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“Penúria”, por Aécio Neves

aecioFamosa há décadas, a clássica marchinha “Me Dá Um Dinheiro Aí” parece a trilha ideal para o próximo Carnaval, tal o estado de penúria em que se encontra a nação. O país, Estados e municípios, empresas e brasileiros –estão quase todos de pires na mão.

Fechamos 2015 com uma crise sem precedentes. PIB negativo, inflação de dois dígitos, contas públicas fora de controle, 59 milhões de consumidores inadimplentes e as empresas brasileiras as mais endividadas entre os emergentes. Perdemos o selo de bom pagador de duas agências de risco.

Quem ainda confia na solvência do governo?

Artigo publicado nesta segunda-feira (11) no jornal Folha de S. Paulo. Para ler na íntegra clique aqui.

O tesouro é outro, por Pedro Paulo Biccas Junior

ppDesde o século passado se dedica a conhecer mais dos átomos e das estrelas que saber do próprio entendimento humano. Saberão os humanos que dominarem o genoma e explorarem os planetas lidarem uns com os outros?

Afinal, acredito eu, que antes mesmo de chegar a Marte, é possível que o homem retorne, tal qual o símio, para a copa das árvores.

Nós que somos a esperança, muitas vezes não podemos esperar nada nem de nós mesmos.

Na definição perigosa de política como arte de ocupar espaços, acabamos por esbarrar no outro e  em um reductio ad absurdum dominar espaços para dominar o mundo, mesmo que este mundo seja o outro. Eu não quero dominar o mundo! Tampouco, dominar o outro.

Não tenho ambições políticas, aqueles que me conhecem de perto sabem que meu sonho é a diplomacia. Em suma: ser útil ao outro. Viver com a felicidade do outro, não planejando a destruição de alguém.

Sempre que escutar:  “vou destruir alguém” , feche os ouvidos. É melhor passar por ignorante onde o tolo tem poder.

Desenvolvemos estradas e nos fechamos em nós mesmos. Nosso conhecimento nos fez cínicos e nossa inteligência é capaz de nos fazer cruéis.

Mais do que estrutura, nas próximas eleições precisaremos uns dos outros.  As redes nos aproximam, mas a natureza destas mesmas plataformas denunciam o medo, o isolamento, a covardia de se confrontar. É o que o antropólogo Bauman chama, hoje, de “amores líquidos em tempos sólidos.”

Os ditadores passaram. E sempre vão passar. E o poder, de nós tomado, retornará á nossas mãos. Cabe a nós saber o que fazer com ele.

Por isso, encerro com Carlos Drumond de Andrade:

“Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.”

Pedro Paulo Biccas Junior, Relações Públicas da JPSDB ES

 

A que tipo de gente interessa desmontar a Polícia Federal?, por Juvenal Araújo

DSC_0044-300x217É entediante e, para dizer no mínimo, intelectualmente desonesto, o argumento usado pela militância petista — e até mesmo pela presidente Dilma (igualmente enfadonha e desonesta também intelectualmente) quando confrontados com as dezenas de escândalos de corrupção que eclodiram no governo petista, que culminaram com a prisão de muitos dos seus principais quadros partidários, ex-ministros e parlamentares, de que essas ações resultam do apoio e liberdade dada pelo governo do PT, especialmente a Polícia Federal (PF). 

Esse raciocínio tenta inverter a ordem dos fatos: ao invés de ser o governo petista flagrante e estruturalmente corrupto, seria ele, em verdade, o que mais se empenha no combate à corrupção. É ridículo…

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso rebateu bem essa lógica, respondendo a presidente Dilma que ela lança mão de uma “tática infamante, da velha anedota do punguista que mete a mão no bolso da vítima, rouba e sai gritando pega ladrão”.

Ontem, entretanto, um manifesto divulgado pelos delegados da Polícia Federal, desmonta com apontamentos práticos esse raciocínio. E vai além: alerta a população sobre o risco de já estar em curso por parte do governo petista o que já se denomina “Operação Desmonte da Polícia Federal”.

