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“Não é um pedido das oposições, mas do Brasil”, diz líder do PSDB sobre novo pedido de impeachment

22334156806_3ba72ef64c_kLíderes da oposição (DEM, PSDB, PPS e Solidariedade) entregaram na manhã desta quarta-feira (21) ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), um novo pedido de impeachment da presidente Dilma. Com 64 páginas, o documento é assinado pelos juristas Hélio Bicudo, Miguel Reale Jr e Janaina Paschoal e tem o apoio de mais de 40 movimentos de rua contra a corrupção. “Este não é um pedido das oposições, mas do Brasil e reflete o sentimento da nação”, disse o líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP). Outros tucanos, como o líder da Oposição, Bruno Araújo (PE), acompanharam a entrega, assim como integrantes dos movimentos de rua e Maria Lúcia Bicudo, filha de Hélio Bicudo.

CONFIRA A ÍNTEGRA DO NOVO PEDIDO DE IMPEACHMENT

De acordo com o tucano, o novo pedido está num formato regimentalmente adequado e também corresponde às expectativas de recente decisão do Supremo Tribunal Federal relacionada ao tema. “Nós estamos confiantes de que o presidente da Casa tem todos os elementos necessários para deferir o pedido de impeachment”, disse o líder. Conforme lembrou, o Brasil hoje é governado pelo Partido dos Trabalhadores, que tem em sua história dois ex-presidentes, dois ex-tesoureiros, um presidente da Câmara e um vice presos.

“É um partido que tem a marca da corrupção. Esta mesma marca está impregnada no governo federal e, por essa razão, pela prática de crimes de responsabilidade, que nós apresentamos esse novo pedido”, completou Sampaio. Segundo ele, Dilma teve a “desfaçatez” de dizer no exterior que em todo o seu governo não tem corrupção. “Ela se confundiu. O que ela quis dizer é que em toda essa corrupção não há governo, há um desgoverno completo”, completou.

Ao lado de integrantes dos movimentos de rua, o deputado Marcus Pestana (MG), disse que, ao lado de juristas conceituados, dos movimentos de rua e da oposição, o PSDB não dará tréguas a Dilma. “Há uma combinação explosiva entre crise econômica gravíssima, o maior escândalo da nossa história e pedaladas fiscais , que configuram crime de responsabilidade. Isso tudo leva a nossa população à desesperança, mas não podemos nos abater. O Brasil é muito maior que o governo Dilma”, destacou.

Crime de responsabilidade

Os deputados usaram um carrinho para levar três arquivos com provas para o impeachment. O pedido, subscrito pelo advogado Flávio Costa Pereira, pede a saída de Dilma do cargo de presidente e a perda dos direitos políticos por oito anos por conta da prática de crime de responsabilidade. Entre os fatos que embasam o novo texto estão informações oferecidas pelo Ministério Público, junto ao Tribunal de Contas da União, que comprovam que as chamadas “pedaladas fiscais” prosseguiram em 2015. Essas manobras foram um dos principais motivos que levaram o TCU a rejeitar as contas do governo Dilma do ano passado por unanimidade.

Representantes do MBL informaram que vão acampar em frente ao Congresso Nacional para pressionar os parlamentares pelo impeachment de Dilma. Para Maria Lucia, é preciso que esses movimentos de rua atuem para mudar o Brasil. “Já disse Ulysses Guimarães: maior que a urna é a praça pública. Então nós temos que ir às ruas, lutar por esse ideal, por um Brasil melhor sem corrupção”, defendeu.

Já Fernando Holiday, coordenador nacional do Movimento Brasil Livre, avisou: o povo brasileiro não desistiu do impeachment e muito em breve esses movimentos convocarão manifestações novamente. “O povo clamou por justiça, e quando ela chegar no centro do poder do nosso país, será vestida de impeachment e expurgará da presidência da República o partido que tanto fez mal ao povo brasileiro”, apontou.

Tramitação

Logo após a entrega do pedido, lideranças da oposição se reuniram com o presidente da Câmara para buscar agilizar a deliberação sobre esse novo pedido. De acordo com o líder do DEM, Mendonça Filho (PE), há uma expectativa de que STF aprecie logo em Plenário as liminares concedidas a deputados governistas em relação ao trâmite do processo. Caso isso não ocorra, a oposição defende a tese de que se coloque em vigência tudo aquilo que foi aplicado durante o impeachment do então presidente Fernando Collor de Melo, com base na Constituição, na Lei 1079/50 e no Regimento Interno da Câmara.

