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Mercado piora projeção e prevê queda de 3,62% no PIB

pib2-1O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil vai fechar 2015 em queda de 3,62%, conforme o boletim Focus divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira (14). Se a previsão se concretizar, será o pior resultado desde 1990.

A inflação também avançará e o mercado já prevê que o Índice de Preços ao Consumidor – Amplo (IPCA) chegue ao final de 2015 em alta de 10,61%. Para 2016, a expectativa subiu para a inflação oficial, para 6,8%, e para a queda do PIB, 2,67%, conforme matéria publicada hoje (14) no portal G1.

A estimativa do Banco Central é de um IPCA de 9,5% para este ano. De acordo com economistas, pelo sistema que vigora no Brasil, a meta central para 2015 e 2016 é de 4,5%, mas, com o intervalo de tolerância existente, o IPCA pode oscilar entre 2,5% e 6,5%, sem que a meta seja formalmente descumprida.

Em novembro, o IBGE informou que a economia brasileira registrou retração de 1,7% no segundo trimestre de 2015 em relação aos três meses anteriores, e o país segue em recessão. No segundo trimestre, o PIB teve baixa de 2,1%.

No que se refere aos juros, após o Banco Central ter mantido a taxa estável em 14,25% em novembro, o maior patamar em nove anos, o mercado subiu a estimativa da Selic em 2016 de 14,25% para 14,63% ao ano.

O relatório Focus desta segunda (14) informou que a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2015 recuou de R$ 3,95 por dólar para R$ 3,90. Para o término de 2016, a previsão dos analistas para a taxa de câmbio ficou estável em R$ 4,20.

Já sobre o resultado da balança comercial, em 2015 ficou igual ao da última projeção: US$ 15 bilhões de resultado positivo. Para 2016, a previsão de superávit também ficou mantida em US$ 31,44 bilhões.

O documento informou, também, que os investimentos estrangeiros diretos no país caíram de US$ 62,6 bilhões para 62,40. Para 2016, a estimativa dos analistas para o aporte recuou de US$ 57 bilhões para US$ 55 bilhões.

Para este ano, a projeção de entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil caiu de US$ 62,6 bilhões para 62,40. Para 2016, a estimativa dos analistas para o aporte recuou de US$ 57 bilhões para US$ 55 bilhões.

 

“Manifestações mostram sentimento de indignação e rejeição ao governo”, afirma Aécio

img_05411-300x225O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, comentou as manifestações a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff que levaram milhares de pessoas às ruas em todo o país. Para o tucano, embora com número menor de participantes, os protestos demonstram o sentimento de rejeição ao governo petista.

“As manifestações deste domingo, mesmo com poucos dias para mobilização, mostraram que permanece vivo em grande parte da sociedade o sentimento de indignação e rejeição a esse governo. Repetindo o que disse hoje o senador Aloysio Nunes, não vai ter golpe, vai ter é impeachment”, afirmou o senador em seu perfil no Facebook.

Pesadelo Social, por Antônio Marcus Machado

12243414_886427474775665_7353694271870342702_nA politica econômica definida e realizada por um governo atua como se fosse um medicamento que neutraliza ou, pelo menos, estabiliza um quadro de anomalia clínica. Quando essa anomalia não existe ela atua como se fosse um nutriente para os músculos que fazem o organismo funcionar bem e adequadamente. Na última década, essa atuação da política econômica, na verdade, agravou a situação econômica e social do país, pois gastou acima do possível com políticas públicas assistencialistas, desonerações de receita tributária e aumento dos gastos do governo. Essa atuação levou o país à UTI, à beira de uma depressão.

A pior das decisões foi ​o estímulo ao consumo via crédito de forma excessiva, com a promessa de um futuro maravilhoso. Milhares de famílias se endividaram, vitimas de uma ilusão monetária, e hoje empobreceram pelo desemprego, pelo brutal aumento dos juros e pela inflação que corrói o pouco que resta de seus salários. Enquanto isso, a presidência da república, com seus aliados, pensa apenas na manutenção do poder político, deixando aos iludidos, não mais o sonho, mas o pesadelo de suas finanças.