“Há alguns anos, observamos a redução dos investimentos na PF e a carência sistemática de recursos, inclusive, para a manutenção das atividades rotineiras da instituição”, registra um dos trechos do manifesto, e prosseguem reforçando que “não são poucos os casos de suspensão ou cancelamento de contratos de prestação de serviços básicos, como aluguel das Delegacias, fornecimento de energia e, até mesmo, abastecimento de água em nossas unidades”.

O manifesto também registra a extrema carência de recursos humanos, apontando que “há quase 500 (quinhentos) cargos vagos somente da carreira de Delegado de Polícia Federal, o que corresponde a 30% de todo o efetivo atual”. 

Outro exemplo prático apontado pelo manifesto do descaso a que é submetida uma das mais importantes instituições nacionais é “quando se observa que, nos últimos sete anos, não foi aberta nenhuma nova unidade da Polícia Federal”.

A crise econômica pela qual atravessa o país não é a causa, mas a justificativa para os cortes orçamentários no orçamento da PF. O que se quer não é economizar aqui ou acolá por necessidade fiscal, mas impedir mais investigações do grande assalto que o governo petista está promovendo aos cofres públicos. 

O manifesto da Polícia Federal ultrapassa a categoria de uma reivindicação de classe profissional. É um documento que a sociedade brasileira precisa conhecer o seu teor. A imprensa, juntamente com organizações sociais e a opinião pública precisam apoiar essa importante instituição de estado, que está negligenciada pelo governo petista. 

Se triunfar o descaso e o desdém sobre a Polícia Federal, a perspectiva para o Brasil que deixaremos para os nossos filhos é sombria. Registro aqui o apoio do Tucanafro aos delegados da Polícia Federal. 

Juvenal Araújo, presidente nacional do Tucanafro

“O Brasil alijado do mundo”, análise do ITV

Dolar-Moeda estrangeira

Desde 2003, com a chegada do PT ao poder, o Brasil tem optado pelo isolamento em relação ao resto do mundo. O comércio internacional, que poderia ser um caminho seguro para a retomada do crescimento, virou realidade distante. O Brasil fechou fronteiras a novos acordos bilaterais, atou-se ao Mercosul numa estratégia fracassada, optou por uma política externa de viés ideológico e deu as costas aos parceiros globais mais relevantes.

O descaso com o comércio exterior agora cobra preço elevado. O país vem perdendo espaço no mercado internacional a cada ano, vendo sua participação cair de 1,4% em 2011 para 1,19% em 2014. Tudo caminha para que a parcela brasileira despenque abaixo de 1%, voltando aos níveis do início do século. Com o PT, o Brasil, infelizmente, está se transformando num anão do comércio mundial.

Embora seja (por enquanto) a sétima maior economia do mundo, somos apenas o 25ª maior exportador global, três posições abaixo do apurado em 2013. Nossas exportações, segundo o Bando Mundial, representam somente 11,5% do PIB do país – sexto menor percentual entre 150 nações pesquisadas.

Pior: a qualidade da nossa pauta de exportação tem se deteriorado bastante, em termos de valor agregado. A participação de produtos manufaturados, que representavam 53% das vendas ao exterior em 2005, atualmente não chega a 35%. É como se retrocedêssemos à condição de uma economia primário-exportadora.

Em 2015, a balança comercial brasileira voltou ao azul. Mas isso foi fruto tanto da recessão quanto da queda acentuada das importações, e não de aumento das exportações. Entre janeiro e dezembro, os embarques declinaram 15% e as aquisições caíram 25% em relação a 2014.

A fragilidade do nosso comércio exterior fica mais bem evidenciada pelo desempenho da corrente de comércio (soma de exportações e importações). O indicador, que reflete o vigor da atividade econômica num país, atingiu US$
362 bilhões de janeiro a dezembro, com queda de 20% em relação ao ano anterior. Voltamos a níveis pré-crise mundial de 2008, resultado de políticas que viraram as costas do Brasil para o mundo.