Do PSDB na Câmara

 

“O Bolsa ou a Vida”, análise do ITV

cartao-bolsa-familia-480x320O governo e sua turma no Congresso parecem ter encontrado sua receita para enfrentar o caos social que se instala no país no rastro da crise econômica: cortar benefícios, a começar por uma tesourada sangrenta no Bolsa Família. O partido que sempre se apresentou como paladino dos pobres dedica-se agora a dizimá-los sem dó.

A intenção de cortar 35% do valor do Bolsa Família no ano que vem partiu do relator do Orçamento no Congresso, o deputado Ricardo Barros (PP-PR). Isso significa limar R$ 10 bilhões do programa e afetar cerca de 16 milhões de pessoas.

Até agora, oficialmente Dilma Rousseff não desautorizou o parlamentar, integrante da base que a apoia no Parlamento. O tema foi tratado ontem pelos aliados no Congresso numa reunião com o ministro Ricardo Berzoini. Mais tarde, do governo apenas o Ministério do Desenvolvimento Social repudiou publicamente a iniciativa.

A proposta do relator responde à necessidade de enfrentar um problema que o próprio governo da presidente Dilma criou: reequilibrar o orçamento da União para 2016, que, pela versão original remetida pelo Executivo ao Congresso, terá um déficit de R$ 30,5 bilhões. Não há o que a justifique, contudo.

O problema é que bem gerir os recursos públicos, com equilíbrio e, sobretudo, com justiça social é tudo o que a gestão Dilma tem demonstrado não saber fazer. Tenta-se toda sorte de malabarismos para que o orçamento de 2016 não feche, pelo terceiro ano seguido, no vermelho. Por ora, só se cogitaram aumentos de impostos e cortes sociais.

Depois do rombo de R$ 32 bilhões em 2014, um novo déficit neste ano também passou a ser dado como certo, e deve ser oficializado até esta quinta-feira. Em pouco mais de um ano, o governo passou do compromisso de produzir um superávit de 2% do PIB – quando, em agosto de 2014, enviou a LDO de 2015 para o Congresso – para o fracasso de entregar um rombo que pode ultrapassar 1% do PIB.

Em valores, significa ter iniciado com a previsão de uma sobra de R$ 115 bilhões e acabar com um buraco que pode alcançar R$ 90 bilhões. Qualquer dona de casa que erre assim nas contas está condenando sua família à morte, a mesma ameaça que a insensibilidade oficial agora coloca sobre milhões de cabeças pelo país afora.

O Bolsa Família é a vítima da hora de cortes em série que vêm ocorrendo na área social patrocinados por Dilma. Saúde e educação produzem as maiores fatias do arrocho, a habitação popular praticamente deixou de existir e as mais vistosas vitrines exibidas pelo PT em suas propagandas eleitorais foram definitivamente estilhaçadas.

É simplesmente inaceitável que a conta do descalabro fiscal cevado pelo PT ao longo destes últimos anos recaia sobre os brasileiros que menos têm e que mais necessitam do suporte do Estado. Que o governo e sua base busquem outras fontes de dinheiro para suas maldades. Antes de condenar à penúria absoluta quem mais precisa, que cortem na carne da balofa máquina pública inchada pelo petismo.

PSDB Conceição da Barra organiza segmentos

psdbesA executiva municipal de Conceição da Barra se reúne nesta sexta-feira (23), às 17 horas, para empossar a nova diretoria da juventude tucana e o secretariado do PSDB Mulher no município. O evento acontecerá na sede do partido.

Também será apresentada a chapa completa de pré-candidatos a vereador e o pré-candidato à prefeitura Francisco Benhard Vervolet (Chicão).

Para Mervaldo de Oliveira, secretário municipal, “a militância da juventude e a garra das mulheres são fundamentais no processo de construção de projetos e políticas públicas. A organização dos segmentos do PSDB no município é fundamental e parabenizamos a executiva estadual por incentivar essa estruturação.” afirmou. 

O evento terá um momento para filiação. 