Antônio Marcus Machado é o presidente estadual do ITV

“S.O.S. Brasil”, por Fernando Henrique Cardoso

Deixo escrito este artigo uma semana antes de sua publicação: passarei os próximos dias em Lisboa para coordenar um encontro internacional na Fundação Champalimaud sobre o futuro da ciência no decorrer do século. Tema ousado no qual posso arriscar apenas algumas hipóteses na área das “ciências” humanas. Daí minha preocupação: a situação político-econômico-social do país muda tanto que o escrito hoje pode se tornar inadequado ou envelhecido em uma semana. Sem alternativa (a não ser calar sobre o que nos aflige), escrevi o que segue.

Economizemos palavras, a paralisação de decisões, tanto no Executivo quanto no Legislativo, e a sensação subsequente de anomia sufocam todos. Ainda agora, o governo, em confissão pública de incapacidade de prever e agir, bloqueou R$ 10 bilhões de despesas correntes. Gesto extremo, mas de pouca eficácia. Estimativas mostram que este ano o país terá um déficit primário de cerca de 1% do PIB, maior do que o do ano passado, um déficit que se aproxima de 10% do PIB, quando contabilizado o pagamento de juros! Para evitar que a dívida pública continue a crescer como bola de neve, deveríamos passar a ter um superávit de 2,5% ao longo dos próximos anos, com a economia crescendo pelo menos 2% e o juro real caindo a 4%. Essa mudança parece cada vez mais improvável no quadro político atual. Para evitar a perda de controle sobre a evolução da economia, são urgentes atos e gestos que abram um horizonte de esperança e devolvam a confiança perdida.

Como fazer isso, se maior do que a crise econômica é a falta de credibilidade e respeito?

Há uma crise político-moral. Desnecessário repetir os fatos que nos levaram a tal situação: basta a prisão, com anuência do Senado, do líder do governo, senador em pleno exercício do mandato, para exemplificar a gravidade extrema do momento vivido pelo país. Poucos ousaram levantar a questão das imunidades ou puseram em dúvida o “flagrante continuado”. Não porque faltassem argumentos, mas porque faltavam condições morais para tanto. A mera suspeita de malfeitos políticos gera imediatamente a sensação de que os acusados são culpados e, pior, nos casos da Lava-Jato, em geral são mesmo.

Existe nas pessoas a sensação do “não dá mais”. Há indícios veementes, quando não provas, de responsabilidade criminal de um número crescente de figuras que ocupam altas posições nas instituições políticas e no mundo empresarial, parte delas sendo pessoas próximas ao antecessor da atual mandatária. Embora não pareça haver envolvimento pessoal na montagem e gestão da organização criminosa que tomou de assalto o Estado brasileiro, Dilma Rousseff tem responsabilidade política pelo que aí está, quando mais não for porque ocupa hoje a Presidência da República.

Verificado isso, o que fazer? Falemos português claro: ninguém sairá por si mesmo de tamanha encrenca, nem governo, nem oposição, nem empresários, nem muito menos o povo, que no final paga o custo da inflação e do desemprego provocados pelos desatinos dos que estão mandando. A responsabilidade pelas crises é do lulopetismo, como há anos venho denunciando. Basta ler meu livro “A miséria da política” para ver há quanto tempo. E não estou só nesta posição, há muitíssimos outros que desde o início viram com clareza o que aconteceria.

Trata-se agora de, ao reduzir os malefícios do lulopetismo, restabelecer a crença na democracia, dar prevalência à Constituição e criar uma nova situação de poder. Como? Há alternativas. A mais fácil seria a própria presidente pedir um crédito de confiança à nação, sendo humilde e verdadeira, reconhecendo que errou, que desde o primeiro dia de sua reeleição (sabe-se a que custo…) deveria ter apelado à coesão nacional, nomeado um Ministério isento de acusações de corrupção, formado por gente competente, respaldada politicamente pela nação e não apenas por partidos, pondo fim ao execrável e falso “nós” (os bons) e “eles” (os malditos). Não o fez. Terá condições ainda de fazê-lo? Duvido, mas não fecho as portas à possibilidade.