Política isolacionista
Um dos grandes obstáculos à expansão das exportações é a ausência de acordos comerciais com grandes mercados. Na era PT, a política externa brasileira concentrou-se nas chamadas relações Sul-Sul, priorizando países africanos e vizinhos sul-americanos de orientação bolivariana. Ficamos cada vez mais apartados das grandes cadeias mundiais de produção. Nos últimos 12 anos, só quatro acordos comerciais foram firmados pelo Brasil: com Israel, Egito, Palestina e África Meridional.

Segundo estudo da CNI, atualmente há pelo menos 30 acordos relacionados a comércio e investimentos em fase de aprovação no Congresso ou pendentes de promulgação pela Presidência da República. A demora excessiva gera perdas para investidores, que pagam o preço da burocracia e da gestão descoordenada da política externa do país.

Enquanto isso, países vizinhos lançaram a Aliança do Pacífico, um mercado de US$ 2 trilhões, e os EUA, além de negociar uma aliança com os europeus, fecharam o Acordo Transpacífico (TPP), que reunirá 40% do PIB mundial. Como consequência, os produtos brasileiros devem ficar ainda menos competitivos. Estudo da FGV mostra que o TPP afetará 35% da pauta brasileira de produtos manufaturados, podendo derrubar nossas exportações em até 2,7%.

Enquanto a maior parte dos países busca se agregar, o Brasil manteve-se atado ao Mercosul. Conduzido de forma ideológica nos últimos anos, o bloco é hoje incapaz de produzir resultados relevantes para o país. A corrente de comércio entre o Brasil e as demais economias da sub-região encolheu 35% entre 2011 e 2015, de US$ 47 bilhões para US$ 30 bilhões. Para completar, há 15 anos a negociação do acordo de livre comércio com a União Europeia não sai do lugar.

Somos hoje o país mais fechado para o comércio exterior entre todas as nações do G-20, segundo levantamento da Câmara de Comércio Internacional. Não à toa, no último ano o Brasil despencou 18 posições no ranking global de
competitividade elaborado pelo Fórum Econômico Mundial e agora ocupa modesto 75° lugar entre 140 países – nossa pior colocação na série histórica.

O produto brasileiro tem perdido competitividade no mercado exterior. Isolada das cadeias globais de produção, a indústria nacional viu sua participação no PIB reduzir-se de cerca de 23% em 1980 para menos de 10% em 2015.
Segundo a CNI, 79% das empresas do país têm problemas para exportar devido a entraves burocráticos tributários e alfandegários. Medidas de facilitação de comércio poderiam elevar o PIB brasileiro em 1,2%, mas não se enxerga no governo do PT qualquer reforma modernizante saindo do papel.

Rebaixado, Brasil vira ‘lixo’
Infelizmente, o Brasil também tem andado para trás no mercado internacional de crédito. Pouco mais de três meses após o rebaixamento do rating do país pela Standard & Poor’s, em setembro, outra agência, a Fitch, reduziu a nota
brasileira em função da piora nos fundamentos da economia e nos indicadores financeiros do país. O resultado chancela o mau humor da economia mundial com o Brasil, especialmente com a sequência de más notícias brotadas de múltiplas crises – de gestão, política, ética, econômica e social.

Apartado do mundo das finanças internacionais, o Brasil terá mais dificuldade para conseguir empréstimos no exterior, obrigado a pagar juros mais altos. Os entraves já estão aparecendo: desde julho passado, não houve emissões de empresas brasileiras no exterior e as captações caíram mais de 80% até novembro. O fluxo de investimentos no país também tende a diminuir. O investimento direto estrangeiro deve ter recuado para a casa dos US$ 50 bilhões, abaixo dos US$ 62 bilhões de 2014. Para piorar, a alta dos juros pelo banco central americano deve estimular a debandada de capitais do país.

O quadro de más notícias econômicas se completa com a recessão mais longeva dos últimos 80 anos, inflação de dois dígitos, desemprego nas alturas, renda do trabalhador no menor nível desde 2003, dívida bruta próxima de 70%
do PIB e déficit público recorde. O fundo do poço parece não ter fim.

