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“O PT enquadra o BC”, análise do ITV

ADTOMBINI393 BSB - 06/01/2011 - BANCO CENTRAL / TOMBINI - ECONOMIA - O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini durante entrevista coletiva no Banco central, em Brasília. FOTO: ANDRE DUSEK/AE

Alexandre Tombini achou no relatório do FMI o pretexto que buscava para baixar a cabeça para o Planalto e, pior ainda, fazer o que o PT quer: afrouxar as políticas de combate à inflação e abrir caminho para a volta da falida “nova matriz econômica”.

Ontem, numa atitude sem precedentes, o presidente do Banco Central adiantou o movimento que o Comitê de Política Monetária (Copom) deve fazer hoje, ao definir a nova taxa básica de juros. As apostas passaram de um quase consenso em torno de um aumento de 0,5 ponto percentual para uma alta menor ou mesmo a manutenção da Selic.

Tombini disse, num comunicado curto, que considerou “significativas” as revisões das projeções de crescimento do PIB brasileiro divulgadas ontem de manhã pelo FMI. Afirmou, ainda, que tais informações seriam “consideradas nas decisões” tomadas pelo Copom.

A manifestação veio após o FMI revisar muito para baixo suas projeções para o crescimento do país neste e no próximo ano e jogar sobre o Brasil a responsabilidade de ser um dos principais fatores de desaceleração da economia global.

A estimativa para este ano é agora de uma queda de 3,5%, ante previsão de recessão de 1% feita em outubro. Para 2017 descartou-se a chance de crescimento, antes estimado em 2,3% e agora igual a zero.

O que o FMI agora diz ter visto com cores mais sombrias, os agentes econômicos brasileiros já vêm percebendo há tempos – no Boletim Focus desta semana, a queda deste ano é projetada em 3%. Será que só agora Tombini resolveu considerar que a economia brasileira está embicada para baixo de forma “significativa” e duradoura, numa mistura tóxica de recessão e inflação em alta?

Importa menos a decisão em si que o BC vai tomar no fim da tarde de hoje sobre os juros. O realmente sério e grave é a sinalização inequívoca de que quem deveria zelar pela inflação mais baixa – este é o mandato que cabe à autoridade monetária – baixou a cabeça e aceitou o cabresto de gente que levou o país ao desastre atual.

Foram as políticas ruinosas de Dilma, seguindo a linha ditada por Lula, e a leniência do BC que permitiram a decolagem da inflação nos últimos anos. Desde 2009 a meta não é cumprida, até que chegamos ao estouro espetacular do ano passado. Vencer a carestia foi objetivo sempre postergado pelo BC para o ano seguinte, e nunca conquistado. Por longo prazo a perspectiva é de preços em forte alta no país.

O temor é de que a possível manutenção dos juros hoje seja o passo inaugural da volta à política malfadada de incentivo irresponsável ao crédito e de impulsos artificiais ao consumo cujo resultado foram preços galopantes, recessão prolongada, desemprego e crise social. É o que o PT anseia e pelo que boa parte do governo torce. O Banco Central conseguiu alinhar-se completamente ao restante da gestão petista: rifou de vez a sua credibilidade.

PSDB protocola representação na PGE para investigar uso de recursos do exterior em campanha do PT

carlos-sampaio-foto-agencia-camaraBrasília (DF) – O PSDB protocolou nesta quarta-feira (20/01), na Procuradoria-Geral Eleitoral (PGE), uma representação solicitando a investigação do eventual recebimento de recursos do exterior para a campanha do Partido dos Trabalhadores em 2006, quando o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi candidato à reeleição. A denúncia foi feita pelo ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, preso na Operação Lava Jato, em delação premiada. Caso a acusação seja comprovada, o PT pode ter o seu registro partidário cassado e ser extinto, explicou o vice-presidente jurídico do PSDB e líder do partido na Câmara, Carlos Sampaio (SP).

Clique AQUI para ver a representação protocolada pelo PSDB.

Segundo Cerveró, uma negociação de US$ 300 milhões entre a Petrobras e uma empresa angolana teria gerado uma propina de R$ 50 milhões, que foi destinada à campanha de Lula.