 

 

“Desfazer o nó lulopetista”, por José Aníbal

jose-anibal-foto-divulgacaoNo seminário sobre Energia realizado pelo Instituto Teotônio Vilela (ITV), semana passada, no Rio de Janeiro, um dos palestrantes, a propósito da inação e inércia do governo, disse que “pessoas desorientadas nunca fazem coisas boas”. Por isso, nas qualificadas apresentações de propostas sobre iniciativas urgentes para sair da crise, não foi considerada a hipótese de alguma nova tecnologia para armazenamento dos ventos!

Falar de energia é falar com todos os brasileiros. Afinal, a conta da bancarrota do setor está sendo paga por toda população. Cada família de milhões de brasileiros recebe mensalmente a visita indesejada de Dilma por meio da conta de luz implacavelmente aumentada, expropriando parte expressiva da sua já minguada renda. Uma apropriação indébita que não tem paralelo em nossa história, da ordem de 2, 3, 4 ou mais por cento sobre o suado ganho mensal. Contas que passaram de 40 para 80 reais, de 70 para 150, de 110 para 225. Um verdadeiro assalto para compensar o momento de insanidade voluntarista da presidente com propósito meramente eleitoreiro. Ela disse que estava mudando para diminuir a conta. Aconteceu ao contrário, como sempre, quando se trata de Dilma e do lulopetismo.

O desastre do setor elétrico que pagamos mês a mês, por si só seria motivo para condenar Dilma por crime de responsabilidade. Semelhante ao que cometeu com sua cumplicidade no assalto à Petrobrás, aos bancos públicos, aos fundos de pensão, à corrupção endêmica. As pedaladas foram (são) o artifício criminoso para enganar. Quanto a Lula, as denúncias sobre filhos, nora, compadre, apartamentos, sítios, tráfico de influência, enriquecimentos suspeitos se multiplicam. O fato é que Dilma, Lula e o PT quebraram o Brasil.

O impacto de todos os desmazelos que se ampliam a cada dia, sem perspectiva de mudança, justifica a terrível perspectiva de que não só 2015 acabou, mas também 2016 será um ano perdido. Perdido para o Brasil, perdido para os brasileiros. Desemprego, empresas quebrando, investimentos zerados, PIB de menos 3%, projetos adiados, inflação de 10%, sonhos desfeitos.

No dia a dia, a população vai sendo tomada por sentimentos de medo, paralisia, desamparo, desesperança e revolta. Pior, por algo para o qual ela nada fez, salvo confiar no que se revelou, em seguida, um estelionato. Dez longos meses passados da posse de Dilma, tudo se agrava. Na arena política, os embates se sucedem expondo o lamaçal que a presidente amplia a cada dia com negociações espúrias envolvendo qualquer naco de poder, inclusive os propiciados pelo Ministério da Saúde.

Paralelamente, Lula, sempre ele, com a retórica malandra que lhe é peculiar, opera para que a desagregação de Dilma continue sob controle. Tempo ao tempo enquanto o personagem central do drama, o povo brasileiro, vai ficando à mercê do prolongamento dos horrores da crise.

Sabemos o que quer o governo. Operar com o rebaixamento geral das expectativas, empurrando do jeito que der o dia a dia da crise, atuando para que o “somos todos iguais”, ao fim e ao cabo, prevaleça. É aí que Lula, tutelando Dilma, mas sem se confundir com ela, deposita suas expectativas. Se der certo, vai inventar uma narrativa qualquer para se posicionar à frente.

As oposições tem que fazer o que é necessário e certo para resgatar a credibilidade e a confiança dos brasileiros. À luta política no Parlamento, é urgente associar a interlocução com os movimentos da sociedade que se manifestam e descreem neste governo para sair da crise. A legítima exasperação quanto à imprevisibilidade do que ocorre na arena política, certamente encontrará um caminho mais promissor na sintonia com uma sociedade que pode tornar a relativa paralisia, numa ação consequente, audaciosa e democrática para desfazer o nó lulopetista.