Quando a situação de um país parece sem saída, é preciso buscá-la. Afastemos com firmeza, por indesejáveis, quaisquer soluções à margem da Constituição. Há o caminho da renúncia (o menos custoso), não por gesto de grandeza, mas ditada pelas circunstâncias de que, paralisado o sistema decisório, chegará o momento em que ministros mais responsáveis e parte das forças políticas que ainda sustentam o governo poderão adverti-la de que não dá mais. Se quiserem saber minha torcida íntima (e não política), tomara que a própria presidente ainda encontre forças para reconstruir seu papel na História. Mas esta é impiedosa quando os atores ficam aquém do que o momento exige.

Há outros caminhos. Nem preciso voltar a falar de impeachment, dos cuidados que ele requer. Essa medida não deve ser objeto de desejo, mas pode brotar de investigações e fatos. Que há este caminho há, se não agora, mais à frente, pois é fragilíssima a aliança de conveniências que ora se vê entre a presidência da Câmara e a Presidência da República. Iniciado o impeachment, ou a presidente demonstra que ainda tem forças para se recuperar, ou se dá a substituição dentro da lei. Isso sem falar que o Tribunal Superior Eleitoral pode vir a esbarrar em fatos incontornáveis que levem à convocação de eleições antecipadas.

Mas este não é o ponto central deste artigo. Seja qual for o caminho de superação do impasse, com ou sem a presidente, precisamos promover a coesão nacional, incluindo todos aqueles dispostos a fazer as mudanças necessárias. Primeiro, no sistema partidário-eleitoral. Segundo nas contas públicas, inclusive as da Previdência. Terceiro, na burocracia, para fazer valer a impessoalidade e o profissionalismo, eliminando o sectarismo ideológico e a incompetência. E por aí segue, com uma condicionante geral: nada a preço de silenciar a Justiça e entorpecer a Lava-Jato e outras investigações em curso.

Não é o momento de pensar no “meu” interesse, nem no partidário, mas, sim, no do povo que está perdendo emprego e renda, e nos interesses do Brasil, que está perdendo lugar no mapa dos países com futuro promissor. O Brasil espera grandeza

“Uma escolha e duas tragédias”, por José Serra

serra-interna1-300x213Há duas tragédias na vida. A primeira é não obter o que seu coração mais deseja. A segunda é obter. (G. Bernard Shaw)

Não há como deixar de abordar os dois temas que desassosseguem a opinião pública: a crise econômica e o impeachment. E com toda razão.

A atual crise econômica é a pior que já tivemos no Brasil contemporâneo. A previsão de queda do PIB acumulado em 2015/16 é de pelo menos 6,5%; no período serão destruídos cerca de 3 milhões de empregos com carteira assinada. A contração dos investimentos no triênio 2014/2016, prevê-se, será de 30%! A queda da produção industrial, cerca de 18%. Some-se, ainda, nessa equação uma inflação superior aos 10% ao ano.

Entre parênteses, a participação da indústria no PIB voltou ao nível de meados dos anos 40. A marcha de desindustrialização segue em frente, promovida pelos governos petistas. Não me parece injusto repetir o que já disse no Senado: o PT é a vanguarda do atraso.

Em relação às finanças públicas, a situação é desesperadora: em 2015 o déficit nominal saltou para 10,5% do PIB, vindo de 6,2% em 2014. Em dinheiro: de R$ 344 bilhões para R$ 630 bilhões de reais! A despesa com juros aumentou em R$ 200 bilhões.