Para Carlos Sampaio, o caso é grave e deve ser apurado pelas autoridades competentes. Em entrevista coletiva, ele salientou que a Constituição Federal, no artigo 17, e a Lei dos Partidos Políticos, em seu artigo 28, vedam o recebimento de recursos do exterior em campanhas no Brasil, sob pena de perda do registro e a consequente extinção da legenda.

“O que está em jogo não é o ex-presidente Lula, e sim o recebimento por parte do Partido dos Trabalhadores de recursos do exterior. O que a lei veda, e a Constituição também, é que recursos vindos do exterior abasteçam campanhas eleitorais do Brasil, o que é uma ofensa à soberania nacional e à independência dos partidos políticos. Independentemente do que vá acontecer com o ex-presidente Lula, a consequência é direta para o seu partido, para o Partido dos Trabalhadores”, afirmou.

Modus operandi criminoso

O deputado lamentou o “modus operandi criminoso” empregado pelo partido na tentativa de permanecer à frente da Presidência da República.

“Esse proceder criminoso infelizmente fez parte da atuação do governo do PT. Nós tivemos o episódio do Mensalão e do Petrolão, ambos como sendo episódios claros, para toda a imprensa e todo o Brasil, de que era o Partido dos Trabalhadores utilizando a Petrobras, utilizando o pagamento de recursos mensais, para viabilizar um projeto de poder, que elegeu o Lula e a Dilma”, destacou o tucano.

Sampaio lembrou ainda de um episódio semelhante ao relatado por Cerveró: o pagamento do marqueteiro Duda Mendonça, responsável pela campanha petista em 2002. Na ocasião, as investigações da CPI dos Correios, que apurou o escândalo do Mensalão, não conseguiram comprovar se o dinheiro recebido pelo publicitário teria ou não vindo do exterior. Por conta disso, o líder do PSDB defendeu que “seja investigado tudo aquilo que a Procuradoria Geral da República entenda que tenha pertinência”.

Respeito às regras

O deputado federal também deixou claro que o possível resultado do processo, a extinção do PT, não decorre de vontades particulares ou de uma bravata contra o partido do ex-presidente Lula, mas sim de uma consequência legal. Ele usou como exemplo o pedido de impeachment que atualmente está em análise na Câmara dos Deputados.

“A ação do PSDB no TSE [Tribunal Superior Eleitoral] foi acolhida por maioria e está sendo investigada. Três linhas de investigação no TSE nós temos, mais o impeachment na Câmara. Nenhuma dessas linhas foi alvo de reconhecimento por parte da Suprema Corte de que não era correta. Até mesmo a questão do impeachment. O Supremo, quando disse qual é o rito, disse que a representação foi acolhida de forma correta. Ele não disse que era golpe, não disse que não cabia o pedido de impeachment, não disse que a fundamentação dos professores Hélio Bicudo, Janaína Paschoal e Miguel Reale eram incorretas. Ao contrário, o Supremo legitimou o processo de impeachment e definiu um rito”, ressaltou.

“Faz parte da regra do jogo. As instituições estão sendo respeitadas, a legislação está sendo cumprida. Isso é o mais importante. O ruim para o Brasil é não cumprir as leis que estão em vigor”, completou Sampaio.

PSDB Serra: atividades partidárias consolidam a pré-candidatura de Vandinho Leite

IMG-20160119-WA0041As atividades partidárias do PSDB Serra não param. Somente neste mês de janeiro, mais de 25 reuniões foram realizadas pelos tucanos em vários bairros do município.
Hoje (20), dando sequência ao Projeto Tucanos na Rua “Ouvindo o povo, Definindo Rumos”, o pré-candidato Vandinho Leite, o presidente do PSDB Serra, José Carlos Buffon, lideranças e militantes estarão em Chácara Parreiral às 18:30 horas.

As ações desenvolvidas nos bairros e comunidades tem como objetivo principal ouvir as demandas específicas de cada local e elaborar políticas públicas que atendam as demandas da população.

“Iniciamos o projeto ano passado e estamos seguindo nosso planejamento estratégico de ações. Em cada bairro que vamos, sentimos nas pessoas o desejo de melhorias no município e o apoio a Vandinho, que se consolida diariamente com a alternativa viável de mudança para a realidade que a Serra vive hoje. Vamos para o pleito com chapa completa de vereadores e com o melhor projeto de governo para a cidade.” afirmou Buffon, presidente do diretório municipal.