Presidente nacional do Instituto Teotônio Vilela e senador suplente pelo PSDB-SP. Foi deputado federal e presidente nacional do PSDB. Publicado no Blog do Noblat, em 21/10/2015

Oposição protocola novo pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff

O protocolo de um novo pedido de impeachment contra a presidente da República Dilma Rousseff foi entregue na manhã desta quarta-feira (21/10) na Câmara dos Deputados. O documento é assinado pelos juristas Hélio Bicudo, Miguel Reale Júnior e Janaína Conceição Paschoal, com anuência dos movimentos Brasil Livre, Contra a Corrupção e Vem Pra Rua.

O pedido pede a saída de Dilma do cargo de presidente por conta da prática de crime de responsabilidade. Entre os fatos que embasam o novo texto estão informações oferecidas pelo Ministério Público, junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), que comprovam que as chamadas “pedaladas fiscais”, que levaram o Tribunal de Contas da União (TCU) a rejeitar as contas do governo Dilma do ano passado, prosseguiram em 2015.

“O Brasil está mergulhado em profunda crise. Muito embora o governo federal insista que se trata de crise exclusivamente econômica, na verdade, a crise é política e, sobretudo, moral”, destaca o novo texto do pedido de impeachment.

Por unanimidade, o TCU rejeitou as contas do governo federal referentes a 2014 em razão das mesmas manobras contábeis que continuam sendo usadas este ano para maquiar as contas públicas.

Confira a íntegra do novo pedido de impeachment.

PSDB Jaguaré promove palestras sobre “Crise hídrica” e “Desenvolvimento Regional” neste sábado (24)

PSDB-JAGUARECom o objetivo de promover o debate e apontar soluções para as questões sociais, hídrica e econômica do município, o PSDB Jaguaré realiza no próximo sábado (24), evento que contará com palestras ministradas pelo vice-governador César Colnago e pelo dirigente tucano e ex-prefeito de Vitória Luiz Paulo Vellozo Lucas. O encontro será no Rotary Club a partir das 0 9 horas.

Colnago abordará o tema “A crise hídrica e suas consequências na produção agrícola”, uma das questões mais relevantes atualmente no Espírito Santo.

Já Luiz Paulo falará sobre “Desenvolvimento Regional em tempos de crise”, outra importante temática tendo em vista o cenário econômico que os estados e municípios enfrentam.

Participarão do encontro, além de filiados e militantes, os presidentes dos diretórios municipais de Pedro Canário, São Mateus, Linhares, Conceição da Barra, Sooretama, Nova Venécia e Vila Valério, municípios que compõe o PSDB Regional Norte.

Para Manoel Bezerra, presidente municipal, é fundamental o debate para a construção de políticas públicas que atendam as demandas da sociedade.
“É de suma importância o debate proposto por nossas lideranças, que abordam assuntos de interesse da população jaguarense. Partimos do pressuposto de discutirmos e planejarmos políticas públicas para o nosso município, para enfrentarmos os atuais e futuros desafios. O PSDB Jaguaré está ouvindo a população e planejando ações conjuntas com as instituições e lideranças municipais, estaduais e federais. Nosso objetivo é apresentar um projeto de governo viável que mude o rumo de nosso município.” afirmou Bezerra.

O evento também contará com momento de filiação.

AGENDA

Evento PSDB Jaguaré

Palestra “A crise hídrica e suas consequências na produção agrícola” com César Colnago
Palestra “Desenvolvimento Regional em tempos de crise” com Luiz Paulo Vellozo Lucas

Dia: 24 de Outubro (sábado)
Horário: 09 horas
Local: Rotary Club

 

Relatório da CPI da Petrobras não atende expectativas da população, lamentam tucanos

22128382038_272da31093_k-300x199Deputados do PSDB acreditam que o relatório apresentado na CPI da Petrobras ficou aquém das expectativas da oposição e da sociedade. O texto do relator, deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), classifica de “injusta” a hipótese de corrupção institucionalizada na estatal.

A reunião foi suspensa e a votação do relatório, assim como dos destaques e possíveis votos em separado, se dará até o fim da semana. O prazo da CPI, que funcionou por oito meses, termina na próxima sexta-feira (23), caso não seja prorrogada.

Para o deputado Bruno Covas, o relatório é fraco por insistir na tese de que não houve propina e de que nenhuma autoridade tinha conhecimento do esquema. “Ao insistir que o cartel operou sem distribuição de recursos ilícitos aos partidos que nomearam os gestores, o relator faz o jogo do PT e do governo”, lamentou.