A responsabilidade original por esse desastre cabe ao presidente Lula, que, em seu segundo mandato, jogou fora os frutos da bonança externa. Entre 2002 e 2008, o país ganhou U$100 bilhões por conta da melhora de preços do nosso comércio exterior, mas isso literalmente foi torrado em bens de consumo importados, turismo externo e expansão alucinada dos gastos correntes do governo.

Foi Lula, nesse período, quem consagrou a filosofia macunaímica que plasma a alma petista: “Investimento? Produtividade? Ai, que preguiça!” A economia seria como uma clara de ovo, que basta chacoalhar para crescer. “Emagreça comendo, exercite-se deitado, aprenda inglês dormindo”. Resultado: no final do segundo governo Lula, o Brasil tinha uma taxa de câmbio supervalorizada, a maior carga tributária entre os emergentes, déficit em conta corrente em rápida ascenção e era um dos cinco países entre os emergentes que menos investia em infraestrutura (em proporção do PIB).

Sob a presidência de Dilma, a farra foi perdendo fôlego: fim da bonança externa, piora da situação fiscal e incapacidade do petismo – e do governo, em particular – de lidar com a economia em declínio. Um erro antológico foi a desoneração previdenciária das folhas de salário, empinando o déficit fiscal sem aumentar os investimentos desses setores. Sua inépcia e sua má ideologia inviabilizaram o aumento da presença do setor privado nos investimentos de infraestrutura. Mais ainda, o governo capitaneou os investimentos megalomaníacos e mal feitos da Petrobrás e promoveu contenção eleitoreira dos preços administrados de energia elétrica e combustíveis, criando desequilíbrios que, depois da eleição de 2014 levariam ao estouro da Inflação e à contração da economia/emprego.

Dilma começou seu segundo mandato sem aquele mínimo crédito de confiança necessário a um novo governo num contexto de crise. Tudo só piorou ao longo do ano – produção, emprego, contas fiscais e sustentação no Congresso – esta última altamente correlacionada com a perda de popularidade da presidente.

Outro fator negativo foi a deterioração das políticas sociais, com destaque para o atendimento à saúde, hoje a segunda maior aflição das pessoas, depois da corrupção. O setor já vinha sofrendo danos na era petista: má gestão, falta de prioridades, surtos de corrupção. O desabamento da arrecadação da União, assim como dos estados e dos municípios, que têm participação dominante no SUS, representou um golpe fatal para o setor ao longo de 2015.

Na economia, a contrapartida da rejeição popular foram as expectativas pessimistas dos agentes econômicos, que se retroalimentam numa espiral negativa. De um lado, não se investe por causa dessas expectativas. Do outro, a contração dos investimentos e do gasto privado piora a situação econômica. Hoje, ninguém acredita que Dilma tenha ou venha a ter capacidade para enfrentar a crise. Não é por menos que a ruptura entre a presidente e seu vice e o início do processo de impeachment fizeram o dólar cair e a bolsa subir. Até as ações da Petrobrás subiram em Nova York.

O quadro econômico, social e político é o pano de fundo do juízo político que a Câmara fará, ao admitir ou não as acusações de crime de responsabilidade contra a presidente, bem como do julgamento do Senado, caso a Câmara admita as acusações. Ou seja, a matéria irá além da simples qualificação jurídica. Diz respeito, também, a uma crise política de sérios contornos.

O Congresso deve trabalhar para que o processo do impeachment ande sem delongas, de maneira séria, e seja concluído o quanto antes.

O lulopetismo já naufragou. Estamos na transição para outro ciclo político e vivemos, por isso, o pior dos mundos: o velho se foi e o novo ainda não surgiu. Uma fase especialmente mórbida da história brasileira.

Se o impeachment acontecer, o day after está esboçado: assume o vice-presidente Michel Temer, que se empenhará em formar um governo de união nacional para restabelecer a estabilidade política e enfrentar a crise.