Para o presidente regional Jarbas Ribeiro de Assis Junior o trabalho desenvolvido pelo diretório da Serra está no caminho certo e tem o total apoio da Executiva Estadual
“Temos acompanhado o excelente trabalho realizado pelos tucanos da Serra. É fundamental ouvir a população e os segmentos da sociedade, o que o diretório tem feito, para que o projeto se consolide. O nome de Vandinho Leite ganha força na cidade e tem o apoio tanto da Executiva Estadual quanto da Nacional”, sentenciou  Jarbas.

O diretório da Serra realizará ainda este mês mais 12 reuniões.

Serviço:

Projeto Tucanos na Rua ¨”Ouvindo o povo, Definindo Rumos”
Local: Feira livre – Bairro Chácara Parreiral
Horário: 18:30 horas

 

“O Brasil não merece isso”, por José Aníbal

Plenário Ulisses Guimarães Sessão Ordinária Grande Expediente - Dep. José Aníbal Foto: Saulo Cruz 02.03.2010

Dá vontade de dizer fora FMI. O Fundo está aumentando a projeção de crescimento negativo da economia brasileira. De menos 1,0% para menos 3,5% neste ano de 2016. Para 2017, de mais 2,3% para 0,0% (zero). Mas, desgraçadamente, o FMI tem razão. Duro imaginar a devastação desta notícia para os milhões de desempregados de 2015. Para eles, a procura de uma recolocação se esfarinha. E os milhões de trabalhadores que perderão seus empregos em 2016?

“Onde realmente pega e dói, e vai continuar doendo, é o desemprego. Uma coisa é apertar o cinto. Isso todo mundo faz. Outra coisa é perder a renda, a condição e os meios de vida. Desemprego é isso”. Análise do economista Eduardo Giannetti no Estadão/Economia (17/01) sobre o cenário para o país.

A Petrobras, infelizmente “alinhada” ao desastre Dilma/Lula/PT, vale hoje 14,5% do que valia em 2008. Perdeu inacreditáveis R$ 436 bilhões em valor de mercado e deve R$ 500 bilhões. Dilma controla a empresa desde 2003. Devia se envergonhar pelo feito de arruinar uma das maiores petroleiras do mundo. Hoje, a Petrobras está queimando ativos – Transpetro, Braskem, BR Distribuidora – e é quem mais desemprega no Brasil. No delirante projeto do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), 35 mil trabalhadores foram colocados na rua. Na roubalheira, segundo a Procuradoria-Geral, apenas o PP desviou R$ 358 milhões de 2006 a 2014 na Petrobras. Quanto desviaram o PT e aliados? Má gestão, corrupção, nacionalismo velhaco e cínico dilapidam a Petrobras.

Dilma, em mais uma patética manifestação na entrevista de 15/01, diz que não se afasta o chefe do Executivo apenas por “não simpatizar” com ele. É conhecida a dificuldade de se expressar da presidente. Um estado de confusão mental que a levou a lamentar a impossibilidade de armazenar ventos. Devia acrescentar lamento pela impossibilidade de armazenar caráter, compostura, honestidade, por oposição ao cinismo, à desfaçatez, à plácida convivência com a corrupção e à precipitação do país no caos, desgoverno e depressão, marcas indeléveis de sua gestão.

Os crimes cometidos por Dilma não se resumem às pedaladas, à destruição do setor de energia, à corrupção generalizada e tantos outros. É o conjunto da obra. No entanto, o pior crime, aquele em que de algum modo todos seremos cúmplices, é o de contemplar a continuação do seu governo. O que será o Brasil com Dilma ao final de 2016? E em 2017? O que falta acontecer para que o Parlamento se movimente não para ser cúmplice de um moribundo, mas para decidir sobre o impeachment? Que história é essa de que algo de novo tem que aparecer para motivar os representantes do povo? Quantos milhões mais de desempregados? O impeachment é instrumento legítimo de interrupção de mandato. Está na Constituição. Quem se manifesta contra, independentemente das motivações, quer esconder o sol com a peneira. O Brasil não pode se acovardar diante do cenário que temos hoje e todo dia fica pior.