O texto do relator faz críticas à Operação Lava Jato, não cita pedidos de indiciamento e afirma que “não há menção sobre o envolvimento dos ex-presidentes da Petrobras José Sérgio Gabrielli e Graça Foster ou de ex-conselheiros da estatal, como a presidente Dilma Rousseff”, nem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O petista questiona a afirmação de houve “corrupção institucionalizada” na Petrobras e o “excesso de delações premiadas” homologadas pela Justiça. O relatório questiona as conclusões da Polícia Federal e do Ministério Público sobre o pagamento de propinas por meio de doações oficiais de campanha a partidos políticos.

O deputado Antonio Imbassahy (BA), 1º vice-presidente da comissão de inquérito, afirma que é inaceitável isentar Dilma da responsabilidade pelo esquema de corrupção. Segundo ele, o relatório precisa deixar claro que o governo do PT instalou uma organização criminosa na Petrobras. “Lula e Dilma nomeram diretores para fazer um esquema de divisão de propina nos contratos realizados entre a Petrobras e empresas fornecedoras”, completou o tucano. Para Imbassahy, o relatório é incipiente e precisa de avanços.

O deputado Luiz Sérgio incluiu no relatório alguns itens sugeridos por integrantes da CPI, entre eles o indiciamento de ao menos 70 pessoas. No entanto, nomes importantes ficaram de fora.

Em seu parecer setorial, Bruno Covas pediu a responsabilização dos ex-presidentes da Petrobras José Sérgio Gabrielli e Graça Foster, além da presidente Dilma Rousseff, que presidiu o Conselho de Administração da empresa. O tucano analisou o caso da Transportadora Gasene, uma sociedade de propósito específico (SPE) criada para construir o gasoduto que liga o Espírito Santo à Bahia, com 1,3 mil quilômetros de extensão.

Uma auditoria do TCU apontou que a empresa foi criada para burlar a legislação. O TCU também concluiu que a Petrobras teve o real controle das obras do gasoduto. Segundo a Operação Lava Jato, os contratos relativos às obras renderam propinas a diretores das empresas e a agentes políticos.

 

“Mais uma pizza de piche”, análise do ITV

petrobras-sede-300x163Uma das especialidades petistas é achincalhar as instituições. O rol inclui todas as que podem causar algum constrangimento às ações do partido e, principalmente, aquelas que são importantes instrumentos de fiscalização e controle das atividades de governo. Assim tem sido com as comissões parlamentares de inquérito, as antes temidas CPIs.

Neste exato momento, o PT está empenhado em enterrar mais uma: a da Petrobras. O relatório apresentado ontem pelo deputado petista Luiz Sérgio é um escárnio do começo ao fim. Nas 754 páginas do documento, faltou pouco para o ex-ministro de Dilma afirmar que o petrolão jamais existiu. O resto, ele fez.

Para começar, a Petrobras é apresentada como “vítima de atos de corrupção cometidos por alguns diretores e gerentes e por ação de um grupo de empreiteiras”. Segundo o relator, ainda à página 635 do texto divulgado ontem, “as ações ilícitas foram isoladas, não sendo possível afirmar a existência de ‘corrupção institucionalizada’”.

Segundo a visão malcheirosa apresentada pelo relator, pelo visto bagrinhos se organizaram em conluio de pé de ouvido com empresas maldosas para assaltar a empresa. Como explicar que esta espécie de ação entre amigos, a prevalecer o texto de Luiz Sérgio, redundou num assalto calculado pelo Ministério Público, até agora, em R$ 20 bilhões?

Também desaparece da história, na versão fabulosa do petista, a ponta mais relevante do esquema: o desvio de recursos públicos para partidos políticos, em especial o PT. Até os percentuais eram conhecidos – 3% dos contratos, a maior parte deles para os petistas – mas, segundo o relator, a “tese” de que o dinheiro sujo irrigou caixas partidários e campanhas é “duvidosa” (p. 619). Vale lembrar que as mesmíssimas suspeitas são alvo, inclusive, da Justiça Eleitoral e podem levar à impugnação da chapa Dilma-Temer.