Se não houver o impeachment, realiza-se o que o coração da presidente Dilma mais deseja: sua continuidade no cargo, mesmo que seja por um número pequeno de votos. O mínimo é de 171 deputados, mas digamos que obtenha 200…

O governo Dilma permanecerá sem crédito de confiança e sem sustentação política, sem levar em conta sua carência crônica de aptidão administrativa e sua alienação sobre o que deve ser feito. O day after será apenas a reiteração enjoativa do pesadelo que experimentamos em vigília.

A tragédia 1, que terá sido evitada para Dilma, dará lugar à tragédia 2: o prolongamento do retrocesso mórbido e desestabilizador, com Dilma no centro de tudo.

É hora de a presidente encarar as duas tragédias que a espreitam: salvar-se, mantendo o país acorrentado na desesperança; ou deixar o mandato, criando a possibilidade de que o Brasil, com alguma sorte e juízo de suas lideranças, consiga retomar os caminhos do desenvolvimento.

*Artigo do senador José Serra (PSDB-SP) publicado, nesta quinta-feira (10/12/2015) no jornal O Estado de S. Paulo

 

“As razões colocadas hoje são suficientes para o impeachment de Dilma, mas o debate no país não pode se restringir a isso”, diz FHC após reunião com líderes

img_2819Brasília (DF) – A coesão do PSDB em torno do sentimento de que o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff ganha força a cada dia foi reforçada nesta quinta-feira (10/12), após reunião entre governadores tucanos e líderes do partido. O ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso ressaltou que as razões colocadas hoje são sim suficientes para o impeachment da petista, mas o debate no país não pode se restringir a isso.

“O tema do dia, obviamente, é: haverá impeachment da presidente da República? Acho que a preocupação do Brasil e dos brasileiros não para nisso. Há muitas coisas que precisamos mudar no Brasil. A começar, o comportamento ético”, disse.

O presidente de honra do PSDB elencou uma série de pontos que precisam ser discutidos com a sociedade brasileira. Entre eles o sistema eleitoral que não funciona por conta de uma proliferação “insustentável” de partidos, a desordem orçamentária que exige regras específicas que controlem os gastos do governo, e a incapacidade mostrada pelo país de resolver, de forma satisfatória, a questão da previdência.

“Esses são os pontos que eu acho que o PSDB deve começar a cogitar para discutir com o Brasil, e não simplesmente discutir a questão do impeachment”, salientou.

Ainda assim, Fernando Henrique destacou que as razões colocadas pela sociedade são sim suficientes para o impeachment da petista. “Você desrespeitar, reiteradamente, a lei de responsabilidade social tendo em vista benefícios eleitorais, já que houve muita abundância de recursos laterais para uso de programas sociais no ano de eleição, é uma razão consistente se houver clima político. Essa é a questão. Se esse clima se formar, há as razões”, acrescentou.

Convergência

Além do ex-presidente da República, participaram da reunião o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, os seis governadores tucanos – Geraldo Alckmin (SP), Beto Richa (PR), Marconi Perillo (GO), Pedro Taques (MT), Reinaldo Azambuja (MS) e Simão Jatene (PA) – o senador José Serra (SP) e os líderes do partido na Câmara, Carlos Sampaio (SP), e no Senado, Cássio Cunha Lima (PB).

Para Fernando Henrique Cardoso, o encontro evidencia a convergência do PSDB, em um momento em que o país vive uma crise econômica e social sem precedentes.

“O clima atual é de que o governo está muito paralisado. Um país como o Brasil, que tem tantos problemas pela frente, não pode ficar esperando que as coisas se resolvam por si. É preciso que haja ação política, e ação política requer que os partidos e, no caso, o PSDB, se comprometam com o Brasil para dizer o que nós queremos no futuro, qual é o Brasil que nós realmente queremos construir”, completou o tucano.

 

Após reunião com FHC e governadores, Aécio anuncia que PSDB está coeso em relação ao impeachment e ciente de sua responsabilidade

coletiva-senador-aecio-neves-101O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, se reuniu em Brasília, com todos os governadores do partido, com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e com os líderes na Câmara e do Senado para avaliar o agravamento da crise política. Após a reunião, Aécio afirmou que há um sentimento dominante no partido de que as razões para a aprovação do impeachment da presidente Dilma Rousseff são consistentes e que o processo ganha força a cada dia.