As lideranças políticas, destacadamente as da oposição, têm o desafio e a obrigação de se comunicar mais e melhor com a sociedade. Sintonizar com o Brasil real, que sofre com o país à deriva. É urgente recuperar a confiança e a credibilidade numa ação a favor do Brasil. O ponto de partida: é possível com Dilma e o que ela representa? Não. O petismo esgotou todo seu arsenal de má-gestão e corrupção, bonanças insustentáveis a custos insuportáveis, uma aventura que nos faz retroceder décadas de conquistas com enormes prejuízos para o povo brasileiro. Dilma está reclusa no seu Palácio. Sua interlocução e ação concentra-se em mais transgressões para ter sobrevida. O Brasil não merece isso.

Artigo do presidente do ITV (Instituto Teotônio Vilela), José Aníbal, publicado no blog do jornalista Ricardo Noblat

“Presença das mulheres no poder fortalece participação feminina”, diz Neuzinha de Oliveira

neuzinha-oliveiraA vereadora Neuzinha de Oliveira fala em entrevista ao PSDB-Mulher Nacional sobre a relação entre as mulheres e a política. Confira:

1)  Qual a importância do trabalho de uma mulher numa Câmara de Vereadores?

Eu penso que a representatividade feminina é fundamental para a garantia dos direitos individuais e sociais da mulher em uma sociedade ainda extremamente machista como a nossa. O Poder Legislativo é a porta de entrada da cidadania, onde se legisla, se fiscaliza o uso do dinheiro público, e onde melhor são acolhidas as angústias da população. A presença de mulheres nas esferas de poder fortalece e amplia a participação feminina na sociedade, e a ocupação desses espaços de poder é o caminho para implementar políticas públicas a favor das mulheres, o que terá, por consequência, a melhoria da sociedade como um todo. Além de sensibilidade, a mulher possui uma percepção múltipla da realidade, o que permite oxigenar a política dos velhos preconceitos e paradigmas. Busco utilizar essas capacidades que são inerentes ao nosso gênero de maneira estruturada, com conhecimento e prudência.

2)   A senhora sofreu algum tipo de preconceito por ser mulher?

Hoje, diretamente, não sofro com preconceito. No passado, sofri de forma velada. Eram algumas condutas, sutis, que acabavam demonstrando a falta de preparo e a resistência, às vezes até inconsciente, dos colegas em lidar com uma mulher no poder. Creio que meu jeito despachado, minha forma de expor ideias e atitudes me ajudaram a romper essas barreiras e conquistar meu espaço. Na minha opinião, é importante que o preconceito contra as mulheres seja confrontado incansavelmente, todos os dias, até quebrar as resistências e estabelecer um novo paradigma, de valor igualitário. Vamos lutar até que a igualdade no que tange ao gênero esteja pacificada em toda nossa sociedade.

3)   Quais os projetos, as ações que a senhora realizou no seu atual mandato com o objetivo de melhorar a qualidade de vida das mulheres de seu município?

São muitos. Muitos mesmo, e vou descrever os mais relevantes.  Vamos lá: direito a ultrassonografia mamária no âmbito Municipal; aumento da cota de mamografia para as cidadãs de Vitória; criação da Casa Parto; alteração do art. 205 da Lei Orgânica do Município, sobre a redução da carga horária, em duas horas diárias, para as servidoras que são mães ou responsáveis por cuidar de pessoa com deficiência, para o fim de acompanhamento médico ou necessidade de cuidados especiais; instituição do Programa de Abrigo para a Mulher Vítima de Violência; criação do Programa de Qualificação e Aperfeiçoamento Profissional às Mulheres; criação do Programa Família Bilíngue; instituição da política de práticas integrativas; disposição acerca do direito de aleitamento materno; instituição da política de acompanhamento no parto; Lei do Parto Humanizado; criação da semana municipal Maria da Penha nas Escolas; criação do Programa de Combate à Sexualização Infantil; criação de um programa de registro civil na maternidade; criação de medidas e da semana de enfrentamento à violência obstétrica; criação da campanha de divulgação do disk 180 (canal de denúncia à violência contra a mulher); política de acompanhamento no parto por doulas; instituição da política municipal de autistas; disposição do Programa de Doação de Leite Materno; disposição acerca da cirurgia reparadora às vítimas de violência.

4)   Quais são os principais problemas e demandas das mulheres em seu município?