Ainda de acordo com a fábula petista, ninguém que realmente tinha poder de mando na estatal teve qualquer responsabilidade sobre o maior escândalo de corrupção da história. Saem incólumes os presidentes da companhia à época do esquema, mas também a presidente do conselho de administração da Petrobras durante quase todo o período do assalto: Dilma Rousseff.

Não satisfeito em ignorar a realidade para tentar construir uma farsa, o relator dedica-se a buscar implodir o trabalho de quem realmente está conseguindo desbaratar a roubalheira: a Operação Lava Jato. A delação premiada, instrumento que tem levado às principais descobertas até agora, é atacada e deveria ser mudada, sugere Luiz Sérgio. Para ele, “o excesso de delações premiadas pode levar à impunidade” (p. 587).

Depois de oito meses de trabalho, a CPI da Petrobras caminha para terminar seguindo o mesmíssimo script da comissão mista que funcionou até dezembro do ano passado: em uma indigesta pizza de piche. É mais que válida, portanto, a intenção da oposição de apresentar um relatório alternativo, a fim de que a realidade prevaleça sobre a ficção que o PT adoraria que, mais uma vez, vingasse.

 

Cortes de Dilma em programas sociais prejudicam mais pobres, reprovam tucanos

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Para o deputado Max Filho, a presidente está mentindo ao povo brasileiro, agindo na contramão dos discursos. “O descaso é total na saúde, na educação, com os jovens, as crianças brasileiras. É um governo que não sabe gastar o dinheiro do povo e ainda quer sacrificar com mais impostos”.

 

Enquanto a presidente Dilma teme cortar na própria carne, age sem piedade contra a população e continua a apunhalá-la pelas costas. A prova disso é que ao menos sete programas sociais foram alvo das afiadas tesouradas de Dilma no repasse das verbas. Na mira estavam programas defendidos durante a campanha eleitoral como prioridades para o segundo mandato da petista. Já o corte de 3 mil cargos comissionados, que poderia gerar economia, foi adiado pelo governo federal. Na avaliação de parlamentares do PSDB, a presidente falta com a verdade e prejudica os que mais precisam.

“Essa decisão da presidente mostra que seu governo é insensível, pouco criativo e não tem feito o esforço necessário para garantir o aumento de arrecadação sem precisar sacrificar a população”, destacou Betinho Gomes (PE). Para o tucano, Dilma continua a tomar decisões erradas, que devem ser condenadas. “O ajuste fiscal que ela está propondo poderia ter outros caminhos”, alertou. O governo deveria economizar R$ 200 milhões com o corte de 3 mil dos 22,6 mil comissionados, com a extinção de ministérios e secretarias.

MENOS VAGAS
Na área da educação, a petista cortou o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), além de reduzir 75% das vagas do primeiro para o segundo semestre deste ano. Entre 2014 e 2015, o programa perdeu quase 420 mil vagas. Outro problema jogado no colo dos estudantes foram os juros para quem tem o financiamento, que saltaram de 3,5% para 6,5% ao ano.

O Ciência sem Fronteiras também foi alvo das tesouradas, e sofreu considerável queda no número de bolsas oferecidas aos universitários que querem estudar no exterior. A previsão para o primeiro semestre de 2016 é de que 87 mil bolsas sejam ofertadas. A meta inicial do governo era oferecer 101 mil bolsas até o fim deste ano. Já o Pronatec terá apenas um milhão de vagas, um terço do oferecido em 2014. E, somado ao programa Aquisição de Alimentos, terá redução de quase R$ 2,5 bilhões de 2016, em relação à previsão de despesas.

De acordo com Betinho, cerca de R$ 250 bilhões poderiam ser arrecadados de pessoas físicas e jurídicas que devem ao governo. Se os valores fossem cobrados, o governo poderia manter os programas sociais intactos e cobrir o rombo orçamentário sem sacrificar os mais pobres.

Com o objetivo de garantir água para regiões carentes, o Água para Todos também sofreu com o contingenciamento. Neste ano, o governo investirá R$ 268 milhões em 2016, o que corresponde a 33,55% do valor aplicado em 2014, que foi de R$ 800 milhões. No Minha Casa Melhor, a gestão irresponsável fez com que o programa fosse suspenso em fevereiro deste ano, após o governo ter esgotado em 2013 quase toda a verba. Dos R$ 3 bilhões destinados ao programa, cerca de R$ 2,92 bilhões foram utilizados por quase 700 mil famílias.