Um novo rumo
A falta de rumo da política comercial brasileira é preocupante. Não é possível continuar na posição de mero coadjuvante nas relações mundiais. O Brasil precisa integrar-se de maneira mais efetiva às cadeias globais de produção. Buscar novos – e significativos – mercados, dinamizar a pauta de exportações e combater o custo Brasil são medidas essenciais para o país reconquistar o espaço que é capaz de ocupar no cenário internacional. A receita do sucesso é uma política externa ativa e a agressividade comercial, e não a diplomacia ideológica que vimos ser praticada nos últimos anos.

Felizmente, no nosso entorno os ventos da mudança já começaram a soprar e tendem a arrastar o Brasil também a novas direções. As vitórias de Mauricio Macri na Argentina e das forças oposicionistas na Venezuela indicam o começo da derrocada do populismo na América Latina. Abrem, ainda, perspectivas de maior e mais dinâmico intercâmbio comercial do continente com o resto do mundo, assim como novas orientações para o Mercosul. Antes, porém, será preciso fazer o dever de casa, após o país ser considerado “lixo” pelo mercado financeiro global. Ou o Brasil realiza as reformas estruturais que vem protelando há tempos ou permanecerá alijado do resto do mundo.

Caos Orgânico, por Antônio Marcus Machado

12243414_886427474775665_7353694271870342702_n-300x200A Administração Pública assemelha-se a um organismo humano. É composta por órgãos, cada um com suas funções, que mantém a vida pública de modo que a sociedade alcance os níveis desejáveis para uma digna condição humana, para uma coletividade em busca incessante pela harmonia econômica e social.


O coração, representado pelo Governo Federal, é o seu pivô central, aquele que alimenta e nutre suas expectativas. É sopro da vida, da criação. Mas é o cérebro, representado pela Presidência da República, que rege sua relação com os demais órgãos da anatomia funcional.
É ele o responsável pela qualidade e pela evolução da vida humana. Assim deve proceder, o Governo Federal.

No Brasil, entretanto, estamos acéfalos. No máximo, temos um cérebro que não pensa acertadamente: a Presidência da República. E o organismo público sofre de taquicardia, com um coração mutilado pela incompetência, pela corrupção e pelo fisiologismo partidário.

Os nutrientes não circulam pelas artérias da administração pública, obstruídas pelo acúmulo de propinas e erros sucessivos. Desvalido, o pulmão governamental respira por aparelhos, sucateados e espalhados pelos corredores de inóspitos hospitais públicos. A administração pública sofre de infecção hospitalar e isso gera febre alta, ou seja, inflação.

Existem bens cuja variação de preços têm impacto direto nos preços de outros bens. Como é o caso de combustíveis, energia, gás e outros. Tanto que, para proteger o cidadão, são administrados pelo governo.  A inflação que hoje vivemos é fruto de uma má administração desses preços.

Foram represados, por interesses eleitoreiros, e liberados impiedosamente.  A inflação ganhou uma força descomunal e intensa. Com juros elevados e aumento de impostos, ficou indomável. Quem mais sofre com ela é o cidadão de renda média e baixa, que não têm como se proteger desses aumentos, especialmente os de alimentação e moradia.
Solução há, mas é preciso reduzir gastos improdutivos e aumentar investimentos, com competência. 

Os principais instrumentos  de reorganização do organismo público, as politicas monetária, de rendas, fiscal e cambial foram mal aplicadas e assemelham-se a um doente que se automedicou, desconsiderando a Medicina.

No caso do Governo Brasileiro, automedicou-se e desconsiderou os mais elementares principios da Economia e da Administração.
Resultado, agravou seu quadro clínico, com elevados juros, inflação alta, crescente desemprego e  baixo crescimento. Um caos. 

