância da renovação da frota e a dificuldade financeira dos cooperados para trocar de veículo.

“A comissão entende que é pertinente renovação dos carros para que haja maior conforto e segurança para quem usa esse tipo de transporte. O colegiado está buscando uma agenda com o Banco de Desenvolvimento do Espirito Santo (Bandes) para que juntos possamos encontrar uma solução”, disse Mansur.

Web Ales

“Programa do PT é um desrespeito à inteligência dos brasileiros”, afirma Aécio Neves

print2-300x252Sufocado pelo som de panelas e gritos de protesto da população brasileira, o programa partidário do PT, exibido na noite desta terça-feira (23), causou revolta e indignação em quem assistiu aos 10 minutos de veiculação do vídeo. O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, usou as redes sociais para se manifestar logo após o término da propaganda política.

A postagem feita no Facebook pelo senador e  líder tucano afirma que o programa “é um desrespeito à inteligência dos brasileiros”. “O partido que insiste na divisão dos brasileiros põe-se agora na condição de vítima e diz fazer um chamamento à união, quando, na verdade, formula críticas diretas a todos aqueles que, graças à democracia, lutam pela verdade e pela responsabilidade do poder público, acreditando na legitimidade de nossas instituições”, escreveu na rede.

Aécio concordou com a afirmação do partido que diz que o país tem força e sabe qual é o caminho, mas que isso vem da população. “É o povo brasileiro que garante que essa crise profunda não arrase todas as nossas esperanças. E, com consciência, é o povo que percebe as consequências danosas de um governo que sempre privilegiou o marketing e a mentira em detrimento da verdade limpa, dos desafios honestos.”

O senador concluiu sua postagem reafirmando o posicionamento do PSDB e dos aliados pró-impeachment da presidente Dilma Rousseff. “A oposição segue com coragem, ao lado do país, dos brasileiros e da justiça, certa de que a verdadeira união não se dará com novas ilusões de quem está enterrando o país na maior crise de sua história, mas com o desejo real de recuperar a credibilidade, a confiança e as possibilidades de trabalho para cada brasileiro”, afirmou.

O “panelaço” de ontem foi o oitavo registrado contra a presidente Dilma Rousseff e o governo do PT. Gritos de “ladrão e bandido” puderam ser ouvidos quando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, investigado por diversos escândalos de corrupção, apareceu na TV para se defender de suspeitas. O barulho das panelas também aumentou no momento em que Lula apareceu no programa partidário do PT.

“Mosquito deve ser enfrentado com operação de guerra”, diz Max Filho

17918710306_97378a2eec_z-460x307O combate ao mosquito Aedes aegypti requer investimentos maciços, mas o governo vem fazendo “cortes irresponsáveis nos recursos destinados às políticas de prevenção e controle de doenças”, denunciou o deputado Max Filho. “É preciso que o combate ao mosquito seja enfrentado como se fosse uma guerra, e lamentavelmente o governo brasileiro e o governo de pelo menos 17 estados cortaram recursos do orçamento do ano passado comparado com o ano anterior”, disse ele em pronunciamento no Plenário da Câmara, nesta terça-feira (23/02).

“Nós estamos estarrecidos com o crescimento da zika, da dengue e do chikungunya no Brasil”, comentou. Citando informações dos jornais O Estado de S. Paulo e Folha de S. Paulo, Max Filho disse que os repasses da União aos municípios, para vigilância epidemiológica caíram de R$ 1,56 bilhão para R$ 1,41 bilhão, entre 2013 e 2015. De acordo com os jornais, o Distrito Federal e 17 estados também cortaram recursos para combate ao mosquito.

Os casos de microcefalia associados ao zika vírus chegaram a 3.893, outros 16 mil registros são previstos pela Fiocruz ainda neste ano e o número de cidades com epidemia de dengue aumentou 322%. Mesmo com os números alarmantes, o governo Dilma reduziu pela metade a verba extra repassada pelo Ministério da Saúde às prefeituras para ações de combate ao mosquito Aedes aegypti. A verba se refere ao piso variável de vigilância em saúde, recurso adicional do governo federal destinado a estados e municípios para ações de prevenção e promoção de saúde, o que inclui medidas de erradicação do Aedes.

Oposição formaliza apoio a manifestações pelo impeachment da presidente Dilma

25125964611_7eb61e127a_k-300x199-300x199Líderes de partidos da oposição, integrantes de legendas independentes e até mesmo da base governista anunciaram nesta terça-feira (23) a criação de um comitê pró-impeachment para organizar ações pelo afastamento da presidente Dilma. Os parlamentares participaram de reuniões com
representantes de movimentos sociais e decidiram formalizar o movimento, que estava sendo articulado e foi impulsionado pela prisão do marqueteiro do PT, João Santana, acusado de ter se beneficiado do esquema de corrupção da Petrobras.