NEM SAÚDE ESCAPA
Na saúde, o projeto Farmácia Popular, que disponibiliza medicamentos gratuitos ou com desconto, também não escapou. O corte vai acabar com os subsídios para os medicamentos vendidos na rede conveniada. O contingenciamento de cerca de R$ 480 milhões deixará na mão 3 milhões de pessoas.

Para o deputado Max Filho, a presidente está mentindo ao povo brasileiro, agindo na contramão dos discursos. “O descaso é total na saúde, na educação, com os jovens, as crianças brasileiras. É um governo que não sabe gastar o dinheiro do povo e ainda quer sacrificar com mais impostos”.

Nesse domingo, o senador Aécio Neves, presidente nacional do PSDB, afirmou: “Lamentavelmente, o que ocorre no Brasil, hoje, prova o uso meramente eleitoral de programas sociais que poderiam auxiliar as famílias brasileiras. Mesmo com o corte drástico de pelo menos sete programas essenciais para a população, ainda falta à presidente coragem para vir a público assumir a responsabilidade de seu governo pela conta que a sociedade está tendo que pagar”.

 

“Levy é só um detalhe”, análise do ITV

O ministro Joaquim Levy fala sobre as medidas de ajuste fiscal durante audiência pública conjunta de Comissões da Câmara dos Deputados (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O PT parece ter predileção pelas turbulências. Com o país oscilando a cada semana entre a crise política e a crise econômica, os partidários da presidente da República acharam por bem agora pôr o ministro da Fazenda na berlinda. Os petistas não se contentam em ser governo; querem ser também oposição.

É fato que a política econômica implantada por Joaquim Levy, apimentada pelas irresponsabilidades patrocinadas por Dilma Rousseff, não está chegando a bom termo. Mas a plataforma advogada pelos petistas, com Lula à frente, para a economia teria consequências indubitáveis: o fracasso retumbante.

Nos últimos dias, o ex-presidente deu a senha e seus comandados abriram fogo contra Levy. Para eles, seria hora de o governo tirar do armário as mesmas políticas que, lançadas por Lula e aprofundadas por Dilma, produziram a ruína atual. Em suma, mais crédito, mais consumo e nenhuma preocupação com a inflação e com as contas públicas.

Ontem, na Suécia, a presidente negou, contra todas as evidências recentes, que seu ministro da Fazenda esteja para cair. Assegurou que a política atual não será afetada. Resta saber até quando Dilma manterá a mesma opinião ou resistirá às investidas de seu tutor. Um dos maiores riscos é ela abandonar de vez qualquer compromisso com algum equilíbrio nas contas públicas, implodindo quaisquer chances de retomada da economia.

Aos petistas, contudo, o que interessa mesmo é ter um bode expiatório para a profunda recessão em que seu governo mergulhou o país. Levy vem a calhar para o papel. Nada mais conveniente para a narrativa sempre esperta do PT ter alguém estranhíssimo ao ninho para carregar nas costas a culpa pelos anos de irresponsabilidades de Lula e Dilma.

Não se pode perder de vista que a depressão econômica de agora começou muito antes de o atual ministro sequer imaginar que poderia ocupar a Fazenda num governo do PT. Mais precisamente, o Brasil está em recessão desde o segundo trimestre de 2014. O desastre, portanto, tem a chancela exclusiva dos petistas; a inconsistência das iniciativas tomadas desde as eleições de um ano atrás não fez mais que aprofundá-lo.

Valessem as previsões de Dilma – de resto, sempre furadas – nesta altura sua política econômica já estaria produzindo crescimento, deixando a depressão para trás. O que aconteceu foi o contrário: a situação só piorou. E tende a piorar mais. O Brasil está inteiramente parado, inerte.

Não será, no entanto, cedendo às propostas de Lula e seus petistas que o país vai encontrar algum rumo. A estrada para a recuperação passa por sendas que nem a atual presidente nem seu partido têm condições de trilhar, uma vez que não dispõem do principal ativo em falta no mercado: credibilidade para que se recupere a confiança no futuro do país. Joaquim Levy tornou-se apenas um detalhe neste descaminho.