Antônio Marcus Machado, presidente estadual do ITV

 

Inflação no Brasil atinge recorde de 10,67%, a maior dos últimos 13 anos

inflacao-300x201A inflação oficial do país, medida pelo IPCA, fechou 2015 com uma alta de 10,67%. É o maior crescimento inflacionário registrado no país desde 2002, quando o índice era de 12,53%. O valor está muito acima do teto da meta do governo prevista para o período, de 6,5%. Os dados foram divulgados pelo IBGE nesta sexta-feira (8).

O índice dobrou desde a posse da presidente Dilma Rousseff. Em 2012, a inflação medida pelo IPCA era de 5,84% – quase a metade do atual patamar. A inflação de baixa renda também aumentou consideravelmente de 2014 para 2015, de 6,29% para 11,52% respectivamente.

Para o deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR), o Brasil chegou nesse índice por “incompetência no gerenciamento da macroeconomia”.  Ele ressalta que a inflação é um termômetro econômico, por isso já se pode falar em depressão na economia do país.

“Chegamos à depressão, que é o pior sintoma da economia em todo o mundo. A presidente Dilma não tem condições de fazer nada pela economia brasileira. Quando ela pegou o governo, a inflação estava na metade. Ela conseguiu dobrar a meta da inflação em cinco anos de mandato. É um desastre total”, disse.

O deputado disse que a inflação é a pior inimiga dos trabalhadores, o que demonstra a incapacidade do governo Dilma de controlar a crise. “A inflação corrói salario, ela destrói a moeda.  Atrás da inflação vem a taxa de juros e a perda do poder aquisitivo das famílias”, explica.

Para o presidente do PSDB de Santa Catarina, deputado Marcos Vieira, os números da inflação apenas refletem todo o repertório de irresponsabilidades do governo federal. Segundo Vieira, a inflação que volta a assustar a população e outros dados repercutidos diariamente comprovam a falta de capacidade do governo do PT para devolver o país aos trilhos. “Quando a própria presidente Dilma reúne a imprensa para dizer que menosprezou os sintomas da crise, numa clara tentativa de minimizar as mentiras da campanha que a reelegeu, fica evidente que esse governo perdeu totalmente a capacidade de comandar o país nessa crise. A inflação fugindo ao controle é apenas um sintoma, talvez o mais grave deles para a população”, analisou.

A expectativa do mercado é que o Banco Central eleve os juros básicos (Selic), hoje em 14,25% ao ano, na sua primeira reunião de 2016, ainda neste mês. Pelo Boletim Focus, economistas projetam inflação de 6,87% em 2016, também acima do teto da meta.

Para especialistas, os preços administrados pelo governo estão entre as principais razões da escalada da inflação este ano. São produtos e serviços como energia elétrica (51%), gasolina (20,10%) e taxa de água e esgoto (14,75%).

Entre os grupos que ajudaram a impactar o aumento da inflação em 2015 estão habitação (18,31%), transportes (10,16%,) e alimentos (12,03%).

“Práticas de corrupção têm se generalizado na gestão petista”, afirma Max Filho sobre nova investigação contra Correios

max-filho-foto-agencia-camara-300x197O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) abriu processo administrativo para investigar a prática de condutas anticompetitivas pelos Correios (ECT). O órgão de proteção à concorrência informou nesta quinta-feira (7) que a investigação foi aberta após queixa do Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e Região (Setcesp).

De acordo com a reportagem, a primeira acusação se refere à tentativa da estatal de ampliar o monopólio de entrega de cartas para outros produtos, por meio de ações judiciais repetidas e sem fundamento objetivo, prática conhecida como falso litígio. A outra irregularidade, segundo o o Setcesp, é que os Correios estariam cobrando preços mais altos de empresas concorrentes.

O deputado federal Max Filho considerou “fortes” as acusações e responsabilizou a “má gestão” do PT pelo “desmonte” da estatal. “As práticas de corrupção têm se generalizado na gestão petista. É lamentável que uma instituição como os Correios, que sempre foi referência de confiabilidade, esteja nesta situação, com queixas atrás de queixas. É como um câncer que se espalha e agora atinge o nível de metástase”, comparou.