Na área da saúde, continua a ser um desafio oferecer exames de mamografia que atendam integralmente a demanda existente. Hoje, graças às campanhas de conscientização, as mulheres sabem dos riscos e a grande maioria busca a prevenção, mas ainda há déficit a ser resolvido na oferta pelo Poder Público. Isso é importante para garantir os mesmos direitos a quem pode e a quem não pode pagar por um exame de saúde. Do mesmo modo, a oferta de vagas em tempo integral nas unidades escolares do município tem que ser ampliada, para que as mães tenham a tranquilidade de ir para o mercado de trabalho sabendo que os filhos estão sob cuidados.

Acredito que a realidade do desemprego, da falta de oportunidade de trabalho para as mulheres, é um problema nacional, é outro problema, acentuado ainda mais neste momento de crise. A violência obstétrica, psicológica e física, sofrida pela mulher, é outra situação a ser considerada. Nos atendimentos, tanto no SUS quanto particulares, não se respeita a dignidade e a individualidade da mulher. Trabalho para mudar essa realidade, e isso passa por mudança de hábitos dos profissionais da saúde, e pela tomada de posição da mulher, em não se submeter a situações humilhantes.

5)  Pretende se candidatar novamente e qual cargo?

Tenho uma grande experiência legislativa, e desta vez gostaria de disputar a majoritária, porém, aqui em Vitória já temos um projeto político definido pelo partido. Desse modo, disputarei a eleição proporcional, para a Câmara de Vereadores. Em 2018, meu objetivo é conquistar uma vaga na Assembleia Legislativa, e estarei à disposição do PSDB para esse desafio. Nosso objetivo é avançar com uma política de qualidade, a favor do bem estar social, que inclua as pessoas graças à conscientização, e não à subserviência.

“Caminhos para o Brasil – a reforma tributária”, por Antonio Anastasia

antonio-anastasia-foto-pedro-franca-agencia-senado-300x200Minha ideia nesse início de ano tem sido elencar propostas que considero fundamentais para o desenvolvimento do Brasil. Propostas essas com as quais o PSDB se comprometeu nas últimas eleições presidenciais. Já falei da condição essencial para que qualquer tipo de reforma dê certo, o planejamento, e sobre a conhecida ‘mãe de todas as reformas’, a reforma política. É chegada a hora então de falarmos sobre a questão tributária, o grande nó górdio do Brasil. Grande parte dos nossos problemas de poucos investimentos e de atraso no desenvolvimento é consequência do complexo sistema que criamos ao longo dos anos.

Hoje o arcabouço tributário brasileiro é um verdadeiro emaranhado de confusões. Não há especialista que saiba decifrá-lo por completo. O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) é certamente um dos mais complexos e complicados do mundo. É claro que tudo isso aumenta o chamado ‘custo Brasil’, afugentando investimentos e negócios internacionais. O empresário (das grandes multinacionais até o microempreendedor individual) acaba, assim, arcando com os custos do imposto e, muito pior, também com a burocracia para resolver os problemas de quanto, como e a que ente pagar suas taxas. Para se ter uma ideia, de acordo com dados do Banco Mundial, as empresas no Brasil levam, em média, cerca de 2.600 horas para cumprirem com suas obrigações fiscais, ante uma média de apenas 366 horas para todos os países da América Latina e Caribe.

A proposta de uma nova reforma tributária tem como premissa fundamental o respeito aos entes Federados. E, se em um primeiro momento, algum ente tiver de abrir mão de parte de sua receita – o que é quase inevitável nesse processo –, que seja a União. Para que o Brasil se desenvolvade maneira mais célere será preciso descentralizar. E, paulatinamente, a reforma tributária poderá também ajudar nesse sentido.

Se a premissa é essa solidariedade federativa, o eixo principal e estruturador para essa reforma tributária é a simplicidade. O desperdício de tempo é um custo para as empresas, para as pessoas e para o Brasil. Infelizmente, a história fez da estrutura administrativa brasileira algo excessivamente burocrático e complexo. O chamado ‘e-Social’, lançado recentemente pelo Governo Federal para unificar o envio de informações pelo empregador em relação aos seus empregados, é um exemplo bastante claro disso. O que era para ser prático e simples acabou dando uma grande dor de cabeça àqueles que precisaram acessar o portal para cumprir suas obrigações.