“Há um sentimento hoje em todo o PSDB de que o processo de impeachment da presidente da República ganha força. E o esforço do PSDB é para que esse debate, essa discussão, se dê dentro daquilo que propõe a peça assinada pelo ex-ministro Miguel Reale, pelo jurista Hélio Bicudo e pela advogada Janaína. A discussão tem que se dar em torno da acusação de que a presidente da República cometeu crime de responsabilidade. Ela deve ter todo o direito a defesa, mas há um sentimento hoje convergente dentro do PSDB de que as razões objetivas para que o impeachment venha a ser aprovado pela Câmara dos Deputados e depois pelo Senado estão colocadas”, afirmou o senador Aécio Neves.

A declaração foi dada após reunião com os governadores de São Paulo, Geraldo Alckmin; do Paraná, Beto Richa;, do Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja; de Mato Grosso, Pedro Taques; do Pará, Simão Jatene; e de Goiás, Marconi Perillo; na sede da Executiva Nacional do PSDB em Brasília. Além dos governadores e de FHC, participaram do encontro os líderes do partido na Câmara, Carlos Sampaio, e no Senado, Cássio Cunha Lima, o senador José Serra, e o vice-líder na Câmara, Nilson Leitão.

Na entrevista, o senador também afirmou que o partido vai apoiar os movimentos de rua favoráveis ao impedimento da presidente Dilma. Aécio ressaltou que é importante que a chefe do Executivo tenha amplo direito à defesa, mas que a petista precisa parar de apresentar justificativas para acusações que não pesam contra ela, numa tentativa de desviar o foco de ter cometido crime ao desrespeitar a Lei de Responsabilidade Fiscal, conforme apontaram os ministros do Tribunal de Contas de União (TCU) ao apreciar as contas da presidente.

“Estaremos, portanto, apoiando os movimentos de rua e apoiando os movimentos favoráveis ao impeachment, mas com absoluta serenidade. Não queremos transformar isso em um grande Fla-Flu. Existe, hoje, no Brasil, pleno estado de direito, os pilares básicos para que essa proposta fosse colocada em votação existem, e nós temos que ter a serenidade para discuti-la não como vem fazendo a presidente da República, se defendendo de acusações que não lhe são feitas e se omitindo em relação àquelas que foram formalizadas em relação a ela”, ressaltou.

O senador Aécio Neves destacou também que a avaliação das principais lideranças do PSDB é de que a presidente Dilma perdeu as condições de enfrentar a grave crise política e econômica na qual o governo dela mergulhou o Brasil.

“O PSDB está absolutamente coeso, convergente, sabendo da sua responsabilidade hoje e no futuro e a nossa percepção final é de que a presidente da República vem, dia a dia, perdendo as condições de enfrentar essa crise e tirar os brasileiros das profundezas na qual o governo do PT e ela própria nos colocou. Portanto, é uma reunião para afinar a orquestra, nós estaremos, cada vez mais, conversando e convergindo no sentimento de que cabe à presidente da República dar respostas formais e definitivas às acusações que lhe são feitas, e não continuar a responder à acusações que jamais lhe foram feitas”, disse Aécio Neves.

Impeachment não é golpe

O presidente nacional do PSDB voltou a rebater declarações dadas por Dilma e seus aliados de que o processo de impeachment é uma ameaça à democracia. Aécio foi contundente ao afirmar que o impedimento da presidente da República está previsto na Constituição brasileira no caso de cometimento de crime de responsabilidade, e é justamente essa acusação que pesa contra a petista.

“Não podemos aceitar que um processo como esse, previsto na Constituição, que segue o rito adequado previsto no regimento do Congresso Nacional possa ser acusado de um movimento golpista. Não é. O que nós estamos decidindo no Brasil hoje é se a Lei vale para todos, inclusive para a presidente da República. É essa a resposta que os brasileiros aguardam”, disse o senador Aécio Neves.