Com a instauração do processo, a ECT será notificada para apresentar defesa. Após isso, a superintendência emitirá parecer ao tribunal do Cade opinando entre condenação ou arquivamento do processo.

O tucano chamou atenção ainda para a importância do serviço postal. Segundo ele, é uma atividade “essencial” ao povo brasileiro e não pode ser tratada como um simples comércio.

“Os Correios vêm esvaziando as pequenas agências, concentrando suas atividades e visando o lucro em detrimento de um serviço postal que atenda à população brasileira. É uma afronta que, sob o governo do PT, a estatal seja tratada sobretudo com práticas avessas aos princípios constitucionais da moralidade, da publicidade e da eficiência”, afirmou.

A construção de uma nova realidade: cidades inteligentes, por Wesley Goggi

11998864_10208255106274440_1337728494775391751_nQue país queremos no futuro? Um país ético, com as instituições reformadas, participação social, transparência e eficácia na gestão pública. Solidariedade, justiça social e razão crítica para:

Cultivar a liberdade de opinião e a livre manifestação das idéias. Respeitar as diferenças políticas, sem imposições ou autoritarismo, para implementar suas idéias.

Com Espírito Republicano, que trabalhe para todos, sem discriminar as pessoas ou grupos por diferenças de opinião, partido, religião ou qualquer outra diferença social. Que sirva ao povo, consciente de que tem mandato provisório para melhorar a vida das pessoas.

Assegurando a Transparência. A prestação de contas como obrigação básica de quem toma conta do que não lhe pertence.

Proteção Social. Políticas sociais abrangentes, com ações integradas para o combate à miséria; geração de renda; qualificação para o emprego; saúde e educação como dimensões da dignidade humana.

Educação de qualidade. Que a educação básica de qualidade faça com que a criança aprenda e se prepare para a vida e para o mercado de trabalho. Defenda e assegure o investimento nos professores, bem como sua capacitação.

Descentralização. A efetiva participação da sociedade nas decisões. Uma gestão descentralizada e democrática.

Meio Ambiente saudável e equilibrado para as atuais e futuras gerações. Consciente da necessidade de se preservar o meio e promover o desenvolvimento sustentável, com os investimentos em saneamento básico e a conservação do solo, dos rios e das nascentes.

Gestão Pública Profissional. Independente para formar equipes preparadas, competentes e profissionais. Para atuar com pleno domínio das técnicas, com muito profissionalismo e responsabilidade.

Mais do que realizações em favor da melhoria da qualidade de vida, trata-se de defender uma forma de gestão com respeito pelo dinheiro do contribuinte, transparência, participação popular sem manipulação das pessoas e com elevado espírito republicano, pois, enquanto nosso planeta fica mais urbano, nossas cidades precisam ficar mais inteligentes.

Wesley Goggi, presidente do PSDB de Vitória

Escola Viva, por Antônio Marcus Machado

12243414_886427474775665_7353694271870342702_nO filósofo dinamarquês Kierkegaard aborda em sua obra “O Conceito da Angústia”, a face do poder demoníaco do silêncio, quando aquele que sofre se enclausura e imagina que seu problema não tem solução. Sugere que é preciso comunicar, vocalizar, de modo que o próximo possa saber de sua ansiedade ou angústia. Desse modo, uma solução pode advir. Assim procederam tanto grande parte da imprensa brasileira quanto milhares de brasileiros que foram às ruas no ano de 2015, extravasando uma dor incontrolável, oriunda da decepção e da desilusão civil coletiva. Fizeram sua parte, mostraram suas caras. O brado não foi retumbante nem as margens eram plácidas, mas o grito por liberdade ecoou uníssono.

Eu mesmo concedi entrevistas, escrevi artigos, comuniquei no rádio, publiquei em meu blog, assinalei no twitter e falei em minhas aulas e palestras que o futuro precisava ser reinventado, ou seriamos trucidados pelo passado. Muitos outros, bem mais competentes que eu, também assim o fizeram. De nada isso adiantou. A situação econômica e social se degradou e não dá indícios de recuperação imediata.