Por fim, é preciso diminuir o número de impostos e taxas. Mesmo que, inicialmente, não se possa diminuir a carga, é possível simplificar. Nesse caminho, uma proposta até um pouco ousada, mas completamente possível, é a instituição no Brasil do cadastro único para pessoas físicas e jurídicas. Por meio dele vamos racionalizar substancialmente nosso sistema tributário.

Tudo isso precisa ser feito com muito diálogo e transparência, ouvindo o setor produtivo e todos os entes Federados, de forma que prevaleça a segurança jurídica e o bom senso. São grandes passos os que temos de dar nessa reforma. Mas eles são fundamentais para garantirmos o aumento da nossa produtividade e para gerarmos mais empregos de qualidade no nosso País. Avancemos, pois.

Brasil deve ter crescimento zero em 2017 e influenciar queda na economia mundial

pib2-1-300x200O Fundo Monetário Internacional (FMI) piorou a perspectiva de queda da economia brasileira em 2016 e não prevê mais retomada do crescimento no ano seguinte – agora, a expectativa para 2017 é de evolução zero, contra a expansão de 2,3% esperada anteriormente. Analistas acreditam que a piora da economia brasileira deve refletir sobre a economia global.

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil deve sofrer uma contração de 3,5% este ano. A expectativa em outubro era de contração de 1%. O desempenho da economia brasileira fica abaixo do de América Latina e Caribe, cujas expectativas são de recuo de 0,3% do PIB em 2016 e crescimento de 1,6% no ano seguinte.

O deputado federal Rogério Marinho (PSDB-RN) destacou que, com três anos consecutivos de queda do PIB, o Brasil bate um recorde equivalente ao registrado em um momento histórico. “A última vez que aconteceu um episódio similar foi na década de 30 com a queda da bolsa de Nova Iorque”, relembra.

Segundo Marinho, o que o FMI projeta não pode ser levado em consideração enquanto o atual governo se mantiver – a realidade pode ser ainda mais severa. “Se o governo da presidente Dilma Rousseff continuar e se o impeachment não for estabelecido, a situação pode piorar. Dilma na verdade prefere ser a Ministra da Fazenda, a presidente do Banco Central, a ministra de Minas e Energia, a ministra do Planejamento…Esse centralismo democrático, que é uma característica do PT, tem propiciado ao pais um triste espetáculo”, lamenta.

O deputado tucano caracteriza as perspectivas para o futuro como “sombrias” e afirma que os problemas no Brasil vão além da crise econômica. “O Brasil está com a sua economia desestruturada em função do excesso de intervenções equivocadas que ocorreram ao longo do tempo no tecido econômico nacional”, explica.

O parlamentar acrescenta que a crise foi agravada pela falta de competência e de “perfil técnico” de alguns personagens relevantes para a economia brasileira. “A principal qualificação exigida para cargos importantes era apenas o fato de terem militado num movimento sindical e terem afinidade política e ideológica com o governo do PT. Essa situação de aparelhamento, de fisiologismo, de se apropriar da máquina pública em função de um projeto de revolução bolivariana está fazendo com que o pais como um todo pague um preço muito pesado”, afirma.

Marinho conclui dizendo que o país entrou em um processo econômico que não é muito favorável para os conjuntos das economias mundiais e que o Brasil tem um destaque negativo extremamente agudo. “A situação é grave e merece realce pelos seus aspectos negativos. Passado o terremoto, eu espero que venha a reconstrução e que ela aconteça o mais rápido possível. Nós da oposição estamos engajados para que o processo e impeachment já instalado na Câmara e no Congresso tenha êxito”.

O FMI  atribui as más previsões a recessão causada pela incerteza política e contínuas repercussões das investigações em torno da Petrobras. Segundo o fundo, a economia brasileira pesou sobre as estimativas para o crescimento global, que foram reduzidas em 0,2 ponto percentual tanto para 2016 quanto para 2017, respectivamente, para expansão de 3,4% e 3,6% (em outubro, estimativas eram de alta de 3,6% em 2016 e 3,8% em 2017).

“A destruição da Petrobras”, análise do ITV

petrobrasfachada-300x150A nova queda sofrida ontem pela Petrobras é carregada de simbolismo. A empresa passou a valer no mercado o mesmo que valia no ano em que o PT ascendeu ao poder. Fica evidenciada, de uma vez por todas, a associação direta entre a gestão ruinosa adotada pelo partido – tanto na estatal quanto no país como um todo – e a destruição de valor.