 

Agenda Tucanafro Dezembro

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Marcos Nascimento e os representantes do Tucanafro Vitória, Guilherme, Jô e Zé Renato

O presidente estadual do Tucanafro, Marcos Nascimento, Kalunga, estará no próximo dia 12 (sábado) nos municípios de Conceição da Barra, São Mateus e Jaguaré para a organização do secretariado da militância negra nos respectivos municípios. Em menos de dois meses o Tucanafro já estruturou dez executivas municipais no Espírito Santo.

Para Kalunga, “estamos trabalhando na estruturação do segmento de negros do PSDB no Espírito Santo. Acreditamos que somente com o diálogo e com a formulação de políticas públicas poderemos enfrentar os inúmeros desafios que estão a nossa frente. O ES está no ranking dos estados que mais matam jovens negros na América Latina, e em pleno século XXI, o Brasil ainda é um país extremamente racista. Desenvolvemos o planejamento estratégico de ações para o enfrentamento dessa realidade preocupante”, sentenciou o presidente.

SERVIÇO

Posse da executiva municipal Tucanafro Conceição da Barra
HORÁRIO: 10 horas 
LOCAL: Carangueijão 

Posse da executiva municipal Tucanafro São Mateus 
HORÁRIO: 15 horas 
LOCAL: Quilombo Morro da Arara

Posse da executiva municipal Tucanafro Jaguaré
HORÁRIO: 19 horas 
LOCAL: Sede do PSDB Jaguaré 

 

Assessoria de Comunicação PSDB ES

Texto: Isadora Fadini
Coordenação: Rafael Aquino

“O Zika vírus e a cidadania”, por Luiz Paulo Vellozo Lucas

Luiz-Paulo-Vellozo-Lucas1-George-GianniÉ uma situação dramática e difícil. Não é hora de apelos fáceis e discursos estilo embromation. É hora de mobilização e ação. Vivemos uma epidemia do Zika vírus, acompanhada – por ter o mesmo transmissor – de grande incidência de dengue e da chikungunya.

O governo do Espírito Santo – diante de mais essa dificuldade, e foram diversas ao longo desse annus horribilis – decretou situação de emergência na saúde pública e começou a mobilização das prefeituras de todos os municípios do estado. Além disso, solicitou ao governo federal a inclusão do repelente na Relação Nacional de Medicamentos (RENAME), a cessão imediata de 50 mil unidades de repelente e o fornecimento de insumos e equipamentos para a realização de exames no Laboratório Central da Secretaria Estadual de Saúde, solicitou, ainda, o apoio do exército para ações de combate ao Aedes Aegypti.

A hora é de mobilização total. Para além das equipes que já fazem esse trabalho de combate ao vetor de transmissão nos municípios, precisamos mobilizar todos os cidadãos num esforço cotidiano de checagem de suas casas, bem como das ruas em que vivem e/ou trabalham. Terrenos baldios, veículos abandonados, garrafas plásticas, pneus, tudo isso e muito mais podem servir de criadouros para o mosquito.

O papel das organizações da sociedade é imprescindível. Igrejas, associações de moradores, sindicatos, ONGs, todos podem fazer sua parte. Mobilizando seus membros e agindo nas suas regiões.

O risco para a saúde é muito grande, para além das febres e dores para os três tipos de doença, mas a inflamação das juntas no caso da Chikungunya. O risco é de vida, e, ainda, de causar – no caso do Zika vírus – a microcefalia e a Síndrome de Guillain-Barré.

Só a compreensão de cada um de nós da importância de não permitirmos a reprodução do Aedes Aegypti permitirá que contenhamos as doenças e, de quebra, que temos efetivamente cidadãos mobilizados e responsáveis pelas suas vidas e compromisso com as dos demais.

Luiz Paulo Vellozo Lucas, é dirigente da Executiva Estadual e ex-presidente nacional do ITV