“O país não pode ficar submetido a uma agenda que não é tão importante. O importante é decidir o impeachment. As novas denúncias e a prisão do Santana tomaram, novamente, de comoção, o país. Ele não é só o marqueteiro da Dilma, mas seu conselheiro. Reforçam politicamente o pedido de impeachment”, afirmou o líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy (BA).

O líder da Oposição, deputado Miguel Haddad (SP), disse que as manifestações contra o governo nasceram nas ruas. “As manifestações começaram com movimentos sociais. Nesse momento os partidos políticos, os líderes, têm sido chamados a integrar os movimentos para potencializar as ações. O comitê vem dentro desse contexto, para darmos organicidade e ampliarmos os movimentos e para ajudar na estrutura e visibilidade”, explicou.

Durante as reuniões que ocorreram na Câmara e no Senado, os partidos decidiram que irão apoiar a manifestação nacional a favor do impeachment convocada para o dia 13 de março. Depois dos encontros, o manifesto do comitê foi lido em plenário pelo líder do PPS, Rubens Bueno (PR). “Somente a saída dela abrirá caminho para voltarmos a trilhar o rumo do desenvolvimento. Convocamos a todos que lutam por um Brasil melhor que saiam às ruas no dia 13 de março para exigirem a saída de Dilma e do PT do governo”, diz trecho do texto lido pelo parlamentar, que aponta ainda o atual desastre econômico e lembra a afirmação de Dilma de que faria “o diabo” para ganhar a eleição.

Assinam a nota PSDB, DEM, PPS, PV e Solidariedade. Membros de outros partidos, representantes de movimentos sociais, entidades sindicais e empresariais podem aderir ao comitê. Os movimentos Brasil Livre (MBR), Brasil (MBR) e Vem pra Rua participaram das discussões.

Haddad destaca que um dos motes do comitê pró-impeachment é a frase: “Ou você vai ou ela fica”, que faz menção à importância de os cidadãos irem às ruas cobrar o afastamento da presidente Dilma. “Se as pessoas não forem às ruas, a presidente pode permanecer no cargo e ela não tem condições para isso. Ela não tem proposta para o país, o quadro se agrava com desemprego, problemas sociais e inflação. É um quadro grave e que tende a piorar. Por isso é importante apoiarmos os movimentos e termos as pessoas nas ruas cobrando o afastamento da presidente”, alertou.

Em entrevista coletiva, o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), disse confiar que as manifestações do dia 13 serão muito consistentes e representativas e reforçou que os partidos de oposição decidiram que caminharão juntos e darão todo apoio às manifestações organizadas por movimentos da sociedade civil, conclamando os cidadãos em todo país.

FRENTE NO TSE

Os parlamentares lembram que o impeachment é uma das frentes para tirar Dilma do governo. A outra frente é no TSE, onde uma ação proposta pelo PSDB pede a cassação da chapa Dilma-Temer por irregularidades na campanha. Como lembra Haddad, as provas contra a dupla se tornaram ainda mais contundentes com a decretação da prisão do marqueteiro da campanha petista, João Santana, expedida pela Justiça.

“Nesse tabuleiro, cada dia cai um peão novo. Só temos a rainha em pé. Mas, as denúncias mostram a verdade e o beneficio dela nessas doações ilegais, que tiveram vestimenta de legalidade, mas saíram do poder público indo para a campanha”, ressaltou.

Quanto ao impeachment, os parlamentares discutiram ainda a tramitação do processo no Congresso, que voltou à estaca zero por decisão do Supremo. A oposição decidiu pedir audiência ao presidente do STF, Ricardo Lewandowski, e cobrar a votação dos embargos sobre o rito processual.

O líder Imbassahy reafirmou a importância de pedir que a corte acelere a votação, o que permitirá a instalação da comissão do impeachment na Câmara. Para ele, embora o pedido trate do crime de responsabilidade de Dilma e se baseie nas chamadas “pedaladas fiscais” e na rejeição das contas de governo de 2014 pelo Tribunal de Contas da União (TCU), as novas denúncias da Lava Jato reforçam politicamente o processo na Câmara.

“Não falta mais nada”, análise do ITV

dilma-lula-dirceu-falcao-652x489-1-300x225A prisão de João Santana impõe a seguinte questão: o que mais falta para que a campanha que reelegeu Dilma Rousseff seja considerada ilegítima, irregular, corrupta? O cerco sobre a chapa presidencial que obteve a vitória em 2014 está se fechando, com todas as cabeças coroadas envolvidas na reeleição enredadas de alguma maneira em falcatruas e roubalheiras.

O despacho do juiz Sergio Moro que determinou a prisão do marqueteiro e principal consultor dos governos do PT não deixa margem a dúvidas. Dinheiro de “origem espúria”, “propina oriunda da Petrobras” e “expedientes notoriamente fraudulentos” foram usados para bancar a campanha de Dilma no ano passado. Há suspeitas de que as vitórias petistas em 2006 e 2010 também tenham se valido destes artifícios.