Em termos nominais, os papéis da Petrobras caíram ontem ao menor nível desde novembro de 2003, o primeiro ano de Lula como presidente da República e de Dilma Rousseff como presidente do conselho de administração da companhia. Descontada a inflação, as ações passaram a valer tanto quanto valiam no fim do século passado. É o custo de 13 anos de desmanche.

Em apenas duas semanas, a Petrobras derreteu 27%. Um dos fatores é a baixa voraz das cotações mundiais de petróleo, acentuada pela volta do Irã, sétimo maior produtor global, ao mercado. Mas a situação da companhia brasileira é ímpar e o valor da estatal tem caído muito mais que o de suas congêneres internacionais. A petroleira brasileira está mais cara, além de representar risco muito maior, agravado pela má gestão e pela corrupção que o PT nela inoculou.

As ações da estatal valem hoje 14% do que chegaram a valer em 2008, na auge da euforia e do ufanismo petista em torno das “maravilhas” do pré-sal e de mentiras vendidas pela cara propaganda oficial, como a da autossuficiência na produção de petróleo e derivados. Ou seja, oito anos atrás a Petrobras valia sete vezes mais do que vale hoje.

É comum dizer que a antes maior empresa do Brasil chegou ao fundo do poço. Não mais. Ninguém mais sabe quando a desintegração da Petrobras terá fim; com o PT, ninguém é capaz de dizer que pelo menos terá algum fim. Com as quedas recentes, a Petrobras deixou de figurar entre as 500 maiores companhias do mundo.

A empresa não consegue cumprir seu papel essencial: produzir mais, com eficiência, e gerar lucro para seus acionistas e benefícios para a sociedade brasileira. A produção cresce pouco, as metas nunca são alcançadas – a estimativa para o fim desta década caiu 33% recentemente. Sua dívida é explosiva, tornando-a a maior devedora do mundo: R$ 507 bilhões.

Superendividada, mal gerida e tomada de assalto por um grupo político, no ano passado a Petrobras foi rebaixada por todas as agências de classificação de riscos e seus papéis desceram à categoria de lixo especulativo. Com isso, as portas do mercado de crédito foram fechadas à empresa, dificultando ainda mais sua gestão e diminuindo as possibilidades de recuperação. O poço não tem fim.

Os petistas vivem dizendo que seus adversários adoram depreciar o patrimônio público para entregá-lo de mão beijada a investidores privados. Mas quem dilapidou não só a Petrobras mas também outras estatais, como a Eletrobrás, foram os governos do PT, que agora avaliam vender maciçamente ativos quando os preços estão lá em baixo e ninguém está disposto a correr riscos no mercado de petróleo.

Na bacia das almas entram ativos como a Transpetro, a Braskem, a BR Distribuidora, refinarias adquiridas desastradamente, como Pasadena (EUA) e Okinawa (Japão), e até as outrora sagradas reservas do pré-sal.

Sem alternativas, a estatal pode se ver socorrida pelo Tesouro, seu principal acionista, para não quebrar de vez. Isso significa que toda a sociedade brasileira pode ser chamada a pagar a conta da destruição da Petrobras pelo PT. De quebra, um possível aporte agravará ainda mais a situação da já explosiva dívida pública.

Para se recuperar, a estatal precisa, primeiro, extirpar o cancro da corrupção que o PT incrustou nela. Em segundo lugar, tornar a ser uma empresa profissionalizada, voltada a produzir benefícios para toda a sociedade brasileira, na forma de lucros.

E, não menos importante, necessita se livrar dos abacaxis que as gestões Lula e Dilma lhes impuseram, como negócios ruinosos destinados apenas a gerar dinheiro para alimentar o PT e seus aliados.

É preciso, também, acabar com o sobrepeso decorrente das regras do regime de partilha e da política de conteúdo local – que ontem começou a ser desmontada como parte das tentativas desesperadas do governo para dar algum alento à indústria de petróleo no país.

Sem isso, riquezas que poderiam estar sendo exploradas, gerando benefícios para a sociedade, tornaram-se berço esplêndido sob o qual o país repousa, paradão, destruído pelo PT.