O Brasil perdeu para si mesmo. Só nos resta, no momento, a angústia kierkegaardiana. Aos poucos a afonia vence a sonoridade das almas mortas de Gogol, a exuberancia provocativa de Wilde, e domina os pântanos da mediocridade que Jane Austen descreveu. O país está à deriva. Perdemos o leme da política de rendas, da política cambial e da política monetária. Navega com o leme da politica fiscal, acachapante, devoradora, como se fosse vinhas da ira, anotaria Steinbeck. E o que deveria ser Governo parece ser, na verdade, um desgoverno de interesses e interessados com seus carros oficiais reluzentes, seus sorrisos infláveis e suas desculpas descartáveis. E 2016 caminha para ser o primo pobre de 2015, mas tomara que eu esteja errado.

Entretanto, é preciso sonhar, persistir no comunicar, no vocalizar, no debater. Ter otimismo e contagiar pessoas com a vontade de vencer, de superar adversidades. Fazer da criatividade a alavanca da formulação produtiva e inclusiva. Unir forças, antagônicas ou não, em torno de ideais, da construção de soluções exequíveis, ainda que não de forma imediata. A proposição do Governo do Estado em relação ao que se denominou “Escola Viva” é um bom exemplo dessa postura.

Quando Galileu convidou pessoas para conhecerem seu invento, o telescópio, ficou aborrecido com aqueles que somente criticavam sua forma e cor, sem valorizar o que ela lhes oferecia em termos de conhecimento cósmico. Repetir essa postura na “Escola Viva” é reviver essa miopia. Mas, claro, toda crítica construtiva que permita sua evolução e aperfeiçoe sua realização é importante e necessária. Afinal, a afonia pode gerar angústia ou ansiedade.

Antônio Marcus Machado, presidente Estadual do ITV

 

“Dilma abandonou o povo, e o povo abandonou a Dilma”, por Juvenal Araújo

DSC_0044Pesquisa realizada pelo Instituto Ibope, entre os dias 5 e 9 de dezembro, apontaram aquilo que todo mundo já sabe, o PT inclusive: mais da metade dos brasileiros são a favor do impeachment. Pela pesquisa, exatos 67%. Outros 28% são contra e 4% não soube responder.

É quando pormenorizamos o olhar sobre esses dados que a coisa fica ainda mais reveladora.

A base de sustentação na juventude esvaiu-se. Entre os jovens com idade entre 16 e 24 anos, 75% são a favor do impeachment.

Entre a camada assalariada da população, os que sobrevivem apenas com um salário mínimo — de quem o PT sempre se colocou como único e legítimo representante — 68% apoiam o impedimento da presidente Dilma.
Entre os que recebem mais de cinco salários mínimos (os que pagam a conta) o impedimento da Dilma é apoiado por 66% da população.

A primeira mulher eleita presidente do Brasil, entretanto, encontra 70% entre as suas iguais querendo o seu afastamento. Entre os homens, 65% a querem fora do Palácio do Planalto.

Não há governo, projeto político ou popularidade que resistam a constatação cada vez mais acentuada da sociedade de que a grave crise econômica que assola o país, comprometendo o presente e o futuro nacional foi montada pelo petismo, basicamente, em duas bases: Um inconsequente populismo fiscal, que promoveu uma gastança burra, sem aproveitar o momento econômico extremamente favorável para se promover avanços estruturais que o Brasil precisa (tornando os ganhos permanentes), e um esquema colossal e bilionário de corrupção, para financiamento da perpetuação de um grupo político no poder e — deixemos de demagogia e atenuações infantis — o enriquecimento que favoreceria até a décima geração da cúpula petista.

As pesquisas são importantes, não há dúvidas. Mas a nossa desaprovação a tudo isso também precisa ser registrada nas ruas, em todas as manifestações que se organizarem com esse fim. Às ruas sempre. É só assim que começaremos a mudar a nossa situação.

Juvenal Araújo é Presidente Nacional do Tucanafro