É a segunda vez que o marqueteiro das campanhas vitoriosas do PT entra na mira da Justiça: Duda Mendonça já confessara, em 2005, ter recebido R$ 12 milhões de caixa dois no exterior. A diferença agora é de proporções: nesta contabilidade suja, João Santana vale uma dúzia ou mais de Dudas.

Esta poderosa associação entre dinheiro sujo e preservação de poder movimentou R$ 198 milhões em campanhas eleitorais petistas entre 2004 e 2014, aí incluídas a reeleição de Lula, as duas vitórias de Dilma e o triunfo de Fernando Haddad na disputa pela prefeitura de São Paulo. Trata-se de uma engrenagem tentacular, poderosa e muito cara.

É muito difícil crer que Dilma seja uma ilha de honestidade em meio ao mar de lama em que seu partido e seus partidários afundam. O envolvimento do PT com a corrupção é visceral, não vem de agora e atinge todas as suas instâncias.

Todos os últimos tesoureiros do PT estão presos ou, no caso do ainda ministro Edinho Silva, são alvo de investigação no âmbito da Operação Lava Jato. Ministros de primeiríssimo escalão, como Jaques Wagner, também são alvo da Justiça. Ex-presidentes e líderes do PT estão ou estiveram na prisão. Os principais doadores da campanha petista estão condenados e presos.

Como se não bastasse, Lula também está a um passo de passar a ser formalmente investigado por “possível envolvimento” em “práticas criminosas” – repasses de dinheiro desviado de estatais para a construção do instituto que leva seu nome. Sem falar nas investigações sobre o tríplex do Guarujá, o sítio de Atibaia e o tráfico de influência em favor da Odebrecht, na forma de contratos bilionários no exterior financiados pelo BNDES, como mostrou a edição da revista Época desta semana.

Tem-se como corolário que a mesma “sofisticada organização criminosa” que atuou no mensalão continuou suas investidas, com ímpeto crescente, mesmo depois de condenada pelo Supremo Tribunal Federal. A diferença é de proporções: os milhões da compra de apoio político no Congresso transformaram-se nos bilhões para financiar a permanência do PT no governo. O crime escalou vários degraus.

As novas revelações em torno de João Santana corroboram praticamente todos os argumentos que embasam as ações movidas pelo PSDB junto à Justiça Eleitoral para impugnar a chapa Dilma-Temer: uso da máquina pública, abuso de poder político e econômico, configurado na forma de recebimento de propina de empresas envolvidas na Lava Jato, financiamento eleitoral irregular, propaganda ilegal e todo tipo de maquiagem em dados oficiais. A eles, se junta agora a suspeita evidente de uso de caixa dois na campanha petista.

Fica claro por que o PT tenta, de todas as formas, impedir que, no julgamento das ações movidas pelo PSDB, o TSE faça uso das provas colhidas pela Operação Lava Jato. A começar pela manifestação, enviada por Sergio Moro ao tribunal em outubro, de que o direcionamento de dinheiro de propina para a campanha de Dilma em 2014 já está comprovado.

O salutar avanço das investigações da Operação Lava Jato revelam um Estado corrompido, comprado, loteado por interesses alheios aos do país. Desnudam um conluio entre quem quer continuar ganhando dinheiro à custa do povo e quem pretende apenas continuar a usufruir o poder. Trata-se de um sistema corrupto, que gera mandatos ilegítimos e que frauda a vontade popular. Um sistema que não pode mais continuar dando as cartas no Brasil.

Panelaços são ouvidos em várias cidades durante o programa eleitoral petista

panela--o-300x169Diversas cidades brasileiras registraram panelaços durante o programa de rádio e televisão do PT, veiculado na noite desta terça-feira (23). Com duração de dez minutos, o material do partido tenta apresentar Luiz Inácio Lula da Silva como uma vítima, ao alegar que há uma tentativa de “manchar a história” do ex-presidente. Já a presidente Dilma Rousseff é citada brevemente, mas não tem nenhuma fala no vídeo.

De acordo com matéria publicada pelo portal de notícias G1, foram ouvidas manifestações contrárias ao programa do partido em bairros de Vitória, Rio de Janeiro, Recife, Curitiba, Porto Alegre, São Paulo, Maceió, Florianópolis, João Pessoa, Natal, Salvador e Belo Horizonte, além de Brasília e o Entorno do Distrito Federal.

O programa eleitoral petista é assinado pelo novo marqueteiro do partido, Edson Barbosa. Ele substituiu João Santana, preso nesta terça-feira pela Polícia Federal por receber recursos que seriam originários do esquema de corrupção na Petrobras investigado na Operação Lava Jato.

Os panelaços foram exibidos também em matéria do Jornal Nacional. Clique aqui para assistir à reportagem.